Lousã conclui classificação de interesse municipal das aldeias de xisto

  • Lusa
  • 22 Abril 2024

A Câmara Municipal da Lousã aprovou a proposta de conclusão do processo de classificação das cinco aldeias do xisto do Concelho - Candal, Casal Novo, Cerdeira, Chiqueiro e Talasnal.

A Câmara Municipal da Lousã, no distrito de Coimbra, anunciou esta segunda-feira a aprovação da conclusão do processo de classificação das aldeias de xisto no concelho como conjuntos de interesse municipal, segundo um comunicado.

“A Câmara Municipal da Lousã aprovou, em reunião do executivo municipal, a proposta de conclusão do processo de classificação das cinco aldeias do xisto do Concelho — Candal, Casal Novo, Cerdeira, Chiqueiro e Talasnal — como conjuntos de interesse municipal”, pode ler-se num comunicado da autarquia enviado às redações.

Segundo o município do distrito de Coimbra, a aprovação tem, também, “a finalidade de dar cumprimento às orientações da Direção-Geral do Património Cultural que deliberou sobre as restrições urbanísticas a aplicar, restrições essas que são coerentes com o definido nos instrumentos de gestão territorial definidos para o concelho”.

Segundo o presidente da autarquia, Luís Antunes (PS), “as Aldeias do Xisto são um recurso patrimonial de enorme valor para o concelho”.

As Aldeias do Xisto são um recurso patrimonial de enorme valor para o concelho.

Luís Antunes

Presidente da Câmara Municipal da Lousã

“A autarquia dá mais um passo para dispor das ferramentas para não só preservar esse recurso, mas continuar a sua valorização, como tem feito continuamente, e que garante que hoje as Aldeias sejam muito procuradas e um fator de atração de investimento“.

A abertura da discussão pública do procedimento de classificação das aldeias do Candal, Casal Novo, Cerdeira, Chiqueiro e Talasnal foi publicada em Diário da República em 22 de dezembro do ano passado, tendo estado em consulta pública durante 30 dias úteis.

Segundo o edital, as operações urbanísticas nas cinco aldeias deverão obedecer a diversas regras, nomeadamente respeitar a silhueta dos edifícios e as suas coberturas, privilegiar princípios das fachadas e os seus elementos de construção, estando interdita a introdução de reboco em paredes exteriores, telha que não a existente na construção originária e alumínios em portas e janelas, entre outras regras.

As demolições serão permitidas em edificações sem valor histórico ou dissonantes com aglomerado populacional, segundo o edital.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

JinkoSolar classificada na lista Tier 1 de armazenamento de energia da BNEF

  • Conteúdo Patrocinado
  • 22 Abril 2024

Recentemente, a Bloomberg New Energy Finance (BNEF) divulgou a "BNEF Energy Storage Tier 1 List 2Q 2024", e a JinkoSolar entrou na lista devido à sua força no domínio do armazenamento de energia.

A JinkoSolar, líder mundial no fornecimento de PV e ESS, tornou-se um fornecedor de armazenamento de energia de nível 1 reconhecido pela BNEF, graças aos seus produtos de armazenamento de energia líderes na indústria. A linha de produtos de armazenamento de energia da JinkoSolar abrange vários cenários de aplicação, incluindo projetos de serviços públicos, aplicações comerciais e industriais e sistemas de armazenamento de energia residencial. O recém-lançado sistema de armazenamento de energia de grande escala de 5MWh SunTera G2 adopta uma bateria LFP de alta capacidade atualizada, a densidade de energia foi efetivamente aumentada em 46%, com um ciclo de vida de mais de 10.000 vezes, prolongando significativamente a vida útil do produto. O ruído é controlado em 75db, o que reduz significativamente o impacto do sistema de armazenamento de energia no ambiente circundante durante a utilização. Além disso, a JinkoSolar melhorou a eficiência do sistema e garantiu a segurança e a fiabilidade do produto através de conceções inovadoras, como a tecnologia de arrefecimento líquido e a proteção contra incêndios a vários níveis.

Armazenamento de energia seguro

A JinkoSolar sempre se empenhou em fornecer soluções de armazenamento de energia seguras e fiáveis. O sistema foi submetido a uma seleção rigorosa, a um design otimizado e a um fabrico de precisão, demonstrando um ciclo de vida e uma fiabilidade excecionais. Através de mais de 270 testes internos que simulam várias situações perigosas e condições de trabalho a longo prazo, a durabilidade e o desempenho dos produtos são assegurados. As conceções de proteção de segurança a vários níveis, desde a otimização de materiais à conceção do produto, ao fabrico e ao serviço pós-venda, garantem a integridade do sistema e reduzem eficazmente os riscos de segurança.

Além disso, a JinkoSolar tem sido reconhecida pelos clientes pelas suas capacidades de entrega e implementação atempadas. Aproveitando os seus canais globais de distribuição de energia solar, a JinkoSolar alcançará rapidamente uma cobertura global de produtos de armazenamento de energia, garantindo a entrega e a implementação atempadas dos produtos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Livre quer transparência no acesso a documentos e na pegada legislativa

  • Lusa
  • 22 Abril 2024

O Livre defendeu a necessidade de a Comissão de Acesso a Documentos Administrativos emitir pareceres vinculativos e considerou essencial um reforço da transparência.

O Livre defendeu esta segunda-feira a necessidade de a Comissão de Acesso a Documentos Administrativos emitir pareceres vinculativos e considerou essencial um reforço da transparência em matéria de conhecimento da pegada legislativa do Governo.

Estas foram algumas das posições assumidas pelo deputado do Livre Paulo Muacho, depois de ter sido recebido pela ministra da Justiça, Rita Júdice, no âmbito das audições parlamentares do Governo com os partidos para a adoção de medidas de combate à corrupção no prazo de 60 dias.

É na prevenção da corrupção que devemos pôr a tónica. Eventualmente, podemos concentrar entidades numa única que seja responsável pela prevenção da corrupção em Portugal. Queremos também mais transparência e tornar vinculativos os pareceres da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos”, declarou.

Perante os jornalistas, Paulo Muacho referiu que o Governo demonstrou abertura em relação a algumas das propostas do Livre.

Entre outras medidas, advogou um reforço dos meios para a luta contra a corrupção, designadamente através da criação de secções especializadas no combate à criminalidade económico-financeira e à corrupção, assim como “o aumento da transparência do funcionamento do próprio Governo”.

“É preciso uma maior transparência em relação à pegada legislativa do Governo no que respeita às entidades com quem reúne e que têm influência no processo legislativo”, disse.

Em matéria de regulamentação do lobbying, o deputado do Livre adiantou que essa questão “tem sido relativamente transversal entre diferentes forças políticas”.

Manifestámos total disponibilidade [ao Governo] para continuarmos a discutir estas questões e aprofundarmos o trabalho. Estamos disponíveis para discutir com todos os partidos que as queiram discutir de forma séria, sem demagogias e populismos, atacando um problema real em Portugal”, acrescentou.

Na primeira parte desta ronda de audiências, que começou na sexta-feira e que decorre na Assembleia da República, a ministra da Justiça recebeu o PAN, o PSD, o PS e o Chega.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Braga inaugura residência universitária na antiga Confiança em 2025

  • Lusa
  • 22 Abril 2024

A futura residência universitária de Braga terá cerca de 700 camas, sendo o preço-base do concurso de 25,5 milhões de euros. Será gerida pela Universidade do Minho.

A residência universitária que vai nascer na antiga fábrica de sabonetes Confiança, em Braga, estará concluída em dezembro de 2025, revelou esta segunda-feira a vereadora das Obras Municipais. Segundo Olga Pereira, a adjudicação da obra poderá ocorrer já na próxima reunião do executivo.

Os trabalhos começarão de imediato, uma vez que qualquer reclamação dos concorrentes preteridos não terá efeitos suspensivos. Se houver reclamações, adiantou a autarca, o município invocará o interesse público. O prazo de execução será de 400 dias, estando a conclusão prevista para dezembro de 2025.

A residência terá cerca de 700 camas, sendo o preço-base do concurso de 25,5 milhões de euros. A obra vai decorrer ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A futura residência será gerida pela Universidade do Minho.

A fábrica Confiança foi inaugurada em 1921, tendo produzido perfumes e sabonetes até 2005. Em 2012, foi adquirida pela Câmara Municipal de Braga, então presidida pelo socialista Mesquita Machado, por 3,6 milhões de euros.

Chegou a ser aberto um concurso de ideias para o edifício, mas em 2013 a câmara mudou de mãos e em setembro de 2018 a nova maioria PSD/CDS-PP votou pela venda, alegando que, por falta de fundos disponíveis para a reabilitação, o edifício se apresentava em “estado de degradação visível e progressiva”.

É uma grande mais-valia, porque se trata de um eixo central de ligação entre a universidade e o centro da cidade.

Ricardo Rio

Presidente da Câmara Municipal de Braga

A autarquia promoveu duas hastas públicas para tentar alienar o imóvel, pelo preço base de 3,6 milhões de euros, mas não apareceu nenhum interessado. Por isso, a câmara optou pela transformação do edifício em residência universitária, aproveitando os fundos do PRR.

Para o presidente da autarquia, Ricardo Rio, este é “um projeto de referência para o futuro do concelho de Braga”, que vai “acorrer a muitos objetivos e muitas necessidades do concelho, em particular a disponibilização de mais camas a estudantes universitários”. O autarca acrescentou que, paralelamente, a intervenção “vai garantir a salvaguarda da dimensão patrimonial do edifício e criar novas dinâmicas de interação com a envolvente”, com a regeneração daquela zona.

“É uma grande mais-valia, porque se trata de um eixo central de ligação entre a universidade e o centro da cidade”, considerou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupo catalão investe no negócio funerário em Portugal ao volante da Tesla

Com a marca Alia, nova empresa de serviços funerários da GFS é gerida por Valdemar Soares, ex-responsável comercial da Servilusa. Estreia-se no Porto e prevê chegar a Braga, Aveiro, Coimbra e Leiria.

O grupo catalão Global Funeral Services (GFS) está a investir no negócio das funerárias em Portugal, tendo inaugurado na semana passada a primeira loja na cidade do Porto. A operar com a marca Alia, esta nova empresa de serviços funerários é gerida por Valdemar Soares, antigo coordenador comercial da Servilusa e prevê abrir novos espaços em Braga, Aveiro, Coimbra e Leiria.

“Estamos confiantes nos serviços modernos e inovadores que iremos prestar e acreditamos que muito em breve poderemos estar a falar da nova marca noutras zonas do Norte e Centro do país”, esclarece Valdemar Soares, diretor da empresa, sem detalhar a data prevista das aberturas. Em declarações ao ECO, o gestor realça que “depois de pôr a loja do Porto a funcionar, o objetivo é expandir para outras cidades”.

Localizada na Rua Dominguez Alvarez, na zona da Boavista (Porto), a primeira loja de 260 metros quadrados e três pisos disponibiliza serviços como funerais, inumações, exumações, cremações e trasladações. A operação arranca com uma frota de carros maioritariamente elétricos, entre eles um Tesla Model 3, que apresenta como o primeiro da marca dedicado a este setor no país.

A Global Funeral Services foi fundada em Barcelona, em 2017, a partir de duas empresas familiares (Grup VFV e Cabré Junqueras) e com o objetivo de procurar oportunidades de crescimento no setor funerário fora de Espanha. “Juntas, as duas empresas possuem atualmente a maior rede de funerárias, crematórios e cemitérios de toda a Catalunha“, lê-se no site da GFS.

O grupo espanhol Global Funeral Services soma 49 funerárias, opera em 434 municípios na Catalunha e emprega 543 pessoas. De acordo com dados oficiais, realiza mais de 21 mil serviços funerários por ano e conta com uma frota de mais de 193 veículos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal pediu à China para integrar grupo de países isentos de visto

  • Lusa
  • 22 Abril 2024

Novo Governo considera instrumento "muito ajustado à cadência da cooperação económica". Em março, embaixador de Pequim em Portugal antevia incluir país na próxima fase de alargamento da medida.

O ministro da Economia disse esta segunda-feira à Lusa que Portugal gostaria de ser englobado no grupo de países beneficiários de isenção de visto para entrar na China e que a vontade foi comunicada a Pequim.

“Portugal sinalizou essa matéria, que gostaríamos muito de ser englobados no grupo de países” com a isenção, disse Pedro Reis à Lusa, em Macau, onde se encontra em representação de Portugal na 6.ª conferência ministerial do Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, mais conhecido como Fórum de Macau.

O Governo chinês alargou em março a política de isenção de vistos para estadias de até 15 dias a seis países europeus — Suíça, Irlanda, Hungria, Áustria, Bélgica e Luxemburgo –, depois de ter inicialmente adotado a mesma medida para Alemanha, Espanha, França, Itália e Países Baixos, no final do ano passado.

A medida colocou Portugal entre os poucos países da Europa Ocidental cujos nacionais não beneficiam da isenção para entrar no território da segunda maior economia mundial.

Pedro Reis notou que a questão foi referida durante a cimeira sino-lusófona, que arrancou no domingo e decorre até terça-feira na região semi-autónoma chinesa.

Achamos um belíssimo instrumento, muito pragmático, muito ajustado à cadência da cooperação económica que se quer aqui promover. É preciso, hoje em dia, ser muito ágil nessa matéria. Ainda por cima quando vemos parceiros europeus com acesso a esse regimento. Portanto, sinalizámos pela positiva que já existam cerca de 10 países, em duas vagas, e seria interessante para nós podermos aceder a esse instrumento também”, disse.

Sobre as razões que levaram Pequim a não incluir até agora Portugal, o ministro da Economia remeteu a resposta para a parte chinesa: “é uma pergunta mais para a China do que para Portugal”. “O dever institucional de Portugal é colocar como interessante [o acesso à isenção] e o nosso empenho em também termos acesso a esse instrumento”, considerou.

Em março, o embaixador português em Pequim, Paulo Nascimento, disse à Lusa “não entender” o critério que levou as autoridades chinesas a excluir Portugal. “Não acredito que haja aqui discriminação negativa, no sentido de dizer que a China está a fazer isso para sinalizar alguma coisa a Portugal, não acho que seja esse o caso”, afirmou. “Mas não consigo entender o critério”, disse.

Por seu lado, o embaixador chinês em Lisboa, Zhao Bentang, previu que a inclusão aconteça na próxima fase de isenção de vistos, um processo gradual baseado no volume de trocas comerciais, intercâmbios pessoais e projetos de cooperação entre os dois países.

Na próxima fase, com a ampliação, acho que Portugal vai integrar a lista de isenção de vistos. Para promover uma medida, uma política, é sempre necessário um processo gradual”, justificou o diplomata em março à agência Lusa, notando que os primeiros países na lista de Pequim “têm maior quantidade de intercâmbios pessoais e de negócios ou têm mais projetos de cooperação”, e logo maior necessidade de deslocações à China.

A adoção pela China de uma política de isenção de vistos para nacionais de diversos países, que inclui também Malásia ou Singapura, decorre após uma quebra de 80% no investimento estrangeiro direto no país, em 2023, face ao ano anterior, e a uma redução de 60% do número de visitantes no ano passado, face a 2019, o último ano antes da pandemia de Covid-19.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PCP quer impedir “portas giratórias” entre política e empresas e recusa regular lobbying

  • Lusa
  • 22 Abril 2024

O PCP defendeu um travão às "portas giratórias" entre exercício de cargos públicos e empresariais privados e manifestou-se contra a regulamentação da atividade de lobbying.

O PCP defendeu esta segunda-feira um travão às “portas giratórias” entre exercício de cargos públicos e empresariais privados na mesma área antes tutelada pelo agente político e manifestou-se contra a regulamentação da atividade de lobbying.

Estas posições foram assumidas pelo deputado comunista António Filipe, após ter estado reunido com a ministra da Justiça, Rita Júdice, no âmbito das audições parlamentares do Governo com os partidos para a adoção de medidas de combate à corrupção no prazo de 60 dias.

Perante os jornalistas, António Filipe fez questão de sinalizar em primeiro lugar que estas matérias são do domínio da Assembleia da República, “sem prejuízo do diálogo desejável que exista também com o Governo”.

“O PCP apresentou na mesa da Assembleia da República medidas que exatamente têm a ver com esta matéria do combate à corrupção, caso do projeto de lei para impedir portas giratórias, visando impossibilitar que alguém que saia de um cargo público seja de imediato contratado por uma empresa do setor que antes tutelava“, apontou.

Para o deputado do PCP, a lei “deve sancionar não apenas o titular do cargo público mas também a empresa que o contratou”.

“Apresentámos também uma iniciativa legislativa relacionada com a proibição de o Estado recorrer à arbitragem para dirimir litígios que têm a ver com a contração pública. Ainda na questão da luta contra a corrupção, consideramos que tem muita importância o inquérito parlamentar que o PCP propôs sobre a privatização da ANA (Aeroportos de Portugal), que será debatido e votado esta semana no parlamento”, disse.

António Filipe observou que o seu partido tem divergências com os partidos que estão no Governo — o PSD e o CDS — em questões como a proibição da arbitragem em litígios em que o Estado esteja envolvido, mas também na regulamentação do lobbying. “O PCP tem-se demarcado disso, considerando que essa não é uma matéria de combate à corrupção, bem pelo contrário“, sustentou.

Depois, invocou a recente decisão do Tribunal da Relação de Lisboa sobre a chamada Operação Influencer, dizendo que suspeitas que surgiram sobre eventual tráfico de influências não existiriam se o lobbying estivesse regulamentado.

“Ora, essa perspetiva deu-nos razão, na medida que a regulamentação do lobbying acaba por constituir uma regulação e aceitação do tráfico de influencias”, justificou.

Interrogado sobre a criminalização do enriquecimento ilícito ou injustificado, o deputado do PCP reivindicou que o seu partido foi “pioneiro” nesse objetivo, mas advertiu que “houve decisões do Tribunal Constitucional sobre essa matéria que têm de ser respeitadas”.

“A nossa disponibilidade é avançar tanto quanto for possível, embora no respeito pelas decisões do Tribunal Constitucional. Não vale a pena estarmos a insistir em soluções que já foram declaradas inconstitucionais – e, infelizmente, isso foi feito da parte do PSD e do CDS“, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCE não dará indicações sobre reduções das taxas após descida de junho

  • Lusa
  • 22 Abril 2024

François Villeroy, membro do conselho do BCE, argumenta que chegou o momento de uma primeira descida de juros, em junho. Contudo, refere que a autoridade não se compromete com cortes futuros.

O Banco Central Europeu (BCE), devido ao elevado grau de incerteza atual e por uma questão de pragmatismo, não dará indicações sobre as reduções das taxas de juro que efetuará após a anunciada para junho, foi hoje anunciado.

Esta foi a posição expressa hoje pelo governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, membro do Conselho de Governadores do BCE, numa conferência de imprensa em Paris.

Galhau salientou que o preço do petróleo não subiu com o aumento da tensão nos últimos dias no conflito do Médio Oriente.

O governador do banco central francês insistiu que os membros do Conselho do BCE continuarão a acompanhar de perto esta variável do preço do petróleo, que, se subir, poderá ter um impacto na inflação geral.

Em todo o caso, indicou que chegou o momento de uma primeira descida das taxas do BCE “no início de junho, a menos que haja uma surpresa”.

Mas “não daremos orientações sobre os futuros cortes”, dada a incerteza, acrescentou Galhau, além de recordar os três quadrantes que marcam a ação do BCE: a evolução geral da inflação, a da inflação subjacente (que exclui os elementos mais voláteis, como a energia e os alimentos) e “a boa transmissão da política monetária”.

“Felizmente estamos a sair da crise inflacionista”, com uma taxa de inflação homóloga de 2,4% em março, tanto na zona euro como em França.

Esta inflação atingiu um pico de 10,6% na zona euro em outubro de 2022 e de 7,3% em França em fevereiro de 2023.

O Banco de França estima que a inflação em França diminuirá para 2,5% em média este ano e para 1,7% em 2025.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 22 Abril 2024

Com as alterações desta segunda-feira, a Euribor a três meses, que recuou para 3,891%, permanece acima da taxa a seis meses (3,850%) e da taxa a 12 meses (3,734%).

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a sexta-feira. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que recuou para 3,891%, permanece acima da taxa a seis meses (3,850%) e da taxa a 12 meses (3,734%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, subiu para 3,850%, mais 0,004 pontos, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também subiu esta segunda-feira, para 3,734%, mais 0,002 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses baixou, ao ser fixada em 3,891%, menos 0,001 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na reunião de política monetária de 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 06 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ana Reis Mota e Rodrigo Varela Martins são os novos sócios da Rogério Alves & Associados

A Rogério Alves nomeou como sócios Ana Reis Mota, para a área de direito penal, contraordenacional e compliance, e Rodrigo Varela Martins, para as áreas penal do direito societário e regulatório.

A Rogério Alves e Associados nomeou dois novos sócios: Ana Reis Mota, para a área de direito penal, contraordenacional e compliance, e Rodrigo Varela Martins, para as áreas penal do direito societário e regulatório. Segundo o escritório, estas nomeações refletem o “compromisso continuado da sociedade com a excelência do serviço ao cliente”.

“Com grande entusiasmo que damos as boas-vindas à Ana Reis Mota e ao Rodrigo Varela Martins como novos sócios. Estamos seguros de que sua contribuição nesta nova qualidade, fortalecerá ainda mais nossa capacidade de fornecer serviços jurídicos de excelência aos nossos clientes, dentro dos padrões de competência técnica e rigor deontológico que assumimos como desígnios permanentes”, sublinhou o managing partner Rogério Alves.

Ana Reis Mota integra a sociedade desde 2016, centrando a sua atuação no âmbito do contencioso penal e contraordenacional e compliance. Já Rodrigo Varela Martins integra a firma desde a sua fundação, em 2013, e desenvolve a sua atividade no direito Comercial e Societário, em especial M&A, Private Equity e Private Wealth.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SRS Legal assessora Krones AG em operação de aquisição de participação de 45% na Perfinox

Esta operação envolveu a aquisição da participação acionista detida na Perfinox por fundos de capital de risco geridos pela Explorer Investments e a subscrição de um aumento de capital social.

A SRS Legal prestou assessoria jurídica à Krones AG em operação de aquisição de participação de 45% na Perfinox.

A equipa da SRS Legal foi liderada pelo sócio da equipa de Private Equity & Venture Capital Gustavo Ordonhas Oliveira e contou com a participação de Marco Silva Garrinhas (Associado Coordenador) e Joana Ferreira Gonçalves (Associada Júnior), bem como de uma equipa multidisciplinar de advogados, na realização de due diligence legal à Perfinox e elaboração e negociação dos contratos e documentos da transação.

Esta operação envolveu a aquisição da participação acionista detida na Perfinox por fundos de capital de risco geridos pela Explorer Investments e a subscrição de um aumento de capital social da Perfinox. O valor da transação não foi divulgado.

A Perfinox é uma empresa portuguesa que providencia soluções para a preparação e preservação de produtos de alta viscosidade, como hummus, ketchup, condimentos e inovações em vegan food. As aplicações incluem soluções para mistura, confeção e emulsificação bem como pasteurização através da utilização de trocadores de calor de superfície. O expertise da Perfinox na categoria de produtos alimentares viscosos irá fortalecer de forma relevante a diversificação e resiliência da Krones AG no segmento de Tecnologia de Processos.

O Grupo Krones é um grupo global de tecnologia cotado na Alemanha que oferece soluções tailormade para cada fase de produção, desde máquinas individuais e linhas turnkey ao planeamento e implementação de fábricas completas, bem como serviços de consultoria e digitalização para otimização das operações de produção dos clientes, com especial foco em soluções integradas de packaging, tecnologia de processos (como driver de inovação em alimentação e bebidas) e intralogística flexível integralmente automatizada. O grupo tem aproximadamente 18.500 colaboradores em todo o mundo, vendas consolidadas em 2023 de 4,720 mil milhões de euros e mais de 100 subsidiárias e empresas de produção, vendas e serviços em todo o mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BE quer criminalizar enriquecimento injustificado e transferências para paraísos fiscais

  • Lusa
  • 22 Abril 2024

O BE considerou prioritária a criminalização das transferências de capitais "de e para" paraísos fiscais e entregou ao Governo propostas para consagrar o crime de enriquecimento injustificado.

O Bloco de Esquerda considerou esta segunda-feira prioritária a criminalização das transferências de capitais “de e para” paraísos fiscais e entregou ao Governo propostas para consagrar o crime de enriquecimento injustificado ultrapassando eventuais problemas de constitucionalidade.

Estas linhas de ação foram transmitidas aos jornalistas pelo líder parlamentar dos bloquistas, Fabian Figueiredo, no final de uma reunião com a ministra da Justiça, Rita Júdice, no âmbito das audições parlamentares do Governo com os partidos para a adoção de medidas de combate à corrupção no prazo de 60 dias.

Apresentámos o nosso roteiro sobre as medidas prioritárias, com a criação do crime de enriquecimento injustificado, tendo em vista ultrapassar os problemas constitucionais do passado. Precisamos deste instrumento jurídico para garantir que quem incumpre com as suas obrigações declarativas, quem tem um enriquecimento que não justifica, é criminalizado”, defendeu.

Ainda em relação à questão do enriquecimento injustificado, o líder parlamentar do Bloco de Esquerda adiantou ter entregado à ministra Rita Júdice “um roteiro legislativo” através do qual este partido entende ser viável resolver os problemas já levantados pelo Tribunal Constitucional.

A seguir, o presidente do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda salientou que Portugal “tem de atuar contra” os paraísos fiscais, os “offshores“. “Os offshores são centro de criminalidade financeira. Não há um único escândalo financeiro nacional ou internacional que não envolva offshores. Portugal deve proibir a transferência de capitais de e para offshores, e deve ter instrumentos jurídicos para garantir que a pirataria financeira não contamina a nossa economia e o nosso poder político”, sustentou.

Perante os jornalistas, Fabian Figueiredo disse ainda ter assinalado à ministra da Justiça que “é preciso pôr a Entidade da Transparência a funcionar“. “É essencial que sejam fiscalizadas as declarações de titulares de cargos públicos e de titulares que ocupam posições políticas, que são cerca de 19 mil. Portanto, precisamos de uma Entidade da Transparência com meios técnicos e jurídicos”, observou.

Em torno destes temas de combate à corrupção, de acordo com o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, acredita-se que é possível haver um consenso político. E os bloquistas afirmam-se disponíveis para tal.

Na primeira parte desta ronda de audiências, que começou na sexta-feira e que decorre na Assembleia da República, a ministra da Justiça recebeu o PAN, o PSD, o PS e o Chega.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.