Santander leva Finanças a tribunal para cobrar 160 milhões relacionados com a compra do Banif

Santander Totta reclama há anos cerca de 160 milhões de euros relativos a ativos por impostos diferidos do Banif e que o Fisco recusa pagar. Agora o banco avançou para tribunal contra as Finanças.

O Santander Totta avançou para tribunal contra o Ministério das Finanças. Em causa está uma disputa de vários anos relacionada com a aquisição do Banif, no final de 2015. O banco liderado por Pedro Castro e Almeida exige uma compensação de cerca de 160 milhões de euros por conta de ativos por impostos diferidos (DTA) do antigo banco madeirense, dinheiro que o Fisco recusa pagar. Agora avançou para a Justiça.

A ação deu entrada no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa na passada sexta-feira, no último dia de campanha eleitoral, de acordo com a informação consultada pelo ECO no portal Citius.

“O Santander tem uma divergência com a Autoridade Tributária em relação aos impostos diferidos provenientes do Banif. Aquando da resolução do Banif, e também como é do conhecimento público, ficou previsto contratualmente um mecanismo para compensar eventuais divergências de interpretação que pudessem existir”, respondeu fonte oficial do banco ao ECO.

“Nesse âmbito o Santander deu mais um passo para a execução do acordo, ao submeter a apreciação da questão a sede judicial”, confirmou.

Esta disputa já tinha sido revelada pelo ECO há um ano. O Totta exige um pedido de compensação ao Governo ao abrigo do acordo que celebrou com as autoridades portuguesas quando comprou o Banif em dezembro 2015, por 150 milhões de euros, no âmbito da medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal.

O diferendo já se arrasta desde 2018, tendo levado o banco liderado por a reunir por diversas vezes com o Ministério das Finanças e com o Banco de Portugal, as duas entidades que intervieram no processo do Banif em dezembro de 2015. Mas sem sucesso.

Fisco trava DTA

Em causa nesta disputa está o facto de a Autoridade Tributária apenas ter reconhecido ao Santander Totta o direito de utilizar os impostos diferidos do Banif relativos aos anos entre 2009 e 2014. Isto implicou benefícios sob a forma de descontos nos impostos sobre o lucro tributável futuro que totalizam cerca de 92,7 milhões de euros.

Porém, quando avançou para a compra do Banif em dezembro de 2015, o banco fê-lo com a perspetiva de que poderia utilizar um total de 250 milhões de euros relativos a impostos diferidos do Banif. Razão pela qual está a pedir uma indemnização de quase 160 milhões de euros ao Ministério das Finanças, que pode ser paga “em dinheiro ou títulos do Tesouro” português, segundo esclareceu a instituição em março do ano passado.

O Banif fechou 2015 com prejuízos de 3,29 mil milhões de euros. O exercício desse ano só foi efetivamente assinado pela administração – liderada por Bracinha Vieira – a 5 de dezembro de 2017, ou seja, praticamente dois anos depois da medida de resolução.

Em maio de 2018, o Santander Totta apresentou uma declaração de IRS de substituição no seguimento do apuramento do resultado de 2015 e também pelo facto de o ministro das Finanças, na altura Mário Centeno, ter aprovado o pedido de transmissão dos impostos diferidos do Banif para o banco.

Contudo, um despacho da diretora adjunta da Unidade dos Grandes Contribuintes em novembro de 2019 veio a travar as intenções do Santander Totta, ao reconhecer ao banco o direito de utilizar os impostos diferidos do Banif apenas entre 2009 e 2014, deixando de fora 2015.

Contestando esta decisão, o banco apresentou em janeiro de 2020 um recurso hierárquico para o ministro das Finanças. Este recurso veio a ser indeferido poucos meses depois, em junho de 2020, pelo subdiretor-geral da área de Gestão Tributária – Impostos sobre o Rendimento, numa altura em que Mário Centeno já estava a caminho do cargo de governador do Banco de Portugal.

Ir a tribunal? “Não há drama nenhum”

A administração já se pronunciou publicamente sobre este tema, nomeadamente Pedro Castro e Almeida. “Se tiver de ser o tribunal a dirimir, não há drama nenhum. Os DTA faziam parte dos ativos. Se há uma interpretação da Autoridade Tributária que tenha de ser dirimida pelo tribunal, seja”, disse o CEO no ano passado.

O administrador financeiro Manuel Preto disse na mesma altura que “não lhe passava pela cabeça” que o contrato não fosse cumprido. “O Banco de Portugal não tem dúvida dos acordos assinados com o Santander naquele fim de semana. O Banco de Portugal tem reiterado que estes prejuízos fiscais foram transmitidos para o Santander Totta”, disse.

O Santander Totta registou lucros de 1.030 milhões de euros em 2023, uma subida de 70% em relação ao ano anterior.

Se for bem-sucedido nesta disputa, o banco acabará por receber 250 milhões de euros por via dos créditos fiscais de um negócio pelo qual pagou 150 milhões, há pouco mais de sete anos. Isto além da injeção de 1,4 mil milhões que realizou no Banif.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há uma nova app que ajuda a gerir pequenos negócios

  • ECO
  • 13 Março 2024

Chama-se Pulsoo e pretende ajudar os empresários na gestão financeira de pequenos negócios através do telemóvel: centraliza contas bancárias e facilita cumprimento das obrigações fiscais.

O BPI e a Nos lançam esta quarta-feira o Pulsoo, uma aplicação que vai facilitar a gestão diária de pequenos negócios através do telemóvel, ao permitir uma visão agregada da posição financeira da empresa e simplificar o cumprimento das obrigações fiscais.

Alavancada na tecnologia open banking, através do Pulsoo será possível gerir todas as contas bancárias associadas à atividade da empresa, independentemente do banco, a partir da mesma plataforma, permitindo visualizar as despesas e receitas por categoria.

Adicionalmente, também poderá associar a conta da Autoridade Tributária da empresa à app para consultar os alertas e datas relevantes para o cumprimento das obrigações tributárias.

“O Pulsoo proporcionará aos empresários portugueses uma ferramenta valiosa para uma gestão eficaz e informada dos seus negócios, permitindo uma visão abrangente da saúde dos mesmos”, afirma Afonso Fuzeta Eça, administrador indigitado do BPI. “A versão de lançamento é o primeiro passo na construção de um produto diferenciador para este segmento, ao qual serão acrescentadas novidades ainda este ano”, acrescenta.

Já o administrador da Nos Manuel Ramalho Eanes considera que se “trata de uma solução simples cuja necessidade foi identificada no contacto com os clientes e que traz uma abordagem inteligente e ligada aos desafios da gestão de pequenos negócios”.

A aplicação está disponível para todo o mercado na App Store e Google Play para todos os pequenos empresários.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Navio Felicity Ace: Armador pede indemnização à Porsche

  • ECO Seguros
  • 12 Março 2024

A dona do navio alega que foi um veículo elétrico que provocou o incêndio que, além do navio, também fez perder milhares de veículos. A Porsche está a contestar a origem do acidente.

A japonesa Mitsui OSK Lines (MOL) está a pedir uma indemnização de 30 milhões de euros à Porsche pela perda do seu navio transportador de automóveis, Felicity Ace, devido a um incêndio a bordo, em 2022, enquanto estava à deriva próximo da Ilha do Faial, nos Açores, lê-se nos documentos do tribunal, avançados por um jornal do setor marítimo.

O incêndio do Felicity Ace próximo dos Açores. A causa foi a bateria de um Porsche elétrico.Marinha Portuguesa

Em causa está uma ação judicial intentada pela japonesa num tribunal alemão onde alega que a bateria de um dos veículos elétricos da Porsche que transportava foi responsável pelo acidente e, além disso, a Porsche não indicou à empresa potenciais riscos do transporte destes veículos nem qualquer tipo de precaução que fosse necessária aplicar. Importa salientar que o navio transportava 3.965 veículos Porsche, Volkswagen, Audi, Bentley e Lamborghini da Alemanha para os EUA.

Por outro lado, a marca alemã está a contestar a localização e causa do incêndio. Além disso, a causa oficial do acidente não foi apurada. Importa referir que os 22 membros da tripulação foram evacuados em segurança do Felicity Ace.

 

Entretanto, o risco de incêndio em navios transportadores de veículos tem atraído atenção no setor de transporte marítimo. Ao mesmo tempo que a União internacional das Seguradoras Marítimas apelou a uma melhor compreensão das chamas dos veículos elétricos e de que forma podem ser controladas. A MOL já prepara medidas de mitigação do risco ao prever instalar câmaras de segurança alimentadas a inteligência artificial nos 10 novos navios transportadores de veículos a GNL (Gás Natural Liquefeito) que encomendou. Estas câmaras irão alertar os membros da tripulação em caso de suspeita de incêndio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Francesa MGEN abre primeira loja em Lisboa

  • ECO Seguros
  • 12 Março 2024

A loja será "uma rede de apoio à rede de mediadores e um ponto de contacto com o público".

A MGEN Distribuição arranca a abertura da sua primeira loja em em Lisboa. Para a empresa “a abertura da primeira loja em Lisboa é um marco importante na nossa história”, refere. De acordo com a empresa, será “uma rede de apoio à rede de mediadores e um ponto de contacto com os aderentes”.

A primeira loja aberta pela MGEN em Portugal está no Porto

A MGEN é uma Mútua de Seguros autorizada a operar em Portugal em regime de Livre Prestação de Serviços através da sua sede em França e é representada pela MGEN Distribuição de Seguros.

Fundada em 1946, em França, por profissionais da educação que “se uniram num sentimento de partilha e de necessidade de proteção face às dificuldades que surgem ao longo da vida”, referem, a MGEN tem forte posição nas associações profissionais e sindicatos e caracteriza-se por aceitar segurar pessoas sem penalizar pré-existências, idade e outros detalhes que levam as seguradoras a normalmente serem cautelosas na aceitação desses riscos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Diogo Toscano Santos nomeado Head of Partnership da BNP Paribas Cardif

  • ECO Seguros
  • 12 Março 2024

Há quase 30 anos no setor financeiro e 10 na indústria seguradora, fica responsável por coordenar as indústrias de auto, banca e de conquistar novos parceiros comerciais em Portugal da BNP Cardif.

Diogo Toscano Santos foi nomeado para o cargo de Head of Partnership da seguradora francesa BNP Paribas Cardif, ficando responsável por coordenar as indústrias de auto, Banca, entre outros e conquistar novos parceiros comerciais em Portugal, anunciou esta terça-feira a seguradora.

Diogo Toscano Santos, novo Head of Partnership da BNP Paribas Cardif, vai fortalecer parcerias e impulsionar o crescimento em Portugal”.

“A sua vasta experiência e habilidades estratégicas fazem dele um ativo valioso para a equipa da BNP Paribas Cardif, no sentido de fortalecer parcerias e impulsionar o crescimento em Portugal.”, refere a empresa no comunicado.

O profissional traz para este novo cargo uma extensa carreira no ramo da banca e dos seguros. No setor financeiro desde 1995, começou a sua carreira em telemarketing no Millennium BCP, lá passou quatro anos, dois dos quais como líder de equipa de telemarketing. A partir daí, assume cargos de liderança na ONI, no BPI e no Banco Best. Entrou na indústria seguradora há 10 anos como Corporate Sales Key Account Manager na MetLife Portugal, seguradora onde esteve 7 anos até ingressar na Accenture como Senior Manager da indústria seguradora, cargo que ocupou até a mais recente nomeação e “onde foi responsável pelo desenvolvimento de negócio na indústria seguradora identificando as necessidades do setor, principais tendências do mercado e construindo soluções integradas inovadoras e disruptivas.”, dá conta o comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS e AD com cerca de seis milhões de subvenção anual. ADN consegue 339 mil

  • Lusa
  • 12 Março 2024

O Chega já garantiu 3,6 milhões e a IL quase um milhão de euros, referente aos 312.064 votos. À esquerda, o BE ficará com cerca de 900 mil euros, a CDU com 685 mil euros, o Livre com 677 mil.

O PS e a coligação PSD-CDS-PPM vão receber cerca de seis milhões de euros anuais de subvenção anual e o partido ADN, apesar de não ter conseguido qualquer mandato, tem direito a 339 mil euros.

De acordo com os resultados ainda provisórios das legislativas de domingo, a Aliança Democrática e a coligação PSD-CDS na Madeira vão receber pelos menos 6,1 milhões de euros de subvenção estatal relativa à soma dos votos alcançados no continente e na Madeira e Açores (1.811.027).

De acordo com a lei, os partidos que superem a fasquia dos 50 mil votos têm direito a uma subvenção anual que “consiste numa quantia em dinheiro equivalente à fração 1/135 do valor do IAS (Indexante de Apoios Sociais) por cada voto”, ou seja, 3,77 euros por cada voto (o IAS está nos 509 euros). Ao montante apurado, em função do número de votos, é aplicada uma redução de 10%.

Apesar de ainda faltar apurar os votos e os quatro mandatos do círculo da emigração, os resultados provisórios indicam que o PS tem direito a pelo menos 5,9 milhões de euros e a AD 6,1 milhões. O Chega já garantiu 3,6 milhões, relativos a 3,77 euros a multiplicar pelos seus 1.108.797 votos, e a IL quase um milhão de euros, referente aos 312.064 votos.

O BE ficará com cerca de 900 mil euros, a CDU com 685 mil euros, o Livre com 677 mil e o PAN com 402 mil. O único partido que tem direito a receber sem ter conseguido eleger qualquer deputado é o ADN, que poderá garantir 339 mil euros anuais de subvenção relativos aos seus 100.051 votos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloco pede reunião com PS, PCP, Livre e PAN para procurar “a máxima convergência”

  • ECO
  • 12 Março 2024

Mariana Mortágua defende que os partidos à esquerda têm de manter “abertas as portas do diálogo e procurar convergências”.

O Bloco de Esquerda pediu esta terça-feira reuniões ao PS, ao PCP, ao Livre e ao PAN. “Devem ser mantidas abertas as portas do diálogo e procurar a máxima convergência na defesa do que é essencial”, indica o partido, numa publicação no X (antigo Twitter).

Depois das eleições de domingo mudarem “a face política do país”, Mariana Mortágua avisa, num vídeo divulgada na rede social, que existe um “risco de um retrocesso” e uma “ameaça aos direitos sociais” de Portugal. A coordenadora do BE afirma ainda que não quer desistir do “essencial” nem abdicar de “nada”, seja o Estado social ou a igualdade.

Mortágua apela, por isso, aos partidos do campo democrático, ecologistas e do espetro político mais à esquerda que se reúnam para “analisar o resultado das eleições” e “debater os elementos de convergência” na oposição ao governo de direita. Mortágua espera também que de encontro dos cinco partidos se avance na “construção de uma alternativa“.

No vídeo de um minuto, a líder do Bloco deixa ainda um apelo para que este ano haja “as maiores manifestações da comemoração do 25 de abril”.

O Bloco de Esquerda teve 4,46% dos votos nas legislativas deste ano, mais que em 2022, e elegeu cinco deputados. Ao todo, os cinco partidos, que Mortágua convida a reunirem-se, elegeram 91 deputados, muito longe da maioria parlamentar de 116 deputados. Ainda assim, é um número de representantes superiores à soma da 87 da direita chamada democrática, AD (79) e Iniciativa Liberal (8).

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FC Porto SAD multada por críticas à arbitragem

  • Lusa
  • 12 Março 2024

A FC Porto SAD foi multada em 8.670 euros por “lesão da honra e da reputação dos órgãos da estrutura desportiva e dos seus membros”.

O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) multou esta terça-feira a FC Porto SAD em 8.670 euros e suspendeu por 40 dias Luís Gonçalves, administrador e diretor-geral dos ‘dragões’, face a críticas à arbitragem.

Em comunicado, a secção profissional do órgão disciplinar indica que a sociedade ‘azul e branca’ infringiu o artigo 112.º do Regulamento Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), associado à “lesão da honra e da reputação dos órgãos da estrutura desportiva e dos seus membros”, na sequência das queixas efetuadas pela Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) e ainda pelo Conselho de Arbitragem da FPF.

Luís Gonçalves foi alvo de 40 dias de suspensão, mais 6.120 euros de coima, por “lesão da honra e da reputação e denúncia caluniosa”, artigo 136.º dos regulamentos, enquanto Francisco J. Marques, diretor de comunicação do clube, recebeu 45 dias e 7.650 euros.

O CD da FPF tinha instaurado esses processos em 14 de fevereiro, quase uma semana depois de o FC Porto ter difundido nas suas plataformas oficiais uma entrevista com Luís Gonçalves, que deixou críticas à atuação das equipas de arbitragem e enumerou lances que, na sua visão, têm prejudicado os ‘dragões’ e beneficiado os rivais na luta pelo título.

O FC Porto ocupa o terceiro posto da I Liga, com 55 pontos, sete abaixo do líder isolado Sporting (menos uma partida) e a seis do campeão nacional Benfica, segundo colocado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conheça a chave do Euromilhões desta terça-feira. Prémio de 72 milhões em jogo

  • ECO
  • 12 Março 2024

Em jogo esta terça-feira está um jackpot de 72 milhões de euros, depois de vários sorteios sem ninguém vencer o primeiro prémio.

Decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões, onde estava disponível um jackpot de 72 milhões de euros, depois de várias rondas em que ninguém ganhou o primeiro prémio.

Veja a chave do sorteio de 12 de março:

Números: 13, 19, 30, 38 e 46

Estrelas: 4, 12

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

EUA vão dar 300 milhões de dólares em armas à Ucrânia

  • Lusa
  • 12 Março 2024

As Forças Armadas norte-americanas continuam com saldo negativo e necessitarem de pelo menos 10 mil milhões de dólares para repor todas as armas que retiraram dos seus arsenais para ajudar Kiev.

Os Estados Unidos vão rapidamente encaminhar cerca de 300 milhões de dólares (275 milhões de euros) em armamento para a Ucrânia, após identificarem algumas poupanças de custos nos contratos do Pentágono, indicaram esta terça-feira altos responsáveis da Defesa.

Isto será feito, apesar de as Forças Armadas norte-americanas continuarem com saldo negativo e necessitarem de pelo menos 10 mil milhões de dólares (cerca de nove mil milhões de euros) para repor todas as armas que retiraram dos seus arsenais para ajudar Kiev a combater a agressão da Rússia, acrescentaram as mesmas fontes, citadas pela agência Associated Press (AP).

Trata-se do primeiro pacote de segurança para a Ucrânia anunciado pelo Pentágono desde dezembro de 2023, altura em que admitiu não dispor de fundos para continuar a fornecer armamento ao país. Só nos últimos dias é que responsáveis da Defesa reconheceram publicamente que não estavam apenas sem fundos para reposição de armamento, mas com um saldo negativo de 10 mil milhões de dólares (9,1 mil milhões de euros).

Os fundos de reposição permitiram ao Pentágono retirar munições existentes, sistemas de defesa aérea e outras armas dos seus inventários de reserva, ao abrigo do Poder Presidencial de Retirada, para enviar para a Ucrânia e, em seguida, adjudicar contratos para substituir esses equipamentos militares.

Um dos altos responsáveis da Defesa que informaram os jornalistas indicou que o pacote representava “uma oportunidade única” – a menos que o Congresso aprove a lei de despesa adicional ali retida, que inclui cerca de 60 mil milhões de dólares (55 mil milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia, ou sejam encontradas mais poupanças de custos.

Espera-se que contenha mísseis antiaéreos, projéteis de artilharia e sistemas de blindagem, precisou. O anúncio da ajuda surge no momento em que os líderes polacos se encontram em Washington para pressionar os Estados Unidos a ultrapassarem o impasse sobre a continuação da ajuda militar à Ucrânia num momento crítico da guerra.

O Presidente polaco, Andrzej Duda, reuniu-se esta terça com os líderes Democratas e Republicanos da Câmara dos Representantes e do Senado e deverá encontrar-se com o Presidente, Joe Biden, ao final do dia. A situação da Ucrânia agravou-se nos últimos meses, com unidades na linha da frente a racionarem munições enquanto enfrentam uma força russa muito mais bem equipada.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu repetidamente ao Congresso que o ajudasse, mas os líderes Republicanos da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) não se mostraram dispostos a levar a ajuda à Ucrânia a votação, afirmando que qualquer ajuda deve, em primeiro lugar, suprir as necessidades de segurança das fronteiras norte-americanas.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parlamento Europeu quer regras que protejam consumidores de alegações ambientais enganosas

  • Lusa
  • 12 Março 2024

A posição do PE, que tem a proposta de 'Diretiva Alegações Ecológicas' da Comissão Europeia, foi aprovada com 467 votos a favor, 65 contra e 74 abstenções.

Os deputados do Parlamento Europeu (PE), por votação esta terça no plenário, concordaram em criar regras para proteger os consumidores de alegações ambientais enganosas, obrigando as empresas a dar provas antes de anunciarem produtos ‘biodegradáveis’ ou ‘menos poluentes’.

A posição do PE, que tem a proposta de ‘Diretiva Alegações Ecológicas’ da Comissão Europeia, foi aprovada com 467 votos a favor, 65 contra e 74 abstenções, passando este dossiê para o Parlamento resultante das eleições europeias, marcadas para 6 a 9 de junho próximos. Em comunicado, o PE defende que as empresas devem pedir a verificação de alegações ambientais antes de as poderem utilizar.

“Os países da UE teriam de atribuir peritos para pré-aprovar a utilização dessas alegações, a fim de proteger os consumidores de publicidade infundada e ambígua”, refere. O Parlamento pretende que as alegações e os elementos de prova sejam avaliados no prazo de 30 dias, mas que os produtos mais simples possam beneficiar de uma verificação “mais rápida ou mais fácil”.

As microempresas não seriam abrangidas pelas novas regras, explica, e as pequenas e médias empresas teriam mais um ano para cumprir as regras, em comparação com empresas de maior dimensão. As empresas que infrinjam estas novas regras de proteção dos consumidores arriscam-se a penalizações, como a exclusão temporária de concursos públicos, perda de receitas e coimas de, pelo menos, 4% do volume de negócios anual.

“Os estudos mostram que mais de 50% das alegações ambientais são vagas, enganosas ou infundadas. Não podemos falar de consumidores felizes se todas as outras alegações ecológicas forem falsas”, afirmou o relator da Comissão do Mercado Interno, Andrus Ansip (da Estónia), citado no comunicado, defendendo que a ‘Diretiva Alegações Ambientais’ vai trazer “clareza” aos consumidores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sindicato dos Jornalistas condena despedimento no Diário de Notícias

  • Lusa
  • 12 Março 2024

O SJ "não só estranha o momento como questiona este despedimento numa altura em que estão para entrar no grupo vários milhões de euros, por via do negócio de venda de outros títulos.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) repudiou e condenou o despedimento coletivo na Global Media (GMG), que vai afetar 20 trabalhadores, dos quais metade são jornalistas, e que “representa mais uma forte machada” no Diário de Notícias (DN).

O despedimento anunciado esta terça-feira vai afetar 20 pessoas, 10 das quais jornalistas”, afirma a estrutura sindical, referindo que este “é o quarto despedimento coletivo na GMG desde 2019 e, em termos percentuais, o mais gravoso para a classe, uma vez que 50%, metade, dos nomes da lista de despedidos são jornalistas”.

Recorda que nos despedimentos anteriores, “foram descartadas 119 pessoas (50 jornalistas, 42%) em 2009, 140 (66 jornalistas, 47%) em 2104 e 81 (17 jornalistas, 21%) em 2020”.

O Sindicato dos Jornalistas “não pode deixar de condenar e repudiar este corte, particularmente na redação do DN, que todos reconhecem como curta para as exigências de qualidade e de compromisso com a atualidade que tem pela frente, tanto para fazer um jornal diário em papel como para atualizar um ‘site’ com mais de 2,5 milhões de visitas“.

O sindicato lamenta também “que as administrações não saibam mais do que despedir” e “manifesta solidariedade com as pessoas despedidas, nomeadamente os jornalistas, para os quais tem serviços jurídicos em alerta e à disposição”.

Além disso, “não podemos deixar de condenar a forma como são destratados estes jornalistas, que mudaram de vida para embarcar num novo projeto e agora são descartados, usados como joguetes em projetos inconsequentes, que mudam ao sabor das alterações nas administrações, ainda que o ‘chairman’ seja o mesmo, Marco Galinha”, critica o SJ.

“O despedimento afeta 20 pessoas contratadas pela administração anterior, exonerada a 19 de fevereiro, tem como argumento os salários alegadamente elevados destas pessoas, num cenário de crise do grupo”, prossegue o SJ.

“Não dispondo de dados sobre quanto ganham as pessoas contratadas para o DN nos tumultuosos tempos do fim de 2023, o SJ defende que a solução não é despedir quem ganha mais, é aumentar os salários, muitos de miséria, que se pagam no grupo e sem qualquer atualização, em muitos casos, há 15 ou 20 anos“.

O Sindicato dos Jornalistas “não só estranha o momento como questiona este despedimento numa altura em que estão para entrar no grupo vários milhões de euros, por via do negócio de venda de outros títulos, como o Jornal de Notícias, O Jogo, a TSF”.

O despedimento coletivo hoje anunciado “é a prova mais do que evidente, como se infelizmente mais provas fossem precisas, da degradação da profissão, da urgência e pertinência da greve geral da classe marcada para quinta-feira, 14 de março”, refere o SJ.

Também o Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) repudiou a intenção de despedimento no DN, considerando que “caso se concretize representará mais uma machadada num órgão de comunicação de referência, com mais de um século de existência, num setor com um número de trabalhadores muito deficitário”.

“O STT mostra-se solidário e estará sempre ao lado dos trabalhadores do Diário de Notícias, da mesma forma que esteve ao lado dos trabalhadores do GMG nas recentes lutas levadas a cabo naquele grupo”, lê-se no comunicado.

O despedimento coletivo na Global Media abrange 17 trabalhadores, de acordo com a justificação desta reestruturação, a que se soma a direção do Diário de Notícias (DN), contratada pela anterior administração.

De acordo com a descrição dos motivos invocados para o despedimento coletivo, a que a Lusa teve hoje acesso, vão ser despedidas 17 pessoas de várias áreas da empresa, desde jornalistas, administrativos e marketing.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.