Prestação da casa alivia em fevereiro pela primeira vez em dois anos

Quem tem o empréstimo da casa associado à Euribor a três meses ou a seis meses e verá o seu contrato atualizado terá uma redução da prestação da casa no próximo mês.

Ao fim de dois anos a subir, a prestação da casa vai finalmente descer. Mas só quem tem o empréstimo à habitação associado à Euribor a três meses ou a seis meses e verá as condições do contrato atualizadas no próximo mês é que beneficiará de uma redução da mensalidade paga ao banco. Cairá até quatro euros num financiamento de 150 mil euros a 30 anos, de acordo com as simulações realizadas pelo ECO.

Já as famílias com contratos indexados à Euribor a 12 meses terão de esperar mais um pouco para sentirem um desaperto na prestação. Talvez no próximo mês ou no seguinte é que poderá aliviar, mas tal está dependente da evolução das taxas de juro.

O alívio da prestação da casa reflete a inversão das Euribor nos últimos meses, com estas taxas interbancárias — que são decididas por um conjunto da bancos na Zona Euro — a anteciparem-se a uma redução das taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE) ao longo de 2024.

Depois de terem atingido o pico na sequência de uma “cavalgada” de 450 pontos base no espaço de ano e meio, motivada pela escalada da inflação, as taxas do BCE — que guiam todo o mercado — poderão começar a descer já no verão. Ainda assim, para já, o consenso entre os governadores da Zona Euro de esperar para ver o que irá acontecer aos preços (perante o impacto da crise no Mar Vermelho) e também dos salários, antes de decidirem uma redução do preço do dinheiro.

Euribor já atingiram o pico

Fonte: Reuters; Média mensal.

Apesar das boas notícias com a descida das Euribor, o impacto na redução na prestação da casa será praticamente marginal no bolso das famílias, sobretudo tendo em conta a subida dramática que se verificou nos últimos dois anos.

Por exemplo, considerando o tal empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread de 1%, a prestação registou um aumento aproximadamente 350 euros desde fevereiro de 2022. Agora, no próximo mês, terá um alívio na ordem dos quatro euros nos contratos com indexante a três meses ou a seis meses. Se o contrato estiver associado à Euribor a 12 meses, o empréstimo terá um aumento na casa dos 24 euros.

Vamos às contas com base num empréstimo de 150 mil euros a 30 anos e com um spread de 1%:

  • Euribor a três meses: a prestação que vai pagar nos próximos três meses irá descer para 798,46 euros, menos 3,84 euros (-0,48%) relativamente à prestação que pagava desde novembro;
  • Euribor a seis meses: a prestação que vai pagar nos próximos seis meses rondará os 795,54 euros, uma descida de 4,29 euros (-0,54%) em relação à prestação que pagava desde agosto;
  • Euribor a 12 meses: a prestação que vai pagar nos próximos 12 meses irá subir para 769,95 euros, mais 24,38 euros (+3,27%) face à prestação que pagou no último ano.

As famílias portuguesas foram especialmente afetadas pelo aperto monetário do BCE, na medida em que 90% dos contratos têm taxa variável, o que significa que a prestação da casa flutua consoante as Euribor. Estas taxas atingiram no ano passado os valores mais elevados dos últimos 15 anos e agora começam a desinsuflar. Em janeiro, a média mensal da Euribor nos prazos a três meses e a seis meses recuaram para mínimos de outubro e junho, respetivamente, razão pela qual a prestação com estes dois indexantes descerá em fevereiro.

Importa ter em atenção que impacto da evolução das Euribor no valor da prestação da casa será maior ou menor consoante o valor do capital que ainda está em dívida. Para o ajudar a calcular a prestação do seu crédito à habitação, o ECO preparou um simulador. Faça as contas para o seu caso e se o seu contrato for revisto agora, saiba quando irá pagar a mais.

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

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Mercadona partilha 600 milhões de euros em prémios com os seus colaboradores

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  • 31 Janeiro 2024

Desde que foi lançada esta iniciativa pioneira, impulsionada pelos acionistas da empresa em 2001, já foram distribuídos mais de 5.580 milhões de euros.

O Comité de Direção da Mercadona decidiu, no âmbito da sua estratégia de partilhar os lucros, distribuir mais meio prémio adicional pelas mais de 100.000 pessoas que compõem a empresa, além do prémio por objetivos que tradicionalmente reparte todos os anos. Desta forma, a empresa distribui 600 milhões de euros pelos seus colaboradores, mais 50% do que em 2023, ano em que o valor total distribuído foi de 405 milhões de euros.

Desde que os acionistas da Mercadona lançaram esta iniciativa, em 2001, a empresa já distribuiu com os seus colaboradores mais de 5.580 milhões de euros. Este número reflete o compromisso da empresa com o crescimento partilhado e com o lucro mútuo.

Em março, os colaboradores, após o primeiro ano e caso atinjam as metas e objetivos definidos no início do ano, receberão um salário extra, valor que ascende a dois salários depois de alcançados cinco anos de antiguidade. Este ano, excecionalmente, os colaboradores receberão adicionalmente um prémio extra correspondente a metade do seu salário.

Esta medida evidencia que os colaboradores da Mercadona são os principais responsáveis pelo sucesso da empresa, que uma vez mais confirmaram ser o maior ativo para os “Chefes” (como internamente a empresa designa os seus clientes). O compromisso com a melhoria constante da eficiência produtiva e da gestão têm como resultado um Carrinho de Compras com mais qualidade e económico no mercado, fazendo com que dia após dia cada vez mais pessoas optem por ele. Isto reflete-se num aumento significativo do número de clientes que efetuam as suas compras na Mercadona, consolidando o seu crescimento e o constante aumento da sua quota de mercado.

A Mercadona destaca que esta decisão foi tomada tendo em consideração “O compromisso excecional das mais de 100.000 pessoas que formam a Mercadona de melhorar a experiência dos nossos “Chefes” todos os dias, a qualidade dos nossos produtos e a constante implementação de melhorias tecnológicas e inovadoras, que tornam os nossos processos mais eficientes, facilitando a nossa rotina de trabalho. É, por tudo isto, que todos merecemos ganhar, este ano, um extra de mais meio salário, ao qual temos de acrescentar o prémio por objetivos que nos corresponde – um ou dois salários, dependendo da nossa antiguidade na empresa”.

Trabalhar na Mercadona

A política de Recursos Humanos da Mercadona caracteriza-se pela promoção da conciliação entre a vida profissional e pessoal dos seus colaboradores. Em Portugal, entre outras medidas, a empresa oferece a possibilidade de descanso de 2 dias consecutivos para quem tem uma jornada de trabalho de segunda a domingo nas lojas e bloco logístico, o que faz com que cada colaborador possa usufruir de pelo menos 8 fins de semana (sábado + domingo) por ano de descanso.

O compromisso das mais de 100.000 pessoas que formam a empresa com a melhoria da eficiência produtiva e da gestão, é a razão pela qual cada vez mais clientes optam por comprar na Mercadona e se verifica um constante aumento da sua quota de mercado.

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PS à frente da AD em sondagem para as eleições nos Açores

  • ECO
  • 30 Janeiro 2024

O Partido Socialista apresenta maior percentagem de voto (39% na estimativa) do que a coligação à direita (estimativa de 36%), O Chega aparece como a terceira força política do arquipélago.

O PS pode obter 39% dos votos e a coligação PSD/CDS/PPM 36% nas eleições para a assembleia regional dos Açores, a 4 de Fevereiro, de acordo com a sondagem da Católica para o Público e RTP, revelada esta terça-feira. Segundo o diário, o Chega surge como a terceira força política nos Açores, com 9% das intenções de voto (com a distribuição dos indecisos), contra os 5,06% obtidos nas últimas eleições.

Em 2020, o CDS tinha ultrapassado o partido liderado por André Ventura ao alcançar 5,51% dos votos dos açorianos. O PS também venceu as regionais, mas a geometria parlamentar permitiu ao PSD fechar um acordo com o Chega e formar governo.

A sondagem foi construída através da extrapolação das intenções de voto de 2.297 eleitores residentes nas Ilhas de São Miguel e Terceira para as restantes ilhas, tendo em conta os últimos resultados eleitorais.

Já na sondagem que tem em conta apenas os residentes das duas ilhas, o PS obtém 31% dos votos e a coligação à direita 26%. Assim, a análise aponta um impacto técnico entre o PS, que na melhor das hipóteses elege 27 deputados e na pior 23, com a coligação da direita que na pior das hipóteses elege 22 deputados regionais numa Assembleia legislativa com 57 deputados.

Ainda sem extrapolação às outras ilhas, o Bloco de Esquerda, PAN e PCP têm 2% das intenções de voto, seguido da Iniciativa Liberal (1%).

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Seis mil crianças de creches privadas em risco de perder vaga gratuita

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2024

"Não havendo uma atualização do valor da comparticipação da Segurança Social (SS), torna-se incomportável estas creches continuarem dentro do programa", alerta presidente da associação.

Cerca de seis mil crianças que frequentam creches privadas gratuitamente estão em risco de perder esse direito, porque as verbas atribuídas não foram atualizadas e os estabelecimentos admitem ter de abandonar o programa Creche Feliz.

O alerta foi lançado esta segunda-feira pela presidente da Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP), Susana Batista, que diz ser urgente atualizar as verbas atribuídas por cada criança que frequenta a escola gratuitamente, tendo em conta a inflação e os aumentos salariais.

“Não havendo uma atualização do valor da comparticipação da Segurança Social (SS), torna-se incomportável estas creches continuarem dentro do programa”, alertou, acrescentando que “pelo menos um terço dos associados está com a corda na garganta e isso representa cerca de seis mil vagas”. A presidente da associação diz que desde o verão tem vindo a alertar a ministra da Segurança Social para o risco de centenas de creches virem a abandonar o programa, mas não obteve qualquer resposta até agora.

A situação é mais gravosa para as creches situadas em zonas como Lisboa, Porto ou Oeiras, onde as rendas são mais elevadas, sendo que é também nestas áreas geográficas que há mais procura por parte das famílias. A presidente da associação disse à Lusa que a única exigência dos privados é “receber o mesmo valor que todas as outras creches pelo mesmo serviço”.

O programa Creche Feliz define que o valor a pagar por cada criança tem de ser igual para todas as instituições, quer sejam privadas ou do setor social, mas Susana Batista garantiu que tal não está a acontecer. Em declarações à Lusa, acusou o Governo de ter pago mais às creches do setor social e solidário do que às instituições privadas.

No ano passado, o ministério decidiu aumentar em 3% a verba atribuída por cada criança. No entanto, as instituições sociais e solidárias receberam com efeitos retroativos a janeiro, enquanto aos privados receberam com retroativos apenas a setembro, denunciou Susana Batista. Durante oito meses, as creches do setor social receberam por cada criança 473,80 euros mensais, enquanto as instituições privadas receberam 460 euros. “Temos oito meses a receber”, disse.

Para fazer face à inflação e aos aumentos salariais, o Governo decidiu atribuir “um apoio extraordinário único às creches do Setor Social e Solidário para 2023, aumentando em 5% as comparticipações financeiras”, reforço que não chegou aos privados que têm crianças do programa Creche Feliz. O programa Escola Feliz arrancou em 2021, havendo neste momento cerca de 85 mil crianças na rede que foi alargada aos estabelecimentos privados para conseguir dar resposta a mais famílias.

Já em janeiro deste ano, o Governo anunciou que não haveria atualização do valor pecuniário. Susana Batista lembra que o salário mínimo subiu 8% e “os restantes custos terão tido um incremento de cerca de 4%” e por isso pede à tutela uma reunião para definir “uma taxa intermédia para conseguir fazer face a estes aumentos”.

As instituições privadas também não estão a receber os complementos previstos no regulamento da Creche Feliz para os estabelecimentos que estão abertos mais de onze horas por dia ou ao sábado, com Susana Batista a afirmar que a Segurança Social se recusou a pagar.

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Banco de Portugal alerta para telefonemas fraudulentos que imitam o seu número telefónico

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2024

Os destinatários destas chamadas são informados de "que as suas contas bancárias foram alvo de phishing e que para as salvaguardarem devem instalar uma aplicação nos seus dispositivos móveis".

O Banco de Portugal emitiu esta terça-feira um alerta sobre chamadas telefónicas feitas por indivíduos que dizem ser seus colaboradores, usando um sistema que imita o número de telefone do BdP, em que convidam os visados a instalar uma aplicação fraudulenta.

Num comunicado de alerta, o BdP, relata que, nos casos que chegaram ao seu conhecimento, os destinatários destas chamadas são informados de “que as suas contas bancárias foram alvo de phishing e que para as salvaguardarem devem instalar uma aplicação nos seus dispositivos móveis”.

“Estes contactos são realizados de um número de telefone que imita (spoofing) o número de telefone geral do Banco de Portugal (213 130 000)”, sublinha o mesmo comunicado, alertando que se trata de uma utilização indevida do nome e da imagem do banco.

O Banco de Portugal lembra que “não presta serviços bancários comerciais a particulares ou empresas” e aconselha as pessoas a não enviarem dinheiro, nem fornecerem dados pessoais, informação bancária (como códigos de acesso) ou relativa a cartões de crédito e a não instalarem qualquer tipo de aplicação em telemóveis ou em computadores pessoais “a pedido de quem declare que representa o Banco de Portugal ou que afirme ter uma relação bancária com o mesmo”.

Quem receber uma chamada no seu telemóvel em que o número que liga é supostamente o do BdP deve reportar o caso às autoridades e contactar o Banco de Portugal, podendo fazê-lo através de e-mail [email protected] ou marcando o número 213 130 000.

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Maria Roquete reforça direção da JLM & Associados

  • + M
  • 30 Janeiro 2024

A profissional regressa à agência como responsável de public affairs. Cláudia Vieira Borges passa a senior adivisor em public affairs e assume a direção de media training e projetos especiais.

A JLM & Associados começou o ano com alterações na estrutura de direção. Após cerca de cinco meses na Bolt, Maria Roquete regressou à agência, agora como responsável da área de public affairs. Cláudia Vieira Borges, até aqui responsável por esta área, passa agora a senior adivisor em public affairs e assume a direção de media training e projetos especiais da agência, cuja direção-geral continua a cargo de Maria João Soares.

Esta aposta vem na sequência de outras recentes: a criação de uma área de Sustentabilidade ESG (liderada por Bruno Proença) e uma de Business Intelligence (liderada por José Manuel Pessanha, numa parceria com João Marques de Almeida)“, refere Vítor Cunha, CEO da JLM & Associados.

“Optámos por um modelo que tem mostrado resultados: a combinação de experiência, capacidade técnica, renovação, ao mesmo tempo que diversificamos serviços. A contratação de Maria Roquete inscreve-se neste entendimento”, prossegue o responsável, citado em comunicado.

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Suécia anuncia suspensão do financiamento à UNRWA

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2024

A Suécia leva "muito a sério as acusações" sobre o alegado envolvimento de 12 elementos da agência da ONU para os refugiados palestinianos no ataque de 7 de outubro do Hamas contra Israel.

O governo sueco anunciou esta terça-feira a suspensão do financiamento à UNRWA, depois da demissão de 12 elementos da agência da ONU para os refugiados palestinianos por alegado envolvimento no ataque de 7 de outubro do Hamas contra Israel.

A agência sueca de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional indicou, em comunicado, que a Suécia leva “muito a sério as acusações” e informou que os fundos que estavam destinados este ano à Agência das Nações Unidas de Apoio aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA) serão “redistribuídos a outras organizações humanitárias”.

O ministro sueco da Cooperação Internacional, Johan Forsell, comentou ser “uma decisão muito acertada”, referindo que se deve chegar “ao fundo” da questão o mais depressa possível. O montante do financiamento ascende a 31 milhões de coroas suecas (2,7 milhões de euros), segundo o diário sueco ‘Aftonbladet’. Após as denúncias de Israel, a UNRWA anunciou a demissão de 12 elementos e o início de uma investigação sobre o presumível envolvimento no ataque.

Os norte-americanos foram os primeiros a suspender o financiamento, seguindo-se Canadá, Reino Unido, Austrália, Finlândia, Países Baixos, Áustria, Alemanha, Itália, França, Suíça, Roménia e Japão, bem como os três países bálticos. A coordenadora de Assuntos Humanitários e Reconstrução da ONU para Gaza, Sigrid Kaag, defendeu que nenhuma organização pode “substituir” a agência na assistência à população da Faixa de Gaza.

Para Kaag, não é substituível a “enorme capacidade, estrutura e o conhecimento da população de Gaza” pela UNRWA. A Comissão Europeia (CE) adiantou já que tomará as próximas decisões à luz da investigação iniciada a este caso pela ONU.

Dos outros grandes doadores – com contribuições superiores a 10 milhões de dólares por ano – apenas a Espanha, a Noruega, a Suécia, a Dinamarca e a Bélgica mantinham as suas contribuições, tal como a Arábia Saudita, o Qatar e o Kuwait, que não adotaram medidas imediatas, embora continuem atentos aos resultados das investigações abertas.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu à comunidade internacional que não suspenda o seu apoio à agência, uma vez que “os alegados atos horrendos destes funcionários devem ter consequências”, mas também há “dezenas de milhares de pessoas”, cerca de 30 mil, que trabalham e que não devem ser penalizadas.

Este pedido foi apoiado por vinte das mais importantes ONG humanitárias, que alertam que se estas suspensões não forem revertidas poderá ocorrer “um colapso completo da já restrita resposta humanitária em Gaza”. O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, cancelou uma reunião com o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, e apelou à sua demissão por alegado apoio ao terrorismo.

Depois de 7 de outubro, Israel declarou guerra ao Hamas e, desde então, lançou uma ofensiva aérea, marítima e terrestre contra a Faixa de Gaza que provocou mais de 26.400 mortos, segundo dados do grupo islamita palestiniano. Mais de dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza, atualmente deslocados por causa da guerra vivem uma crise humanitária sem precedentes e dependem da ajuda da UNRWA, que conta com mais de 30 mil trabalhadores e é a maior organização do território fora da esfera do Hamas.

Israel acusou ainda a agência das Nações Unidas de doutrinar com ódio contra si os estudantes, enquanto o exército israelita encontrou túneis do Hamas junto ou debaixo das instalações da UNRWA.

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CFO do grupo Ageas Portugal passa a administrador da holding em Bruxelas

  • ECO Seguros
  • 30 Janeiro 2024

Após seis anos baseado em Portugal como CFO, Christophe Vandeweghe vai ser Chief Risk Officer e membro da comissão executiva de topo da Ageas.

A Ageas, grupo segurador belga baseada em Bruxelas, acaba de modificar a composição da sua comissão executiva que passa a incluir Christophe Vandeweghe até aqui CFO do Grupo Ageas Portugal, de forma a adaptar o modelo de governo às ambições estratégicas do Grupo.

Christophe Vandeweghe deixa Portugal para ser o Chief Risk Officer da Ageas em Bruxelas.

Christophe Vandeweghe sucederá a Emmanuel Van Grimbergen como CRO, diretor de risco, a partir de 1 de junho de 2024. Com uma carreira iniciada no ING e na Deloitte, Vandeweghe juntou-se à Ageas em 2014 como Diretor de Risco para a Europa Continental. Em 2018 transferiu-se para Portugal para se tornar CRO do Grupo Ageas Portugal e posteriormente CFO. Em abril de 2023 assumiu também a função de Chief Business Development Officer para as atividades em Portugal.

Segundo informação da seguradora, a Comissão Executiva foi reforçada para incluir os 4 segmentos de negócio do grupo – Bélgica, Europa, Ásia e Resseguro – e uma nova direção de desenvolvimento de negócios que terá também como missão fazer evoluir a presença da Ageas em várias frentes.

Assim, o topo operacional do grupo que assegura o funcionamento do grupo passará a ter oito membros. Antonio Cano, diretor geral Europa, vai sair do grupo e terminará o seu mandato em 1 de junho deste ano.

A gestão executiva do grupo mantém Hans De Cuyper como CEO, Wim Guilliams como CFO juntando agora o CRO Christophe Vandeweghe.

Heidi Delobelle, CEO da AG, a seguradora belga do grupo Ageas nascida em 1824, sobe ao comité executivo, devido à “importância da Bélgica para o grupo”. Ben Coumans, atual director do grupo para estratégia e M&A irá substituir Antonio Cano – que em junho sairá da Ageas – como diretor geral da Europa, cobrindo a Ageas Portugal, a Ageas UK e as joint ventures da Turquia. Filip Coremans continua como diretor geral Ásia enquanto Emmanuel Van Grimbergen, atual CRO, será o diretor geral da nova área Resseguros & Investimentos e a ele reportará Joachim Racz, CEO of Ageas Re.

A nova direção de desenvolvimento de negócios será ocupado Karolien Gielen, atual partner especializada em seguros da Boston Consulting Group, que terá como funções estratégia, comunicação, sustentabilidade, desenvolvimento tecnológico e de negócios.

O Grupo Ageas Portugal, liderado por Steven Braekeveldt, ainda não indicou quem vai substituir Christophe Vandeweghe como CFO, mantendo-se a atual comissão executiva com Eduardo Consiglieri Pedroso, Gustavo Barreto, José Gomes, Nelson Machado, Pedro António e Vanda Antunes.

O Ageas é um dos maiores grupos seguradores baseado na Europa, tem 44 mil colaboradores e apresentou receitas de 16 mil milhões de euros em 2022, dos quais cerca de 2 mil milhões em Portugal, onde é o 2º maior grupo. Tem ainda negócios na Bélgica, Reino Unido, Turquia, China, Malásia, Índia, Tailândia, Vietname, Laos, Cambodja, Singapura e Filipinas.

A Fosun, grupo chinês que detém 85% do capital da Fidelidade, é o maior acionista da Ageas com 10,1%, a própria Fidelidade detém 1,1%, o fundo soberano da Bélgica SFPI-FPIM controla 6,4%, os fundos habituais têm posições como a Vanguard 3% e a Schroeder 1,5% e, em ações própria, a Ageas SA/NV detém 3%.

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Mercado de transferências atinge recorde de 9 mil milhões de euros em 2023

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2024

Pelo segundo ano consecutivo foram os clubes ingleses, liderados pelo Chelsea, os que mais gastaram, com quase três mil milhões de euros pagos ao longo de todo o ano de 2023.

O mercado global de transferências ascendeu a nove mil milhões de euros em 2023, o valor mais elevado de sempre, com mais dois mil milhões de euros do que o anterior máximo (2019), revelou esta terça-feira a FIFA.

O valor alcançado no ano passado representa uma subida significativa (48%) face a 2022, ano em que as despesas no mercado de transferências voltaram a subir após dois anos de queda, explicada pela pandemia de covid-19.

As dez maiores transferências representam 10% do total das taxas de transferência pagas em 2023, sublinhou a entidade que rege o futebol mundial, salientando os negócios que levaram o inglês Jude Bellingham do Borussia Dortmund para o Real Madrid, o argentino Enzo Fernández do Benfica para o Chelsea, o inglês Harry Kane do Tottenham para o Bayern Munique e o francês Randal Kolo Muani de Frankfurt para o Paris Saint-Germain (PSG).

Tal como em 2022, foram os clubes ingleses, liderados pelo Chelsea, os que mais gastaram, com quase três mil milhões de euros pagos ao longo de todo o ano de 2023. Ao lado do Chelsea, PSG, Liverpool, Real Madrid e Bayern de Munique são os clubes que mais gastaram no mercado de transferências em 2023. Na direção oposta, os clubes alemães, impulsionados pelas vendas de Bellingham ou Kolo Muani, receberam o maior total do mundo, com ganhos superiores a 1,1 mil milhões de euros.

Com 1.017 chegadas às suas ligas profissionais, os clubes portugueses foram os que mais acolheram jogadores de clubes de outros países no ano passado, enquanto os clubes brasileiros foram responsáveis pelo maior número de transferências de saída, com 1.217 jogadores que saíram para rentabilizar os seus talentos fora do Brasil.

O relatório da FIFA apontou ainda para “o impressionante crescimento” do futebol feminino em termos de investimentos nos mercados de transferências.

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Funchal assina com Grumese para seguros de 4 mil funcionários

“Como a câmara não consegue pagar mais aos seus colaboradores, arranjam esta forma de as pessoas pagarem menos por seguros e terem mais dinheiro disponível.”, refere o Managing Director da Grumese.

Ainda antes da recente crise política que abalou a Madeira, a Câmara Municipal do Funchal celebrou um protocolo de cooperação com a mediadora Grumese. Segundo José Monteiro, Managing Director da mediadora, a empresa é responsável por providenciar “as melhores condições do mercado para as necessidades” dos cerca de 4 mil funcionários do órgão executivo.

Cristina Pedra, vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal e José Monteiro, Managing Director da Grumese a assinar o protocolo que torna a mediadora como um parceiro credenciado da autarquia.

O acordo surge de um plano mais alargado do município em estabelecer protocolos com empresas de diversas áreas, desde viagens até a habitação, para que estas disponibilizem descontos na aquisição de produtos e serviços para trabalhadores das autarquias e os seus familiares mais próximos e até os aposentados da câmara. Cristina Pedra, vice-presidente da autarquia, relembrou que não tem competência para definir as remunerações dos seus trabalhadores, pois é definida pelo Orçamento Geral do Estado, mas tem “criado condições financeiras mais compensadoras aos funcionários e às pessoas que compõem os seus agregados familiares”, lê-se num comunicado enviado pela mediadora.

Como a câmara não consegue pagar mais aos seus colaboradores, arranjam esta forma para as pessoas pagarem menos dinheiro e terem mais dinheiro disponível.”, diz José Monteiro ao ECOseguros. No âmbito dos seguros, os interessados em contratualizar um, podem solicitar os serviços da Grumese, que fica responsável por “arranjar a melhor solução, ao melhor preço ao melhor nível de cobertura” dentro de todas as ofertas do mercado segurador, não tendo a Grumese exclusividade com qualquer seguradora. Importa salientar que os custos ficam a cabo do trabalhador, familiar ou aposentado.

A parceria teve início dia 8 de janeiro, é automaticamente renovável, mas a Grumese não quer ficar por aqui. A mediadora pretende “ir para outras áreas de atuação que a câmara tem.”, refere o dirigente.

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BCE vai estudar alterações aos instrumentos monetários para promover transição energética

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2024

Os objetivos passam por avaliar o impacto e riscos de transição para uma economia verde, o crescente impacto físico das alterações climáticas.

O Banco Central Europeu (BCE) vai estudar eventuais alterações nos seus instrumentos e carteiras de política monetária para promover a transição para uma economia verde, segundo um comunicado enviado às redações esta terça-feira.

O BCE publicou um guia relacionado com as alterações climáticas e o que fará nesse âmbito em 2024 e 2025, sendo este, sobretudo, um manifesto de intenções sobre o que conta avaliar e estudar mais aprofundadamente.

Segundo a entidade sediada em Frankfurt, os seus objetivos passam por avaliar o impacto e riscos de transição para uma economia verde, o crescente impacto físico das alterações climáticas e como se deve adaptar a um clima mais quente e o modo como os riscos relacionados com a degradação da natureza podem afetar o seu trabalho.

Em específico, o BCE disse que vai estudar eventuais alterações às suas ferramentas de estímulo da política monetária para as adaptar à transição energética, ainda que sem dar detalhes de como poderá ser feita essa adaptação.

O banco central irá ainda aprofundar o estudo do impacto das alterações climáticas na inflação e no sistema financeiro, bem como no trabalho, produtividade e crescimento.

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KKR notifica Concorrência sobre compra da Greenvolt

Fundo americano precisa de luz verde do regulador da concorrência para adquirir uma participação de 60% da Greenvolt aos acionistas de referência. Só depois avança com a OPA.

O fundo americano KKR já notificou a Autoridade da Concorrência a propósito da aquisição do controlo exclusivo da Greenvolt, no âmbito de uma oferta pública de aquisição (OPA) lançada no final do ano passado e avaliada em mais de 1,1 mil milhões de euros.

Caberá agora ao regulador liderado por Nuno Cunha Rodrigues analisar se a aquisição do controlo exclusivo da Greenvolt pela KKR, através do veículo GVK Omega, coloca em causa as condições de concorrência do mercado.

Os americanos oferecem uma contrapartida de 8,30 euros por ação, avaliando a empresa de energia renovável liderada por Manso Neto em cerca de 1,16 mil milhões de euros.

A KKR já tem um acordo com os sete acionistas de referência da Greenvolt – Actium Capital, Caderno Azul, Livrefluxo, Promendo Investimentos, V-Ridium, KWE Partners e 1 Thing Investments – para a compra de uma participação de 60% da empresa, mas precisa de obter a autorização das autoridades de várias jurisdições, desde Portugal até, potencialmente, à Bulgária, incluindo governos e autoridades da concorrência.

E só depois é que o fundo americano avançará com a OPA sobre os restantes 40% dispersos em bolsa, que ficará dependente do registo prévio da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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