Ronaldo compra clube de padel Lisboa Racket Centre

Capitão da seleção volta a apostar no padel com a aquisição do Lisboa Racket Centre, em Alvalade, depois do anunciado investimento no desenvolvimento da Cidade do Padel, em Oeiras.

Cristiano Ronaldo é um conhecido entusiasta do padel e acabou de reforçar a aposta na modalidade em Portugal. Depois da Cidade do Padel, que vai nascer em Oeiras em 2026, o internacional português de futebol fechou a compra do Lisboa Racket Centre, em Alvalade, confirmou o ECO junto de fontes do mercado. A notícia foi avançada pelo site New in Town.

O Lisboa Racket Centre, localizado junto ao Parque José Gomes Ferreira, conta com vários courts de padel, ténis, squash, um ginásio e um bar, e era detido pela empresa Van Veggel – Campos de Ténis de Lisboa, criada há cerca de 40 anos.

À boleia do crescimento da modalidade, a empresa registou lucros de 287,4 mil euros no ano passado, mais 34% em comparação com o ano anterior e o volume de negócios passou de cerca de 800 mil euros em 2019 para 1,3 milhões em 2023, segundo a base de dados de empresas InformaDB. No final do ano passado apresentava uma situação líquida positiva, com os capitais próprios a ascenderem a mais de um milhão de euros.

Obras na Cidade do Padel arrancam em dezembro

A aquisição do Lisboa Racket Centre por parte de Cristiano Ronaldo surge cerca de um ano depois do anúncio do investimento de cerca de seis milhões na Cidade do Padel, numa parceria com o empresário Filipe Botton.

O arranque das obras sofreu atrasos por conta do licenciamento dos terrenos junto da Câmara de Oeiras, e só vão arrancar em dezembro para estarem concluídas no primeiro trimestre de 2026. O plano prevê a construção e exploração de um megaprojeto junto ao Jamor, por um prazo de 20 anos, prorrogável por dois prazos de cinco anos.

A Cidade do Padel está a ser desenvolvida na zona do Jamor, num terreno com cerca de 15 mil metros quadrados, e onde vão ser construídos 17 campos de padel, 11 deles cobertos, um campo central com bancadas para até duas mil pessoas, ginásios, um edifício de suporte às atividades do padel e estacionamento autónomo. Condições para receber campeonatos internacionais.

Mais de 90 mil atletas inscritos na federação

Ronaldo é um dos muitos entusiastas que a modalidade que tem atraído nos últimos anos tanto em Portugal como em todo o mundo. Ainda no jogo com a Polónia, a contar para a Liga das Nações, o número sete da seleção nacional celebrou o golo com um gesto imitando uma jogada de padel com o seu colega Diogo Dalot (também ele com investimentos no padel, no norte do país).

Em Portugal, mais de 90 mil atletas e quase 400 clubes estavam registados na Federação Portuguesa de Padel, a maioria dos quais obtiveram licença nos últimos anos.

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Municípios exigem mais das receitas ao Estado e que este assegure 100% dos custos da nova habitação municipal

Luísa Salgueiro, em audição no Parlamento, aponta a necessidade de aumentar receitas para os municípios e rejeita responsabilidade financeira na construção de habitação.

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) foi ouvida esta quarta-feira no Parlamento, onde defendeu que o Estado deve assegurar aos municípios 100% dos custos com a habitação municipal, “tal como o PRR” e como determina a lei de bases e a Constituição, e apelou ao aumento das transferências para os municípios.

Luísa Salgueiro respondeu durante a manhã a perguntas da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública e da Comissão de Poder Local e Coesão Territorial, começando por indicar o “parecer votado por unanimidade no Conselho Geral” da ANMP, que considera “globalmente favorável a proposta do Orçamento do Estado”.

Apesar da avaliação geral, vários pontos do documento apresentado pelo Governo mereceram críticas da também autarca de Matosinhos.

Desde logo, no capítulo da habitação. “A ANMP entende que a construção de habitação deve seguir as regras da lei de bases da habitação” e a Constituição da República, que, nota a presidente da entidade, “diz que a competência para garantir uma habitação digna para todos é do Estado central. A responsabilidade financeira do Estado é 100%. A ANMP não pode concordar que seja atribuído um valor de 40% de financiamento para construção de nova habitação. Tal como o PRR garante 100%, as novas respostas devem garantir 100% de financiamento, porque não compete aos municípios disponibilizar habitação. É uma decisão de fundo que temos contestado na relação que temos com o Governo e esperamos que AR nos acompanhe relativamente a isso.”

Outro ponto de discórdia é o relativo à Taxa de Gestão de Resíduos (TGR). “Em 2022, esta taxa duplicou, passando de 11 euros por tonelada para 22 euros. Em 2023, passou para 25 euros, em 2024 para 30 euros por tonelada, e agora propõe-se que haja aumento para 35 euros. Um aumento de 218% em três anos, o que é absolutamente incomportável”, critica. “A nossa proposta é que esta [subida da] taxa seja suspensa, não se preveja o seu crescimento para 2025.”

Luísa Salgueiro nota que este custo é suportado pelos municípios para depositar resíduos em aterro. “A TGR paga deposição de resíduos em aterro, os aterros estão muitos deles em situação limite”, diz. “Não conhecemos a estratégia para alargar esta capacidade de deposição. O país tem estado muito na linha da frente na definição das metas. Importa ter condições de cumprir essas metas, o nosso receio é que sejam difíceis de alcançar.”

A TGR “tem impacto financeiro muito significativo” para os municípios, realça, mas o problema não fica por aí. “Já é difícil cumprir as exigências que estão em vigor, e preparamo-nos para avançar com nova etapa em termos de políticas de recolha, tratamento e gestão de resíduos sólidos urbanos que são muito ambiciosas, mas muito exigentes”, explicou a presidente da ANMP aos deputados destas comissões.

Assim, afirmou, “importa que a Assembleia da República e o Governo permitam que os contratos de prestação de serviços de recolha que muitos dos municípios têm em vigor possam ser alterados”. O problema, nota, é que “no objeto dos contratos nem sequer está previsto que se inclua recolha de biorresíduos e têxteis. Nas normas entram em vigor, estamos vinculados a regras que são muito escrutinadas. É preciso que o Tribunal de Contas acompanhe isto”, instou, notando que “para que os municípios pudessem avançar, importa ter cobertura jurídica, caso contrário, nós autarcas não vamos querer correr o risco de alterar os contratos sem essa cobertura”.

Olhando a dotação orçamental do Fundo Ambiental, Luísa Salgueiro diz que não vê “destino melhor a dar às verbas recolhidas do que seja suprir as necessidades que as autarquias têm para que se possa cumprir o PERSU (Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos) que estamos a aprovar em cada um dos municípios”.

Mais transferências da Administração Pública e fim do corte de 5% sobre cargos políticos

Outro ponto negativo apontado diz respeito à participação dos municípios na receita da Administração Pública. Em 2025, o peso da receita dos governos locais caiu para 11,8%, distante dos 16,9% de média na Zona Euro. Luísa Salgueira deixou a “reivindicação de que Portugal se possa aproximar deste nível de participação da administração local na receita total do Estado”.

Na leitura da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2025, as transferências para os municípios seguem no caminho correto, mas, “não fora a introdução de mecanismos de correção”, se se aplicasse “cegamente a lei das Finanças Locais, haveria municípios que teriam uma transferência inferior à deste ano em 20%, e outros que teriam subida na ordem dos 100%”. Nesse sentido, nota a presidente da ANMP, torna-se “cada vez mais evidente a necessidade da nova lei de Finanças Locais”.

O grupo de trabalho que irá avaliar esta alteração legislativa deverá avançar no início de 2025, ano em que a associação espera que seja “trabalhada” a nova lei, e a entrada em vigor ocorra em 2026, “coincidindo praticamente com o período do novo mandato autárquico”.

No total, as transferências da Administração Pública para o poder local terão um reforço de 11,2% face ao orçamento deste ano, para 4,25 mil milhões de euros. Para as comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas, a dotação será de 11,18 milhões de euros, um crescimento de 0,7%, valor considerado “razoável”.

A nível fiscal, Luísa Salgueiro considerou “insuficientes” as medidas relativas ao IVA e defendeu tributação reduzida para iluminação pública, refeições escolares e aquisição de equipamentos de proteção civil. E para a reabilitação urbana, considera que “devem ser consideradas novas construções e não apenas reabilitação de edifícios já existentes”.

Outra das reivindicações da presidente da associação das autarquias é a reversão do corte de 5% no vencimento dos titulares de cargos políticos. Uma “reivindicação legítima”, diz, considerando desrespeitoso para as funções que vários titulares de cargos políticos exercem. Apelamos às bancadas que possam apresentar alterações em sede de especialidade nesse sentido”. Este corte, recorde-se, foi decidido em junho de 2010, durante o segundo Governo de José Sócrates, aplica-se sobre a remuneração fixa mensal ilíquida e deveria vigorar “a título excecional”.

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Ações da EDPR tombam 11%. CEO diz estar “muito confiante” sobre crescimento nos EUA

A EDP está confiante de que a procura por energia nos Estados Unidos continuará a suportar o crescimento das energias renováveis no país, apesar da vitória de Trump.

O CEO da EDP e EDP Renováveis, Miguel Stilwell de Andrade, afirma que a empresa vai estar atenta às políticas da administração de Trump e implicações “no curto prazo”, mas não conta com “cortes substanciais” na legislação e afirma-se confiante de que a empresa continuará a crescer neste mercado “chave”.

“Acreditamos firmemente que os Estados Unidos se mantêm um mercado chave para o desenvolvimento de energias renováveis”, afirma Miguel Stilwell de Andrade. Apesar disso, concede: “Estaremos obviamente a analisar eventuais implicações para a execução no curto prazo e para o crescimento, dadas as naturais incertezas que existem em tempos de transição”.

Estas declarações foram feitas numa chamada com analistas, realizada no rescaldo da apresentação de resultados da subsidiária de energias limpas do grupo EDP. A EDP Renováveis. A EDP Renováveis registou uma queda homóloga de 53% nos lucros nos primeiros nove meses, para 210 milhões de euros, face aos 445 milhões alcançados no mesmo período do ano passado.

No fecho, as ações da EDP Renováveis tombaram 11,08% para 11,24 euros, mínimos de abril, enquanto as da ‘casa mãe’ EDP desciam 7,10% para 3,32 euros. Os títulos do grupo pesaram no índice PSI, que recuou 3,27%.

Nas próximas semanas e meses a empresa estará atenta às “pessoas chave” que serão nomeadas e as políticas para o setor. Na visão de Stilwell, os benefícios que o Inflation Reduction Act traz ao país tornam improvável que a legislação sofra cortes substanciais“. O responsável financeiro da cotada (CFO), Rui Teixeira, assinalou na mesma chamada que existem questões ligadas ao hidrogénio verde que ainda não estão consolidadas em termos legislativos.

Este pacote, lançado pelo ex-presidente Joe Biden, que inclui fortes incentivos ao setor renovável, foi fortemente criticado por Donald Trump, recém-eleito como presidente dos Estados Unidos. Ainda em maio, Trump anunciou que, caso chegasse ao poder, iria terminar a aplicação do IRA: “Vou cancelar todos os fundos que ainda não tenham sido despendidos no âmbito do mal-designado Inflation Reduction Act”.

No entanto, o líder da EDP relembrou que o setor das renováveis norte-americano experienciou “um crescimento forte” durante a primeira presidência de Donald Trump, e muitos dos maiores investimentos de energias limpas estão localizados em estados republicanos. A empresa, recorda o gestor, está presente nos EUA desde 2007, tendo por isso experienciado diversos ciclos políticos e económicos e tendo vindo a reforçar o crescimento. Nos últimos 12 meses, o crescimento das empresa nos EUA foi de 20%.

Para já, a mensagem é de confiança no crescimento neste mercado. Nos primeiros nove meses do ano, a EDPR instalou 1 gigawatt de capacidade renovável nos Estados Unidos, e não pretende ficar por aqui. “Estamos muito confiantes em atingir aproximadamente 2 gigawatts em adições de capacidade até ao final do ano“, disse Stilwell. A empresa tem mais de 1 GW de capacidade assegurada para 2025.

“Continuamos a ver um crescimento significativo da procura por eletricidade nos EUA nos próximos anos”, argumentou ainda Stilwell, olhando para a procura criada por exemplo por centros de dados e atividades industriais. Em paralelo, a EDP Renováveis América do Norte “está muito bem posicionada” em termos de potenciais incrementos nas tarifas sobre as importações, dado que tem “um peso elevado de fabrico local dos projetos de renováveis”.

Junção EDP com EDP Renováveis “nunca estará fora da mesa”

Confrontado com a “tentação” que poderia existir em juntar as duas cotadas do grupo EDP, olhando para a evolução de ambas em bolsa, o CEO atirou: “Por definição o nosso trabalho é olhar para todas as opções. Nunca estará fora da mesa”. No entanto, acabou por concluir que a administração está “satisfeita” com a estrutura atual.

Stilwell reconhece que a EDP Renováveis “é uma ação mais volátil” e que o dia após as eleições dos Estados Unidos está a ser marcado por uma quebra relevante. “Está, claramente, a arrastar-nos para baixo, e significativamente”, concedeu. Enquanto a EDP Renováveis chega a descer 12%, a EDP fica-se por uma quebra de 7%. Contudo, “também teve fases em que esteve a subir”, contrapôs. Além disso, a separação entre as duas empresas tem a vantagem de aumentar o grau de visibilidade e transparência sobre o negócio, “o que ajudou a captar capital no passado”, sublinha.

“Estes ciclos [políticos] acontecem e estamos focados em executar, entregar megawatts, cortar os custos, crescer o negócio lucrativamente”, concluiu Stilwell de Andrade.

(Notícia atualizada com as cotações de fecho da EDP, EDP Renováveis e PSI)

 

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EDP compra 16 centrais solares no Brasil por 35 milhões de euros

As novas centrais de geração solar descentralizada têm uma capacidade combinada superior a 44 MWp e representam um investimento de cerca de 35 milhões de euros.

A EDP anunciou a compra 16 novas centrais de geração solar descentralizada ao Grupo Tangipar, especialista em energia solar no Brasil. O investimento foi de cerca de 35 milhões de euros, informa a elétrica num comunicado enviado às redações.

O contrato inclui projetos nos estados da Baía, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, com capacidade total instalada de 44,3 megawatt-pico (MWp). O projeto desenvolvido no Mato Grosso representa o primeiro investimento da EDP neste Estado, ampliando o investimento da empresa em geração local de energia solar para mais áreas do Brasil.

Das 16 centrais, cinco já estão concluídas e prevê-se que as restantes estejam em operação em 2025 — 10,9 MWp estarão em operação na Baía, 12,5 MWp no Mato Grosso, 12,9 MWp no Mato Grosso do Sul e 7,7 MWp no Paraná. Estas centrais vão servir empresas em baixa tensão, através do modelo de produção local de energia partilhada, tal como os projetos Morgan East e Morgan West que a EDP colocou recentemente em operação no Estado norte-americano de Nova Iorque.

Com este investimento, a EDP reforça o seu papel ativo na transição energética e amplia a sua aposta na geração solar distribuída no país. Até 2026, a empresa prevê atingir cerca de 500 MWp em capacidade instalada solar no Brasil, através de projetos descentralizados.

A transação aguarda aprovação do Conselho de Administração para Defesa Económica (CADE). Assim que o negócio for concluído, as 16 centrais juntam-se às 90 que a EDP já tem no Brasil, com uma capacidade instalada de mais de 250 MWp, dos quais cerca de 210 MWp já estão em operação.

“A produção solar descentralizada representa uma enorme oportunidade para acelerar a transição energética em conjunto com os nossos clientes”, afirma Carlos Andrade, vice-presidente da EDP Brasil.

A geração solar descentralizada tornou-se um dos segmentos de negócio da EDP com maior crescimento. A empresa pretende investir 17 mil milhões de euros na transição energética até 2026, sendo que 2,5 mil milhões de euros serão aplicados em projetos de energia solar distribuída, para famílias e empresas.

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“Uma nova era de incerteza.” Como os jornais estão a reagir à vitória de Trump

  • ECO
  • 6 Novembro 2024

“Um regresso improvável” ou “uma nova era de incerteza” são algumas das frases escritas pelos principais jornais norte-americanos na análise ao regresso de Donald Trump como presidente dos EUA.

“Gostaria de agradecer ao povo americano a extraordinária honra de ter sido eleito o vosso 47.º Presidente”, afirmou Trump no discurso de vitória, esta madrugada, na Florida. No entanto, ao contrário do que se esperava, tendo em conta as sondagens, a vitória de Trump sobre Kamala Harris acabou por não ser renhida. Donald Trump conseguiu a maioria no Colégio Eleitoral e deverá mesmo bater Kamala Harris por uma margem confortável. O Partido Republicano já assegurou a maioria no Senado e deverá manter o controlo da Câmara dos Representantes, assegurando uma vitória total.

A vitória expressiva de Trump nestas eleições americanas está a ser notícia em praticamente todos os jornais no mundo. Nos Estados Unidos, o New York Times escreve que “Donald Trump regressa ao poder, inaugurando uma nova era de incerteza”.

“Donald J. Trump aproveitou a promessa de destruir o status quo americano para ganhar a presidência pela segunda vez nesta quarta-feira, sobrevivendo a uma condenação criminal, acusações, uma bala assassina, acusações de autoritarismo e uma mudança sem precedentes do seu oponente para completar um retorno notável ao poder”, diz o New York Times.

Já o Financial Times descreve a vitória de Donald Trump como “um regresso histórico” à presidência dos Estados Unidos. “Donald Trump derrotou Kamala Harris nas eleições presidenciais dos EUA, selando um regresso improvável que deverá lançar a democracia americana, as alianças dos EUA e os mercados globais numa era de convulsão”, escreve o económico.

O Washington Post titula no seu site que “Donald Trump vence a eleição presidencial, derrotando Harris para regressa à Casa Branca”.

“Para Trump e os seus apoiantes, regressar ao poder depois de não conseguir anular a derrota eleitoral de 2020, inspirar um ataque mortal ao Capitólio dos EUA e resistir a dois impeachments, quatro acusações criminais, uma condenação e duas tentativas de assassinato representa uma grande reivindicação da sua causa. As promessas de Trump de exercer autoridade ilimitada alarmaram milhões de outros americanos, incluindo alguns dos seus antigos conselheiros, que alertaram que governaria como um ditador e corresponderia à definição de fascista”, escreve o Washington Post.

“Rei do regresso. Donald Trump vence as eleições”. É assim que a The Economist descreve a vitória de Trump sobre Harris nas Eleições Americanas de 2024.

“A sorte de Kamala Harris diminuiu rapidamente. Poucas horas após o encerramento das primeiras urnas, ficou claro que não estava a conseguir fazer frente a Donald Trump. Parece que Trump conseguiu atrair o apoio dos eleitores urbanos e rurais em níveis notavelmente mais elevados do que na sua disputa contra Biden em 2020”, lê-se na The Economist.

Nos principais jornais chineses, as referências à vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos são praticamente inexistentes. A exceção é o China Daily que escreve um artigo de análise com o título “O que Trump augura para os laços sino-americanos”.

“Não é exagero dizer que nada é mais importante do que a paz e a prosperidade global, para além do óbvio bem-estar do povo americano e chinês, do que relações boas e estáveis ​​entre as duas maiores economias do mundo. Todos ganham quando as relações sino-americanas são boas; todos perdem quando as relações sino-americanas não são estáveis”, escreve o jornal.

Um dos principais jornais de Israel, o Haaretz, escreve que “Netanyahu elogia a “enorme vitória” de Trump como um “poderoso novo compromisso” com a aliança EUA-Israel”.

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Presidente da Siemens Portugal acumula liderança da multinacional em Espanha

Nos comandos da operação portuguesa desde 2022, Fernando Silva vai assumir as novas funções a partir de 1 de dezembro, substituindo Agustín Escobar no cargo de CEO da Siemens Espanha.

Fernando Silva, que assumiu o comando da Siemens Portugal em 2022, vai acumular a liderança da multinacional em Espanha, anunciou a empresa alemã esta quarta-feira. O português vai suceder a Agustín Escobar, passando a desempenhar o novo cargo já no início de dezembro.

O novo CEO da Siemens para Portugal e Espanha conta com uma longa carreira na multinacional alemã, onde está há 25 anos. Antes de ser apontado suceder a Pedro Pires de Miranda, que ocupava o cargo desde 2016, à frente da Siemens Portugal, Fernando Silva já liderava vários projetos nas áreas da energia e infraestruturas, a nível nacional e global.

O gestor foi ainda diretor-geral da divisão Energy Management para Espanha e Portugal, uma unidade de negócio centrada no desenvolvimento das infraestruturas de transporte, distribuição e fornecimento de energia.

Formado em Engenharia Eletrónica e de Telecomunicações pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, e com uma pós-graduação em e-Business – Gestão da Informação, pela Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais (FCEE) da Universidade Católica Portuguesa, Fernando Silva iniciou a carreira em 1991 na Landis & Gyr, tendo a partir de 1999 desempenhado diversas funções de gestão e direção na Siemens Portugal, nomeadamente nos setores da energia, redes inteligentes, infraestruturas e serviços.

“Temos os melhores talentos do mercado e uma oferta de serviços que combina profundo conhecimento e experiência nos mercados em que operamos e um amplo domínio de novas tecnologias, como Inteligência Artificial, Digital Twin, Edge Computing ou Metaverso Industrial, para satisfazer as necessidades dos nossos clientes na sua transformação digital”, adiantou Fernando Silva, citado em comunicado.

A mudança na liderança da Siemens Espanha ocorre num momento em que Agustín Escobar se prepara para assumir funções de CEO da Infraestrutura ferroviária na Siemens Mobility a nível global, ficando sedeado em Berlim, na Alemanha.

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Ricardo Leão demite-se de presidente da Federação de Lisboa

Depois da polémica, o presidente da câmara de Loures apresentou a demissão do cargo de presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa.

Depois de uma polémica, o presidente da câmara de Loures apresentou a demissão do cargo de presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa. Em comunicado o socialista revela que vai focar-se “na recandidatura autárquica em Loures”.

Venho comunicar que apresentei a minha demissão de presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do Partido Socialista”, escreve Ricardo Leão, agradecendo “a solidariedade e o apoio expressado por todos os presidentes de concelhias da FAUL e por todos os presidentes de Câmara Municipal eleitos pelo PS no distrito de Lisboa”.

Ricardo Leão considera que a demissão é “a melhor decisão” para se “focar” no “trabalho na Câmara Municipal de Loures e prevenir que o Partido Socialista” seja “prejudicado por uma polémica criada pela descontextualização de uma recomendação aprovada por 64% dos vereadores da Câmara Municipal de Loures”. “Rejeito a associação entre criminalidade e imigração, que nunca fiz, nunca farei e que, isso sim, é atentatório dos valores humanistas do socialismo democrático e internacionalista”, acrescenta.

Em reação à demissão, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, recordou o que já tinha dito na segunda-feira, que “todos os eleitos do PS devem estar comprometidos com os direitos defendidos pelo partido” e que, tal como os senhorios privados, “o senhorio Estado não pode e não deve aplicar sanções acessórias aos inquilinos”. “E mesmo que pudesse era uma resposta profundamente errada”, acrescentou.

O secretário-geral do PS recusou fazer “julgamentos na praça pública, nas televisões, nos jornais de eleitos do PS” e garantiu que o pedido de demissão de Ricardo Leão lhe chegou na terça-feira, ou seja, antes da publicação do artigo de um artigo de opinião esta quarta-feira no Público. “O pedido de demissão não vem na sequência de nenhum artigo”, afirmou Pedro Nuno Santos.

“O secretário-geral não faz julgamentos na praça pública, não é a minha forma de liderar o PS, de me relacionar com os eleitos em nome do PS. É possível conciliarmos uma posição clara e firme sobre matérias identitárias do PS e sabermos lidar com estas questões internamente, sem fazer julgamento públicos, na praça pública”, reiterou Pedro Nuno Santos, a partir da sede do PS, no Largo do Rato.

O ex-primeiro-ministro, António Costa; o deputado e membro da Comissão Política Concelhia de Lisboa, José Leitão; e o ex-eurodeputado Pedro Silva Pereira, num artigo de opinião no Público, criticaram as declarações do presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, que defendeu o despejo “sem dó nem piedade” de inquilinos de habitações municipais que tenham participado nos distúrbios que ocorreram na Área Metropolitana de Lisboa.

No artigo intitulado “Em defesa da honra do PS”, os três socialistas consideram que “além de violar grosseiramente as competências reservadas da Assembleia da República e dos tribunais, iria [os despejos] atingir, de forma manifestamente desproporcionada, o direito fundamental à habitação dos próprios e, por maioria de razão, dos inocentes que, integrando o respetivo agregado familiar, seriam colateralmente punidos apenas por residirem na mesma habitação”.

Quando um dirigente socialista ofende gravemente os valores, a identidade e a cultura do PS, não há calculismo taticista que o possa desvalorizar. É esse o legado do Partido Socialista que sentimos agora o dever de recordar e defender. Em defesa da honra do PS!”, sublinham.

Questionado se a acusação de taticismo lhe era dirigida, Pedro Nuno Santo atirou: “Se há político que não é tático sou eu.”

O Governo da Aliança Democrática (AD), de coligação PSD/CDS, também já se demarcou da posição do vereador social-democrata da Câmara de Loures, Nelson Batista, que aprovou a recomendação do Chega para despejar das casas municipais inquilinos que tenham cometido crimes.

“Temos é que melhorar a vida concreta das pessoas. Não vou entrar num debate político local a propósito de escolhas que não são escolhas do Governo”, afirmou esta quarta-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, à margem do briefing do Conselho de Ministros.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h17)

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Bancos sujeitos a obrigações que “vão muito além do que um privado devia ter”

Luís Ribeiro, administrador do Novobanco, queixou-se da exigência regulamentar que recai sobre a banca, ao nível da cibersegurança, em comparação com outros setores, como as comunicações eletrónicas.

Luís Ribeiro, administrador do Novobanco, esteve na conferência New Money do ECO e da Morais LeitãoHugo Amaral/ECO

Luís Ribeiro, administrador do Novobanco, queixou-se esta quarta-feira do nível de exigência regulamentar relativa a cibersegurança que recai sobre os bancos em comparação com outros setores.

O responsável deu como exemplo o setor das comunicações eletrónicas, sugerindo mesmo que, face ao volume de burlas que se verifica atualmente, “se calhar era bom” obrigar a identificação de qualquer cidadão que adquira um cartão de telemóvel.

“Hoje os bancos têm um conjunto de obrigações de primeira linha”, ao nível da cibersegurança, que “vão muito além das obrigações que uma instituição privada devia ter”, opinou o responsável na 4.ª edição da conferência New Money, promovida pelo ECO e pelo escritório de advogados Morais Leitão, que se realizou esta quarta-feira em Lisboa.

Então, o administrador notou que “há obrigações” que os reguladores “passam para os bancos e não passam para outros tipos de entidades”, fazendo da banca a “primeira linha da polícia”. “Se calhar era bom que obrigássemos quem compra um cartão SIM a que se identificasse”, sugeriu, numa altura em que aumentam as fraudes com mensagens e chamadas telefónicas.

O administrador do Novobanco esclareceu que o argumento não é menos regulação na banca, mas falta dela noutros setores igualmente críticos: “Isto não é contra a regulação no setor financeiro. É contra a falta de regulação noutros setores”.

(Notícia atualizada a 7 de novembro, às 12h10, para clarificar que as declarações do administrador do Novobanco referem-se, especificamente, à área da cibersegurança)

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Atrasos na contratação forçam Metro do Porto a reprogramar dez milhões das linhas de Gondomar, Trofa, Maia II e São Mamede

Em causa estão as novas linhas de Gondomar (Dragão - Souto), ISMAI - Muro - Trofa (Paradela), Maia II (Roberto Frias - Parque Maia - Aeroporto) e São Mamede (IPO - Estádio do Mar).

A Metro do Porto foi autorizada a realizar as despesas relativas aos encargos plurianuais referentes aos investimentos para as quatro linhas – Trofa, Maia II, Gondomar e São Mamede, até ao montante de global de dez milhões de euros sem IVA. Mas, tendo em conta os atrasos sofridos, a empresa tem de reprogramar a forma como vai usar essa verba.

Torna-se necessário proceder à reprogramação do escalonamento dos encargos plurianuais, devido a vicissitudes decorrentes do procedimento de contratação“, lê-se na portaria publicada esta quarta-feira em Diário da República.

Em declarações ao ECO, fonte oficial do Metro da Porto esclarece que as vicissitudes mencionadas “estão relacionadas com investimentos programados com processos de contratação correspondentes mais complexos ou demoradospedidos de esclarecimento por parte de concorrentes, pedidos de prorrogação de prazos para entrega de propostas – tudo temas de natureza processual formal, nada de mudanças na estratégia ou nos objetivos em torno dos investimentos em causa. Daí a necessidade de ajustar o volume de investimento programado para cada ano”.

Com esta reprogramação, encargos financeiros, assegurados por verbas do programa temático do Portugal 2030, designado Programa Ação Climática e Sustentabilidade (Sustetável 2030) e do Fundo Ambiental, não podem exceder os 4,8 milhões de euros este ano, os 4,2 milhões de euros em 2025 e um milhão em 2026.

Quanto a transferências orçamentais provenientes do Fundo Ambiental, estas abrangem as quatro linhas em causa, com 2,2 milhões de euros em 2024, 4,2 milhões de euros em 2025 e um milhão em 2026.

Em março deste ano, a Metro do Porto adjudicou, por 5,5 milhões de euros ao consórcio Grid e Ayesa, a realização dos projetos e dos estudos das novas linhas de Gondomar, Trofa, Maia e São Mamede.

As novas linhas vão acrescentar 38 estações e 37 quilómetros ao Metro do Porto e estarão prontas até 2030.

  • Linha da Trofa: Linha de metro entre o Instituto Universitário da Maia (ISMAI) e o Muro, com cerca de 3,2 quilómetros e duas estações, e uma linha de BRT (Bus Rapid Transit/Metrobus) entre o Muro e a Paradela, com cerca de 7,3 quilómetros e cinco estações/paragens, (Ribela, Muro, Serra, Bougado, Pateiras, Trofa Sul e Paradela);
  • Linha da Maia II: Linha de BRT ou de metro, entre Roberto Frias e o Aeroporto, com cerca de 14,3 quilómetros e 18 paragens, se for em BRT, ou 13,3 quilómetros e 16 estações, se for metro (Os Verdes II, Ponte de Moreira, Espido, Parque Maia II, Chantre, Catassol, Maninho, Gueifães, Milheirós, Águas Santas, Caverneira, São Gemil, Giesta, Pedrouços, HSJ II e Roberto Frias);
  • Linha de Gondomar: Linha de metro entre o Estádio do Dragão e Souto, com cerca de 6,9 quilómetros e oito estações (São Roque, Cerco, Lagarteiro, Lagoa, Valbom, Hospital Fernando Pessoa, Oliveira Martins e Souto);
  • Linha de São Mamede: Linha de metro entre o IPO e o Estádio do Mar, com cerca de 6,6 quilómetros e oito estações (Senhora da Hora II, S. Gens, Xanana Gusmão, Elaine Sanceau, Pedra Verde, S. Mamede, ISCAP, IPO II).

 

 

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Parlamento Europeu confirma Maria Luís Albuquerque como comissária para os Serviços Financeiros

Parlamento Europeu aprovou audição da ex-ministra das Finanças. Maria Luís Albuquerque será a próxima comissária para os Serviços Financeiros, Poupança e a União dos Investimentos.

O Parlamento Europeu deu ‘luz verde’ a Maria Luís Albuquerque como a próxima comissária para os Serviços Financeiros, Poupança e a União dos Investimentos. A confirmação foi anunciada esta quarta-feira, após a audição da ex-ministra das Finanças, na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (ECON).

Maria Luís Albuquerque recebeu mais de dois terços dos votos necessários para aprovação, 51 dos 58 votos. Todos os grupos políticos votaram a favor com exceção dos eurodeputados da Esquerda Europeia (da qual faz parte Bloco de Esquerda e PCP) e a extrema-direita dos Soberanistas (ESN). Em sentido contrário, a antiga governante reuniu o apoio de vários partidos, desde os Verdes, o S&D (a que pertence o PS) e os Patriotas Pela Europa (a que pertence o Chega).

Embora tenha sido já confirmada para o cargo, Maria Luís Albuquerque ainda não entrará em funções. Até dia 12 de novembro irão decorrer audições dos restantes candidatos a comissários europeus e só no final o novo colégio será votado em bloco pelo Parlamento Europeu. A votação pelos eurodeputados do colégio completo de comissários (por maioria dos votos expressos, por votação nominal) está prevista para a sessão plenária de 25-28 de novembro, em Estrasburgo.

Maria Luís respondeu com “preparação e humildade”, diz Lídia Pereira

A vice-presidente da bancada do Partido Popular Europeu (EPP) não se mostrou surpreendida com a prestação de Maria Luís Albuquerque na audição no Parlamento Europeu. Aos olhos de Lídia Pereira, era evidente que a nova comissária seria aprovada.

“Foi uma audição que esperávamos correr bem. Maria Luís mostrou competência e preparação e respondeu com humildade. A experiência é o ativo de Maria Luís“, afirmou em declarações aos jornalistas.

Francisco Assis sai esclarecido: “Foi um boa audição”

Depois de alguma hesitação em relação ao nome de Maria Luís Albuquerque, os socialistas votaram todos no mesmo sentido: a favor. “Foi uma boa audição”, afirmou Francisco Assis em declaração aos jornalistas, no Parlamento Europeu, garantido ter ficado esclarecido com as respostas prestadas pela futura comissária.

Segundo o eurodeputado, Maria Luís Albuquerque demonstrou um “grande compromisso no que diz respeito ao sistema de regulação e supervisão dos mercados financeiros“, uma política que, diz, permitirá proteger cidadãos, contribuintes e empresas.

Francisco Assis, que começou a sua intervenção na audição de Maria Luís Albuquerque por reconhecer as divergências que tem com a ex-ministra das Finanças, considera que esse elemento faz parte da democracia. “Somos adversários políticos e faço parte de uma família política diferente, tivemos muitas disputas no passado mas estamos noutro tempo e noutro lugar. A Europa está numa fase decisiva”.

“A democracia vive do confronto e do consenso”, sublinhou, garantindo que a intervenção dos socialistas não teve como foco “ajuizar o passado” da ex-ministra.

Tânger-Corrêa critica falta de transparência

Embora os Patriotas pela Europa (do qual o Chega faz parte) tivessem votado a favor, António Tânger-Corrêa mantém as críticas em relação a Maria Luís Albuquerque, dizendo que a nova comissária nunca poderá ser totalmente “transparente” uma vez que o seu grupo político “está ligado à von der Leyen, que não é uma pessoa transparente”.

Ainda assim, considera que a ex-governante “aguentou-se” e que a qualidade técnica mantém-se. “Já vi audições muito piores”, acrescentou em declarações aos jornalistas.

Liberais elogiam “segurança” e calma” de Maria Luís

João Cotrim de Figueiredo deixou um leque de elogios à comissária portuguesa, considerando que a audição foi “segura” e que esteve “calma”. “Teve controlo absoluto do tempo de resposta, mostrou conhecimento das matérias. Está acima da média dos comissários“, apontou o cabeça de lista da Iniciativa Liberal.

Porém, deixou críticas ao processo de nomeação dos comissários, argumentando que o estilo adotado – cada Estado-membro nomeia um candidato, sem que a pasta lhe seja atribuída – “não favorece as pessoas mais competentes”. Aos olhos de Cotrim Figueiredo, o sistema de audições “não favorece ninguém” e deve ser “profundamente alterado”.

O eurodeputado aproveitou ainda o momento para comentar a intervenção de Catarina Martins, considerando-a “deselegante” e “demagoga”. A eurodeputada do Bloco Esquerda apontou dedos às “portas giratórias” de Maria Luís Albuquerque, tendo questionado ainda a futura comissária para que banco pretende ir depois de terminar o seu mandato, em 2029.

João Cotrim Figueiredo disse-se “chocado” com a interpelação de Catarina Martins, com o “uso da demagogia e da mentira para o combate político”, e também o recurso pelo BE “ao populismo que tanto dizem querer combater”.

Setor financeiro “tem lobista na Comissão”, diz Catarina Martins

Catarina Martins desvaloriza as críticas, argumentando que mais importante do que saber “para onde vai a seguir” é perceber “de onde vem”. “É importante ter capacidade de fazer política”, disse a representante do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu.

“Temos alguém que vem do sistema financeiro diretamente para Comissão Europeia. É o grande sonho do mercado financeiro. Têm a lobista na Comissão Europeia”, acusa a eurodeputada do Bloco de Esquerda, anunciando que o grupo político do qual faz parte (A Esquerda Europeia) foi o único que escreveu objeções no relatório final sobre a audição de Maria Luís Albuquerque.

“Há um limite para quem vem trabalhar diretamente de um dos maiores grupos financeiros e depois escreve regras para esses mesmos grupos”, explicou em declarações aos jornalistas, reiterando que “o conflito de interesses é com todo o portefólio” que lhe foi atribuído.

Políticas da Comissão “não servem interesses dos portugueses”

O PCP também foi dos eurodeputados que fez críticas a Maria Luís Albuquerque, considerando que as políticas da Comissão Europeia para os próximos cinco anos “não servem os interesses dos europeus e dos portugueses”.

Recordando o “escândalo do BES”, João Oliveira diz que o caso “ilustra bem” as criticas que faz relativamente à forma como as políticas do executivo comunitário favorecem “a concentração de poderes” dos maiores grupos económicos em detrimento da política nacional.

“Ter Maria Luís Albuquerque com esta pasta é um trunfo”, diz CDS

Ana Miguel Pedro diz ter ficado “muito satisfeita com a audição”, enaltecendo a experiência política, técnica e académica da comissária indigitada, sobretudo na altura “delicada” em que exerceu funções enquanto Ministra das Finanças.

“Tem uma pasta extremamente importante para o futuro da União Europeia que engloba a união de mercado de capitais e a união bancária”, dois aspetos que a eurodeputada do CDS considera ser fundamentais para o futuro do bloco e da competitividade face aos mercados externos. “Ter Maria Luís Albuquerque com esta pasta é um trunfo”, respondeu.

A jornalista viajou para Bruxelas a convite do Parlamento Europeu.

Notícia atualizada pela última vez às 15h21

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“Ao mudar a história, fazemos história”, diz a Macieira Cream, dois anos após o lançamento

Dois anos após o lançamento, a Macieira Cream conquistou 19,7% de quota de mercado. "Ao mudar a história, fazemos história?", pergunta a marca em nova campanha. A brand manager explica porquê.

Dois anos após o lançamento de “A história acabou de começar”, campanha com a qual a Pernod Ricard assinala a entrada da Macieira no segmento dos licores, a Macieira Cream pergunta agora se “Ao mudar a história, fazemos história?“.

A campanha multimeios que arranca esta semana, a segunda da marca, tem como protagonista Marta Pereira da Costa, a primeira mulher guitarrista profissional de fado a nível mundial. “Num mundo tradicionalmente dominado por guitarristas homens, Marta conseguiu marcar a sua presença e fazer sucesso além-fronteiras. Tal como a Macieira, a guitarrista portuguesa desafiou convenções, transformou a história do fado e fez história, e fê-lo de tal forma que agora há mais jovens mulheres a seguir o seu caminho. Por todas estas razões, foi a nossa escolha para dar vida à campanha que acabamos de lançar”, descreve ao +M Francisca Ribeiro, brand manager Macieira.

“Após estes dois anos, considerámos relevante dar este passo em frente, mas indo beber às origens da primeira campanha. Não queremos mudar a narrativa por completo, queremos sim reforçar os valores da marca e mostrar que Macieira Cream, embora muito bem recebida no mercado, não está estagnada“, aponta, referindo também o lançamento recente de uma edição limitada, a Macieira Cream Caramelo Salgado.

Assinada pela McCann, com produção de vídeo da Jungle Corner, o desafio é “continuar a evoluir nesta narrativa” na tentativa de garantir a conquista de “um lugar permanente na história de uma nova geração de consumidores”. “Nesta campanha estamos a dar de forma demarcada um passo em frente, ao mudar a história através do sucesso e da aceitação que esta referência teve no mercado“, prossegue Francisca Ribeiro.

A aceitação, traduzida em números, significa terem passado de “0% de quota de mercado, em setembro de 2022, numa categoria madura, para 19,7% de quota de mercado, acumulada entre julho de 2023 e junho de 2024, numa categoria que está a crescer 27% e 53% desse crescimento vem de Macieira Cream. Dentro desta categoria, suplantámos em alguns meses o principal concorrente, nomeadamente no mês de maior relevância para o mercado, dezembro, de 2023″, enumera a responsável da marca, citando a Nielsen (base Total Licores Cremosos, ano móvel junho 2024). Os valores, em relação à concorrência, são idênticos.

Vendemos mais de 385 mil garrafas só de julho de 2023 a junho de 2024, o que nos deixa muitíssimo felizes, pois demonstra o interesse que o consumidor continua a ter nesta referência, mesmo após a novidade do lançamento”, aponta Francisca Ribeiro.

Com o planeamento a cargo da Arena Media, a campanha lançada semana estará presente em televisão, digital. Em simultâneo, a marca terá ativações de degustação no ponto de venda, procurando dar a provar o produto a potenciais consumidores. “Nesta nova campanha, o facto de estarmos a trazer uma novidade ao consumidor acarreta sempre investimento, no entanto, traz novas oportunidades de mostrar mais sobre a marca e as suas referências”, comenta Francisca Ribeiro, sem especificar os valores investidos nesta campanha.

A par da comunicação, a marca está também a lançar a Macieira Cream de litro, um formato desenvolvido de acordo com o feedback dos consumidores, que referiram a necessidade de formatos maiores que não esgotem tão rapidamente, explica a responsável.

Dirigido a um target mais jovem que o tradicional consumidor de licores cremosos, “a marca fez um investimento significativo ao lançar-se numa nova categoria, investimento que se justifica ao ver o impacto tão positivo, seja ao nível da recetividade da campanha anterior, do comportamento de compra do consumidor, do volume de vendas alcançado ou da quota de mercado obtida”, resume Francisca Ribeiro.

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Governo aprova despesa de 98 milhões para quatro helicópteros para o INEM

Conselho de Ministros aprovou despesa para contratação de dois lotes de helicópteros. Contrato a cinco ano terá valor médio de teto de despesa de cerca de 15,5 milhões de euros ao ano.

O Conselho de Ministros aprovou esta quarta-feira uma autorização de despesa para a contratação de quatro helicópteros para o INEM entre junho de 2025 e junho de 2030, anunciou o ministro da Presidência. António Leitão Amaro adiantou que o valor estimado ascende a cerca de 98 milhões de euros até 20230.

Em conferência de imprensa, o governante indicou que autorização da despesa quer garantir “dois lotes de dois helicópteros em pontos diferentes do território nacional”. O anúncio ocorre num momento em que há relatos de falha no atendimento do INE. Leitão Amaro justificou que o Governo tem estado “a trabalhar para dar a volta” às fragilidades da instituição e “resolver numa área extremamente sensível”.

“O sistema de emergência médica tem de funcionar e é crítico para a sensação de segurança, de confiança e para a saúde dos portugueses“, disse, acrescentando que “depois de um período de claro desinvestimento, de degradação profundíssima do INEM” o Executivo está, “passo a passo, a corrigir esses problemas”.

Leitão Amaro explicou que, relativamente ao contrato do INEM, este passa a ser “a cinco anos, com um valor médio dos tetos de despesa por ano de cerca de 15,5 milhões de euros”, tendo o valor sido estipulado após uma consulta prévia ao mercado.

É uma autorização de despesa até 2030 de cerca de 98 milhões de euros que permitirá abrir um concurso em dois lotes”, explicou, acrescentando que procura assegurar “que no dia em que o atual contrato termine, exista apoio e meios aéreos suficientes para os quatro” helicópteros.

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