TAP anula garantias de empréstimo da Azul. Companhia brasileira recorre à CMVM

A companhia aérea portuguesa afirma num documento disponibilizado a investidores que considera sem efeito as garantias prestadas. Azul vai fazer exposição à CMVM.

A TAP informou os investidores da recente emissão de dívida de 400 milhões de euros que considera “nulas” as garantias prestadas à Azul pelo empréstimo obrigacionista de 90 milhões de euros, realizado em 2016, segundo um documento da operação. Um entendimento que veio escalar a tensão com a companhia brasileira e que contraria um parecer legal emitido na altura pela sociedade de advogados Vieira de Almeida. A Azul vai avançar com exposição à CMVM, apurou o ECO junto de fonte ligada ao processo.

O nosso conselho de administração entende que os direitos de garantia previstos no Contrato de Garantia Azul são nulos e sem efeito, com base num parecer jurídico que classifica as Obrigações Azul como equivalentes a um empréstimo acionista subordinado à TAP SGPS, com a consequência de que todas as garantias concedidas em relação às Obrigações Azul são nulas e sem efeito”, lê-se num documento legal da emissão de dívida realizada pela transportadora portuguesa na semana passada, obtido pelo ECO. Sendo considerado subordinado, deixa de ter precedência em relação aos restantes créditos.

É este o parágrafo que veio agravar a disputa legal entre a TAP e a Azul, levando esta última a considerar que a empresa portuguesa entrou formalmente em incumprimento das garantias prestadas, solicitando a intervenção do agente fiduciário da operação, como avançou o Diário de Notícias. O ECO contactou a TAP, que não quis fazer comentários.

Os advogados que estão a assessorar a Azul vão, além disso, avançar com uma exposição à CMVM do alegado incumprimento da TAP e das diligências já tomadas, antes ainda da liquidação da emissão de 400 milhões de euros, prevista para dia 7, segundo apurou o ECO.

A TAP refere no documento disponibilizado aos investidores que a Azul poderá contestar o seu entendimento em relação às garantias e “tentar executar os direitos de garantia previstos no Contrato de Garantia Azul, até ao montante máximo garantido (90 milhões de euros)“.

A companhia aérea liderada por Luís Rodrigues está a ser assessorada neste processo pela Morais Leitão. Em março de 2016, uma outra sociedade de advogados, a Vieira de Almeida, emitiu um parecer, pedido pela TAP e enviado à Azul e à chinesa Hainan Airlines, que chegou a ser acionista indireta da transportadora portuguesa, que assegura a legalidade de todo o processo, incluindo as garantias prestadas.

Todas as ações societárias necessárias ao abrigo das leis de Portugal foram devidamente tomadas, por ou em nome da TAP SGPS, para a celebração dos Acordos pela TAP SGPS e para o cumprimento pela TAP SGPS de cada uma das obrigações expressamente assumidas por esta nos termos dos Acordos.

Parecer de 2016 da Vieira de Almeida

“Todas as ações societárias necessárias ao abrigo das leis de Portugal foram devidamente tomadas, por ou em nome da TAP SGPS, para a celebração dos Acordos pela TAP SGPS e para o cumprimento pela TAP SGPS de cada uma das obrigações expressamente assumidas por esta nos termos dos Acordos“, afirma a opinião legal a que o ECO teve acesso, emitida dois dias depois da subscrição das obrigações pela Azul e a Parpública, que entrou com 30 milhões de euros.

O caso remonta a 2015, quando David Neeleman, fundador e maior acionista da Azul, venceu com Humberto Pedrosa a privatização da TAP, ficando com 61% das ações. Além de capitalizar a companhia aérea com os polémicos fundos oriundos da Airbus, por troca de um contrato vinculativo para a compra de aeronaves, o empresário brasileiro levou em 2016 a TAP SGPS a subscrever um empréstimo obrigacionista, convertível em ações, de 90 milhões de euros. Os títulos têm um juro elevado, de 7,5%, que, além disso, é composto. A fatura para a TAP SGPS já vai em 165,7 milhões.

A atravessar graves dificuldades financeiras, agora aparentemente mais sanadas, a Azul tentou encontrar liquidez adicional no empréstimo feito oito anos antes. Em setembro enviou uma carta a solicitar um “aperfeiçoamento” das garantias prestadas ou um pagamento antecipado da dívida, com negociação dos juros devidos. A TAP contestou as garantias e propôs o pagamento de 50 milhões de euros, sem no entanto avançar com uma proposta formal, como avançou o ECO.

O que levou o CEO da companhia brasileira a ameaçar romper o acordo comercial entre a Azul e a TAP no Brasil, tendo informado os interessados na privatização da companhia portuguesa dessa possibilidade. O diferendo esteve também na agenda da recente visita do ministro dos Portos e Aeroportos brasileiros a Portugal, que incluiu um encontro com o Governo e a administração da TAP.

Azul recorre a árbitro e quer reembolso antecipado

No documento da recente emissão disponibilizado aos investidores, a TAP elenca os direitos de garantia das obrigações subscritas pela Azul, que diz serem considerados nulos. São eles:

  • Um penhor sobre direitos de propriedade intelectual;
  • A cessão de créditos e penhor de contas bancárias;
  • A cessão da posição contratual em determinados contratos de software;
  • a constituição de uma nova empresa para deter e operar o programa Miles&Go (“NewCo”); e um penhor sobre as ações dessa NewCo.

A Azul decidiu recorrer ao agente fiduciário do contrato de subscrição das obrigações, a Bondholders, uma sociedade com sede em Valência, Espanha, de forma a dirimir o conflito.

Na carta, datada de 1 de novembro e enviada também à Parpública e à TAP, a Azul escreve que “identificou vários eventos e circunstâncias provocadas pelo emitente, seja diretamente ou em resultado de ações tomadas pelo acionista de controlo, (….) que consideramos Eventos de Incumprimento ao abrigo dos termos e condições das obrigações“. Dá como exemplo “a intenção de repudiar um documento financeiro”, “a violação dos compromissos de informação” ou a “violação de compromissos relativos a alienações”.

A companhia brasileira notifica o agente fiduciário para “convocar uma assembleia de obrigacionistas extraordinária” para discutir “certos Eventos de Incumprimento” e a “possibilidade de desencadear o reembolso antecipado das obrigações“.

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Factorenergia aposta na digitalização da energia para impulsionar as comunidades solares

  • Servimedia
  • 6 Novembro 2024

A Factorenergia apresentou no Smart City Expo World Congress a sua visão para as cidades do século XXI: um modelo energético sustentável e digital baseado em comunidades solares.

Segundo a empresa, este projeto de digitalização energética visa não só acelerar a transição para um consumo energético mais limpo, mas também promover o autoconsumo coletivo, reforçando o compromisso da empresa com a sustentabilidade.

Na sua intervenção no congresso realizado em Barcelona, o diretor do Departamento de Transição Energética da Factorenergia, Antoni Franquesa, explicou como as comunidades solares podem ajudar a descarbonizar as cidades, oferecendo uma alternativa eficiente que também capacita os cidadãos. Esta abordagem não só facilita o acesso à energia solar em ambientes urbanos, como também introduz a utilização da tecnologia blockchain, que permite a monitorização em tempo real do consumo de energia de cada utilizador, proporcionando transparência e fiabilidade.

Durante o congresso, a Factorenergia detalhou a sua colaboração com a Blockchain Digital Energy, que resultou na criação de um dispositivo de digitalização de energia. Integrado na aplicação da Factorenergia, este dispositivo permite ao utilizador visualizar o seu consumo individualizado e o desempenho dos seus painéis solares, com dados acessíveis e precisos em tempo real.

A Factorenergia desenvolveu mais de 40 projetos em Espanha para promover a transição energética através de comunidades solares. O seu portefólio inclui as instalações de La Pobla de Claramunt, em Barcelona, com uma potência de 123,5 kWp, e de Paterna, em Valência, com 115,5 kWp. Ambas as instalações podem abastecer mais de 100 famílias cada uma.

Além disso, a Factorenergia implementou projetos-piloto em Barcelona, como na urbanização La Mallola, em Esplugues de Llobregat, onde 14 sistemas de autoconsumo coletivo geram 511,11 kWp para mais de 150 vizinhos. Outros exemplos incluem a utilização partilhada de energia em edifícios públicos, como o Instituto Torrent dels Alous e o tribunal de Rubí, que partilham a eletricidade gerada no telhado do instituto. No setor industrial, a empresa implementou também um sistema de autoconsumo coletivo no parque industrial de Almeda, em Cornellà del Llobregat.

De 5 a 7 de novembro, Barcelona acolhe a maior edição do Smart City Expo World Congress, com 1100 expositores de 850 cidades e mais de 600 especialistas internacionais. Organizado pela Fira de Barcelona, o evento tornou-se uma referência mundial para as cidades inteligentes e inclui sessões de debate sobre soluções inovadoras para melhorar a qualidade de vida urbana.

 

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5 coisas que vão marcar o dia

Ressaca eleitoral nos EUA, audição de Maria Luís Albuquerque no Parlamento Europeu, resultados da EDP Renováveis, emprego e audições do OE2025 vão marcar o dia.

Dos resultados eleitorais nos Estados Unidos à audição de Maria Luís Albuquerque no Parlamento Europeu, passando pelas audições setoriais no Parlamento português sobre o Orçamento do Estado para 2025 aponte na agenda os principais eventos do dia. Destaque ainda para a apresentação dos resultados da EDP Renováveis e para a publicação dos dados do emprego do terceiro trimestre.

Ressaca eleitoral nos Estados Unidos

Os norte-americanos votaram nas eleições de terça-feira para escolher o 47.º Presidente da história dos Estados Unidos, mas o seu efeito irá prolongar-se, com os analistas a anteciparam volatilidade nos mercados ao longo das próximas sessões. Esta quarta-feira deverá ficar marcada pelas reações aos resultados da grande noite eleitoral seja no campo político, seja no mercado de ações, moeda e obrigações.

Audição de Maria Luís Albuquerque no Parlamento Europeu

Maria Luís Albuquerque, comissária indigitada com a pasta Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos, é ouvida na Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários (ECON) no Parlamento Europeu. É nestas audições, nas quais os comissários indigitados apresentam os seus programas, que os eurodeputados avaliam se estes têm a independência e competências necessárias para as funções.

EDP Renováveis apresenta resultados

A EDP Renováveis divulga os resultados do terceiro trimestre, após ter visto os lucros disparar 163% no primeiro semestre, para 210 milhões de euros. Crescimento de 5% da produção ajuda a explicar forte aumento dos lucros da elétrica, bem como os ganhos da rotação de ativos, apesar de um aumento dos custos financeiros.

INE publica estatísticas do emprego

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga as estatísticas do emprego do terceiro trimestre. O segundo trimestre foi sinónimo de uma redução do desemprego em Portugal. De acordo com os dados do organismo de estatística, a taxa fixou-se em 6,1% entre abril e junho, abaixo dos 6,8% registados no arranque do ano. Por outro lado, a população empregada aumentou, mantendo-se em máximos de mais de uma década.

Audições sobre OE2025 continuam

As audições no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) continuam. Esta quarta-feira, é a vez de serem ouvidas durante a manhã a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE). Da parte da tarde, caberá à ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, defender a proposta orçamental.

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Naturgy atribui 15 milhões de euros para substituir todo o equipamento danificado dos seus clientes nas zonas mais afetadas

  • Servimedia
  • 6 Novembro 2024

De acordo com a Naturgy, a empresa efetuará igualmente verificações gratuitas das instalações para garantir a sua segurança. Esta medida terá um impacto potencial em 25.000 habitações e empresas.

A Nedgia, distribuidora de gás do grupo Naturgy, atribuirá 15 milhões de euros para a reparação ou substituição de instalações e equipamentos de gás (caldeiras, aquecedores, etc.) e prestará assistência financeira para a substituição de eletrodomésticos (máquinas de lavar e frigoríficos) aos seus clientes das zonas mais afetadas pela DANA e pelas chuvas torrenciais da semana passada.

A este respeito, o presidente da empresa, Francisco Reynés, explicou que sabem “que nada pode aliviar completamente a dor das pessoas afetadas por esta tragédia, mas estamos à disposição dos nossos clientes para ajudar, na medida do possível, a recuperar as condições de habitabilidade das suas casas”.

“Estamos conscientes da nossa responsabilidade social enquanto prestadores de um serviço essencial e queremos contribuir para a recuperação das zonas afetadas”, afirmou.

Esta iniciativa pode agora ser gerida através dos canais de Serviço ao Cliente da Nedgia (‘www.nedgia.es’). Além disso, através do número de telefone 900408080 e nos pontos de atendimento ao cliente que serão implantados na área, como os já habilitados em Benetusser (Camí Nou, 36) e Catarroja (Igreja de San Antonio).

A Naturgy anunciou na semana passada que irá permitir o adiamento de todas as faturas de eletricidade, gás e serviços energéticos aos agregados familiares, PME e trabalhadores independentes das zonas afetadas. O adiamento pode ser solicitado diretamente através do Serviço de Apoio ao Cliente e ligando para 900100251. Além disso, a empresa já ativou um programa de priorização e adiantamento de pagamentos a todos os seus fornecedores na Comunidade Valenciana e noutras zonas afetadas.
Por outro lado, a Fundação Naturgy fez uma doação financeira para os afetados que será canalizada através da Cruz Vermelha e da Caritas. Para além disso, a empresa também põe à disposição dos seus empregados as formas em que podem complementá-la com donativos privados.

Por outro lado, para acolher as pessoas cujas casas foram destruídas, a Naturgy ofereceu tanto às autoridades das zonas mais afetadas como à Cruz Vermelha e à Cáritas a utilização de residências para empregados que o grupo possui na província de Cuenca.

No que diz respeito ao fornecimento de energia, a Naturgy reforçou a sua presença no terreno através da sua filial Nedgia, enviando mais de 200 pessoas de outras comunidades autónomas que já estão a verificar o estado dos gasodutos sempre que possível, sempre em coordenação com os serviços de emergência e sob a premissa da segurança de clientes e funcionários.

De facto, o fornecimento de energia já começou a ser restabelecido nas zonas onde as equipas da empresa conseguiram aceder. As atuais interrupções de fornecimento devem-se às exigências dos serviços de emergência, com cortes controlados para poderem aceder aos locais com toda a segurança.

 

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Provável vitória de Trump nos EUA leva bitcoin a novo recorde de 75.208,82 dólares

A criptomoeda mais popular do mundo atingiu um novo máximo histórico, cerca de oito meses depois de ter registado o recorde anterior. Na ressaca das eleições nos EUA, tocou nos 75.208 dólares.

A bitcoin voltou a atingir preços nunca antes vistos. Esta quarta-feira, no rescaldo das eleições norte-americanas, a criptomoeda mais popular do mundo trocou de mãos a valer 75.208,82 dólares, batendo o recorde anterior. Este preço supera o máximo histórico anterior de 73.750,07 dólares, que foi registado no dia 14 de março deste ano, segundo dados da plataforma CoinMarketCap.

O republicano Donald Trump, que por esta altura, em plena contagem de votos, está muito próximo da vitória face à democrata Kamala Harris, é visto como mais favorável à comunidade das criptomoedas, tendo prometido numa conferência este verão que fará dos EUA a “capital cripto do planeta” e a maior “superpotência de bitcoin do mundo”, caso vença as eleições, de acordo com a NBC News.

Trump também prometeu colocar aos comandos da Securities and Exchange Commission (SEC), o regulador dos mercados de capitais, uma personalidade mais favorável ao universo das criptomoedas, que “construa o futuro” em vez de o bloquear. Ademais, a sua campanha tem estado a aceitar donativos em criptomoedas.

Mas estas declarações de Trump representaram uma mudança de perspetiva, pois, em 2021, o republicano criticou a bitcoin dizendo que a criptomoeda “parece uma fraude”. “Não gosto dela porque é outra moeda a competir com o dólar“, sublinhou também na mesma altura, citado pela BBC.

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Nuno Mangas afastado do Compete. Alexandra Vilela é a sucessora

O Governo decidiu afastar Nuno Mangas do Compete, uma exoneração que surge depois das investigações judiciais no âmbito da Operação Maestro. Alexandra Vilela deverá ser a nova presidente.

A liderança do Compete vai mudar. O Governo decidiu afastar Nuno Mangas da presidência do programa que gere os apoios comunitários para as empresas na digitalização, inovação e qualificação. O gestor deverá ser substituído por Alexandra Vilela que é, até agora, vogal da Agência Nacional de Inovação (ANI), a entidade que tem por missão potenciar as políticas públicas de inovação em Portugal, apurou o ECO junto de duas fontes conhecedoras do processo.

A possibilidade de afastamento de Nuno Mangas era há muito antecipada tendo em conta a suspeita que recaiu sobre o Compete no âmbito da Operação Maestro que está a investigar, há seis anos, Manuel Serrão e várias pessoas com quem se relaciona, pessoal e profissionalmente, por uma alegada fraude que terá lesado o Estado português em 39 milhões de euros. Em causa está a apropriação indevida de fundos europeus através de faturas falsas e despesas inflacionadas.

Foi feita uma auditoria aos serviços com responsabilidade nas fraudes em investigação no âmbito da Operação Maestro — Compete, IAPMEI e Aicep. O inquérito interno, encomendada pelo ministro da Coesão, concluiu que apenas na Aicep foram identificadas “insuficiências ao nível da aplicação dos procedimentos de gestão nas fases de análise e seleção de candidaturas, verificações de gestão (administrativas, no local e encerramento) e supervisão das funções delegadas, concluindo que a mesma não foi eficaz na prevenção, deteção e correção de erros”. Mas o facto de o Ministério Público suspeitar do “comprometimento” de Nuno Mangas fragilizou o gestor que tem a seu cargo o segundo maior programa do Portugal 2030, com 3,9 mil milhões de euros (maior só o Pessoas 2030 com 5,7 mil milhões).

Oficialmente, nem o Ministério da Coesão nem o Ministério da Economia confirmam a notícia, mas o ECO sabe que Nuno Mangas já foi informado da decisão do Governo e deverá ser substituído por Alexandra Vilela, vogal executiva da ANI, que vai protagonizar um regresso a casa da qual já foi vogal da comissão diretiva entre 2016 e 2023. Teve responsabilidades diretas na área da ciência e do sistema de incentivos ao I&DT, da transformação digital da Administração Pública, da qualificação dos trabalhadores das empresas, das infraestruturas de transporte e da auditoria. Até à publicação desta notícia, não eram conhecidos os nomes dos gestores que vão acompanhar Alexandra Vilela na liderança do Compete, organismo que tem a tutela conjunta de Manuel Castro Almeida e Pedro Reis.

Tendo em conta a forte pressão que existe para executar as avultadas verbas de fundos europeus que Portugal dispõe, seja ao nível do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) seja do PT2030, era fundamental a escolha recair sobre um gestor público com vasta experiência em fundos comunitários. Alexandra Vilela é licenciada em Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa, e começou a sua experiência com fundos da União Europeia, no Ministério do Planeamento, em 1992.

No seu currículo revela que foi perita nacional destacada na Comissão Europeia – na DG Emprego e Assuntos Sociais (FSE/Portugal), gestora dos Eixos Prioritários «Qualificar para Modernizar a Administração Pública» (POEFDS/FSE), diretora da Agência Nacional para os Programas Sócrates e Leonardo da Vinci II, vogal executiva do Programa Operacional Potencial Humano QREN 2007-2013 e também vogal executiva programa subsequente Capital Humano do PT2020, entre outros cargos.

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Prémios da Mapfre Portugal cresceram 43%

  • ECO Seguros
  • 5 Novembro 2024

As operações do ramo Vida em Portugal deram nas vistas na apresentação de contas globais da Mapfre no terceiro trimestre do ano. A companhia espanhola subiu lucros e dividendos.

O lucro atribuível nos primeiros nove meses do ano da Mapfre subiu 39% em termos homólogos para 654 milhões de euros e os prémios emitidos crescem 4,6% para mais de 21,6 mil milhões de euros. Na Iberia os prémios cresceram 6,2% para 7,159 mil milhões, com destaque para Espanha com crescimento e 4,8% para 6,826 mil milhões e em Portugal os prémios sobem 43% impulsionados pelo forte crescimento em vida. Já “o resultado líquido é de 283 milhões, dos quais a Espanha e Portugal contribuíram com 273 e 10,9 milhões respetivamente”, anunciou o grupo em comunicado.

Antonio Huertas, presidente da Mapfre: “Aproveitamos para fortalecer ainda mais nosso balanço em um exercício de prudência, mantendo o crescimento da nossa base de capital”.

Os principais fatores responsáveis pela subida do lucro do grupo foram a “melhoria significativa na rentabilidade técnica de Não Vida, graças tanto às assinaturas quanto à atualização de tarifas”, a “uma contribuição relevante do resultado financeiro de Não Vida que chega a 576 milhões, (567 milhões no ano anterior) antes de deteriorações de ágio, apoiado nas rentabilidades das carteiras”, “a grande contribuição dos negócios de Vida, tanto de poupança quanto de Risco, especialmente em LATAM (América Latina) e IBÉRIA.

Melhorias na gestão técnica em todas as regiões e unidades de negócio impulsionaram o forte crescimento de lucros, afirma a companhia.

A seguradora registou ainda um aumento do ROE (Return on Equity ou rentabilidade dos capitais próprios) em 12% e dos fundos próprios em 4,5%, para 8,434 mil milhões de euros.

Estes resultados permitem à seguradora aumentar o dividendo provisório para 6,5 cêntimos brutos por ação (mais 8% face ao ano anterior).

Os dados do terceiro trimestre confirmam as tendências positivas impulsionadas pelo novo Plano Estratégico. O aumento do dividendo é o reflexo da nossa confiança no futuro e do nosso compromisso com os acionistas. Além disso, aproveitamos para fortalecer ainda mais nosso balanço em um exercício de prudência, mantendo o crescimento da nossa base de capital”, comenta Antonio Huertas, presidente da Mapfre.

O índice de Solvência II do grupo alcançou 196,6% em junho de 2024, em comparação com os 199,6% do final do ano passado e dentro da faixa prevista como objetivo.

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5ª Conferência ECOseguros: Como o seguimento anual digital atenua dificuldades do setor da saúde

  • ECO Seguros
  • 5 Novembro 2024

Ana Pina Head of Digital Health do Future Healthcare abordou ferramentas digitais que facilitam o acesso aos cuidados de saúde na 5.ª Conferência Anual Ecoseguros.

A palavra “desafios” é um dos motes que caracteriza o panorama do setor da saúde globalmente e Portugal não é exceção. Facto amplamente abordado por Ana Pina, Head of Digital Health do Grupo Future Healthcare – – Future Healthcare Virtual Clinic, na sua intervenção no Fórum Nacional do Eco seguros, onde partilhou com a audiência como é que ferramentas digitais podem facilitar a contornar os três principais obstáculos: aumento da necessidade, escassez de profissionais de saúde, aumento do custo e sustentabilidade.

Veja, ou reveja, a intervenção de Ana Pina:

A 5ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” teve lugar na passada semana em Lisboa, no Centro Cultural de Belém.

Empresas que viabilizaram a Conferência

A 5ª Conferência ECOseguros foi possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador, permitindo o acesso gratuito aos profissionais inscritos. As companhias de seguros apoiantes foram a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mgen, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros, apoiaram a 5ª Conferência a Innovarisk Seguros, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estiveram Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estiveram presentes a Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

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Fundo de catástrofes tem 10,7 mil milhões para acudir a Valência

  • ECO Seguros
  • 5 Novembro 2024

Enquanto em Portugal ainda se espera o Fundo Sísmico, o “Consorcio” de Espanha está desde 1954 a indemnizar por eventos extraordinários e tem agora o suficiente para reconstruir a região de Valência.

O fenómeno DANA, ou “gota fria”, registado na região de Valência em 29 de outubro, não para de surpreender pela dimensão. Ao abrigo de várias fontes, entre elas a INESE, congénere espanhola de ECOseguros, as cheias provocaram mais de 217 mortes, 1.900 pessoas estarão desaparecidas, 2.600 edifícios foram afetados e 100 mil automóveis estarão inutilizados pela água e lama barrenta numa área calculada de 534 km quadrados de calamidade.

Os prejuízos não estão ainda estimados, mas a Standard & Poors apontava no segundo dia para perdas acima dos mil milhões de euros. Neste quadrado teórico e crítico de 25 km de lado, mas que fez estragos nas regiões Castilla-La Mancha, Múrcia, Andaluzia, Comunidade Valenciana, Islas Baleares e Aragão, as águas subiram até mais 4,4 metros em altura, relativamente à situação habitual.

A presidente de Unespa – associação dos seguradores em Espanha, Mirenchu del Valle, esteve numa conferência do jornal ABC na 2ª feira seguinte, 4 de novembro, e qualificou o evento com “o sinistro climático mais importante alguma vez sofrido em Espanha” e valorizou a “sorte” de o país “dispor de um sistema de colaboração público-privado como é o CCS (Consorcio de Compensación de Seguros), que deve seguir a ter essa enorme utilidade no futuro”, disse.

O ministro de Economía, Comercio y Empresa, Carlos Cuerpo, que tutela o CCS, revelou que em cinco dias a instituição recebeu 46.000 participações, “um ritmo sem precedentes”. Com a colaboração das seguradoras e mediadores, foram envolvidos mais de 400 peritos para realizar os trabalhos obrigatórios.

Como funciona o fundo catastrófico espanhol

O Consórcio de Compensação de Seguros é uma entidade pública que atua como seguradora de último recurso. Isso significa que, em situações em que as seguradoras não podem oferecer cobertura, ou ofereceriam por um prémio muito elevado dado o risco, o Consórcio assume a responsabilidade pelos danos causados.

O CCS obteve 1.100 milhões de prémios de receitas durante o ano passado, mas registou perdas técnicas, uma vez que além da sua resposta a desastres naturais foi acumulando ao longo dos anos a responsabilidade pelos prejuízos de seguros agrícolas, o fundo de garantia automóvel, a liquidação de seguradoras, os seguros de crédito do Estado e até os danos ambientais.

Mesmo assim a Reserva de Estabilização Bruta para responder a desastres no final de 2023 estava em 10.729.595.263 euros.

O CCS explica-se assim:

Danos Materiais

O CCS cobre danos materiais a propriedades, que podem incluir:

  • Imóveis: Residências, edifícios comerciais e industriais que sofrem danos devido a eventos como inundações, terremotos ou tempestades;
  • Veículos: Danos a automóveis e outros veículos causados por eventos extraordinários;
  • Bens Móveis: Equipamentos e outros bens que podem ser afetados por desastres naturais ou atos de violência.

Danos Pessoais

  • Lesões Corporais: Indivíduos que sofrem ferimentos ou incapacidades devido a eventos extraordinários têm direito a indemnizações;
  • Compensações por Morte: Em casos de fatalidades, o CCS pode indemnizar os beneficiários legais das vítimas.

Para que o CCS pague indemnizações:

  • Apólice de Seguro: Para que o CCS pague as indemnizações, os danos devem estar cobertos por uma apólice de seguro válida que inclua a sobretaxa do CCS;
  • Eventos Classificados: Os danos devem resultar de eventos classificados como extraordinários, como catástrofes naturais ou atos de terrorismo.

Sobretaxas obrigatórias para o CCS

  • Seguro de Propriedade (habitação e comércio): Cerca de 0,009% a 0,012% sobre o valor do capital segurado;
  • Seguro de Automóvel: Em média, cerca de 3,5% do prémio total:
  • Seguro de Vida e Acidentes: Em torno de 0,005% a 0,01%.

Indemnizações

As indemnizações são calculadas com base na extensão dos danos e nos limites estabelecidos nas apólices de seguro. O CCS compromete-se a processar os sinistros em 30 dias garantindo que as vítimas recebam o suporte financeiro necessário em situações de crise.

O que são eventos extraordinários

Os eventos extraordinários classificados pelo Consorcio de Compensación de Seguros (CCS) em Espanha incluem uma variedade de situações que têm potencial para causar danos significativos a propriedades, pessoas e negócios. A classificação é baseada em critérios específicos estabelecidos por regulamentações e leis. São estas as principais categorias de eventos extraordinários reconhecidos pelo CCS:

Catástrofes Naturais:

  • Inundações: Causadas por chuvas intensas, tsunamis ou transbordamento de rios;
  • Terramotos: Eventos sísmicos que podem causar danos severos em infraestruturas;
  • Tempestades: Incluindo ciclones, furacões e vendavais, que causam danos por ventos fortes e chuvas.

Atos de Violência Civil:

  • Terrorismo: Ações violentas intencionais que têm o objetivo de causar danos e intimidação;
  • Tumultos: Acontecimentos violentos e desordens públicas que resultam em danos a propriedades.

Outros eventos relevantes

  • Erupções Vulcânicas: Impactos diretos de atividade vulcânica, como cinzas e fluxo de lava;
  • Deslizamentos de Terra: Resultantes de chuvas intensas ou instabilidade geológica;
  • Acontecimentos que afetam a saúde pública: Como epidemias ou pandemias que podem resultar em danos a propriedades.

Critérios de Classificação

Para que um evento seja classificado como extraordinário, ele deve:

  • Causar danos significativos: Com um impacto financeiro considerável nas seguradoras e nos segurados.
    Ser de natureza imprevisível e fora do controle das seguradoras, que não podem assumir esses riscos nas suas apólices regulares.

Em Portugal, o projeto do Fundo Sísmico está agora a ser ultimado pela ASF, entidade supervisora do setor que foi mandatada pelo Governo anterior para terminar um processo iniciado em 2010. “Devido à complexidade técnica inerente ao processo, o prazo para apresentação do relatório preliminar decorre até ao final do corrente ano”, afirmou fonte da ASF em agosto passado.

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STE junta-se à Fesap e vai assinar acordo da função pública até 2028

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

"A decisão do STE é de assinatura do acordo", afirmou a presidente do sindicato. O Governo mexeu na proposta de aumentos para 2025 e 2026, propondo um aumento de, pelo menos, 56,58 euros.

A Frente Sindical, liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), vai assinar o novo acordo plurianual proposto pelo Governo, que assegura aumentos mínimos a todos os funcionários públicos até 2028, revelou Maria Helena Rodrigues à Lusa. “A decisão do STE é de assinatura do acordo”, afirmou a presidente do sindicato em declarações à agência Lusa, depois de uma reunião para discutir o assunto.

O sindicato liderado por Maria Helena Rodrigues junta-se, deste modo, à Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), que, na segunda-feira, já tinha indicado à Lusa que estava disponível para subscrever o acordo proposto pelo Governo para a valorização dos trabalhadores da Administração Pública e que contempla um horizonte temporal até 2028, dado que o atual só vigora até 2026.

À saída da reunião suplementar, na segunda-feira, estes dois sindicatos, afetos à UGT, já tinham sinalizado que o facto de haver um acordo que contemple toda a legislatura traria mais segurança aos funcionários públicos. “Sempre dissemos aos sindicatos como aos trabalhadores que representamos que é preferível um acordo que nos dê garantias de estabilidade em respeito ao futuro, do que deixarmos as coisas por aí sem saber com o que podemos contar”, sublinhou José Abraão.

De fora da assinatura deste acordo fica a Frente Comum, que justificou a decisão com o facto de não estar disposta a patrocinar uma política de empobrecimento dos trabalhadores da Administração Pública e de degradação dos serviços”. Este sindicato, afetado à CGTP, já tinha ficado de fora do acordo assinado com o anterior Governo.

Segundo os sindicatos, o Governo mexeu na proposta de aumentos para 2025 e 2026, propondo, na reunião suplementar, um aumento de, pelo menos, 56,58 euros (a proposta anterior era de 55,26 euros) para vencimentos brutos mensais de até 2.620,23 euros e um mínimo de 2,15% (a proposta anterior era de 2,10%) para ordenados superiores.

Já para 2027 e para 2028, o Governo propôs aumento de 60,52 euros ou um mínimo de 2,3% (antes a proposta previa aumentos de 57,89 euros ou um mínimo de 2,2%). Tendo por referência o valor mínimo de aumento para 2025, tanto a Fesap como o STE conta que a remuneração base da Administração Pública (vulgarmente conhecida por salário mínimo do Estado) avance para 878 euros, acima dos 875 euros que o Governo já tinha sinalizado.

Segundo os sindicatos, a proposta do Governo prevê ainda um “aceleração” do calendário previsto para a revisão das carreiras não revistas, bem como um aumento de cerca de 5% nas ajudas de custo. Segundo o secretário-geral da Fesap, desta forma, estas avançam para os 49,27 euros até à posição remuneratória 9, para os 53,60 euros nas posições remuneratórias 9 a 18 e para os 65,89 euros a partir da posição remuneratória 18.

Já as ajudas de custo no estrangeiro avançam para (pela mesma ordem das posições remuneratórias) 117,47, 138,12 e 156,36 euros.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot sobe para 108 milhões de euros

  • ECO
  • 5 Novembro 2024

O jackpot desta terça-feira ronda os 108 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 108 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 05 de novembro :

Números: 1, 8, 19, 37 e 50

Estrelas: 6 e 9

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Assembleia Municipal de Lisboa aprova “suspensão imediata” de novos registos de alojamento local

  • Lusa
  • 5 Novembro 2024

A “suspensão imediata” de novas licenças de alojamento local na cidade tem "um prazo de seis meses”, passível de renovação por igual período. IL, MPT, PPM e Chega votam contra.

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira a proposta da câmara para a “suspensão imediata” de novas licenças de alojamento local na cidade, “por um prazo de seis meses”, passível de renovação por igual período.

A “suspensão imediata” da autorização de novos registos aplica-se “até à entrada em vigor da alteração ao Regulamento Municipal do Alojamento Local”, decisão que foi aprovada com os votos contra de IL, MPT, PPM, Chega e deputada não inscrita Margarida Penedo (que se desfiliou do CDS-PP).

Votaram a favor os deputados municipais de BE, Livre, PEV, PCP, dois independentes dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), PS, PSD, PAN, Aliança e CDS-PP. Antes da votação, os trabalhos da assembleia foram interrompidos por breves minutos para a conferência de representantes esclarecer dúvidas sobre se a proposta reunia as condições necessárias para ser votada, tendo concluído que sim.

Em causa está a proposta do PS na Câmara de Lisboa, que foi discutida e aprovada por unanimidade na quarta-feira em reunião pública do executivo municipal, descartando a iniciativa da liderança PSD/CDS-PP que sugeria a “suspensão total” de novos registos.

Agendada com urgência na Assembleia Municipal de Lisboa, a proposta determina a “suspensão imediata” da autorização de novos registos de alojamento local (AL), “por um prazo de seis meses, sem prejuízo da sua renovação por igual período, até à entrada em vigor da alteração ao Regulamento Municipal do Alojamento Local”, a aplicar nas freguesias onde se verifique um rácio entre o número de estabelecimentos de AL e o número de fogos habitacionais existentes “igual ou superior a 2,5%” ou enquanto o município, no seu todo, apresentar um rácio “igual ou superior a 5%”.

De acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, o concelho apresenta atualmente um rácio de 7,2%, pelo que a suspensão se aplica à totalidade do território, enquanto o rácio entre alojamentos familiares clássicos e alojamentos locais não descer abaixo de 5% em todo o município ou até à entrada em vigor do novo Regulamento Municipal de Alojamento Local.

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou ainda, por unanimidade, a proposta da liderança PSD/CDS-PP para a revisão da Carta Desportiva do Município, bem como a nova designação Carta da Atividade Física e do Desporto do Município.

Por proposta do grupo municipal do PAN, a assembleia decidiu recomendar à câmara a atribuição à ponte pedonal do Parque Tejo-Trancão do nome de São Francisco de Assis, o que teve os votos contra de BE, Livre, PEV, PCP, Aliança e CDS-PP e a abstenção de PSD, IL, MPT e Chega. Neste âmbito, foi ainda recomendado à Câmara de Lisboa articular com a Câmara de Loures no sentido de que o nome para a Ponte Tejo-Trancão seja acordado entre ambos os municípios.

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