AdC faz nove recomendações para rede de carregamento de elétricos “eficiente e competitiva”

  • Lusa
  • 15 Outubro 2024

A Autoridade da Concorrência apresentou nove recomendações ao Governo e aos municípios para a promoção de uma cobertura "eficiente e competitiva" no carregamento de veículos elétricos.

A Autoridade da Concorrência (AdC) apresentou nove recomendações a Governo e municípios para a promoção de uma cobertura “eficiente e competitiva” de infraestruturas de carregamento de veículos elétricos, foi hoje anunciado.

Desenvolvido pela AdC, o estudo “Concorrência e mobilidade elétrica em Portugal” identifica nove aspetos que podem ser melhorados no setor, de forma a “promover a concorrência e a eficiência na rede de mobilidade elétrica em Portugal”, para benefício dos consumidores e do desenvolvimento sustentável da economia.

No total, são oito recomendações dirigidas ao Governo e uma aos municípios para responder às cinco barreiras identificadas para a expansão de uma rede de carregamentos competitiva.

Entre as barreiras assinaladas estão a limitação à entrada de operadores na instalação e exploração de pontos de carregamento nas autoestradas — atualmente concentrados em sete operadores, que ou são petrolíferas ou têm parcerias com estas –, a dificuldade no pagamento e comparabilidade de preços, bem como a sua previsão, ou a assimetria geográfica na cobertura da rede.

O estudo identifica ainda as barreiras legais na entrada de novos agentes do setor elétrico, bem como a complexidade do modelo organizativo da mobilidade elétrica, que atualmente integra operadores de pontos de carregamento (OPC) e comercializadores de eletricidade para a mobilidade elétrica (CEME).

Perante estes desafios, a autoridade da concorrência sugere ao Governo que promova a simplificação do modo de pagamento nos pontos de carregamento acessíveis ao público e a simplificação do modelo organizativo.

De igual forma, insta o executivo a avaliar os custos e benefícios de “selecionar a EGME (Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica) por um mecanismo competitivo, aberto, transparente e não discriminatório” e a impor a obrigatoriedade de que a EGME — que atualmente é a Mobi.e — seja independente dos CEME.

A Autoridade da Concorrência pede ainda que se revogue a obrigação de que os CEME sejam OPC e pede que tanto um como o outro possam contratualizar energia elétrica a “qualquer agente económico que a comercialize”.

Por fim, o regulador da concorrência recomenda ao Governo que promova a atribuição de direitos de instalação e exploração de pontos de carregamento nas autoestradas através de mecanismos competitivos abertos, transparentes e não discriminatórios e que revogue o alargamento dos contratos de subconcessão de áreas de serviço ou postos de abastecimento sem concurso público.

Já aos municípios, a AdC pede que estes promovam, “de forma atempada, o desenvolvimento regional da rede de mobilidade elétrica, com vista a mitigar a diferenciação regional”.

Uma versão preliminar do estudo foi submetida a consulta pública entre 19 de janeiro e 01 de março deste ano, tendo sido “a consulta pública mais participada da AdC”, tendo recebido um parecer da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e 183 contributos de entidades públicas, consumidores individuais, associações e operadores.

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Angola pede devolução de quase 2.000 milhões de dólares de vários países, incluindo Portugal

  • Lusa
  • 15 Outubro 2024

O Presidente de Angola avançou que foi requerida a restituição de mais 1,9 mil milhões de dólares a Portugal, Bermudas, Suíça, Singapura, Luxemburgo, Namíbia e Emirados Árabes Unidos.

O Presidente de Angola disse esta terça-feira que “está na hora” de outros países se juntarem aos esforços angolanos na luta anticorrupção, anunciando um pedido de devolução de quase dois mil milhões de dólares a várias nações, incluindo Portugal.

João Lourenço, que falava na abertura do ano parlamentar na Assembleia Nacional, dirigindo ao país a sua mensagem sobre o Estado da Nação, garantiu que a moralização da sociedade e o combate a corrupção continuam no topo das prioridades do executivo, valorizando os resultados alcançados e que se traduziram em 323 processos-crime, dos quais 47 já em julgamento.

Segundo o Presidente, as ações do executivo permitiram recuperar desde agosto de 2023 bens imóveis, participações e recursos financeiros avaliados em mais de 1,8 mil milhões de dólares (1,65 mil milhões de euros), tendo sido requerida a restituição de mais 1,9 mil milhões de dólares (1,74 mil milhões de euros) a Portugal, Bermudas, Suíça, Singapura, Luxemburgo, Namíbia e Emirados Árabes Unidos na sequência de processos judiciais com decisões transitadas em julgado.

A Procuradoria-Geral da República ordenou a apreensão e requereu o arresto de bens e recursos financeiro na ordem dos 950 milhões de dólares (870,5 milhões de euros), parte substancial no estrangeiro, continuou João Lourenço, destacando que “Angola tem feito um esforço muito grande no domínio do combate à corrupção e da recuperação de ativos”.

“É hora de exigir que os vários Estados, que foram os destinos dos recursos ilicitamente adquiridos, se juntem ao esforço que o nosso país tem feito e disponibilizem esses recursos que pertencem ao povo angolano para que sejam colocados ao serviço da economia nacional”, declarou o Presidente, que foi efusivamente aplaudido.

O chefe de Estado abordou os desafios no setor da Justiça, que passam pelo aumento da disponibilidade e melhoria dos serviços e pela Reforma da Justiça, destacando a inauguração de três novos tribunais de comarca e admissão de novos juízes, procuradores e funcionários judiciais.

Outro dos objetivos passa pela criação do Cofre Geral dos Tribunais, que considerou um “importante instrumento de afirmação da autonomia administrativa dos tribunais, no quadro do princípio da unidade orçamental”, bem como a aprovação do novo estatuto dos magistrados judiciais e do Ministério Público, bem como do novo estatuto remuneratório, em linha com o esforço permanente de melhoria das condições de trabalho.

João Lourenço disse que foi “ultrapassada a fase mais emergencial” da luta contra corrupção, seguindo-se agora uma “ação mais estruturada e coordenada”, com ênfase na formação de quadros e medidas preventivas.

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Municípios “aprovam” Orçamento do Estado na transferência de verbas

  • Lusa
  • 15 Outubro 2024

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 cumpre na transferência de verbas prevista para as autarquias, afirmou hoje a presidente da Associação de Municípios Portugueses.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 cumpre na transferência de verbas prevista para as autarquias, afirmou hoje a presidente da Associação de Municípios Portugueses, que salientou que o parecer final carece de uma análise mais detalhada.

“Nos temas mais significativos, em termos financeiros, de transferência de verbas, [a proposta de Orçamento do Estado] cumpre”, disse à agência Lusa a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, que falava após uma reunião do conselho diretivo da instituição, em Coimbra.

Segundo aquela responsável, é cumprida “a Lei das Finanças Locais”, assim como a proposta de “nenhum município receber menos do que no ano passado [2024] e cobrir pelo menos a taxa de inflação de 2023, que é o ano que está em causa”.

Luísa Salgueiro recordou que a taxa de inflação em 2023 foi de 4,3% e que a proposta do Governo apresenta “um mínimo de 4,8% e um máximo de 15,5%”, cumprindo aquilo que era defendido pelos municípios.

“Há também um aumento de 11,2% do Fundo de Financiamento da Descentralização. No total, são respondidas várias reivindicações da Associação e outras não são respondidas. Portanto, estamos a fazer ainda a avaliação mais fina, mas as grandes rubricas são cumpridas”, referiu.

Luísa Salgueiro vincou que a ANMP irá ainda fazer uma “análise mais detalhada e aprofundada” de todos os pontos e referiu que algumas das reivindicações estão previstas, mas outras não.

Entre outras questões, a ANMP defendia um aumento da capacidade de endividamento dos municípios, redução do IVA sobre a iluminação pública e refeições escolares, assim como a redução do IVA na proteção civil e reabilitação urbana.

A ANMP deverá apresentar o seu parecer daqui a 15 dias.

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EDP tenta fusão para crescer. Britânica SSE rejeita proposta

  • Capital Verde
  • 15 Outubro 2024

Uma fusão entre as duas empresas daria origem a uma das maiores energéticas na Europa, indica a Reuters, com uma capitalização avaliada em mais de 44 mil milhões de euros.

A energética portuguesa EDP terá proposto à sua par britânica, SSE, uma fusão, avança a Reuters esta terça-feira. No entanto, as conversações “não progrediram” para além de junho, de acordo com três fontes próximas do negócio, citadas pela agência de notícias.

A fusão teria resultado numa das maiores energéticas da Europa, dado que o valor de mercado combinado destas duas empresas ultrapassa os 44 mil milhões de dólares. Ainda assim, ficaria aquém das líderes no Velho Continente, Iberdrola e Enel, assinala a Reuters.

De acordo com a agência de notícias britânica, a EDP fez uma aproximação antes do verão. Em maio, o CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, terá iniciado discussões com o CEO e com o chairman da par britânica, Alistair Philip Davies e John Manzoni, respetivamente.

No entanto, a gestão da SSE terá declinado a proposta, preferindo focar-se apenas no seu próprio crescimento, isoladamente. As conversações terão terminado em junho, de acordo com uma das fontes. Nenhuma das empresas envolvidas quis comentar, quando contactadas pela Reuters. A publicação britânica afirma que “não é claro” se a proposta da EDP poderá voltar a estar em cima da mesa.

Esta notícia surge depois de o jornal espanhol Cinco Días ter avançado que, também durante este verão, foi também discutida uma fusão entre a Naturgy e a EDP. De acordo com os dados do LSEG, as fusões e aquisições no setor da energia estão com uma dinâmica forte este ano, somando já 110 mil milhões a nível global (até 24 de setembro), 43,5% do registado no período homólogo.

(Notícia atualizada às 15:52)

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Moedas quer liderar Área Metropolitana de Lisboa e gerir o metro da capital

“Não é normal - nem penso que seja de bom senso - que a Área Metropolitana não seja dirigida pelo presidente de câmara mais relevante por razões económicas”, argumenta o autarca lisboeta.

Carlos Moedas defendeu esta terça-feira que devia ser o autarca da capital a liderar a Área Metropolitana de Lisboa [AML] uma vez que, entre os 18 municípios associados, é aquele que tem o maior peso económico, “representando 80% da economia da região”. O social-democrata também clamou para a autarquia a tutela do metropolitano de Lisboa, alegando que são as câmaras que “gerem toda a cidade”.

A AML poderia funcionar melhor se a governança fosse do presidente da câmara de Lisboa”, afirmou Carlos Moedas durante um debate em que participou o homólogo do Porto, Rui Moreira, com o tema da “Mobilidade nas Grandes Cidades”. Atualmente, é o autarca de Sintra, Basílio Horta, quem lidera o Conselho Metropolitano de Lisboa. Foi eleito a 11 de julho com 17 votos a favor e um voto branco.

Durante uma iniciativa da Rádio Renascença, em parceria com o município da Invicta, o edil lisboeta assinalou que “o peso de Lisboa não está refletido na AML como deveria, [já que] representa 80% da economia da região”.

Rui Moreira (E), presidente da Câmara Municipal do Porto, e Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, à chegada para a conferência “As Políticas de Mobilidade nos Grandes Centros Urbanos” que decorreu na Biblioteca Almeida Garrett no Porto, 15 de outubro de 2024.FERNANDO VELUDO/LUSA

 

Não é normal – nem penso que seja de bom senso – que a área metropolitana não seja dirigida pelo presidente de câmara que é mais relevante por razões económicas”, reiterou, argumentando ainda com o “mais de um milhão de pessoas que vão para a cidade de Lisboa todos os dias”. Ainda assim, fez questão de salientar que “obviamente [se dá] muito bem com os colegas [da AML]”.

Sobre este tema, o independente Rui Moreira considerou que o Porto não tem a mesma centralidade metropolitana, em comparação com Lisboa.

O peso de Lisboa não está refletido na AML como deveria [já que] representa 80% da economia da região.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Além do município assumir a liderança da AML, Carlos Moedas defendeu igualmente que a gestão do metropolitano de Lisboa seja da câmara de Lisboa. “Gerimos a cidade e toda a área metropolitana depende de nós”. Aliás, interpelou: “Porque é que tenho a Carris e não tenho o Metro?”. Para o autarca, esta situação “não faz sentido, até porque a mobilidade tem de ser gerida em conjunto”.

Por outro lado, Rui Moreira e Carlos Moedas concordaram na necessidade de reforçar as polícias municipais. Enquanto o autarca do Porto reivindica mais 200 polícias municipais e continua “à espera da promessa que foi feita [pelo Governo] de ter mais 100” agentes, o homólogo lisboeta exige ainda que a polícia municipal tenha competências de detenção.

Carlos Moedas já pediu, inclusive, à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, que altere a lei nesse sentido. “Pedi à ministra uma mudança da lei para que os polícias municipais possam fazer detenções e [ela] percebeu o problema. Estou preocupado com a segurança das pessoas: não há visibilidade da polícia”, destacou.

O autarca lisboeta lamenta, contudo, que o número de agentes tenha diminuído ao longo do tempo. “Há 25 anos Lisboa tinha 8.000; hoje não chega a ter 7.000 polícias. Há um problema de número e de visibilidade”, reclamou.

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Turquia declara fim da diplomacia e pede sanções contra Israel

  • Lusa
  • 15 Outubro 2024

"Ultrapassámos o limite das palavras, da diplomacia, da política. (...) Devemos avançar para as sanções", defendeu o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Hakan Fidan, defendeu esta terça-feira que o tempo da diplomacia para a crise no Médio Oriente já passou, apelando à aplicação de sanções a Israel. “Ultrapassámos o limite das palavras, da diplomacia, da política. (…) Devemos avançar para as sanções. A comunidade internacional deve tomar medidas legais. Devemos boicotar Israel (que) já não deve receber qualquer apoio em qualquer área”, disse Fidan.

“Caso contrário, Israel continuará o seu genocídio e massacres em Gaza, porque não está atualmente a pagar o preço económico, político ou militar”, explicou o chefe da diplomacia turca, que manifestou preocupação por ver a atenção internacional “afastar-se de Gaza”, quando se intensificam os ataques israelitas no Líbano.

“E aqueles que apoiam Israel também devem pagar o preço, para compreender que há limites para o que fazem”, concluiu Fidan. A Turquia cortou a maior parte dos seus laços económicos com Israel na primavera, mas parte da oposição do regime turco acusa o Governo de Ancara de continuar a fornecer petróleo ao Estado judaico em nome de acordos anteriores.

Fidan recebeu o seu homólogo da Jordânia, Ayman Safadi, que lamentou “a impotência da comunidade internacional” perante a escalada do conflito no Líbano.

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Trabalhadores dos impostos em greve a 19 e 20 de dezembro

  • Lusa
  • 15 Outubro 2024

“Se nada acontecer entretanto”, está também em cima da mesa uma outra greve, desta vez por tempo indeterminado, para todo o ano de 2025.

Os trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) deliberaram esta terça-feira marcar uma greve de dois dias, em 19 e 20 de dezembro, exigindo a valorização da carreira, melhores condições de trabalho e a revisão da tabela salarial.

Em declarações à agência Lusa no final de uma reunião geral de trabalhadores do fisco convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), o presidente daquela estrutura avançou ainda que, “se nada acontecer entretanto”, está também em cima da mesa uma outra greve, desta vez por tempo indeterminado, para todo o ano de 2025.

“Se nada acontecer por parte do Governo, as formas de luta vão endurecer para o ano que vem, a partir de 01 de janeiro de 2025”, garantiu Gonçalo Rodrigues, embora assumindo a “expectativa de que o Governo tenha o bom senso de não deixar as coisas chegar a esse ponto”.

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Estrangeiro suspeito de manipular criptomoedas detido em Cascais

A PJ deteve um cidadão estrangeiro e apreendeu mais de 25 milhões de dólares em criptomoedas, a pedido do FBI, em simultâneo com duas outras detenções que foram feitas nos EUA e no Reino Unido.

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta terça-feira, num comunicado, que deteve em Cascais um “cidadão estrangeiro suspeito de encabeçar uma organização criminosa que se dedicava à manipulação generalizada nos mercados de criptomoedas”. A operação ocorreu “a pedido do FBI”, a polícia de investigação criminal dos EUA.

“No âmbito de uma cooperação internacional, a PJ localizou e deteve um dos CEO de uma empresa de serviços financeiros de criptomoeda, tendo sido, em simultâneo, efetuadas outras duas detenções: uma nos EUA e outra no Reino Unido”, refere o comunicado.

Com esta diligência, as autoridades nacionais apreenderam também “mais de 25 milhões de dólares em criptomoedas” e “vários bots de negociação, responsáveis por milhões de dólares em transações de branqueamento de capitais”.

A PJ refere que os alegados criminosos recorriam a um esquema que “passava pela criação de empresas com declarações falsas sobre criptomoedas (tokens) e pela execução de negociações falsas para criar a aparência de que seriam bons investimentos”.

“Esta tática enganosa atraiu novos investidores e compradores, o que resultou no aumento dos preços de negociação dos tokens, explica o comunicado português.

Outra tática usada pelos suspeitos é conhecida no meio por pump and dump. Neste tipo de situações, os burlões inflacionam o preço de um ativo para depois o venderem a preços “artificialmente inflacionados”, refere o comunicado da PJ.

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Vila operária de Campo de Ourique transformada em apartamentos de luxo

O empreendimento Vila Ourique tem apartamentos com valores que variam entre os 252 mil e os 576 mil euros. 60% dos imóveis já foram vendidos, revela ao ECO fonte oficial da promotora imobiliária.

Três edifícios antigos, localizados numa antiga vila operária em Campo de Ourique, vão ser transformados em 15 apartamentos e estúdios, com o preço médio do metro quadrado a valer 7.200 euros. O projeto da promotora imobiliária Mello RDC representa um investimento de quatro milhões de euros e deverá estar concluído em 2026.

Intitulado de Vila Ourique, o empreendimento é constituído por T0 com áreas que variam entre os 35 e 56 metros quadrados e apartamentos T1 com áreas de 51 a 80 metros quadrados. Contas feitas, um estúdio de 35 metros quadrados poderá custar 252 mil euros, enquanto um T1 de 80 metros quadrados custa 576 mil euros.

“Este é um projeto que muito nos orgulha, pensado para jovens ou para famílias que queiram investiram em imobiliário através do arrendamento. Localizando-se numa boa zona residencial, com imenso comércio, e próximo de edifícios de escritórios é também adequado para executivos que passam por Lisboa por curtas temporadas”, afirma António Ribeiro da Cunha, CEO da Mello RDC, citado em comunicado.

“Pretendemos que os nossos projetos respeitem a arquitetura original, valorizem a traça antiga e o contexto urbano em que estão inseridos. De resto, temos como foco principal o conforto e a sustentabilidade, que, aliás, devem ser duas das principais preocupações dos promotores imobiliários e também dos clientes, que são cada vez mais exigentes”, acrescenta António Ribeiro da Cunha.

Fonte do family office, com sede em Lisboa, revelou ao ECO/Local Online que 60% dos apartamentos já foram vendidos.

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IA pode deixar os mercados mais voláteis, opacos e expostos a ciberataques, alerta FMI

A Inteligência Artificial deverá ganhar peso nos mercados financeiros nos próximos anos. A utilização destes modelos deverá levar a mercados mais rápidos e eficientes, mas também criar novos riscos.

A maior utilização de modelos de Inteligência Artificial Generativa (GenIA) nos mercados de capitais poderá ajudar a reduzir os riscos à estabilidade financeira, mas também criar novos, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI). Maior volatilidade, mais opacidade, mais riscos de manipulação e maior exposição a ciberataques são os principais problemas destacados no mais recente relatório publicado pelo Fundo.

“Mais eficiente ou mais volátil? A adoção das mais recentes iterações de Inteligência Artificial
pelos mercados financeiros pode melhorar a gestão do risco e aprofundar a liquidez; mas também poderá tornar os mercados opacos, mais difíceis de monitorizar e mais vulneráveis ​​a ataques cibernéticos e riscos de manipulação“, sintetiza o documento publicado pelo FMI esta terça-feira.

Numa análise às implicações do uso de IA nos mercados de capitais, o FMI destaca que é esperada uma “expansão significativa do uso de modelos de GenIA“, com mais de metade dos gestores de investimento a admitirem que pretendem passar a utilizar estes modelos generativos no futuro.

O FMI destaca que a utilização desta tecnologia pode “causar grandes mudanças na estrutura do mercado através do maior uso e mais poderoso de negociação algorítmica e novas estratégias de negociação e investimento, que por sua vez podem aumentar o volume de negócios e correlações de ativos e impulsionam os preços para refletirem novas informações a uma velocidade cada vez maior”.

Ainda que a utilização de IA nos mercados seja, para já, limitada, os especialistas consideram que isso deverá mudar e “a dinâmica já mostra mudanças em alguns mercados consistentes com a adoção dessas novas tecnologias”.

Segundo o relatório tornado público esta terça-feira, estas “novas inovações provavelmente aumentarão a capacidade da IA ​​de reequilibrar rapidamente as carteiras de investimento, o que, por sua vez, levará a maiores volumes de negociação”, antecipando-se “que as negociações de alta frequência orientadas por IA se tornem mais predominantes, especialmente em classes de ativos líquidas como ações, títulos do governo e derivativos cotados”.

A expectativa é que haja “uma maior integração de IA sofisticada em decisões de investimento e negociação dentro de três a cinco anos, embora se espere que uma abordagem ‘humana no circuito’ persista, especialmente para grandes capitais decisões de alocação.”

Estratégias de investimento com Inteligência Artificial

Para o FMI, a maior utilizados destes modelos de IA tem vantagens e desvantagens. Por um lado, diz, a IA pode “reduzir os riscos para a estabilidade financeira, permitindo uma gestão de risco superior, aprofundando a liquidez do mercado e melhorando a monitorização do mercado tanto pelos participantes como pelos reguladores. Ao mesmo tempo, podem surgir novos riscos”:

  • Maior velocidade e volatilidade do mercado em momentos de stress, especialmente se todas as estratégias de negociação dos modelos de IA responderem a um choque de maneira semelhante ou forem encerradas em resposta a um imprevisto;
  • Maior opacidade e desafios na monitorização, na medida em que a IA estimula uma maior migração das atividades de investimento e market-making para fundos de cobertura de risco, e outros intermediários financeiros não bancários e cria incerteza sobre a forma como os modelos de IA utilizados por diferentes investidores e comerciantes podem interagir;
  • Maiores riscos operacionais como resultado da dependência de alguns provedores de serviços de IA que dominam o poder computacional e os grandes serviços de modelos de linguagem;
  • Maiores riscos de manipulação de mercado e ciberataques, particularmente em gerar fraude e desinformação nas redes sociais.

Tecnologia à prova de mini-crashs

Face à emergência destes novos desafios, as autoridades devem preparar-se para estas alterações potencialmente transformadoras dos mercados de capitais.

O FMI alerta que as “autoridades do setor financeiro e plataformas de negociação devem determinar se precisam projetar novos mecanismos de resposta à volatilidade – ou modificar os existentes de forma adequada – para responder a eventos de flash crash potencialmente originados em negociações orientadas por IA.”

“Da mesma forma, as autoridades do setor financeiro devem continuar a reforçar a supervisão e a regulação dos intermediários financeiros não bancários, exigindo-lhes que se identifiquem e divulguem informações relevantes; bem como exigir que as instituições financeiras mapeiem regularmente interdependências entre dados, modelos e infraestrutura tecnológica de suporte aos modelos de IA”, refere o mesmo relatório.

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BP lança websérie “Ultimates” para mostrar como “ir mais além”

  • + M
  • 15 Outubro 2024

Aos pilotos Miguel Oliveira e Miguel Barbosa, juntam-se o maestro Martim Sousa Tavares, a chef Francisca Dias e o engenheiro de pista Rui Silva, numa conversa moderada por Rodrigo Gomes.

É sob o mote “Uma série para ir mais além” que a BP Portugla lançou “Ultimates”, uma websérie que reúne cinco personalidades numa conversa que quer “desvendar todos os segredos que as fizeram ir mais além”. A criatividade é da WYcreative.

“É, acima de tudo, uma série sobre pessoas e o que se consegue quando nos desafiamos a ir mais além e aqui temos um painel de pessoas extraordinárias que conseguiram ir mais além nas suas áreas de atuação. Ao longo da websérie Ultimates, vamos ter a oportunidade de ficar a conhecê-los melhor e partilhar as suas histórias de vida – sempre contadas de uma forma leve e informal. Com certeza, servirá de inspiração a muitos de nós“, diz Joana Pedroso, marketing manager da BP Portugal, citada em comunicado.

Já por parte da WYcreative, o diretor criativo executivo, Sérgio Lobo, explica que a ideia “foi trazer o tema do combustível para um formato descontraído e relacionar os benefícios e a alta performance que o combustível Ultimate proporciona, através de uma conversa com cinco personalidades notáveis que, também elas, foram mais além nas suas áreas”.

O campeão em várias competições de motociclismo, Miguel Oliveira, o maestro Martim Sousa Tavares, a chef vencedora da 1ª edição do Hell’s Kitchen Portugal, Francisca Dias, o piloto Miguel Barbosa, oito vezes Campeão Nacional de todo-o-terreno, e o engenheiro de pista Rui Silva, são os convidados da conversa moderada por Rodrigo Gomes.

O primeiro episódio da websérie Ultimates – nome que advém do combustível Ultimate da marca – já está disponível no YouTube. Os restantes episódios são publicados ao longo das próximas quatro segundas-feiras (21 e 28 de outubro e 4 e 11 de novembro).

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Vieira do Minho vai poupar 3,5 milhões de euros em água em cinco anos

O projeto prevê gerar poupanças de quase 700 mil euros anuais e evitar o desperdício de 1,2 mil milhões de litros de água em cinco anos.

A Câmara Municipal de Vieira do Minho está a desenvolver um projeto com a Indaqua para evitar o desperdício de 1,2 mil milhões de litros de água e poupar cerca de 3,5 milhões de euros até 2029. O projeto representa um investimento de 812 mil euros por parte da autarquia.

“Queremos, com este projeto, reforçar o compromisso da autarquia com a sustentabilidade, reduzindo de forma muito significativa o desperdício deste bem essencial, que é de todos: a água da rede pública. Face aos cenários de escassez e seca que o nosso país enfrenta, é, mais do que nunca, essencial promover a eficiência, estabelecendo também um exemplo positivo de responsabilidade ambiental perante os nossos munícipes”, enquadra António Cardoso, presidente da Câmara Municipal de Vieira do Minho.

Em 2022, mais de metade da água que entrava nos 330 quilómetros de redes de abastecimento de Vieira do Minho não chegava aos consumidores devido a fugas, roturas, consumos não autorizados e erros de medição comercial, de acordo com os mais recentes dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. O projeto visa reduzir em 18% as perdas de água até 2029.

A deteção e reparação de fugas nas redes de abastecimento é uma das principais medidas do projeto que já está a ser implementado, em parceria com o Grupo Indaqua, operador de abastecimento de água e gestão de águas residuais. Com esse intuito, vão ser colocados diversos equipamentos na rede de distribuição de água, para recolha de informação. Os dados serão analisados através de ferramentas de inteligência artificial que permitem identificar alterações no abastecimento, desencadeando a atuação de equipas no terreno para a rápida reparação das fugas ou outros constrangimentos.

Entre as ações a implementar está ainda a avaliação de necessidade de reabilitação de condutas e outras infraestruturas, bem como a redução de pressão de água em zonas críticas, de forma a diminuir o número de roturas e os gastos associados à sua reparação.

A nível comercial estão previstas medidas que tornem mais eficiente a medição e faturação de consumos, como a identificação e eliminação de ligações ilícitas à rede pública e a avaliação da necessidade de renovação do parque de contadores.

“Este modelo contratual tem como objetivo reduzir o risco para as entidades contratantes, reforçando a segurança no cumprimento dos seus objetivos. Para além disso, é uma garantia de futuro, já que, no final dos cinco anos de contrato, todos os novos procedimentos e tecnologias aplicados no sistema de abastecimento vão manter-se no município e continuar a gerar poupanças quer de água quer no custo que a sua distribuição representa”, detalha Pedro Perdigão, CEO do Grupo Indaqua, citado em comunicado.

A rede de abastecimento de água de Vieira do Minho abastece 4.832 alojamentos, com a segurança da qualidade da água avaliada em mais de 98%.

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