Magnata indiano Ratan Tata morre aos 86 anos

  • Lusa
  • 10 Outubro 2024

O empresário indiano Ratan Tata, que transformou um negócio familiar centenário num conglomerado global presente em mais de uma centena de países, morreu aos 86 anos.

O empresário indiano Ratan Tata, que transformou um negócio familiar centenário num conglomerado global presente em mais de uma centena de países, morreu aos 86 anos, anunciou o grupo na quarta-feira.

É com um profundo sentimento de perda que nos despedimos do Sr. Ratan Navel Tata, um líder verdadeiramente extraordinário cujas incomensuráveis contribuições moldaram não só o Grupo Tata, mas também a própria estrutura da nossa nação”, indicou, em comunicado, o presidente do Tata, Natarajan Chandrasekaran.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, considerou Tata um “líder empresarial visionário, uma alma compassiva e um ser humano extraordinário”.

Modi prestou-lhe homenagem por ter proporcionado “liderança estável a uma das empresas mais antigas e prestigiadas da Índia”, que sob a sua liderança se tornou um negócio internacional em expansão, que vai desde o software aos automóveis desportivos.

Ratan TataEPA/DIVYAKANT SOLANKI

Nascido em 1937 em Bombaim, Ratan Tata queria ser arquiteto e trabalhava nos Estados Unidos quando a avó, que o criou, lhe pediu para regressar a casa para se juntar ao negócio da família, fundado em 1868.

Começou a trabalhar numa oficina da Tisco (atualmente Tata Steel), vivendo num albergue de aprendizes. Assumiu o império da família em 1991, aproveitando a onda de reformas liberais que a Índia estava então a implementar.

Os 21 anos de Tata à frente do conglomerado fizeram com que o grupo se expandisse para incluir marcas britânicas de automóveis de luxo, como a Jaguar e a Land Rover.

O solteiro, com gosto pelo risco, reformou-se em 2012, mas depois ficou de olho no seu império, chegando a assumir o negócio durante alguns meses, quatro anos depois. Desde então, era presidente honorário.

As empresas do império Tata alcançaram mais de 165 mil milhões de dólares em receitas em 2023-24, ultrapassando os 365 mil milhões de dólares em capitalização bolsista no final do exercício financeiro no final de março.

O Grupo Tata disse que o seu trabalho filantrópico “tocou a vida de milhões”. “Da educação à saúde, as suas iniciativas deixaram uma marca profunda que beneficiará as gerações vindouras”, acrescentou.

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ICER alerta para um potencial abrandamento do crescimento e para o seu impacto no emprego face ao prolongamento do conflito na Europa

  • Servimedia
  • 10 Outubro 2024

O Instituto de Ciencias del Empleo y las Relaciones Laborales antecipa no seu relatório as previsões macroeconómicas para Espanha para 2024-2026.

O Instituto de Ciências do Emprego e das Relações Laborais (ICER), uma organização científica e técnica internacional que analisa e investiga o mercado de trabalho, alerta, no seu relatório “Europa: Previsões antes de um cenário de conflito”, para um potencial abrandamento do crescimento e respetivo impacto no emprego em caso de conflito prolongado na Europa.

O relatório “Europa: Previsões antes de um cenário de conflito” examina as consequências de um eventual conflito prolongado na Europa, com especial destaque para a situação na Ucrânia, agravada pela crise no Médio Oriente. A análise, realizada em colaboração com o Ceprede, a Universidade de Nebrija e a TBS Education Barcelona, salienta que o panorama político mundial, marcado pelo conflito na Ucrânia e no Médio Oriente, colocou a geoestratégia no centro das possibilidades de desenvolvimento e crescimento, afetando seriamente o comércio, a produção industrial, os fornecimentos estratégicos e, especialmente, a política energética.

O estudo, que analisa o impacto na economia espanhola face a uma eventual generalização da guerra na Ucrânia, salienta que as previsões para o período 2024-2026 são preocupantes, tanto para a estabilidade macroeconómica como para a evolução do emprego em Espanha e noutros países europeus.

“A generalização do conflito poderá ter vários efeitos significativos na economia espanhola, incluindo o aumento dos preços da energia, especialmente se a Rússia decidir reduzir ainda mais os seus fornecimentos de gás natural à Europa, bem como um impacto no turismo, se uma potencial escalada na Ucrânia for vista como um aumento do risco de segurança na Europa”, afirma Alejandro Costanzo, secretário-geral do ICER. “A Espanha poderá também ser obrigada a aumentar as suas despesas com a defesa, o que poderá ter implicações noutras áreas da despesa pública, como a agenda verde, com exceção do desenvolvimento de fontes de energia alternativas aos combustíveis fósseis”, acrescenta.

O relatório apresenta três cenários macro para 2025 e 2026 em Espanha, um deles perante uma possível generalização do conflito ucraniano em 2025. Neste cenário de conflito, o crescimento do PIB poderia ser reduzido em quase um ponto e meio (-1,3 p.p.) até ao final de 2025, o investimento em quase dois pontos, o consumo privado em quase um ponto e as exportações de bens e serviços em mais de dois pontos percentuais, o que significaria uma redução da taxa de criação de emprego em mais de 298 700 postos de trabalho e um consequente aumento de um ponto (+1 p.p.) na taxa de desemprego.

Uma redução que afectaria particularmente sectores como a construção e a indústria automóvel, que dependem de fortes fluxos de capital para a sua expansão e modernização. Neste contexto, o ICER alerta para a necessidade de incentivos fiscais e reformas estruturais para estimular o investimento e a recuperação destes sectores-chave.

MERCADO DE TRABALHO

O mercado de trabalho também sofrerá as consequências da incerteza geopolítica. A ICER prevê que a taxa de desemprego em Espanha poderá atingir 13% em 2026 se o conflito se prolongar, afetando sobretudo os setores mais dependentes do investimento e do consumo.

Os efeitos em cada setor dependerão da duração do conflito, das medidas políticas adotadas e da capacidade de adaptação de cada setor. A ICER salienta que, embora os setores mais tradicionais, como a construção, o setor automóvel e o turismo, estejam em risco, existem áreas emergentes que poderão registar um aumento da procura de emprego. As energias renováveis, a cibersegurança e a tecnologia digital surgem como sectores-chave onde as oportunidades de emprego irão crescer à medida que a Europa avança para a sustentabilidade e a transformação digital.

A ICER salienta que a recuperação económica dependerá, em grande medida, da capacidade dos governos e das empresas para promoverem políticas ativas de emprego e de estímulo económico, especialmente as que facilitam a mobilidade laboral entre os setores em declínio e os setores com potencial de crescimento. A este respeito, a ICER recomenda uma estreita colaboração entre os setores público e privado para garantir uma transição ordenada do emprego.

A ICER sublinha também que, embora certos setores tradicionais venham a registar um declínio no emprego, a reconversão profissional será essencial para manter o dinamismo do mercado de trabalho e as empresas de serviços profissionais de emprego poderão desempenhar um papel importante. O investimento na aprendizagem ao longo da vida e na reconversão profissional será essencial para permitir que os trabalhadores transitem para setores emergentes, onde as oportunidades de emprego serão mais resistentes.

 

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Hoje nas notícias: TAP, Orçamento e confiança nos políticos

  • ECO
  • 10 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Pedro Nuno Santos assinalou outra linha vermelha impeditiva da viabilização do Orçamento do Estado para 2025: a privatização da TAP. Luís Montenegro tem o estatuto de líder partidário mais bem visto pelos portugueses, aumentando a vantagem sobre o secretário-geral do PS no que toca à avaliação de desempenho e continuando à frente do Presidente da República no grau de confiança dos inquiridos. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Governo deixa privatização da TAP fora do Orçamento

Além do IRS Jovem e do IRC, Pedro Nuno Santos assinalou outra linha vermelha impeditiva da viabilização do Orçamento do Estado para 2025. O secretário-geral socialista avisou que se o Governo incluir a privatização da TAP na proposta de lei então será certo o voto contra dos socialistas. Mas o ministro da Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, garante que o OE2025 terá apenas uma referência formal ao processo de privatização da companhia aérea.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Portugueses confiam mais em Montenegro do que em Marcelo

Luís Montenegro tem o estatuto de líder partidário mais bem visto pelos portugueses, segundo uma sondagem da Aximage. Os dados revelam que o primeiro-ministro aumentou a vantagem sobre o secretário-geral do PS no que toca à avaliação de desempenho, e continua à frente do Presidente da República no grau de confiança dos inquiridos. O barómetro revela que Montenegro tem uma vantagem de 29 pontos entre as avaliações positivas e negativas do desempenho nos últimos 30 dias. Já Pedro Nuno Santos deixa de ter saldo positivo, com 49% a fazerem uma avaliação negativa.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Venda da TAP também atrai candidatos de fora da Europa

Além das europeias Air France-KLM, IAG e Lufthansa, a venda da TAP está a despertar o interesse de mais empresas fora da Europa. A revelação foi feita pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, ao jornal espanhol Faro de Vigo, sem avançar detalhes. Apenas assegurou que esperam fechar os detalhes do modelo da privatização ainda este ano. O processo “será desenvolvido, simultaneamente, com conversas com entidades como IAG, Lufthansa, Air France ou outras que estejam disponíveis para fazer uma aposta e entrar nesta corrida”, disse.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo já criou mais grupos de trabalho do que Costa em dois anos e meio

Desde que tomou posse, o Governo criou, pelo menos, 32 grupos de trabalho e mais de uma dezena de outras estruturas de missão e coordenação. Em termos comparativos, nos primeiros dois anos e meio, o anterior Governo criou 14 grupos. Comissões para a adoção de estratégias de combate ao assédio nas universidades, estruturas para a transposição de diretivas europeias, e grupos dedicados à gestão de grandes eventos e celebrações culturais ou a definirem orientações são alguns dos exemplos de tipos de grupos de trabalho.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Rui Moreira ataca Governo por atraso na videovigilância no Porto

A demora em autorizar o sistema por parte da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, pode levar a que não seja possível avançar com o alargamento da videovigilância no Porto. O alerta é do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que sublinhou que o tempo disponível para incluir verbas no orçamento municipal para 2025 está a acabar. O processo de instalação de 117 câmaras de videovigilância nas zonas da Marechal Gomes da Costa, Pasteleira, Pinheiro Torres, Foz do Douro, Asprela e Campanhã está há quase um mês na “mesa” da ministra.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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Lei italiana contra a fraude audiovisual que afeta os serviços VPN e DNS entra em vigor e prevê penas de prisão

  • Servimedia
  • 10 Outubro 2024

Após a aprovação pelo Senado italiano da extensão do "Piracy Shield" o Parlamento italiano aprovou novas alterações para reforçar a luta contra a fraude audiovisual, em especial no futebol.

Itália alarga a plataforma para restringir o acesso a plataformas e sítios Web de IPTV e inclui a obrigação de os serviços VPN e DNS cumprirem as ordens de bloqueio de conteúdos ilegais, se as empresas detentoras de direitos o solicitarem.

Assim, a partir de agora, tanto estes serviços VPN e DNS como as próprias empresas de telecomunicações e os prestadores de serviços serão sujeitos a sanções, incluindo penas de prisão até um ano, se não comunicarem atividades relacionadas com a pirataria de que tenham conhecimento.

Além disso, as novas alterações também eliminam os limites do número de domínios e endereços IP que os FSI devem bloquear. Esta medida foi concebida para atenuar o facto de a maioria dos sítios Web se basear na nuvem e ter o mesmo endereço IP, tornando assim muito difícil selecionar os que são fraudulentos. A novidade agora é que será possível bloquear todos os sites de um único endereço, embora a norma preveja que esses endereços possam ser desbloqueados após seis meses, caso o uso ilegal tenha sido interrompido.

Ao aprovar estas alterações à Lei 93, a Câmara dos Deputados italiana alarga a proteção jurídica à indústria audiovisual, que luta há anos contra um flagelo que põe em risco uma atividade de importância capital na maioria dos países, especialmente no setor do futebol. Em Espanha, por exemplo, estima-se que os crimes de pirataria custem aos clubes de futebol profissional espanhóis entre 600 e 700 milhões de euros por ano.

Por conseguinte, na vanguarda desta luta está a LaLiga através da sua LaLiga Content Protection, que dispõe de ferramentas tecnológicas avançadas integradas no seu próprio laboratório antipirataria localizado em Madrid, tais como Marauder, Lumiere, Neko e Black Hole, a partir do qual também apoiam os criadores de conteúdos como a Telefónica, Atresmedia, Wimbledon, Dorna, SKY México e também tem um acordo com o Ministério da Cultura desde 2017.

No entanto, os patrões denunciam que é uma cruzada que estão a travar sem ajuda, uma vez que as grandes empresas tecnológicas como a Google ou a Apple não estão a colaborar, pois beneficiam de receitas lucrativas através dos seus motores de busca, lojas de aplicações ou anúncios, entre outros. De facto, se a Google colaborasse, a pirataria seria reduzida em 80%. Perante esta situação, apesar de se terem registado alguns progressos a nível institucional, LaLiga apela ao Governo espanhol para que adapte a legislação às recomendações da União Europeia em matéria de proteção dos direitos de autor e evite consequências irreversíveis para um dos símbolos do país.

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Negociação coletiva garante aceleração dos salários. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

A negociação coletiva está a crescer e a garantir aumentos salariais mais expressivos do que até aqui. Este é um dos temas quentes do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que lhe leva todas as quintas-feiras os principais destaques, em menos de cinco minutos. Falamos também dos ordenados na Função Pública e do aumento das licenças de parentalidade.

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OPTICA2000 intensifica os exames oftalmológicos nas suas lojas para o Dia Mundial da Visão

  • Servimedia
  • 10 Outubro 2024

A OPTICA2000 está a aumentar os exames oftalmológicos com o objetivo de promover uma boa saúde visual entre a sua comunidade.

No âmbito do Mês da Visão, que se celebra em outubro, o objetivo é sensibilizar para a importância da realização de exames oftalmológicos regulares e da adoção de medidas preventivas desde tenra idade para uma boa saúde visual e uma ótima qualidade de vida.

A empresa destacou a importância da prevenção e dos exames regulares para garantir uma boa qualidade de vida. “Embora existam hábitos preventivos comuns a outras áreas da saúde, como os cuidados com a pele ou os exames médicos anuais, a visão é um aspeto que é frequentemente negligenciado”, afirmou.

A OPTICA200 dispõe de uma rede de mais de 100 pontos de venda em Espanha que oferecem serviços de check-up e acompanhamento da saúde ocular, equipados com tecnologia de ponta e uma equipa de ópticos-optometristas de excelência. Os exames são gratuitos e abertos a qualquer perfil de pessoa e podem ser solicitados tanto diretamente nas suas lojas como através da web, Whatsapp ou ligando para o número de telefone gratuito 830831374. No âmbito do Mês da Visão, a cadeia oferece também descontos especiais em óculos e lentes de contacto.

O Dia Mundial da Visão, que este ano se celebra na quinta-feira, 10 de outubro, é um dia promovido pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O principal objetivo é sensibilizar para a importância da saúde ocular e chamar a atenção para as dificuldades sentidas pelas pessoas com baixa visão e cegueira. Este ano, a tónica é colocada na importância dos cuidados oftalmológicos para as crianças e os jovens de todo o mundo, exortando-os a tomar as medidas necessárias para cuidar da sua visão.

Nas últimas décadas, as mudanças no estilo de vida das pessoas, especialmente a utilização intensiva de ecrãs na nossa vida quotidiana, contribuíram significativamente para o aumento da deficiência visual. Cada vez mais pessoas precisam de óculos, lentes de contacto e até de cirurgia para corrigir as deficiências visuais. Um exemplo claro desta situação é a elevada prevalência da miopia que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), afetará metade da população mundial até 2050.

A sua incidência em Espanha continua a aumentar, especialmente em idades precoces: uma em cada cinco crianças em idade escolar é míope, de acordo com o Barómetro da Miopia Infantil em Espanha. O grupo etário com maior incidência é o dos 5 aos 7 anos de idade. No entanto, duas em cada dez crianças com menos de 8 anos ainda não foram examinadas e 59% das famílias não levam os seus filhos ao oftalmologista porque não têm queixas aparentes.

“Muitas anomalias visuais não apresentam sintomas e as crianças normalmente não se queixam, daí a importância de um exame visual completo”, alertam os especialistas da OPTICA2000. Para além do impacto físico que pode ter, aumentando o risco de desenvolver complicações mais graves, existe uma correlação direta entre as patologias visuais e o desempenho escolar. De acordo com estudos recentes, os problemas de perceção e eficiência visual são responsáveis por até 30% dos insucessos escolares. O rastreio, os exames regulares e a prevenção podem ajudar a reduzir a incidência, especialmente numa idade precoce.

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O tomate, os frutos vermelhos e os citrinos marroquinos ultrapassam 1,5 milhões de toneladas por ano na Europa

  • Servimedia
  • 10 Outubro 2024

O tomate, os frutos vermelhos e os citrinos marroquinos estão a crescer no mercado europeu e ultrapassam 1,5 milhões de toneladas por ano, com uma taxa de crescimento de 5% nos últimos três anos.

O valor económico das exportações agrícolas de Marrocos para a Europa é de cerca de 2,5 milhões de euros por ano e representa uma parte muito significativa do rendimento gerado pelo país na Europa. Os mercados europeus mais importantes para as exportações agrícolas de Marrocos são a França, a Alemanha e os Países Baixos, seguidos da Espanha e da Itália.

O setor agrícola em Marrocos não só cresceu em termos de exportações, como também gerou benefícios económicos e sociais significativos, com uma contribuição de 12% do PIB do país e emprega mais de 35% da força de trabalho marroquina, sendo uma fonte fundamental de emprego nas zonas rurais.

De acordo com os últimos dados disponíveis de 2022, as exportações agrícolas representaram mais de 25% do total das exportações do país, com um impacto direto na melhoria da balança comercial de Marrocos. Marrocos tem mais de 120 000 hectares de terras agrícolas dedicadas às culturas de tomate, frutos de baga e citrinos, com especial incidência nas exportações.

Os acordos comerciais entre Marrocos e a União Europeia desempenharam um papel fundamental neste crescimento. O Acordo de Associação UE-Marrocos permite a exportação de produtos agrícolas com direitos aduaneiros reduzidos ou eliminados, constituindo um incentivo ao comércio. Marrocos fez um grande esforço para elevar os seus padrões de produção aos requisitos da UE em termos de qualidade, fitossanidade, segurança alimentar e sustentabilidade. Isto inclui certificações internacionais como a Global GAP e certificações de sustentabilidade na utilização da água, como a recente certificação AWS (Alliance for Water Stewardship), que garante a utilização responsável dos recursos hídricos.

Representantes de agricultores marroquinos, de visita a Madrid para a Fruit Attraction, asseguraram que “estamos a contribuir para estabilizar a procura e manter a acessibilidade de várias categorias de frutas e legumes, e sentimo-nos orgulhosos e confortáveis neste papel”.

 

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5 coisas que vão marcar o dia

O dia será marcado pela apresentação da proposta para o Orçamento do Estado para 2025, num momento em que ainda se desconhece se o PS irá votar a favor documento.

O Executivo liderado por Luís Montenegro entrega esta quinta-feira na Assembleia da República a sua proposta para o Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025), apresentando o documento de seguida numa conferência de imprensa agendada para as 16h. O Governo anuncia ainda o vencedor da adjudicação do contrato para a concessão do primeiro troço da alta velocidade entre Porto e Oiã. O INE divulga a taxa final de inflação em setembro e novas estatísticas do comércio internacional. Lá fora, a inflação nos EUA vai ser o tema no centro das atenções.

Governo apresenta proposta para o OE 2025

É o grande dia do Orçamento do Estado. Ainda sem um acordo fechado com o PS, o Governo entrega na Assembleia da República a sua proposta para o Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025). A entrega do documento ao Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, deverá acontecer pelas 14h45, estando marcada para as 16h a conferência de imprensa onde serão explicadas as medidas aprovadas esta quarta-feira em Conselho de Ministros. Do que se sabe até ao momento, a proposta de Orçamento para 2025 só terá inscrita a redução da taxa de IRC para 20% no próximo ano, assim como as medidas seletivas acordadas com o PS, deixando em aberto novas reduções das taxas no futuro. A votação final global da proposta foi adiada de 28 para 29 de novembro.

INE confirma inflação em setembro

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta quinta-feira os números finais da inflação em setembro. Uma estimativa rápida publicada no final de setembro apontava para uma taxa de inflação acima dos 2%, após a forte desaceleração registada em agosto. O Índice de Preços no Consumidor terá acelerado para 2,1% em termos homólogos, um aumento de 0,2 pontos percentuais à observada no mês anterior. Descontando os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de inflação subjacente terá subido para 2,8%, o que compara com a taxa de 2,4% no mês precedente.

Como evoluíram as exportações e as importações?

O INE divulga ainda as estatísticas do comércio internacional em agosto. As exportações portuguesas de bens e as importações tinham subido 23,5% e 15,5%, respetivamente, em julho, face a igual mês do ano passado, invertendo a queda registada no mês anterior. Esta evolução está, em grande medida, influenciada pelas transações na sequência de trabalho por encomenda, já que descontando estas operações aumentaram 8,6% e 12,1%, respetivamente. Além das estatísticas do comércio internacional, o INE divulga ainda esta manhã os Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços, em agosto.

Governo adjudica primeiro troço da alta velocidade

O primeiro-ministro Luís Montenegro e o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, anunciam a adjudicação da concessão da Linha Ferroviária de Alta Velocidade entre Porto (Campanhã) e Oiã, que integra a primeira de três fases da ligação de alta-velocidade entre Porto e Lisboa, ao consórcio LusoLav, que integra a Mota-Engil, a Teixeira Duarte, a Casais, a Alves Ribeiro, a Conduril e a Construções Gabriel A.S. Couto. A decisão surge após o júri do concurso ter aprovado a proposta do consórcio português Lusolav para a construção do primeiro troço da linha de Alta Velocidade Porto- Lisboa. A proposta apresentada pelo consórcio foi avaliada positivamente pelo júri no critério da qualidade, que teve um peso de 30% na avaliação.

Investidores de olho na inflação nos EUA

Será conhecida esta quinta-feira a evolução da taxa de inflação em setembro nos EUA. O Índice de Preços no Consumidor tem mantido uma trajetória descendente, tendo abrandado, em agosto, pelo quinto mês para 2,5%, face aos 2,9% registados em julho. Estes números são especialmente importantes para perceber se a Reserva Federal dos EUA (Fed) vai continuar a descer juros, depois de ter anunciado um corte da taxa dos fundos federais de 50 pontos base na reunião de setembro. Atualmente, os investidores estão a descontar uma probabilidade de 82% para que seja decidido um novo corte de 25 pontos base na reunião de novembro.

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Tensões geoestratégicas desestabilizam ‘ouro negro’

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  • 10 Outubro 2024

Fraqueza económica dos EUA e China e riscos geoestratégicos mantêm preço do petróleo abaixo dos 80 dólares por barril e alimentam cenário de recessão económica global.

Incerteza económica global, tensão no Médio Oriente, guerra na Ucrânia e redução da procura por parte da China tem feito quebrar os preços do petróleo desde o início do ano. Adicionalmente, as mudanças nas políticas de produção da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados) continuarão a influenciar os mercados do ‘ouro negro’ nos próximos meses.

Embora o Brent (preço de referências nos mercados internacionais) tenha caído para um valor médio de cerca de $73/b (preço por barril) em setembro, espera-se que os cortes na produção e a contínua diminuição dos inventários aumentem o preço para cerca de $82/b no final de 2024 e $83/b no início de 2025​. Comparativamente, em setembro de 2023, o Brent era negociado a $97/b, tendo caído para os $81/b no fim do ano. Não obstante, se aumentarem efetivamente a produção em Dezembro como anunciado o maior suporte fundamental é eliminado.

Esta semana, a cotação do Brent para entrega em novembro subiu 0,53% para $71,98/b, e o crude do Mar do Norte, referência na Europa, acabou a negociação no Intercontinental Exchange a cotar 1,27 dólares acima dos $73,90/b. Impulsionado pelo programa de estímulos económicos anunciado pela China, o Brent chegou a cotar a $76/b, tendo perdido força no final da sessão do passado dia 23 de setembro. Apesar da pressão vendedora recente, a tendência parece ser de recuperação, depois de há cerca de duas semanas ter chegado a cotar abaixo dos $70/b. Para este ligeiro aumento contribuiu a escalada das tensões no Oriente Médio verificada ao longo de todo o mês de setembro.

Analistas do mercado de petróleo alertam há meses que uma guerra entre Israel e o Hezbollah, que até agora têm trocado ataques com mísseis e drones, poderia forçar o Irão — membro da OPEP —, a intervir diretamente, aumentando o risco de interrupções no fornecimento de petróleo bruto no Médio Oriente.

Por outro lado, a perspetiva de recessão económica nos Estados Unidos, e a consequente quebra na procura, poderá igualmente manter os preços do petróleo em níveis mais baixos. Outra preocupação dos analistas em relação ao mercado norte-americano está relacionada com a redução dos investimentos em ‘hedge funds’ (fundos de investimento de elevado risco) ligados ao crude.

Muitos investidores acreditam que a Reserva Federal dos Estados Unidos tenha demorado a reagir e a atuar face a estas oscilações, e que este atraso empurre a economia para uma recessão. Outro fator que pode conduzir a mais instabilidade será o resultado das eleições nos Estados Unidos. Se Donald Trump for o vencedor, controlando o Senado e a Câmara dos Representantes, o dólar beneficiará a médio prazo de uma política orçamental mais flexível, que pode reforçar a confiança dos consumidores e aumentar os níveis de consumo. Esta melhoria no consumo terá um reflexo no aumento da procura pelo petróleo e, por isso, contribuirá para a subida dos preços.
Para aprender mais sobre o mercado do petróleo, aceda aqui.

Quatro anos de instabilidade

Desde a pandemia de covid-19, a volatilidade do preço do petróleo acentuou-se, marcada por fatores económicos, geopolíticos e pelas políticas da OPEP+. Vale a pena recordar o que contribuiu, em cada ano, para a dinâmica dos preços que orientam este mercado.

2021: O preço do Brent começou a recuperar após o colapso de 2020, quando a pandemia reduziu drasticamente a procura global. O ano de 2021 foi marcado pela reabertura das economias e por um aumento na procura por energia. Em meados de 2021, o Brent chegou a $70/b, com picos de quase $85/b no final do ano. O aumento foi impulsionado principalmente pela recuperação da economia global e pelos cortes na produção da OPEP+​.

2022: O ano foi marcado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, provocando uma disrupção significativa no mercado de energia. O preço do Brent ultrapassou os $100/b, chegando a um pico de $133/b em março de 2022. A guerra e as sanções ocidentais à Rússia agravaram a escassez de petróleo no mercado global, pressionando os preços. Embora o petróleo tenha recuado para a faixa de $80-$90/b no final do ano, a volatilidade permaneceu alta​.

2023: O preço do petróleo caiu durante o primeiro semestre, atingindo mínimos de $70/b, refletindo uma desaceleração da procura, especialmente devido ao crescimento mais fraco da China. No entanto, a OPEP+ anunciou cortes adicionais na produção, impulsionando os preços novamente para perto dos $90/b no terceiro trimestre de 2023.

Para o investidor, estes anos ilustram com clareza como eventos geopolíticos e cortes de produção podem rapidamente alterar a dinâmica do preço do petróleo.

Para aprender mais sobre como negociar o Petróleo veja aqui. Para ver a cotação, aceda aqui.

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Sonae Sierra faz “check-in” no imobiliário hoteleiro com Hilton no centro do Porto

É o primeiro ativo do braço imobiliário da Sonae no setor da hotelaria. Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton estreia veículo de investimento com a americana PGIM. Lisboa e Algarve na mira.

O Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton, um hotel de cinco estrelas com 126 quartos e abertura prevista para as próximas semanas, é o primeiro investimento da Sonae Sierra em ativos no setor da hotelaria, confirmou ao ECO fonte oficial da empresa liderada por Fernando Guedes de Oliveira.

A aquisição do imóvel situado no número 156 da Rua de Gonçalo Cristóvão, na zona da Trindade, junto ao Silo Auto e ao antigo edifício do Jornal de Notícias, marca a estreia do novo veículo de investimento criado este ano pelo braço imobiliário da Sonae em parceria com a gigante norte-americana PGIM, que gere os investimentos imobiliários da seguradora Prudential.

“Após a primeira aquisição do Porto, estamos neste momento a avaliar opções na região de Lisboa e também no Algarve, dois mercados dinâmicos e com oportunidades. Acompanhamos de perto este setor [hoteleiro] com o objetivo de melhorar a oferta existente e acrescentar valor”, refere a mesma fonte, prometendo para “breve” o anúncio de mais projetos em território nacional a integrar neste veículo, antes da expansão para Espanha.

Estamos neste momento a avaliar opções na região de Lisboa e também no Algarve, dois mercados dinâmicos e com oportunidades. Em breve anunciaremos mais projetos que serão integrados nesta joint-venture.

Fonte oficial da Sonae Sierra

Assumindo o “objetivo de adquirir e gerir ativamente hotéis em destinos turísticos consagrados no país”, a colaboração com a PGIM Real Estate “centrar-se-á em hotéis de dimensão considerável e procurará implementar estratégias para maximizar a criação de valor”, indica ainda a Sonae Sierra, que ficou com uma participação de 10% nesta joint-venture que prevê atingir um valor bruto de ativos (GAV) próximo de 200 milhões de euros com os primeiros “quatro a cinco hotéis”.

“O mercado hoteleiro é, desde há muito, um setor chave para a economia ibérica, sendo Portugal um dos principais mercados hoteleiros do sul da Europa, com uma procura internacional crescente e um potencial de melhoria significativo para responder às exigências da procura internacional”, completa a gestora do fundo Sierra Prime, que acaba de assumir o controlo exclusivo do NorteShopping, antes detido em conjunto com o norte-americano TIIA Group.

Cénica Porto Hotel, Curio Collection by Hilton

Foi a 2 de outubro que a Hilton anunciou a assinatura de um acordo de franchising para o Cénica Porto Hotel, a sua terceira propriedade na Invicta — as outras são o Sé Catedral Hotel Porto e o Arts Hotel Porto. A cadeia turística indicou ao ECO que tem atualmente 12 unidades já em funcionamento em Portugal e outras tantas em pipeline.

Em comunicado, o vice-presidente do grupo para a região EMEA, Patrick Fitzgibbon, expressou “entusiasmo” com mais esta inauguração numa cidade que em 2023 registou quase seis milhões de estadias, “o que comprova a popularidade deste destino entre os viajantes”.

20 veículos de investimento, dos CTT à Alemanha

Em abril, Fernando Guedes de Oliveira enquadrou esta parceira na estratégia de diversificação em termos de setores e de ativos e explicou que “mais do que a construção, o foco está no reposicionamento de hotéis já em operação, para diferentes segmentos ou clientes-alvo”. Fora da equação está a criação de uma marca. “Não estamos à procura da operação do hotel, o que queremos é comprar o imobiliário. A operação pode ficar a cargo de cadeias internacionais ou de equipas locais”, indicou na altura o CEO.

A expansão do negócio de investment management, com a criação de veículos de investimento fora dos centros comerciais e com novos investidores, foi um dos vetores da nova estratégia traçada em 2021 pela Sonae Sierra, a par da retoma da atividade de promoção imobiliária, da expansão das plataformas de prestação de serviços ou da criação de valor no portefólio de centros comerciais na Europa, mais do que construir novos shoppings.

Nesta área do investment management, contabilizou o CEO durante a apresentação de resultados na Maia, a Sierra tem perto de sete mil milhões de euros de ativos sob gestão, calculando um crescimento de 68% fora do perímetro dos centros comerciais em relação a 2021. Gere um total de 20 veículos de investimentos e reclama um lugar na lista dos 150 maiores gestores de imobiliário mundialmente.

Fernando Guedes de Oliveira, CEO da Sonae Sierra

Entre esses novos veículos está a Sierra Food Retail Management com investidores alemães; a compra do lisboeta Atrium Saldanha com o Bankinter; o veículo com os CTT para gerir mais de 400 imóveis de logística ou retalho do património imobiliário dos correios; ou a criação da Ores Alemanha em fevereiro deste ano, igualmente com o Bankinter como parceiro, para espaços comerciais no mercado alemão.

A Sierra assumiu o objetivo de expandir o negócio de gestão de fundos de investimento, propondo-se a aumentar o total de ativos sob gestão de 8 mil milhões de euros em 2021 para 10 mil milhões de euros em 2025, triplicando assim a exposição nas áreas que não são centros comerciais (para 3 mil milhões) neste prazo de quatro anos. “Vamos lá chegar rapidamente”, vaticinou o gestor.

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Riopele passa a dar folgas extra a trabalhadores que não faltem

Dos atuais 1.100 trabalhadores da Riopele, cerca de 200 têm agora a possibilidade de escolher o seu horário. Os demais passam a ter direito a duas folgas extra, se não derem faltas.

A três anos de celebrar o seu primeiro século, a Riopele decidiu inovar nos benefícios oferecidos aos trabalhadores para, por um lado, fidelizá-los e, por outro, promover a melhor conciliação entre a vida pessoal e profissional.

Dos atuais 1.100 empregados, cerca de 200 passaram a ter a possibilidade de escolher o seu horário, enquanto os demais (a maioria) vão ter direito duas folgas extra se não faltarem ao trabalho, adiantou ao ECO a diretora de recursos humanos, Cláudia Queirós.

“Temos um grupo, que é o maior, que não pode escolher os horários de trabalho. Achámos que faria sentido encontrar uma alternativa para que se sentissem mais motivados“, explica a responsável, em conversa com o ECO.

Essa alternativa foi a atribuição de dois dias de folga extra, que se somarão aos habituais dias de férias, mediante o cumprimento de critérios de assiduidade. “É para os que não têm faltas“, precisa Cláudia Queirós.

Assim, os trabalhadores que não faltem ao trabalho durante este semestre vão ter direito a um dia extra de descanso no arranque do próximo ano. Se se mantiverem sem faltas entre janeiro e junho terão direito a mais um dia. E assim sucessivamente.

Ou seja, “são dois dias, mas é um ao fim de cada semestre“, indica a diretora de recursos humanos, que aponta esta política também como uma forma de desincentivar “aquelas faltas que não são tão necessárias”.

Com isto, queremos fazer para diminuir aquelas faltas que não são tão necessárias, contribuir para aumentar a assiduidade e reduzir o absentismo.

Cláudia Queirós

Diretora de recursos humanos da Riopele

Já para os cerca de 150 a 200 trabalhadores cujas funções são compatíveis com maior flexibilidade nos horários, a novidade não são as folgas extra, mas a possibilidade de escolherem a hora a que entram e saem das suas funções.

“O horário padrão que tínhamos era das 9h às 18h. Continua a ser o horário privilegiado. Ou seja, a empresa, na sua grande maioria, nas áreas de suporte, funciona das 9h às 18h. Em cada departamento tem de haver alguém nesse horário. Mas criamos três horários alternativos“, avança Cláudia Queirós.

Assim, os trabalhadores que até agora têm entrado às 9h e saído às 18h passam a poder escolher entrar às 8h e sair às 17h, entrar às 8h30 e sair às 17h30 ou entrar às 9h30 e sair às 18h30. No mínimo, têm de cumprir dois meses no horário selecionado para “perceberem se faz sentido” mas, findo esse período, podem voltar a mudar.

De acordo com a diretora de recursos humanos, 60 empregados já escolheram mudar de horário, sendo agora “natural que os outros vão mudando à medida que vão sentido essa necessidade”. “Muitos pais estavam a aguardar os horários dos filhos para ponderarem se têm necessidade ou não para mudar de horários“, comenta a responsável.

Criámos três horários alternativos face ao padrão. Permitem ao trabalhador maior flexibilidade e aos departamentos terem um período mais alargado.

Cláudia Queirós

Diretora de recursos humanos da Riopele

Além disso, a partir deste mês, este grupo de trabalhadores (os tais 150 a 200 empregados) vai poder experimentar o regime híbrido (entre o trabalho presencial e o trabalho remoto). “Nesta primeira fase será apenas com um dia de trabalho em casa“, salienta Cláudia Queirós, que alerta que, sendo a Riopele uma empresa industrial, “dificilmente” abraçará o regime 100% remoto um dia.

Estas medidas, convém ressalvar, estão sujeitas a um período experimental, sendo que a ideia não é regredir, mas perceber se funcionam e se, no futuro, os trabalhadores podem até ter mais flexibilidade, adianta a diretora de recursos humanos.

“No fundo, também é uma forma de ajudar os trabalhadores a terem um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Por outro lado, dá-nos maior capacidade de atração e contratação, porque a Riopele é têxtil, mas competimos os players, quando estamos a contratar“, acrescenta a mesma responsável, que admite, assim, dificuldades no recrutamento, ainda que realce que a própria história desta empresa quase centenária torna-a atrativa.

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Nova plataforma do mercado de eletricidade ibérico fica do lado português

O objetivo é "dar maior solidez ao mercado e baixar a médio prazo o preço da eletricidade", garantiu a ministra da Energia.

O novo braço do mercado de eletricidade ibérico deverá ser lançado do lado português, de acordo com a ministra da Energia e do Ambiente, Maria da Graça Carvalho. A nova plataforma, que vem reforçar a negociação de contratos de energia de longo prazo, deverá simplificar a celebração desses mesmos contratos, criar mais transparência e, em última análise, contribuir para preços da energia mais atrativos.

No Conselho de Ministros da última sexta-feira ficou prevista a criação de um Mercado de Contratos de Aquisição de Energia, tal como o ECO/Capital Verde já havia avançado. Este é um braço complementar na negociação já existente, que reforça a aposta em contratos de longo prazo.

No rescaldo do Conselho de Ministros, a ministra informou ainda que o controlo desta plataforma passa pelo lado português. “Claro que vai ser controlado por uma entidade, no caso português é o OMIP, que é a gestora do mercado, e que vai meter a plataforma onde isto vai ficar registado”, disse, referindo-se aos PPAPower Purchase Agreements, ou Contratos de Aquisição de Energia, em português.

De momento, o mercado grossista da eletricidade na Península Ibérica (Mibel) está sob a alçada de duas entidades: o OMIE, do lado espanhol, que gere o mercado de curto prazo, e o OMIP, do lado português, focado no mercado de longo prazo, e que portanto seria o destino mais natural para esta plataforma — algo que foi confirmado pela responsável pela pasta da Energia no Governo.

De acordo com fonte do setor, apesar de tanto os contratos que se negoceiam de momento no OMIP como aqueles previstos para a nova plataforma serem de longo prazo, os primeiros são muito mais líquidos, já que são produtos financeiros. Um PPA é um contrato físico, registado geralmente junto da REN ou da homóloga espanhola.

Esta plataforma trará como vantagem uma maior simplificação do processo de assinar os PPA. Estes são contratos bilaterais, geralmente assinados entre o consumidor e o produtor de energia. Atualmente, são muito variados nas suas formulações, e podem demorar um ano a negociar, explica a mesma fonte. Na plataforma, espera-se que seja possível padronizar os contratos e agilizar desta forma a sua assinatura, sabe o ECO/Capital Verde.

Por outro lado, acaba por haver uma “democratização” dos PPA porque, ao inserir numa plataforma as ofertas e procura, ficará ao alcance de mais atores a respetiva contratualização, em vez de fechar esta negociação entre os clientes e vendedores habituais. Uma vez que já há diversos atores inscritos para a negociação de contratos futuros no OMIP, a expectativa é que estes possam migrar para a nova plataforma diretamente.

Uma vez que Portugal e Espanha estão integrados ao nível do mercado elétrico, “isto está a ser feito num diálogo muito intenso com Espanha”, referiu ainda a ministra. O objetivo é “dar maior solidez ao mercado e baixar a médio prazo o preço da eletricidade”, rematou. A nota do Conselho de Ministros acrescenta que, desta forma, se pretende também “garantir mais previsibilidade na fixação de preços e dar confiança aos investidores”.

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