Andersen assessora fundo francês SCPI Elialys em aquisição imobiliária em Portugal

A equipa da Andersen envolvida nesta operação foi liderada pelo advogado coordenador Bernardo Silveira e contou com a colaboração de três associadas do escritório.

A Andersen Portugal assessorou o fundo francês SCPI Elialys, organismo de investimento coletivo gerido pela Advenis – Real Estate Investment Management, na sua primeira aquisição imobiliária em Portugal.

Em comunicado, o escritório explica que o ativo imobiliário em questão é composto por um armazém industrial localizado no distrito de Lisboa, próximo da autoestrada A8, numa localização estratégica para o desenvolvimento de atividades industriais e logísticas. O valor desta aquisição é de cerca de 5 milhões de euros e o imóvel foi arrendado por um prazo de 20 anos, a uma empresa especializada no setor agroalimentar.

“Esta primeira aquisição em Portugal ilustra a ambição da Elialys de aplicar o capital dos nossos parceiros num mercado em rápido crescimento do sul da Europa, onde estamos a diversificar a nossa carteira de ativos imobiliários. O setor agroalimentar desta zona geográfica é um sector-chave da economia nacional, caracterizado pela sua diversidade, qualidade e dinamismo”, refere Jean François Chaury, diretor geral da Advenis REIM.

A equipa da Andersen envolvida nesta operação foi liderada por Bernardo Silveira, responsável pela área de Imobiliário que se encontra integrada no departamento de mercantil coordenado pela sócia Mariana Aires de Abreu, contando ainda com a colaboração das associadas de Imobiliário Carolina de Figueiredo Sarmento, Constança Lino e Sara Carneiro Lima.

“O setor logístico em Portugal tem-se revelado particularmente estratégico e uma tendência em matéria de investimento imobiliário nacional, estando a Andersen Portugal a apoiar operações de referência no país, como é exemplo desta última, ao lado de um player de referência no mercado imobiliário europeu, como é o fundo SCPI Elialys, gerido pela Advenis REIM, naquela que é a sua primeira aquisição imobiliária em Portugal. Este investimento representa mais um marco importante na sua estratégia de expansão para o sul da Europa. Este investimento reforça a crescente atratividade do mercado português, particularmente nos segmentos de logística e agroindústria”, sublinha Bernardo Silveira.

A equipa de Imobiliário da Andersen forneceu todo o suporte jurídico necessário durante o processo de auditoria, aquisição e arrendamento do imóvel, garantindo que a operação fosse conduzida de maneira eficiente e em consonância com os objetivos estratégicos do fundo francês.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lista de paraísos fiscais da UE passa a incluir 11 jurisdições com saída de Antígua e Barbuda

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

A lista passa a contemplar 11 jurisdições, entre as quais Samoa Americana, Anguila, Fiji, Guam, Palau, Panamá, Samoa, Trinidad e Tobago, Ilhas Virgens Americanas e Vanuatu.

A lista de paraísos fiscais da União Europeia (UE) foi atualizada esta terça-feira e conta com 11 jurisdições, após a retirada do país caribenho Antígua e Barbuda da lista pelas suas alterações às regras relativas à troca de informações.

A alteração foi aprovada pelos ministros das Finanças da UE, reunidos esta terça-feira no Luxemburgo, ocasião na qual o Conselho decidiu então “retirar Antígua e Barbuda da lista da UE de jurisdições não cooperantes para efeitos fiscais”.

Com estas atualizações, a lista passa a incluir onze jurisdições, entre as quais Samoa Americana, Anguila, Fiji, Guam, Palau, Panamá, Samoa, Trinidad e Tobago, Ilhas Virgens Americanas e Vanuatu.

“O Conselho lamenta que estas jurisdições ainda não estejam a cooperar em matéria fiscal e convida-as a melhorar o seu quadro jurídico a fim de resolver as questões identificadas”, assinala a instituição.

No que toca à Antígua e Barbuda foi incluída na lista da UE de jurisdições não cooperantes para efeitos fiscais em outubro de 2023, após uma avaliação negativa do Fórum Mundial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sobre troca de informações, mas entretanto está a realizar alterações, pelo que lhe foi concedida uma revisão suplementar.

“Além disso, duas jurisdições que figuram na lista há muito tempo, a saber, Fiji e Palau, deram passos promissores no sentido do cumprimento dos critérios de inclusão, o que se refletiu nas suas entradas na lista”, adianta o Conselho da UE.

A lista da UE de jurisdições não cooperantes para efeitos fiscais foi estabelecida em dezembro de 2017 e faz parte da estratégia externa da UE em matéria de fiscalidade para contribuir para os esforços em curso para promover a boa governação fiscal a nível mundial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Primeiro-ministro quer jornalismo sustentável, tranquilo, menos ofegante e sem perguntas sopradas

  • Lusa
  • 8 Outubro 2024

"E tão importante ter bons políticos como bons jornalistas para que a democracia funcione", afirmou o primeiro-ministro na apresentação do plano de apoio para os media.

O primeiro-ministro afirmou esta terça-feira que pretende em Portugal um jornalismo livre, sem intromissão de poderes, sustentável do ponto de vista financeiro, mas mais tranquilo, menos ofegante, com garantias de qualidade e sem perguntas sopradas.

Digo-vos isto preocupado com as garantias de qualidade naquilo que é o exercício de uma profissão efetivamente muito relevante“, declarou Luís Montenegro no final da intervenção com cerca de 30 minutos, feita de improviso, na abertura da conferência sobre “O futuro dos media”, em Lisboa.

Perante uma plateia com muitos presidentes de empresas de órgãos de comunicação social nacionais e de dezenas de jornalistas, Luís Montenegro acentuou que o seu executivo rejeita “qualquer tipo de intromissão no espaço que é o reduto do jornalismo“.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, intervém na sessão de abertura da conferência “O futuro dos media”, que abordará temas desde a sustentabilidade financeira do setor até ao serviço público, em Lisboa, 08 de outubro de 2024.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Mas temos a obrigação de possuir um edifício legislativo e de construir os alicerces da sustentabilidade financeira deste setor para que possa depois traduzir-se em maior grau de liberdade e em prosseguição do interesse público de informar“, justificou o primeiro-ministro, numa alusão ao plano do seu Governo para o setor.

Luís Montenegro fez a seguir várias apreciações sobre a atividade jornalística, começando por observar que “é tão importante ter bons políticos como bons jornalistas para que a democracia funcione”.

Nesse sentido, o líder do executivo considerou que seria melhor se a comunicação social fosse “mais tranquila na forma como informa, na forma como transmite os acontecimentos e não tão ofegante“.

Ofegante, “às vezes, de uma notícia que parece que é de vida ou de morte, quando afinal as coisas estão a funcionar, quando afinal é preciso saber que em cada momento nós estamos a discutir um determinado assunto“, completou.

Apontou, como exemplo, as vezes em que os jornalistas o tentam “apanhar à porta de um evento, ou à saída de um evento“, para lhe perguntarem “se o PS já respondeu ou não sei o quê, ou se eu já respondi ao PS”.

O primeiro-ministro disse então que se hoje, nesta conferência, falasse sobre as negociações do Orçamento com o PS, à entrada ou à saída do evento, “a probabilidade de a informação privilegiar o que dissera sobre o setor dos media era baixa“.

Na parte final da sua intervenção, o líder do executivo abordou a questão sobre a valorização da carreira do jornalista, mas com algumas críticas em relação ao desempenho de alguns profissionais deste setor.

“Vou fazer aqui esta pequena provocação, não é para criticar ninguém em especial. É só para verem como é que eu, do lado cá, que também é a minha obrigação, me impressionam, seja pela positiva, seja pela negativa”, começou por advertiu. A seguir foi direto ao assunto: “Uma das coisas que mais me impressiona hoje, quero dizer-vos aqui olhos nos olhos, é estar com seis ou sete câmaras à minha frente e ter os jornalistas a fazerem-me perguntas sobre determinado acontecimento e ver que a maior parte deles tem um auricular no qual lhe estão a soprar a pergunta que devem fazer. E outros à minha frente pegam no telefone e fazem a pergunta que já estava previamente feita”, declarou.

Como agente político e como cidadão, segundo Luís Montenegro, olha para esse quadro e conclui: “Assim, os senhores jornalistas não estão a valorizar a sua própria profissão, porque parece que está tudo teleguiado, está tudo predeterminado“.

“Na minha opinião isso não valoriza o jornalista, nem valoriza o jornalismo. Deixo-vos este relato, que é a minha opinião. Não pretende ser mais do que isso. É uma forma de vos dizer que as garantias do exercício livre do jornalismo têm a colaboração de todos, e este esquema, francamente, não é o que valoriza mais a função, porque para isso não é preciso ser jornalista”, advogou.

E Luís Montenegro rematou: “Para fazer a pergunta com o outro só para o ouvido, ou para ler a pergunta que está num SMS do telefone, sinceramente não é uma especial qualificação“.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nova companha do Ikea continua a sensibilizar para a sustentabilidade

  • + M
  • 8 Outubro 2024

A Ikea dá descontos todas as sextas-feiras de outubro para os membros IKEA Family que façam escolhas sustentáveis, seja vender ou comprar móveis usados.


Continuar a sensibilizar os consumidores para a importância de uma vida mais sustentável é o objetivo da nova campanha da Ikea com o mote “Cuidar do mundo. Uma sexta-feira de cada vez”. Todas as sextas-feiras, a partir de outubro, os membros IKEA Family beneficiam de descontos, desde que adotem medidas sustentáveis.

“Acreditamos que todas as ações do dia a dia contam, ainda que pareçam pequenas à escala do planeta. Tal como vender e comprar em segunda mão, mudar uma lâmpada, guardar as sobras do jantar ou levar sempre um saco reutilizável”, explica Ana Barbosa, responsável de sustentabilidade da IKEA Portugal.

Com esta iniciativa, os membros IKEA Family, que às sextas-feiras, usarem o serviço Segunda Vida, para vender móveis da empresa usados que, posteriormente, serão colocados na Área Circular, recebem mais 25% do valor da venda no cartão reembolso.

Os membros poderão desfrutar ainda de até 40% de desconto em produtos selecionados reutilizáveis, que promovam a separação de resíduos ou a redução do consumo de água, ou energia em casa. No restaurante, a marca também opta pela sustentabilidade com 50% de desconto em almôndegas de proteína vegetal, e o prato do dia à sexta-feira será vegetariano.

A Área Circular, segundo o comunicado da marca “já salvou quase 5 milhões de artigos em todas as lojas Ikea, em Portugal”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Hoje é um dia histórico”, diz Francisco Pedro Balsemão

  • + M e Lusa
  • 8 Outubro 2024

Gestores dos principais grupos de media avaliam plano de ação para os media apresentado esta terça-feira e alertam para a transferência das receitas dos media para as grandes plataformas digitais.

Os responsáveis dos principais grupos de media do país aplaudem a existência do plano de ação para os media, apresentado na manhã desta terça-feira por Luís Montenegro e Pedro Duarte. “Hoje é um dia histórico, pelo fim da publicidade na RTP. É uma reivindicação antiga dos privados. É só na RTP, devia ser em todos os canais e digital“, resume Francisco Pedro Balsemão.

Ainda há, no entanto, muito por esclarecer, começou por realçar o CEO da Impresa, num debate que juntou também a Media Capital, a Medialivre, o grupo Renascença Multimédia, o Público e a RTP, lembrando que no caso da diminuição progressiva da publicidade no operador público, uma das principais medidas, não está claro se o Governo se refere apenas à RTP1 ou ao universo RTP, questão que acabou por ser esclarecida por Nicolau Santos, presidente da RTP. “O corte é só na RTP1, o resto é residual“, afirmou no debate.

Analisando os quatro eixos das medidas, Francisco Pedro Balsemão destaca também que, no campo da regulação e da legislação, era importante pensar-se que “já existem leis que devem ser aplicadas, implementadas, reforçadas, como as relacionadas com o combate à pirataria, por exemplo. “Estamos expectantes para ver o que vai ser feito em relação à ERC, é uma entidade que deve ter um propósito de regular o setor e a transparência de propriedade e não deve servir para censurar e interferir em conteúdos”, afirmou o responsável, apontando que também ao Governo não cabe o papel de qualificar a informação. “Compete aos jornalistas e às redações fazer essa avaliação e decidir o que é ou não é notícia ou tem relevância editorial“, concretizou numa alusão ao discurso de Luís Montenegro, no qual o primeiro-ministro criticou a forma como se faz jornalismo. “Não nos podem dizer que não é assim que se faz jornalismo”, reforçou.

O jornalista da Media Capital, Anselmo Crespo (E), ladeado pelo CEO do Grupo Impresa, Francisco Pedro Pinto Balsemão (2-E), pelo CEO do Grupo Media Capital, Pedro Morais Leitão (3-E), pelo CEO da Medialivre, Luís Santana (C), pelo presidente Conselho de Administração Grupo Renascença Multimédia, cónego Paulo Franco (3-D), pela administradora executiva do Público, Cristina Soares (2-D), e pelo presidente da RTP, Nicolau Santos (D), participam na mesa-redonda com o tema “A sustentabilidade e modelos de negócio dos media, durante a conferência “O futuro dos media”, em Lisboa, 08 de outubro de 2024.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Sobre o fim da publicidade comercial na RTP, Pedro Morais Leitão, CEO Grupo Media Capital, alertou que a medida não significa que esse investimento publicitário venha a reverter em benefício direto de outros players do setor e chamou a atenção para a transferência das receitas para as plataformas digitais.

“A RTP já tem uma quota reduzida no mercado de publicidade e não é certo que o estarmos a reduzir, isto venha reverter em favor de outros concorrentes, […] há claramente uma transferência de publicidade para as plataformas digitais, haverá possivelmente uma transferência de publicidade para meios mais fragmentados, mas não é evidente que esses seis milhões venham a reverter totalmente a favor das televisões existentes”, defendeu Pedro Morais Leitão.

Enquanto ponto em falta no plano apresentado, Pedro Morais Leitão evidenciou também a questão da TDT (televisão digital terrestre), um “tema caro” à Media Capital. “Há ainda muitas pessoas cuja janela para o mundo é a TDT, cerca de 150.000 lares, é complicado o que é que se lhes vai propor como alternativa, mas acho que é um tema que, neste momento, está a afetar seriamente o que é a distribuição de televisão em Portugal, cria distorções entre as relações que existem entre os produtores de televisão e os seus distribuidores e são essas distorções que importa abordar”, apontou.

Luís Santana, da Medialivre, apontou também estar em falta no plano uma “intervenção mais musculada” junto das grandes plataformas digitais que “lapidam” a fonte de receitas oriunda da publicidade digital, apelando à ação não só a nível nacional mas também europeu.

O CEO do grupo dono da CMTV e Correio da Manhã destacou ainda a importância do combate à desinformação e defendeu que este deve evoluir até ao ponto de penalizar criminalmente quem usa os conteúdos de outros de forma lesiva. Sublinhou também a situação “muito crítica” de haver quatro concelhos e “largas dezenas de freguesias” que não têm acesso a pontos de venda de jornais ou revistas.

Relativamente à imprensa, Cristina Soares, do Público, alertou para a crise profunda que afeta este setor e chamou uma vez mais a atenção para as grandes plataformas digitais. “Nós hoje temos os custos, as redações e as obrigações regulatórias e as plataformas digitais têm as receitas e continuam desreguladas”, lamentou a responsável.

Quanto à rádio, o presidente do Conselho de Administração do Grupo Renascença, o cónego Paulo Franco – a quem uma das medidas do plano que agrada profundamente é a da revisão da legislação que está “completamente obsoleta” – lembrou que a RTP não é só televisão e que tem também as três antenas com cobertura nacional de rádio.

“O tema da publicidade pode pensar-se que não se coloca na rádio, no entanto, às vezes, há outras formas dissimuladas de publicidade, em formato de patrocínios […] e também é importante que a regulação não feche os olhos a estas formas dissimuladas de publicidade com o título de patrocínio”, realçou.

Concordante com a ideia da necessidade de se tomarem ações em relação às grandes plataformas digitais e de que é “urgente” a regulação desta matéria – em termos de publicidade e da utilização dos conteúdos de media “de forma abusiva onde peca a retribuição” – o responsável da Renascença pediu ainda uma “atenção especial” aos conteúdos dos privados que são de serviço público e a um possível “benefício fiscal”.

Na sua intervenção, Nicolau Santos sublinhou que o setor da comunicação social, em particular o setor privado, está a “passar por sérias dificuldades”. “Se queremos ter uma democracia forte, que funcione, temos de ter diversidade dos órgãos de comunicação social e temos de ter, sobretudo, sustentabilidade dos órgãos de comunicação social”, defendeu o presidente do Conselho de Administração da RTP. “Aprendi muitas vezes a ouvir esta frase do dr. Francisco Pinto Balsemão: que não há independência editorial se não houver independência financeira“, prosseguiu.

Nicolau Santos alertou ainda que as “Netflix estão a entrar” no negócio das televisões, pelo que faz “mais sentido ter entendimento a nível nacional para defender os media nacionais para fazer face a este avanço”, reitereando a necessidade de as empresas de media se entenderem e trabalharem em conjunto, porque não é a RTP que ameaça os privados, mas antes as grandes plataformas internacionais. Os operadores privados sabem muito bem que a RTP muitas vezes tem servido de estabilizador no mercado publicitário“, sublinhou.

A saída da RTP do mercado publicitário também significa uma perda de relevância da RTP“, independentemente de se conseguir a solvabilidade e ter um serviço público “mais fraco” é ter também “uma democracia mais fraca”, advertiu, defendendo também “além do Governo, é fundamental que a sociedade civil e os empresários se envolvam” para preservar um ecossistema nos media privados.

(notícia atualizada às 15h37)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“É o momento de todos construírem almofadas financeiras para o futuro”, recomenda Centeno

Governador do Banco de Portugal defendeu que famílias, empresas e Estado devem construir poupanças para enfrentar os desafios futuros.

O governador do Banco de Portugal recomendou esta terça-feira que o Estado, as empresas e as famílias voltem a constituir ‘almofadas’ de poupança para fazer face aos desafios futuros. A declaração de Mário Centeno ocorre a dois dias da entrega do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) e reflete aquela que tem sido a sua mensagem de prudência nos últimos anos.

“É o momento de todos construírem almofadas financeiras para o futuro”, disse Mário Centeno na conferência de imprensa de apresentação do Boletim Económico de outubro de 2024, em Lisboa.

O antigo ministro das Finanças falava das perspetivas de poupança das famílias, que o Banco de Portugal prevê que se situe acima de 11% entre 2024 e 2026, mas estendeu a recomendação para os restantes agentes económicos: empresas e Estado.

Este cenário surge num contexto de moderação do crescimento do rendimento disponível real das famílias, que deverá abrandar para uma média de 1,9% em 2025 e 2026, após um aumento expressivo de 6,6% previsto para 2024.

O crescimento do rendimento das famílias em 2024 reflete a situação favorável do mercado de trabalho, com aumentos do emprego e dos salários reais, bem como o impacto de medidas orçamentais como o aumento das pensões e a redução do IRS. No entanto, nos anos seguintes, o Banco de Portugal antecipa uma desaceleração da massa salarial e a dissipação dos efeitos destas medidas.

No decorrer da apresentação do Boletim Económico de outubro esta terça-feira, o governador do Banco de Portugal refere ainda que a manutenção de uma taxa de poupança elevada, num contexto de normalização das taxas de juro, poderá ser explicada por vários fatores.

Mário Centeno destaca que, por um lado, as famílias poderão estar a adotar uma postura mais cautelosa após os choques dos últimos anos, incluindo a pandemia e o aumento do custo de vida. Por outro, as taxas de juro positivas tornam mais atrativo poupar, contrastando com a década anterior de juros próximos de zero.

A mensagem do governador do Banco de Portugal para todos construírem almofadas financeiras vai também ao encontro da decisão do supervisor em exigir aos bancos mais uma almofada financeira (buffer) no seu balanço a partir de 1 de janeiro de 2026.

Na segunda-feira, o Banco de Portugal reviu o enquadramento metodológico da reserva contracíclica de fundos próprios, preparando-se para ativar este instrumento macroprudencial pela primeira vez desde a sua implementação em 2016, colocando a taxa nos 0,75% a partir de 2026.

O Banco de Portugal defende ainda que o aumento gradual das reservas no contexto de níveis elevados de capitalização e rendibilidade da banca, como sucede atualmente, mitiga também os custos para a atividade económica no presente e facilita a adaptação dos bancos ao novo requisito de reserva contracíclica.

“Não há melhor momento para aumentar almofadas de proteção para o futuro que não este. E por isso é que essa decisão foi tomada agora”, referiu o governador do Banco de Portugal no decorrer da apresentação do Boletim Económico de outubro, esta terça-feira em Lisboa.

Com a taxa a passar de 0% para 0,75%, as instituições terão de reter mais lucros ou captar capital no mercado para cumprir este novo requisito regulatório.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Construir casa nova encareceu quase 4% em agosto

Embora o preço dos materiais tenha recuado, o custo da mão de obra disparou perto de 10% em agosto.

Construir casa ficou mais caro. Os custos de construção de habitação nova aumentaram 3,9% em agosto face ao mesmo período do ano passado, acelerando em relação aos meses anteriores, de acordo com as estimativas apresentadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O gabinete de estatísticas explica que, embora o preço dos materiais tenha recuado 0,5%, o custo da mão-de-obra registou um disparo de 9,6%.

Em julho, o índice de custos de construção de habitação nova registou uma taxa de variação 3,3% em termos homólogos, depois da taxa de 3,6% observada no mês anterior.

Custos de construção voltam a subir

“O custo da mão de obra contribuiu com 4,2 pontos percentuais para a formação da taxa de variação homóloga do índice e os materiais com -0,3 pontos percentuais”, adianta o INE.

Para a descida do custo dos materiais contou principalmente o preço das Madeiras e derivados de madeira e os Materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, “com uma descida de cerca de 10%”.

Já os Ladrilhos e cantarias de calcário e granito e o Betão Pronto tiveram subidas de 10% e 7%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 11h22)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco de Portugal prevê inflação de 2,6% em 2024 e estabilização em 2% até 2026

Apesar de rever em ligeira alta a taxa de inflação para este ano, o regulador antecipa que abrande para os 2% já em 2025 e estabilize no mesmo valor em 2026.

A inflação em Portugal deverá caminhar a passos largos no sentido da meta dos 2% do Banco Central Europeu, segundo as mais recentes previsões do Banco de Portugal, publicadas esta terça-feira no Boletim Económico de outubro.

Num cenário que aponta para uma normalização gradual das pressões inflacionistas, a entidade liderada por Mário Centeno prevê que a taxa de inflação abrande para 2,6% este ano, convergindo depois para valores em linha com o objetivo de estabilidade de preços do BCE nos dois anos seguintes.

“A inflação reduz-se para 2,6% em 2024 e estabiliza em 2% em 2025–26, num contexto de desaceleração dos custos salariais e de pressões externas moderadas”, refere o Banco de Portugal no Boletim Económico de outubro, notando que a redução dos preços em 2024 “reflete o menor contributo de todas as principais componentes com exceção dos bens energéticos”.

Em junho, o Banco de Portugal antevia que a taxa de inflação ficaria nos 2,5% este ano, baixando depois para 2,1% em 2025 e 2% em 2026.

“Há uma elevada sincronia da inflação com a da Zona Euro”, sublinha o governador na apresentação do Boletim Económico, destacando que “isso são muito boas notícias para Portugal.”

Esta trajetória descendente da taxa de inflação ocorre num contexto em que “as pressões inflacionistas externas deverão manter-se moderadas”, explica o banco central, que antevê também um crescimento do PIB 2% para este ano, seguido de um crescimento de 2,3% em 2025 e 2,2% em 2026.

No entanto, o mercado de trabalho continuará a exercer alguma pressão sobre os preços, com o Banco de Portugal a prever “uma evolução favorável do mercado de trabalho, com aumento do emprego e dos salários”.

As projeções do regulador apontam também para um abrandamento do mercado de trabalho, com o emprego a crescer 1,1% este ano, 0,6% em 2025 e 0,9% em 2026. “Os salários têm mostrado uma fortíssima dinâmica”, destaca o governador do Banco de Portugal na apresentação do Boletim Económico, notando que durante o período inflacionista, os salários tiveram ganhos reais em todos os anos.

a taxa de desemprego deverá manter-se estável nos 6,4% ao longo deste período. Esta robustez e flexibilidade do mercado laboral poderá alimentar alguma pressão salarial, com o banco central a antecipar que “os salários reais deverão aumentar 4,6% em 2024 (após 3,5% em 2023)”.

Todavia, o Banco de Portugal sublinha que os riscos em torno da projeção para a inflação são equilibrados. Por um lado, existe a possibilidade de “efeitos desfasados da política monetária mais marcados no curto prazo”, o que poderia acelerar a queda da inflação. Mas, por outro, persistem “riscos em alta associados a choques sobre os preços das matérias-primas internacionais e as cadeias de abastecimento globais num contexto de tensões geopolíticas, bem como ao dinamismo dos salários e a sua transmissão aos preços”.

O cenário traçado pelo Banco de Portugal para a evolução da inflação nos próximos anos sugere que a economia portuguesa está no bom caminho para deixar para trás o período de inflação elevada dos últimos anos, que teve como ponto alto uma taxa homóloga de 10,14% em outubro de 2022.

No entanto, o regulador sublinha que a vigilância deve manter-se, dada a incerteza que ainda rodeia a evolução dos preços num contexto global complexo.

(Notícia atualizada às 11h31 com declarações do governador do Banco de Portugal)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco de Portugal corta previsão de crescimento de 2% para 1,6% este ano

Instituição liderada por Centeno está mais pessimista do que Governo sobre evolução da economia este ano e alerta que política orçamental terá de ser ajustada numa fase de menor expansão económica.

O Banco de Portugal reviu em baixa a previsão de crescimento da economia para 1,6% este ano e 2,1% em 2025, mas prevê um aumento significativo do contributo do investimento nos próximos dois anos. No Boletim Económico de outubro, publicado esta terça-feira, a instituição liderada por Mário Centeno alerta que a política orçamental irá ter de ser ajustada numa fase de menor expansão económica, pelo que o compromisso com a redução do rácio da dívida pública deve manter-se.

O supervisor bancário cortou face a junho a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,4 pontos percentuais (pp.) em 2024 e em 0,2 pp. em 2025, devido sobretudo à incorporação da nova série estatística, que levou também à revisão das contas nacionais pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A nova previsão do Banco de Portugal torna-se mais pessimista para este ano do que a do Governo, que sinalizou aos partidos políticos esperar uma evolução do PIB em torno dos 2%, e alinha com a da Organização para a Cooperação Económica (OCDE). Já a Comissão Europeia prevê uma expansão de 1,7%, o Conselho das Finanças Públicas de 1,8% e o Fundo Monetário Internacional de 1,9%.

Fonte: Boletim Económico de outubro, Banco de Portugal

“Temos uma desaceleração do crescimento económico muito concentrada em 2024. Uma parte vem do comportamento da economia já registado no segundo trimestre e prolongando-se esse crescimento baixo no terceiro trimestre”, realça o governador durante a conferência de apresentação do relatório.

Segundo o BdP, no terceiro trimestre a evolução estimada reflete um abrandamento das exportações e do consumo privado. No entanto, espera um maior crescimento do PIB no quarto trimestre e no início de 2025, refletindo uma recuperação das exportações e uma aceleração do consumo privado.

Atividade económica deverá ser impulsionada pelo consumo privado e pelas exportações em 2024 e acelera em 2025 e 2026, refletindo o dinamismo do investimento.

Na globalidade, o BdP considera que “o dinamismo do rendimento disponível continuará a refletir uma evolução favorável do mercado de trabalho” e “o impacto das medidas orçamentais” e que “a transição gradual para taxas de juro mais baixas e as entradas de fundos europeus apoiarão um maior crescimento do investimento”.

“A dinâmica da economia portuguesa está no sentido da convergência com a área do euro. Portugal continua a ter perspetivas de crescimento superior à das que se registam para o conjunto da área do euro”, destacou Mário Centeno.

A atividade económica deverá ser impulsionada pelo consumo privado e pelas exportações em 2024 e acelera em 2025 e 2026, refletindo o dinamismo do investimento. Assim, o banco central aponta para um crescimento das exportações de 3,8% este ano e de 3,3% em 2025, do consumo privado de 2,5% e 2,3% em 2024 e 2025, respetivamente, e do investimento de 0,8% e 5,4%.

A dois dias da entrega do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) e na semana em que o Governo remete a Bruxelas o plano orçamental estrutural de médio prazo, o supervisor deixa também alertas sobre a política orçamental: “a sua orientação expansionista em todos os anos do horizonte de projeção, num contexto em que o PIB se encontra acima do seu potencial, gerará a necessidade de um ajustamento posterior numa fase menos favorável do ciclo económico“, refere.

Orientação expansionista em todos os anos do horizonte de projeção, num contexto em que o PIB se encontra acima do seu potencial, gerará a necessidade de um ajustamento posterior numa fase menos favorável do ciclo económico, alerta Banco de Portugal.

A instituição liderada por Mário Centeno volta a defender que “a redução sustentada do rácio da dívida pública não deverá abrandar o ritmo, pois representa um elemento fundamental para a estabilidade macroeconómica e para o crescimento das gerações presentes e futuras“.

Taxa de poupança das famílias acima de 11%

O Banco de Portugal prevê que a taxa de poupança se mantenha elevada, acima de 11%, reflexo das taxas de juro mais elevadas e comportamentos de precaução por parte das famílias. O aumento da poupança deverá por outro lado afetar o consumo privado, que cresce moderadamente face ao dinamismo do rendimento real em 2024 e de forma mais próxima em 2025 e 2026.

O supervisor aponta para um aumento do rendimento disponível de 6,6% em 2024, “uma taxa elevada em termos históricos, que resulta da situação favorável do mercado de trabalho — em termos de emprego e salários reais —, do aumento das pensões e outras transferências e do impacto da redução do IRS”.

Para os anos seguintes, prevê um crescimento mais contido do rendimento disponível (1,9%, em média), efeito da desaceleração da massa salarial e da dissipação dos efeitos das medidas orçamentais incluídas na projeção, “recomendável dada a necessidade de assegurar o equilíbrio das finanças públicas, que tem beneficiado nos últimos anos de elevados excedentes da Segurança Social”.

Fonte: Boletim Económico de outubro, Banco de Portugal

Riscos são equilibrados

O Banco de Portugal considera que os riscos associados às projeções são equilibrados, mantendo para a atividade económica do lado negativo os associados às tensões geopolíticas internacionais e ao cumprimento atempado das metas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Por outro lado, admite que o consumo privado pode aumentar acima do esperado, em reação ao crescimento projetado do rendimento das famílias.

“A resistência da economia aos choques recentes é reflexo do progresso verificado na redução de desequilíbrios macroeconómicos e outras fragilidades estruturais. Mas, no futuro próximo, haverá desafios importantes ― associados às transformações tecnológicas, às alterações geopolíticas e à gestão da transição climática”, prevê.

(Notícia atualizada às 11h48, com declarações do governador do Banco de Portugal)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fim de publicidade na RTP não levará à subida da taxa audiovisual

  • + M
  • 8 Outubro 2024

A receita comercial líquida com publicidade foi de 21,7% em 2023. A RTP vai viver com os cerca de 190 milhões da contribuição audiovisual. Vão sair cerca de 250 pessoas.

A publicidade saíra gradualmente da RTP nos próximos três anos. Não obstante, o Governo não vai subir a taxa da Contribuição Audiovisual (CA) para colmatar os cerca de 20 milhões de euros que a estação de televisão deverá perder em receitas. A garantia foi dada esta terça-feira por Pedro Duarte, ministro com a tutela da comunicação social, na apresentação do plano de ação para os media.

Está também previsto um programa de reorganização, com um plano de saídas voluntárias de até 250 trabalhadores.

Apesar do fim da publicidade, Pedro Duarte recusa o aumento do valor da contribuição audiovisual (CAV). “Não há mexidas porque primeiro é preciso mostrar que a RTP está a dar um salto para se justificar uma maior contribuição dos contribuintes“, diz o ministro, explicando também que com o aumento do número de utilizadores de eletricidade a CAV já tem vindo a aumentar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fim progressivo da publicidade da RTP e descontos na Lusa. Conheça o plano de ação para os media

  • + M
  • 8 Outubro 2024

O fim, até 2027, da publicidade na RTP e descontos para o serviço da Lusa são duas das 30 medidas no plano de ação apresentado para os media. Veja as medidas.

O Governo confirma o fim progressivo da publicidade na RTP, tal como o +M/ECO avançou no fim de semana. A publicidade vai diminuir dois minutos ao ano, até 2007. Ou seja, dos atuais seis minutos passa para quatro, de seguida para dois e, em 2027, deixa de ter publicidade comercial.

A medida faz parte do Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado esta terça-feira por Luís Montenegro e Pedro Duarte, e que prevê nova legislação para o setor e novo contrato de concessão de serviço público para a RTP, o reforço da independência da Lusa e incentivos ao setor.

Quanto à Lusa (já detida pelo Estado em 95,86% do capital) o Governo pretende concluir a sua aquisição total e, ao mesmo tempo, reforçar a sua independência, criando um novo modelo de governação, com a criação de um conselho de supervisão com uma composição multissetorial, e implantando um programa de modernização tecnológica e digital e mais meios humanos.

A redução do custo dos serviços da Lusa para os órgãos de comunicação social é também encarada no plano como um dos meios de ajuda ao setor, com a agência a fazer descontos a órgãos de informação, locais e nacionais, segundo o Plano de Ação para a Comunicação do Governo que é hoje apresentado. Os descontos vão de 30 a 70%.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Podcast. “Como é que podemos discutir salários, se a maior parte das pessoas não sabe quanto ganha?”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast, que se debruça, em entrevistas quinzenais, sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Qual é o valor atual do salário mínimo? Um trabalhador responderá 729,8 euros. Uma empresa 1.014,75 euros. Mas a lei dita 820 euros. O que explica estas diferenças?

Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Pedro Ginjeira do Nascimento, secretário-geral da Business Roundtable Portugal, defende que os tais 820 euros “só estão na cabeça do Estado”, porque entre impostos e contribuições sociais empresas e trabalhadores acabam por ser confrontados com outros números. E apresenta um modelo inovador (mais transparente) de recibo de vencimento, que promete esclarecer essas diferenças.

Também neste episódio, o fiscalista Luís Leon, da ILYA, vem explicar-nos o que se passou com os salários líquidos que estão agora a ser pagos aos trabalhadores portugueses. E deixa um aviso quanto aos reembolsos de IRS previstos para 2025: deverão ser mais magros do que os deste ano.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de outubro, vamos explorar essa questão do ponto de vista dos salários.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.