Fitch deve manter ‘rating’ de Portugal em ‘A-‘ na sexta-feira

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

Esta sexta-feira e pela segunda vez este ano, a Fitch avalia a dívida portuguesa. Analistas ouvidos pela Lusa antecipam que não devem existir mudanças no 'rating', que é atualmente 'A-'.

A Fitch vai avaliar a dívida portuguesa pela segunda vez este ano, na sexta-feira, e os analistas ouvidos pela agência Lusa antecipam que não devem existir mudanças no ‘rating’, que é atualmente ‘A-‘.

Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa, destaca à Lusa que “os dados divulgados relativos ao crescimento do terceiro trimestre mostraram um notável abrandamento económico, que acaba por ser fruto dos efeitos da política monetária restritiva levada a cabo pelo Banco Central Europeu” (BCE).

A Fitch deverá manter o ‘rating’ de Portugal.

Filipe Silva

Diretor de Investimentos do Banco Carregosa

“Apesar de este efeito ser o esperado, vai ser preciso ver como é que cada economia se consegue adaptar a uma nova realidade”, aponta, dependendo também da evolução da economia alemã que “acaba por ter um impacto nas expectativas de crescimento do PIB português no segundo semestre“.

Considera assim que “a Fitch deverá manter o ‘rating’ de Portugal”, bem como o ‘outlook’ (perspetiva), que atualmente é ‘estável’.

Foi há um ano que a Fitch subiu a classificação de Portugal de ‘BBB+’ para ‘A-‘, com perspetiva estável, avaliação que manteve em março deste ano.

Henrique Tomé, analista da Xtb, também sinaliza à Lusa que “os indicadores económicos não mudaram muito desde a última avaliação da Fitch”, pelo que não são esperadas mudanças.

No que diz respeito à dívida houve um ligeiro agravamento, com a dívida a passar de 99,1% em comparação com o PIB no último trimestre de 2023, para 100,5% no primeiro trimestre deste ano.

Henrique Tomé

Analista da Xtb

“Em termos económicos, a inflação continua a diminuir (1,9% A/A) e o país continua a crescer, ao mesmo tempo que o mercado de trabalho permanece estável (taxa de desemprego 6,2%)”, salienta o analista, enquanto “no que diz respeito à dívida houve um ligeiro agravamento, com a dívida a passar de 99,1% em comparação com o PIB no último trimestre de 2023, para 100,5% no primeiro trimestre deste ano”.

Relativamente à perspetiva, Henrique Tomé concorda que não são esperadas mudanças. “Estamos a atravessar um momento de maior abrandamento económico, mas ainda assim não parecem existir sinais de risco“, diz.

O ‘rating’ é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

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Projeto de Ciências Agrárias quer melhorar competências digitais de 1.500 estudantes

  • ECO
  • 19 Setembro 2024

A iniciativa tem um financiamento de mais de 3,5 milhões de euros e pretende “elevar” as qualificações digitais de 1.500 estudantes dos cursos de ciências agrárias.

Seis instituições do Ensino Superior uniram-se numa iniciativa com o objetivo de melhorar as qualificações digitais na área das ciências agrárias. O projeto “Farm4future” tem um orçamento de mais de 3,5 milhões de euros, financiado pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), e irá abranger 1.500 estudantes, segundo o comunicado divulgado esta quinta-feira.

O projeto junta o Instituto Politécnico de Coimbra, líder do consórcio, a Egas Moniz School of Health and Science, a Universidade de Coimbra, a Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e os Institutos Politécnicos de Castelo Branco, Santarém e Viseu.

A “Farm4future” conta em “elevar” as qualificações de 500 estudantes universitários e requalificar 300 profissionais da área das ciências agrárias. O comunicado avança que espera, assim, “abrir portas” a um total de 1.500 estudantes do ensino secundário e profissional.

Este projeto “visa transformar o ensino e a prática das Ciências Agrárias através da integração de tecnologias de ponta e soluções digitais”. Além disso, a iniciativa espera a “partilha de experiências entre parceiros internacionais, investigação e inovação” e um maior foco na transição verde e digital para os estudantes e profissionais.

“A Egas Moniz continua a contribuir para o desenvolvimento do setor, com um sólido contributo dos nossos cursos de Medicina Veterinária e Enfermagem Veterinária. De destacar ainda, o forte compromisso deste consórcio com a visão de Uma Só Saúde – One Health, que tem como foco a relação entre a Saúde Humana, Animal e Ambiental” afirma Manuel Pequito, professor e investigador da Egas Moniz School of Health and Science.

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Centeno aponta para Fed e diz que BCE também pode descer juros de forma rápida

Fed não precisou de choque nos dados económicos para fazer um corte substancial, diz Centeno. Dados positivos sobre a inflação, e negativos sobre o investimento, podem levar a novo corte em outubro.

O maior risco que o Banco Central Europeu (BCE) enfrenta atualmente é o de “undershoot” na política monetária, ou seja, fazer menos que o necessário, afirmou, esta quinta-feira, Mário Centeno, sugerindo que os mais recentes dados económicos poderão justificar uma aceleração nas descidas das taxas de juro.

“Dada a posição em que nos encontramos atualmente, no ciclo da política monetária, temos de minimizar o risco de undershooting, porque esse é o principal risco”, disse o governador do Banco de Portugal e membro do conselho de governadores do BCE disse, em entrevista ao Politico.

O BCE cortou, na semana passada, as taxas de juros pela segunda vez este ano, mas a presidente da instituição, Christine Lagarde, sinalizou que o próximo corte poderá acontecer apenas em dezembro, pois o intervalo de cinco semanas até à próxima reunião, em outubro, é curto.

Ao Politico, Centeno afirmou que discorda dessa visão. “Não acho que cinco semanas seja um período de tempo curto”, disse. “Fui ministro das Finanças e tinha de tomar decisões às 7h30 da manhã, 7h45, 8h15. Cinco semanas é muito tempo para voltarmos aos dados, para os analisarmos de novo, para avaliarmos o que cada dado nos está a dizer”.

O governador do Banco de Portugal apontou para o outro lado do Atlântico como exemplo, nomeadamente o corte de 50 pontos base nas Federal Funds Rates anunciado pela Reserva Federal na quarta-feira. Para Centeno, a Fed não precisou de uma grande alteração nos dados económicos para mudar de tom, acabando por optar por uma forte redução.

“Os dados mais recentes para os EUA foram piores do que o esperado para o mercado de trabalho, mas não foi um grande choque”, disse Centeno.

Investimento privado é maior preocupação

“Já temos novas informações”, sublinhou Centeno, apontando para os dados divulgados na segunda-feira, que mostraram um crescimento mais lento dos salários no primeiro semestre do ano. “Esta desaceleração do crescimento dos salários é uma boa notícia para a inflação”.

Por outro lado, o do crescimento, os dados sobre a confiança dos investidores na Europa e, em especial, na Alemanha, revelaram “uma descida acentuada, muito abaixo das expectativas”, acrescentou.

Centeno salientou que, embora a inflação tenha corrido praticamente como esperado desde o início de 2023, o investimento ficou muito aquém do que o BCE esperava, minando a dinâmica de crescimento.

“Se compararmos a previsão atual com a nossa previsão no início do verão de 2023, reduzimos as expectativas de crescimento do investimento em 80%”, afirmou.

É isso que mais me preocupa na Europa neste momento. O investimento não está a aumentar – apesar do impulso do Next Generation EU, o investimento público está a crescer na maioria dos nossos países, mas o investimento privado não está a seguir o exemplo”, lamentou.

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Opnova AI levanta 3,4 milhões para ajudar a reduzir processos IT repetitivos

Com sede na Califórnia, nos EUA, a startup, que tem três cofundadores portugueses, tem o centro tecnológico em Portugal, com cinco pessoas. O objetivo é duplicar equipa até ao final do próximo ano.

Nasce com o objetivo de ajudar as empresas a reduzir processos de IT repetitivos que levam a perdas de horas de produtividade. Para isso, a luso-americana Opnova levantou 3,75 milhões de dólares (cerca de 3,37 milhões de euros) numa ronda pré-seed coliderada pelo fundo português Faber, pela ScaleX e pela Preface Ventures. A startup tem o centro tecnológico em Portugal, com cinco pessoas, mas o objetivo é duplicar equipa até ao final do próximo ano.

Esta é a terceira startup fundada por José Luís Pereira, presidente e CTO da Opnova — startup que tem ainda como cofundadores o ex Feedzai Pedro Saleiro (Chief AI Office) e Tiago Melo (Chief Architect) –, juntamente com Sinan Eren, o CEO. Relação com o atual CEO e cofundador da Opnova tem mais de uma década e decorre de um convite para ir trabalhar para a sua empresa nos EUA, um contacto feito via internet, em 2012.

“Estava a tentar tirar o doutoramento. Na altura, não estava a correr muito bem, não estava a gostar porque tinha tido muitas cadeiras e eu estava mais virado para fazer alguma coisa mais prática. Na altura tinha uns projetos open source que fazia na internet e encontraram-me. E foi assim que fui lá parar (a Silicon Valley, em São Francisco)”, lembra José Luís Pereira.

“O Sinan acabou por me tornar um dos founders da empresa. Esta relação fez com que tivéssemos uns exits bem-sucedidos. Vendemos a nossa primeira empresa, a Avast, depois a nossa segunda, a Fyde, à Barracuda em 2015. No ano passado, estávamos na Barracuda e decidi sair da empresa para tirar uma sabática. Queria estar uns meses sem parar. Estava a pensar no que queria fazer no futuro”, explica.

Nós tentamos estar juntos, pelo menos, de duas em duas semanas já acho que é importante manter esta ligação, principalmente quando começarmos a ter pessoal mais jovem. Já temos duas contratações alinhadas até ao final do ano e queremos dobrar a equipa até ao final do próximo ano.

José Luís Pereira

Presidente e CTO da Opnova

Em janeiro, depois de uma visita a Sinan nos Estados Unidos, surgiu a ideia de se avançar com um novo projeto. “Temos uma dinâmica muito boa de partilha de ideias e acabamos, naquelas três semanas em que eu estava em casa dele, por ter uma ideia que achámos bastante interessante, que tem a ver com a automação de processos da área de IT”, conta o CTO.

“Criámos logo empresa e começámos logo a fazer o pitch a uma série de pessoas influentes da nossa área, também para validar o conceito. Quando vim para Portugal pus as mãos ao trabalho. Larguei a sabática e começamos logo a trabalhar neste projeto”, refere ainda.

Hub tech em Portugal

Com sede em na Califórnia (Silicon Valley), nos Estados Unidos, a Opnova tem o centro tecnológico em Portugal. “Montamos a equipa de engenharia toda cá”, diz o CTO. Hoje são cinco pessoas, mas o objetivo é crescer. O modelo de trabalho é remoto, tendo um espaço para reunir na Founders Founders, em Campanhã, no Porto.

 

“Tentamos estar juntos, pelo menos, de duas em duas semanas, acho que é importante manter esta ligação, principalmente quando começarmos a ter pessoal mais jovem. Já temos duas contratações alinhadas até ao final do ano e queremos dobrar a equipa até ao final do próximo ano”, adianta José Luís Pereira.

Portugal é também olhado como um potencial mercado para a realização de negócio, mas o foco da empresa é nos Estados Unidos.

“O nosso mercado mais importante vai estar sempre nos Estados Unidos, porque é o mercado que conhecemos muito bem e onde temos muito bons contactos. Apesar de tudo, temos interesse e vamos estar a contactar a empresas portuguesas”, diz, pese embora o cliente alvo da Opnova serem empresas com mais de 5.000 colaboradores, organizações que, pela sua dimensão, podem tirar maior potencial da solução proposta pela startup que visa reduzir as funções IT repetitivas, feitas manualmente, e que não acrescentam valor ao negócio.

O que propõe a startup

José Luís Pereira exemplifica. “Nos Estados Unidos há empresas que fazem onboarding de centenas de pessoas todos os dias e acabam, muitas vezes, por ter que subcontratar e fazer outsourcing desses processos em empresas consultoras. Isto porque, no fundo, são processos muito manuais”, diz. Por exemplo, “uma pessoa vai ser rececionista num hotel em Las Vegas. Há que ir ao software de payroll adicionar a pessoa e configurar; ir ao software que abre as portas do hotel e configurar-lhe o cartão de entrada. Ou seja, há uma série de centenas de passos manuais, que têm que ser feitos e que não trazem necessariamente valor à empresa. São o tipo de processos que tanto quanto possível têm que ser automatizados. É aqui que nós entramos. Estamos a fazer uma plataforma que permite fazer a automatização desse tipo de processos de uma forma muito, muito rápida e muito automática”, garante. Uma automatização ‘inteligente’ com o recurso da IA.

(notícia atualizada às 15h26, corrige local da sede da startup nos EUA)

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Espanha aprova apoio de 21 milhões para projeto de lítio da portuguesa Lifthium

O Ministério da Indústria anunciou a aprovação de apoios do PRR espanhol para a construção de uma refinaria da portuguesa Lifthium em Torrelavega. Estarreja é a outra localização alternativa.

O Governo espanhol anunciou esta quinta-feira a atribuição de um apoio de mais de 21 milhões à Lifthium Energy Cantabria, em Torrelavega, para a construção de uma refinaria de lítio verde. O cheque vem somar argumentos à instalação da unidade em Espanha, que “compete” com Estarreja pelo investimento. Ao que o ECO apurou, ainda não há uma decisão final da empresa portuguesa sobre a concretização do projeto ou sobre a localização.

O apoio é concedido no âmbito do Projeto Estratégico para a Recuperação e Transformação Económica do Veículo Elétrico e Conectado (PERTE VEC), financiado com fundos do NextGeneration EU, tal como o PRR português. O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo ministro da Indústria e Turismo, Jordi Hereu. Além da fábrica da Lifthium, foram anunciados apoios a mais dois projetos, num total de 53 milhões de euros.

O financiamento soma argumentos à localização da fábrica em Espanha, mas ao que o ECO apurou, a empresa detida pelo grupo José de Mello e pela Bondalti ainda não tomou uma decisão final sobre o investimento na refinaria de lítio ou sobre a localização, o que ainda deverá demorar alguns meses. Contactada, a Lifthium não quis fazer qualquer comentário.

O administrador da Bondalti, Luís Delgado, afirmou na semana passada, durante a conferência Energy 2024 do ECO, que a Liftium mantém o objetivo de iniciar a produção da fábrica de refinação em 2027. O responsável referiu que, para a decisão, “o tema absolutamente crítico é o licenciamento de unidades industriais. E aí, na comparação entre Portugal e Espanha, Espanha sai melhor na fotografia”, indicou. Disse, no entanto, esperar que venha a ser Portugal o destino escolhido.

A Lifthium foi criada no seio da Bondalti, a empresa do setor químico do grupo, para investir na refinação de lítio. Passou, entretanto, a ser detida em 75% diretamente pelo Grupo José de Mello, mantendo-se a Bondalti com 15%. “É um projeto que estamos a abraçar com muito interesse e entusiasmo com o objetivo de virmos a ser um player relevante na refinação de lítio a nível europeu“, apontou o CEO, Salvador de Mello, na apresentação dos resultados do Grupo José de Mello, em maio.

Em cima da mesa está a construção de uma primeira fábrica de lítio, estando em análise duas localizações: Estarreja, em Portugal, e Torrelavega, em Espanha. Salvador de Mello detalhou, na altura, que o grupo está a “trabalhar para as condições de investimento numa fábrica” apenas, mas admitiu avançar para outras. Duarte Braga, CEO da Lifthium, apontou à Bloomberg para um investimento de mil milhões em duas fábricas, uma em Portugal e outra em Espanha. Valores que o presidente executivo do Grupo José de Mello não confirmou.

Para Estarreja está prevista uma unidade de demonstração reforçada da matéria-prima. Falta decidir onde será feita a produção em grande escala.

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Portugal está menos atrativo para profissionais qualificados

Já é conhecida edição deste ano do ranking mundial de talento. Portugal desce oito posições na atratividade e duas no investimento e desenvolvimento, mas consegue subir seis lugares nas competências.

Portugal perdeu atratividade, no que diz respeitos aos trabalhadores qualificados. Na edição deste ano do ranking de talento mundial da escola de negócios suíça IMD, ocupa a 45.ª posição, entre 67 países, neste indicador. É o correspondente a um deslize de oito lugares.

“A atratividade tem vindo a registar a maior queda, com Portugal a ocupar a 45.ª posição, depois de ter estado em 37.º lugar em 2023, 40.º em 2022 e 30.º em 2021″, explica a escola, numa nota enviada às redações. A fuga de talentos a que o país tem assistido — com milhares de jovens qualificados a emigrarem — é um dos motivos que explica esta quebra, aponta a IMD.

Entre os 67 países analisados, é a Suíça que consegue a medalha de ouro na atratividade de talento, consolidando a liderança. A completar o pódio, estão também dois repetentes: Irlanda (em segundo lugar à semelhança da última edição) e País Baixos (mantendo-se em terceiro lugar).

Já do outro lado da tabela, Mongólia (67.ª posição), Argentina (66.ª posição) e Venezuela (65.ª posição) são os países que saem pior na fotografia da atratividade de talento qualificado.

Competências portuguesas melhoram

Importa notar que a atratividade não é o único indicador medido pelo IMD, no seu ranking global. E noutros campos Portugal até conseguiu melhorar o seu desempenho face à edição do ano passado.

É o caso do indicador relativo à preparação, isto é, disponibilidade de habilitações e competências no talento. Neste caso, o país registou uma “melhoria significativa”. Em causa está uma subida de seis lugares face ao ano passado, atingindo, assim, a posição 21.ª entre os tais 67 países.

No âmbito deste indicador, há a destacar melhorias na educação na área de gestão, que subiu nove posições (para 11.º lugar), e nas competências linguísticas, “que continuam a responder às necessidades empresariais, ocupando mesmo o nono lugar global”. Há, contudo, “margem de melhoria” na experiência internacional e na competência dos gestores seniores disponíveis.

Quanto à comparação com os demais países, é Singapura que se destaca, no indicador relativo à preparação. Seguem-se os Emirados Árabes Unidos e a Suíça. Neste caso, a base da tabela é ocupada pelo Brasil, Bulgária e Mongólia.

De resto, a melhoria de Portugal neste indicador foi a grande razão para ter mantido a sua posição (25.º lugar) no ranking global de competitividade de talento, explica a IMD. O topo dessa tabela é ocupado pela Suíça, Singapura e Luxemburgo, que são, assim, “as três economias mais competitivas em talento a nível mundial entre os 67 países em análise”.

I&D com recuo de duas posições

Já quanto ao indicador relativo ao investimento e desenvolvimento, Portugal caiu do lugar 27.º para o 29.º, “devido a ligeiras reduções no rácio de alunos para professor na educação primária e secundária”, salienta o IMD. Isto “apesar do bom desempenho relatado particularmente no ensino secundário”, observa.

A formação dos colaboradores permanece como principal fraqueza, ocupando o 61.º lugar, sendo considerada uma prioridade para as empresas“, acrescenta a escola de negócios, que elabora este ranking em parceria, em Portugal, com a Porto Business School.

O talento tem sido apontado pelas empresas portuguesas como uma das suas principais dificuldades no momento atual. Por um lado, escasseia trabalhadores em múltiplos setores e, por outro, persiste um desencontro entre as competências disponíveis e aquelas de que os empregadores necessitam.

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ERC dá luz verde à Digi para a compra da Nowo

  • + M
  • 19 Setembro 2024

A compra da Nowo pode ser a chave para resolver o imbróglio dos conteúdos televisivos, pelo menos no curto prazo.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) não se opõe à compra da Nowo pela Digi. “O Conselho Regulador concluiu que a operação de concentração projetada não coloca em causa os valores da liberdade de expressão, do pluralismo e da diversidade de opiniões, a par da livre difusão de, e acesso a, conteúdos, cuja tutela incumbe à ERC acautelar“, conclui o parecer da ERC, aprovado no dia 18, e emitido a pedido da Autoridade da Concorrência.

A operação, recorde-se, implicará a compra indireta de 100% do capital social e dos direitos de voto da Nowo Communications, S.A., empresa que presta serviços de comunicações eletrónicas em Portugal Continental, incluindo voz fixa, telecomunicações móveis, acesso a Internet de banda larga para clientes residenciais, serviços de televisão por subscrição e pacotes de telecomunicações para clientes residenciais. A decisão está agora do lado da AdC, notificada em meados de agosto.

Se a compra da Nowo pela Digi, anunciada no início de agosto, for aprovada pelos reguladores, a operadora romena ficará com mais espetro para lançar 5G, uma maior rede de fibra ótica e uma carteira inicial com algumas centenas de milhares de clientes fixos e móveis. Mas só isso não explica os 150 milhões de euros que a Digi ofereceu para ficar com a quarta maior operadora de telecomunicações do país: a compra da Nowo pode ser a chave para resolver o imbróglio dos conteúdos televisivos, pelo menos no curto prazo.

Além de comunicações fixas e móveis, a Digi pretende fornecer em Portugal um serviço de distribuição de televisão. Mas a nova operadora está a enfrentar dificuldades no acesso aos canais mais vistos pelos portugueses, conforme noticiou o ECO a 8 de julho. A empresa apresentou queixas aos reguladores e uma deliberação já é pública, só que é desfavorável à empresa de origem romena.

A Digi já garantiu o acesso a alguns canais, adiantou o ECO em julho, mas teve mais dificuldades nas negociações com os grupos que detêm a SIC e a TVI, segundo uma fonte familiarizada com o processo.

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Banco de Inglaterra mantém taxas de juro inalteradas

Ao contrário da Reserva Federal dos EUA, que cortou os juros em 50 pontos base esta quarta-feira, a autoridade monetária liderada por Andrew Bailey manteve a sua taxa de juro em 5%.

Depois de ter anunciado o primeiro corte de juros em mais de quatro anos na reunião de agosto, o Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra decidiu manter a sua taxa de juros inalterada na reunião desta quinta-feira, anunciou a entidade.

A taxa de juro da libra esterlina manteve-se em 5%, depois do Banco de Inglaterra ter anunciado no mês passado a primeira descida da sua taxa de juros em mais de quatro anos.

A decisão para manter os juros foi tomada por uma larga maioria, com oito membros a favor e apenas um contra, segundo o comunicado do Banco de Inglaterra, que adianta que apenas um membro preferia que tivesse sido decidida uma descida dos juros de 25 pontos base, para 4,75%.

 

A entidade aprovou ainda por unanimidade a redução do “stock” de dívida britânica, para efeitos de política monetária, em 100 milhões de libras nos próximos 12 meses, para um total de 558 mil milhões de libras.

Esta manutenção dos juros surge um dia depois de a Reserva Federal dos Estados Unidos ter anunciado um corte da taxa dos fundos federais de 50 pontos base para um intervalo entre 4,75%-5% e sinalizado que deverá decidir mais uma descida semelhante até ao final do ano, naquela que foi a primeira descida em mais de quatro anos.

Ao contrário do BCE, que baixou juros pela primeira vez em julho, e da própria Fed, com este corte “jumbo”, o Banco de Inglaterra tem optado por manter uma política mais cautelosa, determinado em trazer a taxa de inflação de volta aos 2%.

No comunicado com a decisão sobre as taxas de juros, o Banco de Inglaterra nota que a inflação anual situou-se em 2,2% em agosto e a expectativa é que suba até 2,5% até ao final do ano, o que leva a autoridade monetária a defender que se mantém adequada uma remoção gradual das políticas mais restritivas.

“A política monetária terá de continuar a ser restritiva durante um período suficientemente longo até que os riscos de a inflação regressar de forma sustentável ao objetivo de 2% no médio prazo se dissipem ainda mais”, justifica o Banco de Inglaterra.

(Notícia atualizada às 12:55)

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Sporting vai comprar o Alvaláxia e “reconstruir” o estádio nos próximos 10 anos

Plano estratégico da administração de Frederico Varandas para o Sporting assume duplicação das receitas para 170 milhões de euros até 2034. Estádio vai ganhar 2 mil com lugares com fecho do fosso.

O Sporting Clube de Portugal prepara-se para avançar com profundas mudanças na sua estrutura de negócio, que abarca por inerência Sociedade Desportiva Anónima (SAD), segundo o plano estratégico 2024-2034 apresentado esta manhã no auditório Artur Agostinho, no estádio José Alvalade.

Sob o slogan “Every day be better” (Todos os dias ser melhor), André Bernardo, vice-presidente do Sporting, revelou que o clube leonino chegou a um princípio de acordo para a compra do centro comercial Alvaláxia, que atualmente faz parte do completo Alvalade XXI, que inclui também o Estádio José Alvalade.

“Vai-nos permitir tornar num hub de entretenimento de referência, dar a melhor experiência de sempre a todos os sócios e adeptos, vai permitir melhorar a experiência de match day e também vai permitir chegarmos a um novo target” de consumidores, refere o membro do conselho de administração de Frederico Varandas.

Estas e outras alterações anunciadas esta manhã para o universo Sporting apontam para uma duplicação das receitas para 170 milhões de euros até 2034, face aos 85,2 milhões registados na última época desportiva.

André Bernardo adiantou ainda que, com a compra do Alvaláxia, o atual museu do clube será também deslocalizado para o complexo comercia que está na posse da empresa de private equity Explorer Investments desde o verão de 2017, após ter adquirido o imóvel à Silcoge, do Grupo SIL do empresário Pedro Silveira.

O Alvaláxia, inaugurado em 2003, ocupa uma área bruta de 17.600 metros quadrados tendo já feito parte do património do Sporting até 2006, quando o clube, então liderado por ano Filipe Soares Franco, alienou o espaço comercial por 19 milhões de euros ao grupo SIL e mais três imóveis: o Visconde de Alvalade (15 milhões de euros), a clínica da CUF (3,5 milhões de euros) e o health club (13,2 milhões de euros).

O ECO procurou uma confirmação junto da Explorer Investments sobre o anunciado princípio de acordo para a concretização do negócio do Alvaláxia anunciado esta manhã por André Bernardo, mas a empresa preferiu não fazer qualquer comentário sobre o assunto.

“Novo” Alvalade até 2034

Além da aquisição do Alvaláxia, André Bernardo anunciou também uma revolução do estádio Alvalade XXI. “Fomos buscar as melhores referências do que se faz lá fora”, anunciou André Bernardo, dando como exemplo um lounge no Mónaco, o sky bar do novo estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, os lounges dos Las Vegas Raiders, nos EUA, a entrada de jogadores no relvado do estádio do Espanhol, o pitch view ao estilo da NBA no estádio de San Siro, em Milão, e a entrada dos jogadores no estádio do Manchester City.

“Nós vamos ter tudo isto igual ou melhor no nosso novo estádio”, anunciou o vice-presidente do Sporting, sublinhando que todas estas novidades e outras que foram apresentadas estarão disponíveis a partir das 19h06 no site do clube. “Estamos a reinventar a experiência do dia de jogo em Portugal”, acrescentou.

Foi também anunciado que na próxima época, “correndo tudo bem em termos de licenciamento e obra” relativamente ao fecho do fosso, o estádio do campeão nacional terá quatro novas filas de lugares com cerca de 2 mil lugares.

Além disso, o plano estratégico para 2034 do clube leonino tem com ponto central a reconstrução do atual estádio. “Nos próximos 10 anos temos como objetivo abrir um concurso para a remodelação arquitetónica completa do estádio de Alvalade“, anunciou André Bernardo, referindo inclusive que o Sporting já recebeu uma proposta para esse fim.

“Assumimos o compromisso para que nos próximos 10 anos termos, por completo, um novo estádio com uma nova experiencia com referência global”, concluiu o responsável do clube leonino.

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Vendas de automóveis novos na UE caem 18,3% em agosto

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

O mercado automóvel europeu registou uma forte queda em agosto, de 18,3% em termos homólogos, impulsionado em particular pela lentidão dos mercados alemão, francês e italiano.

O mercado automóvel europeu registou uma forte queda em agosto, de 18,3% em termos homólogos, impulsionado em particular pela lentidão dos mercados alemão, francês e italiano, foi anunciado esta quinta-feira pela associação do setor (ACEA).

A Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) informou que, desde o início de 2024, no entanto, as vendas aumentaram ligeiramente (+1,4%), graças, em particular, aos mercados italiano e espanhol, com um total de quase 7,2 milhões de registos. As vendas de automóveis elétricos registaram o quarto mês de declínio em agosto (-43,9%), voltando a ficar abaixo da marca dos 100.000 e representando 14,4% do mercado.

Após vários anos de forte crescimento, as vendas de automóveis elétricos estão agora em marcha-atrás, devido, nomeadamente, à redução dos prémios de compra em alguns países, mas também à antecipação de normas de emissão de CO2 mais rigorosas, que deverão permitir a chegada aos concessionários de modelos mais acessíveis.

As matrículas diminuíram em agosto na Alemanha, França, Espanha, Itália e Suécia, mas continuaram a aumentar na Bélgica e na Dinamarca. O líder do setor, a Tesla, viu as vendas caírem 43,2% em termos homólogos e 14,9% desde o início do ano. Os registos de automóveis elétricos também aumentaram no Reino Unido.

Neste mercado em declínio, os automóveis híbridos foram os únicos a registar um crescimento em agosto (+6,6%), com mais de 200.000 unidades vendidas, e representam agora quase um terço do mercado (31,3%), contra 24% em agosto de 2023. Os automóveis a gasolina diminuíram 17,1% em termos homólogos, mas continuam a dominar o mercado com 33,1% das matrículas. As vendas de modelos a gasóleo estão em queda livre na maioria dos mercados europeus (-26,4%), representando 11,2% do mercado.

Os modelos híbridos recarregáveis (com uma bateria elétrica que tem de ser ligada à corrente) também caíram (-22,3%) na maioria dos mercados, representando 7,1% das matrículas. Entre os construtores, o líder do mercado, a Volkswagen, registou em agosto uma quebra inferior à do conjunto do mercado (-14,8%), enquanto o segundo classificado, a Stellantis, com as marcas Peugeot, Citroën, Fiat e Opel, caiu (-29,5%).

A Renault (-13,9%) e a Hyundai-Kia (14,5%) também se aguentam um pouco melhor, enquanto a Toyota-Lexus, pioneira dos híbridos, se mantém (-4,3%), tal como a Volvo, como o único construtor em alta (+28,6%), graças, nomeadamente, ao seu compacto elétrico EX30. Vários construtores, entre os quais a Renault e a Volkswagen, pedem o adiamento do endurecimento das normas de emissão de CO2 previsto para 2025, ao passo que a Stellantis se opõe.

 

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Nazaré da Costa Cabral pede “responsabilidade” no OE2025 e “quantificação do impacto” das medidas

Presidente do Conselho das Finanças Públicas recomenda foco em perseguir o "objetivo de redução da dívida pública".

A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) apelou esta quinta-feira ao sentido de responsabilidade na formulação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), recomendando foco na trajetória de redução do rácio da dívida pública. Nazaré da Costa Cabral recomendou ainda que exista quantificação das medidas de política económica de modo a compreender o seu impacto nas contas públicas.

Em conferência de imprensa de apresentação da atualização ao cenário económico e orçamental para o período 2024 a 2028, divulgado esta quinta-feira pela instituição, Nazaré da Costa Cabral recomendou “responsabilidade” no desenho do próximo Orçamento do Estado, que terá de ser entregue pelo Governo a 10 de outubro na Assembleia da República.

Para a presidente do Conselho das Finanças Públicas, é importante existir também “quantificação dos impactos que as medidas propostas possam vir a ter, para que objetivo no médio prazo do país esteja em condições de fazer opções de política económica”, recordando que “qualquer decisão que se tome em matéria de receita e despesa pública tem impacto ao nível da trajetória da dívida pública”.

Apesar de salientar que o país está hoje numa situação mais favorável em relação ao endividamento, assinala que a instituição tem “chamado sempre a atenção para a necessidade” de não se perder “este ponto de vista” e estar focado em perseguir o “objetivo de redução da dívida pública”.

“Não é nada desejável podermos comprometer a credibilidade que o país tem em termos de comportamento da sua dívida pública”, afirmou, acrescentando que “quanto mais favorável for mais opções de políticas económicas permite, mas para isso é precisar criar a margem suficiente”.

O Conselho das Finanças prevê, num cenário de políticas invariantes, isto é, só tem em conta as políticas em vigor, um excedente orçamental de 0,7% em 2024, de 0,4% em 2025 e de 0,1% em 2026 e que o rácio da dívida pública caia de 99,1% do PIB em 2023 para 92,4% em 2024, reduzindo-se para 88% em 2025 e para 78,3% em 2028.

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Taxa Euribor cai a seis meses para um novo mínimo de mais de ano e meio

  • Lusa
  • 19 Setembro 2024

Esta quinta-feira, as taxas Euribor desceram a seis meses para 3,223% e a três meses para 3,455%, enquanto no prazo mais longo (12 meses) subiu para 2,936%.

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três e a seis meses, neste último prazo para um novo mínimo desde 23 de março de 2023, e subiu a 12 meses, mas manteve-se abaixo de 3%. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 3,455%, continuou acima da taxa a seis meses (3,223%) e da taxa a 12 meses (2,936%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, recuou para 3,223%, menos 0,016 pontos que na anterior sessão e um novo mínimo desde 23 de março de 2023.
  • no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, subiu para 2,936%, mais 0,015 pontos que na quarta-feira.
  • A Euribor a três meses caiu esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,455%, menos 0,003 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,1% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,2% e 25,4%, respetivamente.

Na mais recente reunião de política monetária, na passada quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro diretoras.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Na quarta-feira, foi a vez da Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que é a primeira descida desde 2020.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 17 de outubro na Eslovénia. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em agosto voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,137 pontos para 3,548% a três meses (contra 3,685% em julho), 0,219 pontos para 3,425% a seis meses (contra 3,644%) e 0,360 pontos para 3,166% a 12 meses (contra 3,526%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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