Startup de experiências para hotelaria Turneo levanta dois milhões e entra em Portugal

Startup fundada por croatas, e com sede em Londres, atua na área das experiências no setor hoteleiro. Portugal é "mercado prioritário".

Depois de levantar dois milhões de euros, a Turneo acaba de entrar em Portugal, considerado um “mercado prioritário” para a startup centrada em turismo de experiências. Espanha, França, Itália e África são outros mercados na mira.

“Embora estejamos em conversações com cadeias hoteleiras de todo o mundo, o nosso forte foco de outbound para os próximos 6-12 meses é o Mediterrâneo (Portugal, Espanha, França, Itália) e África (que é um mercado incrivelmente focado em experiências)”, adianta Fran Kauzlaric, cofundador da Turneo, ao ECO, quando questionado sobre os mercados na mira da startup.

Portugal também pode servir como um excelente impulso para o mercado africano, devido às ligações históricas, à proximidade geográfica e aos laços culturais. Dito isto, vemos um enorme potencial na Ásia, devido à elevada adoção do digital em todo o continente – por isso é o próximo no radar”, continua o cofundador.

A entrada no mercado nacional ocorre depois da startup, fundada em 2022 por croatas e com sede em Londres, ter fechado uma ronda de dois milhões de euros liderada pela Bessemer Venture Partners, líder mundial em capital de risco de early stage, com a participação da Underline Ventures.

A startup dá aos hóspedes a possibilidade de navegarem e reservarem atividades no site ou na aplicação do hotel e, ao mesmo tempo, fornece, aos hotéis, uma plataforma única onde toda a oferta de atividades internas e de parceiros é gerida, o que passa pela criação e publicação de novas experiências e de parcerias com fornecedores locais, análise de dados de atividades, informações e comentários dos seus hóspedes.

Hoje já trabalha com hotéis “espalhados da Croácia à Tanzânia e de Portugal à República Checa”. “Os nossos primeiros utilizadores eram hoteleiros inovadores que reconheceram que os viajantes de hoje escolhem os seus destinos de férias (e hotéis!) com base no que querem experimentar e que estão conscientes de que as experiências são fundamentais para as viagens”, diz o responsável, sem adiantar valores.

Um mercado em crescimento, dizem. Nos últimos anos, assistiu-se a um crescimento significativo do mercado do turismo experiencial, prevendo-se que atinja os 463 mil milhões de dólares até 2030, destes 172 mil milhões serão gerados através de unidades hoteleiras, segundo dados partilhados pela startup.

Portugal: objetivo até 20% do mercado hoteleiro

Em Portugal, os Açores é a primeira região onde passam a operar no país, através de uma parceria com a cadeia Azoris Hotels & Leisure, que conta com três unidades de quatro estrelas no arquipélago, que passa assim a oferecer uma gama diversificada de experiências de wellness e atividades ao ar livre através da plataforma da Turneo.

Mas a perspetiva é expandir a outras regiões do país e outras cadeias hoteleiras. “Ao entrar num novo mercado, a nossa empresa concentra-se em identificar hoteleiros que demonstraram liderança em hospitalidade experiencial nos destinos que mostram o maior potencial para este tipo de viagens, uma vez que o lançamento pode ter um impacto tremendo na indústria do turismo das comunidades locais”, diz o cofundador.

Com o nosso enfoque em hotéis experienciais e inovadores, estou confiante de que podemos conquistar 10-20% do mercado hoteleiro português no que diz respeito à distribuição de experiências.

“Em Portugal, praticamente todas as regiões preenchem estes critérios, e é por isso que estamos tão entusiasmados por entrar no mercado e colaborar com hoteleiros inovadores. Desde as planícies extensas, as cidades históricas e a cultura do vinho do Alentejo até às quintas centenárias do Douro. Caminhadas nas levadas da Madeira, observação de baleias e mergulho no deslumbrante arquipélago dos Açores, exploração das aldeias piscatórias tradicionais do Algarve ou aventuras na montanha em pousadas ecológicas da Serra da Estrela – as viagens experienciais estão no coração das razões pelas quais as pessoas visitam Portugal, e estamos entusiasmados por o termos escolhido como o nosso mercado prioritário“, continua.

Fran Kauzlaric mostra-se otimista quanto ao potencial do mercado português para a Turneo. “Portugal é um mercado incrível, tanto em termos de hotéis, como de experiências. Existem mais de 3.100 hotéis – quer independentes, quer integrados em cerca de 70-80 cadeias hoteleiras a operar no país. A maioria desses hotéis já oferece aos hóspedes algum tipo de atividades internas ou externas. A forma como o fazem é normalmente complexa do ponto de vista operacional para o hotel, para o organizador da experiência e, em última instância, para o hóspede”, diz.

“Estamos aqui para substituir ‘a caneta, o papel e o telefone’ e permitir que esses hotéis apresentem os seus destinos aos hóspedes digitalmente e que estes reservem experiências fantásticas online, antes ou durante a estadia”, diz ainda.

E tem objetivos de negócio concretos. “Com o nosso enfoque em hotéis experienciais e inovadores, estou confiante de que podemos conquistar 10-20% do mercado hoteleiro português no que diz respeito à distribuição de experiências”, aponta.

A startup tem oito pessoas a trabalhar a tempo inteiro e “um número de associados com quem trabalhamos quando necessário”, trabalhando remotamente em toda a Europa.

“O nosso plano é duplicar a equipa nos próximos dois anos. Como empresa de tecnologia, é incrível o quanto se pode escalar sem aumentar o número de funcionários graças à tecnologia que se está a construir”, diz ainda. Embora, admita que, dado o “incrível potencial dos mercados português e espanhol” irão “contratar uma pequena equipa focada exclusivamente nas relações com os clientes da Península Ibérica.” Nos “próximos meses, teremos certamente 2-3 membros da equipa baseados na Península Ibérica, um número que estou certo de que irá aumentar.

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Governo prepara plano de ação para os media. Como se apoia o jornalismo lá fora?

Numa fase em que o Governo prepara o plano de ação de apoio aos media - que deve ser apresentado até ao final do ano - o +M compilou alguns exemplos das iniciativas de alguns países europeus.

Portugal prepara-se para apresentar um conjunto de medidas para apoiar a comunicação social. Mas em que se traduz esse apoio noutros países do continente europeu, onde Portugal surge na cauda da tabela em termos de investimento público nos media?

Entre apoios diretos e indiretos, são várias as formas escolhidas pelos Estados de diferentes países para apoiar os media. Estas podem passar por apoios à contratação de profissionais e ao investimento em modernização, em ajudas ao transporte e distribuição ou pela criação de bolsas para jornalismo de investigação. A dedução fiscal dos investimentos feitos pelas empresas de media, o investimento em publicidade institucional ou até viagens de comboio gratuitas para jornalistas são outras das medidas colocadas em prática pelos governos para ajudarem os órgãos de comunicação social.

Recorde-se que recentemente, em Portugal, Luís Montenegro começou por admitir “algum” financiamento público para a comunicação social. “Aqueles que cumprem serviço público naturalmente que devem esperar do Estado o reconhecimento do serviço que prestam”, afirmou em junho o primeiro-ministro, sem detalhar.

Mais tarde nesse mês, o ministro dos Assuntos Parlamentares afirmou que o plano de ação de apoio aos media estará fechado “até ao final do ano”, numa iniciativa que vai ouvir todos os intervenientes do setor e que deve ter medidas “de caráter muito diversificado”. Entretanto foi também criado o #PortugalMediaLab que, enquanto Estrutura de Missão para a Comunicação Social, visa “assegurar a coordenação da execução e a monitorização das políticas públicas no domínio da comunicação social, designadamente apoiando a conceção e a concretização do Plano de Ação para os Media”.

 

Já mais recentemente, na Universidade de Verão do PSD, Pedro Duarte defendeu que o Estado deve ter um papel perante a crise dos media que considerou estrutural, mas afastou do plano de ação para o setor que o executivo está a preparar um modelo de apoios diretos, como aconteceu com o anterior executivo no tempo da pandemia. “O plano de ação para os media vai ter essa linha vermelha, não vai ter nunca apoios diretos como aconteceu há uns anos”, assegurou.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) também já avançou com algumas recomendações para a definição de uma estratégia estatal de apoio à comunicação social, como a avaliação dos apoios e incentivos já existentes (em particular o sistema de apoio direto), a previsão de “mecanismos de avaliação ex post” dos apoios ou a opção por mecanismos de apoio que “garantam previsibilidade, com periodicidade plurianual”.

Como e em que medida se apoiam os media atualmente em Portugal?

Em 2023, o financiamento público ao serviço público de media em Portugal superou ligeiramente os 205 milhões de euros, num valor que se reparte entre 191,7 milhões de euros dados à RTP (através da Contribuição Audiovisual) e 13,6 milhões de euros relativos à compensação financeira dada pelo Estado à agência Lusa, conforme é referido no documento “Medidas de Apoio e Incentivos do Estado à Comunicação Social“, da autoria da ERC.

Portugal fica assim atrás da grande maioria dos países europeus em termos de investimento no serviço público de media. Na verdade, o país aparece na 21.ª posição entre os países da União Europeia, em termos de volume de financiamento per capita, segundo os dados da União Europeia de Radiodifusão (EBU).

Segundo uma análise feita com dados de 2022, nos países analisados pela EBU a contribuição pública mensal per capita foi de 3,28 euros, enquanto em Portugal foi de 1,5 euros, num valor que terá subido em 2023 para 1,6 euros mensais per capita (total anual de 19,2 euros), segundo cálculos da ERC.

No que diz respeito aos apoios dados ao setor privado – incluindo apoios diretos (incentivos à comunicação social) e apoios indiretos (incentivo à leitura de publicações periódicas) – o apoio concedido – conforme a dotação inscrita no Orçamento do Estado em 2023 – foi de 4,5 milhões de euros.a publicidade institucional representou uma despesa de 4,04 milhões.

O regime de incentivos do Estado à comunicação social – que se destinam sobretudo aos meios de âmbito regional e local – contou com uma dotação de perto de um milhão de euros (997.520) em 2023. Estes incentivos distribuem-se entre os eixos “emprego e formação profissional” (0 euros atribuídos em 2023), “modernização tecnológica” (373.754 euros), “desenvolvimento digital” (564.230), “acessibilidade à comunicação social” (23.771), “desenvolvimento de parcerias estratégicas” (11.380, e “literacia e educação para a comunicação social” (24.385).

Criado no ano passado, o apoio à comunicação social da diáspora portuguesa tem como objetivo apoiar os órgãos de comunicação social da diáspora portuguesa, “comparticipando o custo de projetos cujos conteúdos sejam exclusiva ou maioritariamente em língua portuguesa”, podendo comparticipar até 80% ou 50% dos custos elegíveis, consoante se trate de conteúdos publicados exclusivamente ou maioritariamente em língua portuguesa. Em 2024 foram apoiados nove projetos neste âmbito no montante global de 111.280 euros.

Entre os apoios indiretos, em Portugal existe também um apoio à distribuição (porte pago), enquanto incentivo à leitura de publicações periódicas, que visa “apoiar o acesso à informação, comparticipando os custos postais suportados pelos assinantes residentes no território nacional ou no estrangeiro”. Esta comparticipação é de 40%, podendo ser majorada a 60% se a empresa proprietária ou editora tiver obtido incentivo ao desenvolvimento digital. Em 2022, foram alocados a esta medida cerca de 3,5 milhões de euros.

O Estado português promove também benefícios fiscais aplicáveis à comunicação social, como sejam uma taxa reduzida de IVA (6%) para livros, jornais, revistas de informação geral e outras publicações periódicas ou uma dedução de 15%, em sede de IRS, da totalidade do IVA suportado com a aquisição de assinaturas de jornais e revistas, incluindo digitais. Em 2023, as despesas dedutíveis apresentadas ao abrigo deste benefício somaram 655.364 euros.

O financiamento público total à comunicação social, no ano passado, rondou assim os 214 milhões de euros. No entanto, se for retirado da equação o financiamento dado ao serviço público de media em Portugal – que representa o grosso do apoio estatal -, o apoio dado pelo Estado aos media (privados) não chega a nove milhões de euros.

Quais os modelos de financiamento dos media privados adotados na Europa?

Entre os vários estados-membros da União Europeia vigoram diferentes modelos de apoio, que diferem entre si não só quanto ao volume de financiamento, como também às modalidades de apoio aplicadas, tal como explica o relatório da Comissão Europeia “Public financing of news media in the EU“, publicado em outubro de 2023, bem como o documento “Medidas de Apoio e Incentivos do Estado à Comunicação Social”, da ERC.

Alguns países, como a Áustria, Dinamarca, Suécia ou Luxemburgo, optam por um “modelo maximalista” que se caracteriza por um elevado volume de financiamento per capita, abrangendo media tradicionais e digitais, que além de apoios diretos conta com a redução das taxas de IVA enquanto principal apoio indireto.

Já com o “modelo misto“, adotado pela França e Itália, embora o volume de apoios diretos seja mais reduzido em relação ao maximalista, os mecanismos de apoio indireto são mais expressivos e diversificados, onde se incluem créditos fiscais, apoios à distribuição ou reduções das contribuições sociais.

Em países como a Letónia, Lituânia, Países Baixos, Croácia, Eslovénia e também Portugal, vigora sobretudo um “modelo seletivo“, através do qual o volume de financiamento é mais baixo e consiste sobretudo em apoios diretos direcionados, sob a forma de subvenções (ou outros regimes semelhantes), em conjunto com taxas reduzidas de IVA. O financiamento público nestes países centra-se no conteúdo, na qualidade e na inovação no setor dos meios de comunicação social, e não no apoio geral. Os níveis de financiamento são relativamente baixos“, acrescenta-se na publicação da Comissão Europeia.

Com o “modelo monomodal“, em vigor em países como Chéquia, Eslováquia, Polónia, Hungria, Estónia, Malta, Finlândia, Irlanda, Alemanha, Grécia, Roménia ou Bulgária, o apoio é feito sobretudo de forma indireta, através de taxas reduzidas de IVA. Alguns países dispõem ainda de apoios em pequena escala, dirigidos a órgãos de comunicação social em línguas minoritárias ou de atividades de nicho. Este grupo, no entanto, divide-se em dois, o dos países que dispõem de um ambiente noticioso robusto (Alemanha, Irlanda e Finlândia) e o dos países com um panorama mediático mais frágil, onde a existe uma maior propensão para a dependência da publicidade estatal.

A Comissão Europeia estimou que, em 2022, os governos dos estados-membros da União Europeia tenham gasto cerca de 690 milhões de euros em apoios diretos aos meios de comunicação social (excluindo o o financiamento de serviços públicos de media e apoios às agências noticiosas e a publicidade estatal).

Note-se que 94% dessa verba é atribuída por apenas sete países: Itália, França, Áustria, Suécia, Bélgica, Luxemburgo e Dinamarca, sendo estes os únicos países que atribuíram mais de dez milhões de euros aos meios de comunicação social em 2022.

França

No caso da França, em 2023, o Ministério da Cultura francês atribuiu um total de 204,7 milhões de euros em ajuda direta aos media. Este valor reparte-se entre a ajuda ao pluralismo (22,7 milhões de euros) – um método que visa “complementar os recursos dos títulos de imprensa que não dispõem de receitas publicitárias suficientes, para que a pressão dos mercados publicitários não determine as ideias que serão expressas no debate público” – a ajuda ao transporte e distribuição (133 milhões), e ajudas ao investimento para a modernização (19,1 milhões de euros).

Além disso, a tutela francesa distribuiu 30 milhões de euros no âmbito de uma ajuda excecional em 2023, cujo objetivo passou por compensar, ainda que parcialmente, o aumento dos custos de produção e do custo do papel que afetaram várias empresas e que levou muitas delas a limitar a sua paginação. Este sistema permitiu apoiar 504 publicações.

“Estas ajudas são regidas por textos regulamentares publicados no Diário Oficial [Journal officiel]” e “baseiam-se em critérios objetivos e transparentes que garantem a neutralidade e a imparcialidade das decisões de concessão”, assegura o ministério francês.

O estado francês aplicou ainda 84 milhões de euros no ano passado em ajudas indiretas. À taxa de IVA reduzida de que a imprensa francesa beneficia – que varia entre 0 e 2,1% – somam-se “diversas medidas fiscais específicas a favor de órgãos de comunicação social, vendedores ambulantes e transportadoras”.

Entre estas encontram-se a isenção do imposto territorial (CET) para os distribuidores de imprensa, a dedução fiscal dos investimentos efetuados pelas empresas de imprensa e a redução em sede de IRS para os donativos a empresas jornalísticas e nas subscrições de capital de empresas jornalísticas por particulares. Além disso, os jornalistas franceses podem beneficiar de descontos fiscais e de uma redução nos encargos com a Segurança Social.

No total, em 2023, foram 809 os títulos franceses que beneficiaram de algum apoio, num aumento significativo face a 2022 (446).

Itália

Em Itália, o apoio é feito tanto à imprensa como aos meios de audiovisuais (atribuídos a rádios e televisões locais, para lá daquilo que é o financiamento do serviço público de televisão), sendo que o total dos fundos atribuídos em regime de apoio direto representaram cerca de 198,2 milhões de euros em 2022.

Deste bolo, 104,8 milhões de euros foram atribuídos em subsídios de apoio a rádios e televisões locais. Já ao apoio a jornais e publicações periódicas foram alocados 94 milhões de euros, num sistema de subsídios em que as dotações são concedidas através de pedidos de reembolso de despesas incorridas.

Este orçamento serviu para apoiar os media através de diferentes linhas de ação, entre medidas de apoio às bancas de jornais locais (15 milhões de euros), apoio baseado em exemplares vendidos no ano anterior (28 milhões de euros), apoio a publicações para italianos no estrangeiro (dois milhões), apoio à contratação de jovens profissionais e profissionais com competências digitais (12 milhões de euros), apoio a publicações para cegos e deficientes visuais (0,5 milhões), apoio a publicações periódicas de associações de consumidores (0,5 milhões) e apoio ao investimento em tecnologias inovadoras (35 milhões de euros).

Bélgica

O apoio à distribuição através de preços reduzidos nos serviços postais será o principal apoio dado na Bélgica ao setor privado dos media, mostra o documento da ERC, naquele que é um país que apresenta um volume elevado de apoios diretos e indiretos per capita em comparação com os congéneres europeus.

No país vigora ainda a isenção total de IVA (0%) para publicações periódicas informativas de caráter generalista, com periodicidade mínima de 50 edições por ano. No entanto, esta medida não é aplicável aos media digitais, o que tem suscitado críticas por não promover a inovação digital.

Na Bélgica, os jornalistas também beneficiam de viagens de comboio gratuitas no território nacional.

A nível regional, na Valónia, uma das três regiões belgas, existem apoios diretos dados à imprensa – que em 2018 totalizaram 9,69 milhões de eurose à rádio, num total de 1,51 milhões de euros atribuídos em 2019. Os subsídios à imprensa são calculados, tendo por base os resultados económicos de cada título, segundo um método de cálculo que privilegia os títulos menos rentáveis (40%).

No entanto, quase metade (48%) do apoio é dado visando a contratação de jornalistas, sendo os subsídios calculados com base no número de jornalistas profissionais assalariados e os valores de circulação.

Já 5% dos fundos são destinados a apoiar a criação de títulos ou grupos de imprensa diários durante os seus primeiros três anos de existência.

Outros 5% da verba destinada ao apoio aos media é aplicada para incentivar o desenvolvimento de programas originais de incentivo à leitura de jornais, sendo que o governo belga distribui os apoios em função dos pedidos e da qualidade dos projetos que lhe são submetidos. A menor fatia do apoio (2%) é dirigida ao apoio a projetos de adaptação às novas tecnologias de comunicação.

Além disso, na Valónia também há um apoio concedido sob a forma de subsídios e bolsas para jornalismo de investigação, na ordem dos 275 mil euros.

Luxemburgo

No Luxemburgo, o novo regime de apoio à imprensa, revisto em 2022, conta com uma dotação no valor de 10,5 milhões de euros, concedida dentro de diferentes categorias.

Na categoria de “manutenção do pluralismo“, o governo apoia os meios de comunicação que tenham pelo menos cinco jornalistas profissionais, numa dotação anual calculada com base nos números de jornalistas e com um limite máximo de 200 mil euros.

Já com o apoio que visa a “promoção do pluralismo” e que é dirigido a meios emergentes com uma equipa editorial composta por pelo menos dois jornalistas profissionais, o governo disponibiliza uma verba máxima de 100 mil euros, cuja concessão é limitada a três anos consecutivos e a um teto máximo de 50% de cobertura das despesas.

O governo do Luxemburgo disponibiliza ainda um subsídio anual máximo de 100 mil euros para apoiar projetos relacionados com a educação para os media e cidadania.

Entre os critérios aplicados para a elegibilidade dos órgãos de comunicação aos apoios, encontram-se, além do número de jornalistas empregados, a necessidade de 50% dos conteúdos serem produção própria, a existência de um plano de formação para jornalistas, a tomada de ações a favor da educação para os media, a transparência nos conteúdos pagos e de publicidade, a existência de medidas na luta contra conteúdos ilegais, e a publicação do estatuto editorial e de um relatório anual que inclua as ações realizadas em prol da educação mediática.

Dinamarca

Em 2022 a Dinamarca aplicou 72,1 milhões de euros no apoio direto aos media privados, que se distribuiu entre o apoio à produção editorial (70%) destinado à imprensa em papel e digital, apoio à televisão e rádio comunitárias (10%), apoio à distribuição de publicações periódicas associativas e temáticas (4%), apoio à inovação, como a criação de startups e desenvolvimento de projetos associados a meios já existentes (4%), e apoio à produção de documentários (12%).

Já a publicidade estatal, em 2023, representou um investimento total de 200 milhões de euros. No país vigora ainda uma isenção total de IVA (0%) tanto para os jornais em papel como em suporte digital, o que se traduz num valor estimado anual de 42 milhões de euros.

Finlândia

A Finlândia, que apresenta um volume baixo de apoio em comparação com outros países semelhantes, dispõe de um apoio direto a jornais publicados em línguas minoritárias no valor de 500 mil euros (com limite de comparticipação de 40% dos custos operacionais e sendo apenas elegíveis jornais com circulação máxima de 15 mil cópias).

De forma a garantir a assinatura de periódicos culturais, o país nórdico assegura também subvenções dadas a bibliotecas, numa medida que conta com uma dotação de 800 mil euros. Além disso, o país tem em vigor reduções fiscais de IVA (10%) para jornais e revistas em papel e digital.

Em 2023 foi aprovado um novo regime de financiamento direto – por enquanto, temporário -, com dotação de sete milhões de euros em 2023. Para breve prevê-se a aprovação de apoios à distribuição de jornais impressos, num valor de 15 milhões de euros.

Atualmente, em vigor no país está um grupo de trabalho de apoio aos meios de comunicação social, que propôs recentemente que os meios de comunicação que fornecem notícias e conteúdos de atualidade comecem a receber subsídios permanentes, tal como acontece noutros países nórdicos, segundo o jornal finlandês Itä-Savo.

Este grupo propõe que seja dado um maior apoio direcionado à produção editorial (aos custos do trabalho jornalístico, como salários), bem como – embora numa percentagem menor – um apoio ao desenvolvimento, que poderia ser concedido a meios de comunicação em fase de arranque ou a projetos de desenvolvimento de meios de comunicação já estabelecidos.

É ainda proposto um apoio especial aos meios de comunicação social comunitários, o qual poderia ser concedido a meios que produzam conteúdos para públicos imigrantes ou a órgãos que não são contemplados pelos apoios a publicações em línguas minoritárias nacionais ou a revistas culturais.

Áustria

A Áustria apresenta vários apoios diretos, que têm como principal destinatário a imprensa em papel, e que vão desde apoios gerais (distribuídos equitativamente por todos os jornais diários elegíveis) a apoios especiais à diversidade (dirigidos a jornais diários que não são dominantes no mercado, ou seja, com leitores e receitas de publicidades abaixo de limiares definidos) e apoio a meios de comunicação social de qualidade (para órgãos que desenvolvem atividades enquadradas em critérios de qualidade, como a formação de jornalistas, a contratação de correspondentes estrangeiros ou a oferta gratuita de jornais a escolas).

Em vigor no país, desde 2020, está também um imposto de de 5% sobre a publicidade digital (Digital Tax Act), que abrange empresas com um volume de negócios mundial superior a 750 milhões de euros e um volume de negócios nacional superior a 25 milhões, proveniente de serviços de publicidade online. Este imposto financia um apoio à transformação digital, que visa a transformação e digitalização dos órgãos de comunicação social tradicionais.

Na Áustria, a publicidade do Estado assume também montantes elevados, tendo atingido os 225 milhões de euros em 2022. No entanto, não se sabe quais os beneficiários de um terço deste montante (em resultado das regras de transparência aplicáveis a campanhas consideradas de baixo valor).

Estes apoios diretos em vigor no país são frequentemente criticados por favorecerem os títulos de grande circulação e por excluírem os meios digitais.

No país vigoram ainda deduções fiscais (IVA à taxa de 10%) que incluem o papel e o digital.

Espanha

Em Espanha, a publicidade institucional é uma das principais fontes de receitas de muitas empresas jornalísticas. No entanto, “atualmente não são conhecidos os critérios seguidos para a sua distribuição, nem os seus limites“, refere a RTVE.

Atendendo à particularidade de o financiamento dos media em Espanha variar entre regiões, a verdade é que apenas algumas instituições regionais detalham o dinheiro que atribuem a cada meio de comunicação, denuncia.

Foi também este facto que levou o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, a defender em julho a limitação do financiamento público de meios de comunicação e uma maior transparência. Entre as medidas do seu “Plano de Ação pela Democracia” encontrava-se assim a proposta de limitação do financiamento público de media privados, o que em Espanha se faz através de publicidade institucional, de forma a evitar que haja títulos com “mais financiadores públicos do que leitores e que partidos políticos comprem linhas editoriais com o dinheiro de todos os contribuintes”.

Além disso, Sánchez anunciou 100 milhões de euros de fundos europeus para apoios à digitalização de meios de comunicação, com o objetivo de serem criadas bases de dados, melhorarem a melhorar a produtividade ou reforçarem a cibersegurança.

Recorde-se que a Comissão Europeia aprovou em março um regulamento sobre a liberdade dos meios de comunicação social que procura proteger os jornalistas da pressão e da interferência governamental, bem como promover a transparência sobre os grupos empresariais que controlam os meios de comunicação social. Neste sentido, os meios de comunicação social terão de informar sobre os fundos públicos que recebem e garantir um financiamento sustentável, previsível e transparente.

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Baixa literacia financeira penaliza rendimento na reforma e acesso à saúde

  • ECO
  • 18 Setembro 2024

Falta de literacia financeira, aversão ao risco e ausência de planeamento reduzem rendimento disponível na reforma e capacidade para cobrir despesas de saúde inesperadas, aponta estudo da Nova SBE.

A baixa literacia financeira em Portugal, nomeadamente nas faixas etárias mais velhas, prejudica a reforma, agrava a situação económica das pessoas idosas e dificulta o acesso à saúde, segundo um estudo realizado pelo Observatório da Despesa em Saúde em parceria com a Fundação ‘La Caixa’, o BPI e a Nova SBE.

O estudo, divulgado na terça-feira, aponta que a maioria das pessoas em idades acima dos 50 anos tem uma “natureza maioritariamente ilíquida da riqueza” que “condiciona a sua capacidade de cobrir despesas diretas em saúde inesperadas e avultadas”. Esta população idosa tem tendência a fazer poupanças a longo prazo em ativos com baixo rendimento, não investindo em ações ou fundos de investimento e evitando ter risco financeiro. Além disso, concentra quase todo o seu dinheiro na habitação própria e não faz uma preparação a longo prazo para a reforma.

O aumento da esperança média de vida, a redução da natalidade, a diminuição dos números da mortalidade e a redução significativa da Taxa de Substituição Bruta das Pensões de Velhice, valor médio das novas pensões como percentagem do último salário dos indivíduos, são fatores para o empobrecimento das pessoas idosas na reforma e para a insustentabilidade do sistema de pensões, aponta o estudo da autoria dos economistas Pedro Pita Barros e Carolina Santos, investigadores da Nova SBE.

Estes fatores, segundo o estudo, indicam ser necessário mais conhecimento financeiro em Portugal, nomeadamente na população mais idosa, para uma melhor transição financeira para a reforma e melhor rentabilidade das poupanças dos portugueses.

Poupanças e investimentos pouco rentáveis

O relatório divulgado esta terça-feira assinala que “a população com 50 anos ou mais residente em Portugal demonstra uma baixa diversificação dos seus ativos, com grande parte da riqueza concentrada na habitação própria”. Quase 80% das pessoas acima dos 50 anos, em 2022, têm habitação própria, representando 75% da riqueza bruta desta faixa etária.

Nas poupanças a longo prazo, só 25% das pessoas com mais de 50 anos é que têm poupança-reforma, contas poupança-habitação e seguros de vida. Por sua vez, apenas 8,8% dos idosos portugueses com habitação própria é que possui investimentos em títulos, ações, obrigações e fundos de investimento, que representam apenas 0,75% da sua riqueza. As pessoas entre os 60 anos até aos 69 são as que mais investem neste tipo de títulos (11,4%) e só 5,9% das pessoas entre os 50 até aos 59 anos fazem este investimento.

O relatório aponta que “os ativos financeiros correspondiam, em média, a 17,31% da riqueza total bruta dos agregados em 2022, em Portugal” sendo que o peso médio de contas bancárias, contas à ordem, contas poupança ou certificados de aforro na riqueza bruta total representam 14,16%.

A maioria da faixa etária com mais de 50 anos, 88,52%, indica “não estar disposto a correr riscos financeiros”, em contraste com outros países europeus. Os portugueses têm, além disso, um planeamento das suas poupanças reduzido, sendo que a maior fatia (48,9%) só poupa para os meses seguintes.

Saúde representa despesa “permanente” na reforma

O estudo refere que um dos aspetos mais importantes do planeamento e da poupança a longo prazo são as despesas inesperadas ou até permanentes relacionadas com a saúde, que ocupam parte do orçamento das pessoas com mais de 50 anos. Segundo dados da OCDE, citados no relatório, “Portugal é o terceiro país da OCDE em que o peso da despesa direta em saúde no consumo final das famílias é mais elevado”. Nos idosos com mais de 70 anos, as despesas diretas em saúde ultrapassam os 8% do rendimento líquido anual por pessoa do agregado familiar.

O relatório ainda alerta para o perigo de “situação de pobreza ou risco de pobreza devido a despesas em saúde”, que pode atingir 6% dos idosos com cerca de 80 anos.

A faixa etária das pessoas com mais de 50 anos tem aumentado desde 2011, de 16,35% para 23,43% em 2022. Em contraste, conforme as projeções da Comissão Europeia, a Taxa de Substituição Bruta das Pensões de Velhice vai passar de 69,4% em 2022 para 38,9% em 2070 em Portugal.

O estudo reforça, por isso, a importância da literacia financeira para melhor preparar a transição para a reforma sem perder riqueza. Aponta ainda como essenciais a estratégia de literacia financeira digital para Portugal elaborada pela OCDE para o Banco de Portugal e a introdução de uma unidade curricular de literacia financeira no ensino secundário.

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Cecília Meireles deixa a advocacia para projeto “fora da política”

A ex-deputada Cecília Meireles vai abraçar um novo desafio profissional, "fora da advocacia e da política". "Uma oportunidade de explorar novas áreas no setor privado e corporativo", disse.

Após dois anos de trabalho como advogada e sócia da Cerejeira Namora Marinho Falcão, Cecília Meireles vai abandonar o escritório. Segundo a firma, a ex-deputada vai abraçar um novo desafio profissional, “fora da advocacia e também da política”. A saída oficial acontecerá no dia 30 de setembro, onde irá começar uma nova etapa no setor privado e corporativo.

Segundo Cecília Meireles, tomar uma decisão desta natureza “nunca é fácil”. “Quando saí do Parlamento, abraçar este projeto foi a oportunidade de me dedicar a uma missão, e fazer algo novo, diferente e único na minha vida até então. Além disso, permitiu-me regressar às minhas origens, ao norte, sem ter de abandonar totalmente a minha vida em Lisboa. Olhar para a sociedade quando entrei e ver agora o quanto ela cresceu, o desenvolvimento do projeto de Lisboa, a evolução de todo o escritório e a forma como impactou a minha vida, bem como a de outras pessoas, deixa-me um sentimento muito gratificante”, sublinha.

Com uma carreira parlamentar de quase 20 anos, Cecília Meireles decidiu deixar a Assembleia da República, tendo regressado à advocacia em 2022, altura em que se juntou à Cerejeira Namora Marinho Falcão. Durante o período em que integrou a sociedade, Cecília Meireles liderou o escritório de Lisboa e a área de responsabilidade social corporativa, tendo sido mais tarde promovida a sócia da firma.

A vida é feita de etapas e fui confrontada com uma oportunidade de explorar novas áreas no setor privado e corporativo, num desafio que será muito brevemente conhecido e que era simplesmente irrecusável. Saio com a sensação de missão cumprida e com a certeza de que deixo aqui mais de uma centena de novos amigos que, seguramente, continuarão a fazer parte da minha vida. Gostaria de agradecer a todos os sócios com quem partilhei trabalho e momentos pessoais, em especial aos sócios fundadores, que me acolheram, integraram e incentivaram calorosamente desde o primeiro dia nesta sociedade”, acrescentou.

Nuno Cerejeira Namora, sócio fundador da Cerejeira Namora Marinho Falcão, vê esta mudança como um “ciclo natural na vida de pessoas talentosas, de grande coração e com a inquietação de procurar criar impacto no que fazem”. “Foi um privilégio contar com uma mulher como Cecília Meireles. Não tinha dúvidas de que o seu impacto seria notável e que se adaptaria na perfeição ao nosso projeto. É uma líder nata e isso ficou patente na forma como geriu a nossa operação em Lisboa, comandou a área social e contribuiu para o desenvolvimento de projetos que verão a luz do dia, mesmo após a sua saída”, disse.

Já Pedro Marinho Falcão, também sócio fundador, descreve Cecília Meireles como “uma pessoa de extrema simpatia, tanto com os clientes, como com a nossa equipa. Ela é o elo perfeito entre as organizações e as pessoas, não apenas pelo seu humanismo, mas também pela sua qualidade técnica e vasta experiência”. “Mesmo com a sua saída, a Cecília terá sempre as portas abertas na nossa casa: é um mero até já”, conclui.

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Hoje nas notícias: incêndios, lítio e corrupção

  • ECO
  • 18 Setembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A reforma das florestas levada a cabo na sequência dos grandes incêndios de 2017 teve bons resultados, mas as metas para 2030 estão a falhar, sobretudo no cuidado dos espaços rurais. Liga dos Bombeiros Portugueses, autarcas e comandantes denunciam falta de apoio nos incêndios por parte de equipas de concelhos vizinhos, resultante da nova organização da Proteção Civil em comandos sub-regionais, em vez de distritais. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

Reforma florestal derrapou e falha no cuidado dos espaços rurais

O plano de ação que levou à reforma de 2017/2018 permitiu a aposta na prevenção e reduziu o flagelo dos fogos. No entanto, está a falhar as metas previstas para 2030. Apesar dos bons resultados, a agência nacional que coordena e monitoriza as ações de combate e de prevenção (AGIF) do Sistema de Gestão Integrada dos Fogos Rurais (SGIFR) fazia um aviso severo há dois anos: “Estamos apenas a ganhar tempo. Temos de tomar mais medidas já”, em especial no que toca a “cuidar dos espaços rurais”, que incluem operações sensíveis como a limpeza das matas, a proteção das imediações dos espaços urbanos ou a intervenção na gestão da paisagem.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Falhas no comando impediram ajuda de bombeiros a concelhos vizinhos

A organização no combate aos fogos nos últimos dois dias, especialmente a reforma da Proteção Civil em comandos sub-regionais e não distritais, está a ser alvo de críticas de parte a parte. A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), por exemplo, diz que esta forma de organização levou a que não tivesse sido dado apoio em Vila Real e Viseu, quando havia equipas paradas nos concelhos vizinhos, enquanto um comandante em Vila Pouca de Aguiar também denunciou que havia bombeiros parados no concelho vizinho de Vila Real que não deram apoio por falta de articulação.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Crise na Northvolt lança novas dúvidas sobre refinaria de lítio

A crise na Northvolt, que viu o Governo da Suécia recusar um resgate financeiro para ajudar a equilibrar as contas da empresa, deixa no ar dúvidas sobre eventuais consequências para a construção da refinaria de lítio em Setúbal, prevista para 2028 e na qual a gigante sueca de baterias elétricas faz parceria com a Galp. A petrolífera portuguesa garante que o projeto continua a andar, mas ainda sem decisão final de investimento, mas os receios crescem quanto à Northvolt após esta ter anunciado milhares de despedimentos e o possível adiamento de novas fábricas. “Há um projeto potencial de construção de uma refinaria de lítio em Portugal que poderá ser descartado ou adiado”, afirmou Andy Leyland, cofundador da empresa especialista em cadeias de abastecimento do lítio SC Insights, citado pela Reuters.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Campanha do PSD para as eleições regionais de 2023 sob suspeita

A “Operação Ab Initio”, levada a cabo pela Polícia Judiciária (PJ) na Madeira, resultou na terça-feira na detenção do ex-secretário regional da Agricultura, Humberto Vasconcelos; do presidente da Câmara da Calheta, Carlos Teles; do antigo diretor regional da Agricultura, Paulo Santos; de dois funcionários públicos; e ainda dos empresários Humberto Drumond e Miguel Nóbrega, da Dupla DP. Em causa estão contratos públicos realizados por diferentes organismos e autarquias com esta empresa privada, no âmbito da campanha eleitoral para as eleições regionais de setembro de 2023, existindo suspeitas de “simulação de procedimentos e de empolamento de custos nos procedimentos adjudicados de forma a saldar dívidas de um partido político resultantes de campanha eleitoral”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Oi pede devolução de 14 milhões de euros ao Fisco

A ex-Portugal Telecom SGPS, atual Pharol, avançou no final de agosto com um processo de impugnação no valor de 13.644.583,23 euros contra a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Trata-se, porém, de um processo da Oi que a Pharol, segundo o acordado, tem de subscrever a pedido da operadora brasileira, e não dos processos fiscais que a Pharol tem interposto contra o Fisco por impostos cobrados antes de 2014 e que têm sido em grande parte favoráveis à empresa portuguesa.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

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Próximas 24 horas “vão continuar a ser muito complexas”. Siga aqui os incêndios

  • ECO
  • 18 Setembro 2024

Mais de 3.000 operacionais estiveram mobilizados para combater os 44 fogos em curso no país. Acompanhe aqui as últimas notícias dos incêndios.

Mais de 50 concelhos de nove distritos do continente (Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Leiria, Coimbra, Guarda, Braga e Bragança) estiveram esta quarta-feira em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Nos últimos três dias, cinco pessoas morreram vítimas dos incêndios, a que acrescem duas de morte súbita, 120 ficaram feridas, das quais dez em estado grave, nos incêndios que atingem as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.

O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos e já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados.

Acompanhe aqui as últimas notícias.

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📹 O que significa ficar efetivo no trabalho? Veja o “Manual de sobrevivência para o trabalho”

"Manual de sobrevivência para o trabalho" é uma série de vídeos do ECO, que num minuto que lhe dão os conhecimentos essenciais para navegar no mundo do emprego.

Contratos de trabalho sem termo, contratos de trabalho a termo certo, contratos de trabalho a termo incerto, contratos de trabalho de muito curta duração… Há vários tipos de contratos de trabalho em Portugal, mas, afinal, o que significa ficar efetivo? No “Manual de sobrevivência para o trabalho” desta semana, o ECO explica-lhe as diferenças.

http://videos.sapo.pt/Bh95GvGvzhjO2j9cDccc

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O dia em direto nos mercados e na economia – 18 de setembro

  • ECO
  • 18 Setembro 2024

Ao longo desta quarta-feira, 18 de setembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 18 Setembro 2024

Orçamento 2025 sob análise no Parlamento Europeu. Eurostat revela dados da inflação e o INE a síntese económica de conjuntura. Fed anuncia decisão sobre taxas de juro e IGCP realiza dois leilões.

Nesta quarta-feira a IGCP volta ao mercado obrigacionista com Bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses e o INE divulga síntese económica de conjuntura. Lá fora, a Eurostat divulga dados da inflação da Zona Euro e reúnem-se os eurodeputados para debater a posição do Conselho da UE face ao Orçamento para 2025 no espaço comunitário. Avizinha-se um dia relevante para os mercados, com os investidores atentos às decisões quanto às taxas de juro da Reserva Federal.

Conselho e Parlamento da UE estão alinhados para o orçamento?

Os eurodeputados deverão apresentar críticas à posição do Conselho quanto aos cortes no financiamento da União Europeia para 2025 na sessão plenária do Parlamento Europeu. O relator Victor Negrescu, do grupo do Partido Socialista, disse que “todos os anos, o Conselho utiliza uma justificação semelhante para reduzir as dotações dos programas ou para travar os reforços programados”, apesar de mudanças no tecido político, económico e social. É uma abordagem que “promove a incompreensão”, refere. O orçamento para o próximo ano tem que ser acordado entre o Conselho Europeu e o Parlamento.

Fed anuncia decisão sobre taxas de juro

A Reserva Federal norte-americana anuncia a sua decisão quanto ao rumo das taxas de juro, após o término da reunião de dois dias de política monetária. Ao que tudo indica serão anunciados cortes das taxas de juro. Investidores esperam cortes das taxas de juro entre 25 e 50 pontos base.

INE divulga síntese económica de conjuntura

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar a síntese económica de conjuntura de agosto. No mais recente relatório, o indicador de clima económico diminuiu em julho e junho, após ter aumentado em maio, enquanto o indicador de atividade económica desacelerou em junho. A fotografia à conjuntura económica do país apontou para uma aceleração em volume, dos indicadores de curto prazo em junho, na construção, aceleração nominal nos serviços e indústria e diminuição de volume na indústria. O INE também vai divulgar os índices de preços na produção industrial.

IGCP volta ao mercado obrigacionista com BT a 6 e 12 meses

A Agência de Gestão e Tesouraria da Dívida Pública (IGCP) vai realizar, pelas 10h00, dois leilões de Bilhetes do Tesouro (BT), a seis meses e um ano, com maturidades a 21 de março de 2025 e 19 de setembro de 2025, num montante indicativo global entre 750 milhões e mil milhões de euros. São as últimas operações programadas de dívida de curto prazo previstas pelo IGCP.

Como evolui a inflação na Zona Euro?

O Eurostat confirma esta quarta-feira a inflação na Zona Euro de agosto. No final do mês passado, a estimativa rápida do Eurostat indicou que a inflação homóloga da Zona Euro abrandou para os 2,2% em agosto, menos quatro décimas face ao mês anterior. Os serviços terão sido, novamente, a componente com a taxa de inflação mais elevada.

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Ouro para a resiliência. Prata para a superação. Bronze para a coragem

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  • 18 Setembro 2024

José Francisco Neves, Membro do Comité Executivo e CMO Allianz Portugal, partilha a sua opinião sobre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024.

Nem sempre o sucesso se traduz em medalhas, em diplomas ou em distinções. Às vezes, o sucesso não sobe ao pódio. Fica ali discreto e invisível nas longas horas de treino, na superação contínua, nos dias inteiros de entrega e de compromisso, na resiliência e na coragem de voltar à luta depois de uma queda.

José Francisco Neves, Membro do Comité Executivo e CMO Allianz Portugal

O final dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024 marca um momento de celebração, mas também de reflexão. Para a Allianz Portugal, enquanto seguradora oficial dos Movimentos Olímpico e Paralímpico, esta foi uma oportunidade extraordinária para reafirmar os valores que defendemos e para reforçar a nossa marca em momentos de pura inspiração e superação.

Desde o início da nossa parceria com os Movimentos Olímpico e Paralímpico, assumimos o compromisso de apoiar não apenas o desporto, mas os valores humanos que o transcendem — a dedicação, a resiliência, a coragem e a superação. Estes valores, que também orientam a nossa atuação enquanto seguradora, foram brilhantemente refletidos nos esforços dos nossos embaixadores, Fernando Pimenta e Teresa Bonvalot, que levaram a bandeira da Allianz com determinação e orgulho nos Jogos Olímpicos.

Fernando Pimenta, na canoagem, demonstrou mais uma vez a sua inabalável resiliência e compromisso com o desporto. Embora os resultados em Paris 2024 possam não ter sido os que tanto ele como nós desejávamos, o seu legado como um dos maiores atletas da história da canoagem permanece intacto. A sua capacidade de se superar e perseverar reflete o espírito da Allianz — um espírito de excelência e confiança, independentemente dos obstáculos.

Teresa Bonvalot, no surf, também enfrentou os desafios dos Jogos com coragem e talento. A Teresa mostrou ao mundo o que significa lutar pelo que se acredita e nunca desistir. Ambos os atletas representam aquilo que mais valorizamos: dedicação e a capacidade de continuar, independentemente das adversidades.

Os Jogos não são apenas sobre vitórias e medalhas. São, sobretudo, sobre histórias de superação e compromisso. E é aqui que o exemplo de Lenine Cunha, o nosso embaixador paralímpico, se destaca. Lenine, apesar de não ter conseguido a qualificação para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024, marcou presença na cidade das luzes, provando que a verdadeira força está em nunca desistir. O seu percurso é amplamente reconhecido em todo o Grupo Allianz, onde já é uma referência. A nomeação de Lenine para o Conselho de Atletas Paralímpicos Internacional foi mais um testemunho da sua relevância e da sua contribuição inestimável para o desporto paralímpico, em todo o mundo!

A Allianz Portugal vê nestes atletas, e em muitos outros que competiram nos Jogos, o reflexo dos próprios desafios e conquistas diárias. Tal como eles, esforçamo-nos por ser uma referência naquilo que fazemos, proporcionando segurança e confiança aos nossos clientes em cada etapa das suas vidas.

Agradeço a todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram para o sucesso destes Jogos. Aos nossos embaixadores, um especial agradecimento pelo seu empenho e dedicação. Vocês são a prova viva de que, com determinação e confiança, podemos alcançar tudo aquilo a que nos propomos. Continuaremos a acompanhar e apoiar o vosso percurso, certos de que o futuro reserva ainda mais conquistas e momentos de superação. No que depender de nós, com ou sem medalhas, estarão sempre preparados para o melhor.

José Francisco Neves, Membro do Comité Executivo e CMO Allianz Portugal

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Fundação Jiménez Díaz prepara os participantes do I Desafío Santalucía Seniors em Los Andes

  • Servimedia
  • 18 Setembro 2024

Os membros da expedição receberam formação específica em preparação, aclimatação à zona e prevenção de lesões para os ajudar a enfrentar todos os desafios e a superá-los de forma mais eficaz.

Desde a passada sexta-feira até ao final deste mês, cinco mulheres e homens com mais de 65 anos atravessarão a Cordilheira dos Andes, pondo à prova a sua força física e mental através de atividades como o trekking e o BTT, guiados e aconselhados por exploradores e atletas, graças à primeira edição do Desafío Santalucía Seniors Perú 2024, à qual a Quirónsalud se juntou como Parceiro de Saúde, dado o seu compromisso com a promoção de hábitos de vida saudáveis em qualquer idade.

A Fundação Jiménez Díaz desempenha um papel fundamental nesta iniciativa, que visa demonstrar que é possível levar uma vida ativa em qualquer idade e promover uma longevidade positiva e a integração dos idosos na sociedade. Após os exames médicos realizados no verão para certificar que os membros da expedição estavam preparados para enfrentar os testes a que serão submetidos durante a sua estadia no Peru, todos receberam formação específica para os ajudar a superar eficazmente os desafios.

A Dra. Almudena Fernández-Bravo, responsável pela Unidade de Medicina Desportiva e Terapias Regenerativas do hospital madrileno, partilhou a sua experiência e conhecimentos com os participantes no desafio em termos de preparação, aclimatação à zona e prevenção de lesões, para que possam “desfrutar do desafio e beneficiar das vantagens do desporto, também a partir dos 50 anos”. Lembrou que “o declínio funcional que ocorre à medida que envelhecemos pode ser retardado em pessoas activas, e a combinação de uma nutrição adequada, exercício físico e mental e uma perspetiva positiva da vida melhora a longevidade geneticamente predeterminada”.

CONSELHOS DE SAÚDE

O Dr. Fernández-Bravo recordou ainda orientações importantes para a preparação do desafio, como ter pronto um kit básico de alpinismo a 5.000 m, incluindo vestuário adequado que possa ser usado “em camadas”, elementos de segurança como arnês, capacete, machado de gelo, grampos, lanterna de cabeça, mosquetões e cordas de alpinismo, bem como proteção ocular e solar e tudo o que é necessário para garantir uma hidratação e nutrição adequadas (filtros de água, refeições prontas, barras, géis, frutos secos, etc.).

De igual modo, para evitar o “mal de altitude” (falta de adaptação do organismo à altitude, que pode aparecer a mais de 2500 m acima do nível do mar e após 6-10 horas de subida), o Dr. Fernández-Bravo recomendou um ritmo de subida progressivo (não subir mais de 500 m por dia e fazer pausas a cada três ou quatro dias), bem como uma boa hidratação, refeições ligeiras ricas em hidratos de carbono, descanso adequado e evitar o álcool e o tabaco.

Quanto às lesões mais frequentes resultantes das caminhadas ou do montanhismo, salientou as bolhas, as entorses e as distensões, para as quais recomendou o uso de meias e botas adequadas e a utilização de bastões de trekking; a hipotermia, que pode ser combatida com roupa seca e um cobertor; as queimaduras solares, que podem ser evitadas com camisas de manga comprida, um chapéu e protetor solar com mais de 30 anos; e a desidratação, para a qual recomendou a ingestão de água ou de bebidas com eletrólitos.

Salientou ainda a importância do aquecimento antes da atividade, dos alongamentos e da aplicação de frio nos músculos e articulações no final, e de encontrar um ritmo pessoal para evitar a fadiga respiratória.

ASSISTÊNCIA MULTIDISCIPLINAR

A Unidade de Medicina Desportiva e Terapias Regenerativas da Fundación Jiménez Díaz é responsável pela prevenção e tratamento destes problemas, coordenada pelo Dr. Fernández-Bravo, e tem como um dos seus pilares a promoção do exercício como ferramenta terapêutica. Dispõe de equipas especializadas em desporto e oferece todas as técnicas e tratamentos disponíveis, incluindo terapias biológicas e regenerativas, para avaliar, tratar e acompanhar atletas profissionais e não profissionais.

O seu portfólio de serviços inclui a Unidade de Traumatologia Desportiva e Coluna Vertebral, Fisioterapia, Cardiologia, Medicina Desportiva, tratamento da dor e terapias biológicas e regenerativas, que estão a avançar no tratamento de várias patologias do aparelho locomotor. Tudo isto com o apoio de um hospital geral como a Fundación Jiménez Díaz, orientado para a prevenção de lesões desportivas e o seu tratamento, reabilitação e readaptação, com o objetivo de promover o exercício como ferramenta terapêutica, concluiu o Dr. Fernández-Bravo.

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O luxo, a moda e a alta relojoaria assinam a sua simbiose com Barcelona, tendo como pano de fundo a America’s Sailing Cup

  • Servimedia
  • 18 Setembro 2024

A Louis Vuitton reafirma a sua posição e marcas como a Panerai aterram na cidade com Rabat, a empresa anfitriã de referência da alta joalharia e da relojoaria.

A celebração da America’s Cup em Barcelona tornou-se a melhor montra da cidade e da sua projeção mundial. Grandes marcas de diferentes setores apoiam uma competição com 171 anos de história que é considerada o terceiro evento desportivo com maior impacto depois dos Jogos Olímpicos e do Campeonato do Mundo de Futebol.

Louis Vuitton, patrocinador oficial desta 37.ª edição, deu o pontapé de saída do evento em maio com o seu desfile de moda “Cruise” e a cidade abriu-se progressivamente ao mar para assistir ao vivo, a partir do final de agosto, às regatas entre as equipas, que são apoiadas por grandes marcas de moda de luxo e de relojoaria.

Enquanto as tripulações neozelandesas, americanas, italianas e suíças aplicam a sua melhor estratégia no mar, estas empresas de renome aproveitam a sua presença para reforçar a sua projeção internacional e deslocam temporariamente o seu epicentro para a capital catalã para se aproximarem do público e dos compradores.

Coincidindo com a America’s Cup, a milha dourada de Barcelona, o Paseo de Gracia, também alcançou o seu destaque particular com uma proposta que tem grandes referências de luxo e à qual se juntaram aberturas como a exclusiva loja Tudor ou a Isdin House.

A abertura mais recente é a da marca Panerai, que abriu a sua primeira boutique em Barcelona muito perto da Diagonal. E fá-lo de mãos dadas com uma empresa espanhola estabelecida no sector da alta joalharia e da relojoaria: a Rabat, seu distribuidor oficial desde há muitos anos.

A Panerai reafirma, segundo a empresa ítalo-suíça, o seu compromisso com o mercado espanhol e dá visibilidade à sua colaboração com a equipa italiana de vela Luna Rossa Prada Pirelli.

A sua chegada completa também a proposta premium que a alta relojoaria tem vindo a tecer progressivamente nesta emblemática artéria comercial de Barcelona. A Rabat, a partir da sua loja de referência na Casa Codina, ao lado de La Pedrera, tem actuado como catalisador e anfitrião de uma oferta que se distingue por uma estratégia de excelência e fidelização de clientes que procuram a personalização em jóias ou relógios de grandes marcas. De facto, a empresa conta já com cinco estabelecimentos ao longo do Paseo de Gracia. Durante o concurso, o grupo está a efetuar visitas às bases e passeios de barco com profissionais e clientes do iatismo.

Rabat foi também o motor da chegada de outras marcas de renome à capital catalã, como a Hublot e a sua primeira boutique em 2023, ou, no passado mês de junho, a Tudor, que, desde a sua criação, mostra também o seu compromisso com o mundo das regatas de competição e com a America’s Cup, enquanto parceiro oficial de cronometragem da equipa suíça Alinghi Red Bull Racing.

Outras marcas de relógios também se envolveram nas regatas, como a Omega, com um duplo estatuto: parceiro da Emirates Team New Zealand e cronometrista oficial da competição.

A simbiose entre a alta relojoaria, o mar e a vela quer aproximar-se do público e ligar-se a novos públicos, e muitas marcas de luxo estão a organizar eventos e lançamentos ao longo destas semanas para aproveitar o potencial de uma competição que, segundo as estimativas da Barcelona Nautical Capital, terá um impacto na economia local de mais de 1.200 milhões de euros. Além disso, permitiu a criação de mais de 19.000 postos de trabalho e um número estimado de 2,5 milhões de visitantes até outubro, quando termina a regata.

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