Médio Oriente: Jornalistas portugueses juntam-se a pedido pôr fim do acordo UE-Israel

  • Lusa
  • 26 Agosto 2024

A carta foi assinada por 60 associações sindicais e organizações de jornalistas, onde se incluem países como Espanha, Luxemburgo, França, Finlândia, Bélgica, Dinamarca ou Alemanha, refere o SJ.

O Sindicato dos Jornalistas português associou-se ao pedido de 60 organizações de imprensa e dos direitos humanos pelo fim do acordo de associação entre a União Europeia (UE) e Israel, após a morte de mais de cem repórteres.

Em comunicado, o Sindicato dos Jornalistas adianta que assinou a carta e que a enviou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderado por Paulo Rangel.

A carta foi assinada por 60 associações sindicais e organizações europeias de jornalistas, onde se incluem países como Espanha, Luxemburgo, França, Finlândia, Bélgica, Dinamarca, Croácia, Alemanha e Portugal”, refere o organismo português.

Segundo a Federação dos Sindicatos de Jornalistas de Espanha (FeSP), as organizações uniram-se para enviar hoje uma carta ao alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, na qual solicitam medidas “contra os assassínios sem precedentes de jornalistas pelas autoridades israelitas e outras violações da liberdade dos meios de comunicação“.

Na missiva, as entidades pedem à UE que suspenda o acordo de associação que mantém desde 2000 com Israel porque, segundo argumentam, Telavive “violou os direitos humanos e o direito penal internacional”. Como tal, exigem punição aos responsáveis “pelos crimes de guerra cometidos por Israel e pelas repetidas violações do direito internacional”.

Na carta, escrita por iniciativa do Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), as organizações denunciam “os abusos generalizados e sistemáticos” que, sublinham, têm sido cometidos pelas “autoridades israelitas em Gaza, na Cisjordânia, em Israel e noutros lugares”.

No documento, enviado também ao vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovsky, e aos ministérios dos Negócios Estrangeiros de todos os Estados-membros da UE, alertam que o Governo israelita tomou “medidas sem precedentes para restringir a liberdade dos meios de comunicação, que têm conduzido, na prática, ao estabelecimento de um regime de censura”.

As organizações apelam ao levantamento do bloqueio à entrada de jornalistas internacionais, israelitas e palestinianos em Gaza, à revogação da legislação que permite o encerramento dos meios de comunicação estrangeiros, à libertação de jornalistas palestinianos em detenção administrativa ou detidos sem acusação e à proteção da vida dos profissionais da informação.

Entre as instituições signatárias da carta estão sindicatos de jornalistas de países da UE e outras organizações de diferentes países europeus, assim como o Comité para a Proteção dos Jornalistas e a Federação Europeia de Jornalistas (FEP).

Estão também incluídos o Instituto Internacional de Imprensa (IPI), os Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o Centro Europeu para a Liberdade de Imprensa e dos Meios de Comunicação Social (ECPMF), a Human Rights Watch (HRW) e a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH).

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Presidente da AICCOPN prevê aceleração da contratação de obras públicas no 2º semestre

Valor dos contratos de obras públicas acima de 10 milhões de euros superou os 440 milhões de euros no primeiro semestre. AICCOPN espera aceleração da contratação.

O número de grandes obras públicas, empreitadas com valores superiores a 10 milhões de euros, subiu no primeiro semestre face a igual período do ano passado, bem como o seu montante, indicou o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos, em declarações ao ECO, que espera uma aceleração na segunda parte do ano.

De acordo com dados do Portal Base, Manuel Reis Campos assinala que no primeiro semestre de 2024, foram celebrados 16 contratos de empreitada de obras públicas acima de 10 milhões de euros, totalizando 444 milhões de euros. Em comparação, no primeiro semestre de 2023, foram celebrados 14 contratos, somando 279,8 milhões de euros.

O responsável da AICCOPN destaca que, até ao final de junho, os contratos de empreitadas celebrados e reportados no Portal Base, no âmbito de concursos públicos (não incluindo apenas as grandes obras) totalizaram 1.238 milhões de euros, o que traduz um aumento de 14% em termos homólogos.

Já no que toca aos concursos de empreitadas de obras públicas promovidos, nesse período, totalizaram 5.775 milhões de euros, o que representa um crescimento significativo de 78%, estima.

“Prevê-se que, ao longo do segundo semestre do ano, se verifique uma aceleração nas contratações de obras públicas”, antevê em declarações ao ECO, justificando a expectativa com “o elevado diferencial entre a contratação reportada e os concursos de empreitadas lançados na mesma modalidade, que ascende já a 4.538 milhões de euros”.

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Hamas apela a confronto com “planos da ocupação” da Cisjordânia

  • Lusa
  • 26 Agosto 2024

"O que o ministro terrorista Ben Gvir revelou esta manhã sobre a sua intenção de construir uma sinagoga judaica na mesquita sagrada de Al Aqsa representa um anúncio perigoso", disse o movimento.

O Hamas pediu esta segunda-feira aos palestinianos da Cisjordânia ocupada para aumentarem a violência contra os israelitas em resposta às declarações do ministro da Segurança Nacional de Israel, Ben Gvir, que sugeriu construir uma sinagoga na Esplanada das Mesquitas. “O que o ministro terrorista Ben Gvir revelou esta manhã sobre a sua intenção de construir uma sinagoga judaica na mesquita sagrada de Al Aqsa representa um anúncio perigoso”, disse o movimento islamita Hamas, num comunicado.

Questionado durante uma entrevista à rádio do Exército, Ben Gvir respondeu afirmativamente sobre se permitiria a existência de uma sinagoga na Esplanada – local conhecido como Monte do Templo entre os judeus, que alberga a mesquita de Al Aqsa e é o terceiro sítio mais sagrado do Islão, depois de Meca e Medina. “Apelamos ao nosso povo na Cisjordânia e no interior ocupado [território israelita] para que se mobilize e marche pelos pátios de Al Aqsa e confronte os planos da ocupação”, ripostou o Hamas.

O movimento islamita ainda encorajou a “corajosa resistência e a juventude revolucionária” a escalar a violência contra “o inimigo criminoso e os bandos de colonos”. O Hamas acrescentou que as políticas israelitas – a que atribuem a culpa pela ocupação da Cisjordânia, que é ilegal segundo o Tribunal Internacional de Justiça, ou pelas visitas regulares de judeus e colonos à Esplanada das Mesquitas – apenas “adicionam mais combustível ao fogo”.

O ministro da Segurança Nacional israelita, Itamar Ben Gvir, voltou a defender o direito dos judeus de rezarem no Monte do Templo, em Jerusalém. “As políticas no Monte do Templo permitem orações, ponto final”, disse Ben Gvir durante uma entrevista à rádio do Exército.

Esta foi pelo menos a quarta vez que o polémico ministro, um radical anti-árabe, insiste que os fiéis judeus podem ir ao Monte do Templo, também conhecido como Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islão, apesar de a tradição que vigora desde 1967 (quando Israel ocupou Jerusalém Oriental) estabelecer que o local é reservado ao culto dos muçulmanos.

Em resposta, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, acusou Gvir de estar a colocar em risco a segurança nacional e o ministro do Interior, Moshe Arbel, pediu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para que o demitisse.

A Autoridade Nacional Palestiniana – que governa pequenas partes da Cisjordânia ocupada – condenou também as declarações do ministro da Segurança Nacional, garantindo que o apelo de Ben Gvir para danificar a mesquita de Al Aqsa (pela sua sugestão de construir ali uma sinagoga) foi é uma tentativa de “arrastar a região para uma guerra religiosa que queimará toda a gente”, de acordo com uma declaração do porta-voz presidencial Nabil Abu Rudeineh, referida pela agência de notícias oficial palestiniana, Wafa.

O gabinete de Netanyahu esclareceu, embora não tenha mencionado Ben Gvir, que “não há alterações no que diz respeito à posição do Governo sobre a Esplanada das Mesquitas.

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Concurso para estudo de passagens inferiores na Linha do Norte em Gaia ficou deserto

  • Lusa
  • 26 Agosto 2024

Assim, "a IP irá avançar com o lançamento de um novo concurso, ajustando o procedimento de modo a estimular o interesse do mercado", refere a empresa.

O concurso para o estudo de passagens inferiores na Aguda e Granja, em Vila Nova de Gaia, ficou deserto e a Infraestruturas de Portugal (IP) irá lançar um novo, disse esta segunda-feira fonte da empresa à Lusa.

Em resposta a questões da Lusa, fonte oficial da IP disse que no concurso público lançado, quanto ao lote “que compreendia o desenvolvimento dos estudos de viabilidade para a construção das Passagens Inferiores Pedonais junto à estação da Granja e ao apeadeiro da Aguda, não foram apresentadas propostas”.

“Neste enquadramento, a IP irá avançar com o lançamento de um novo concurso, ajustando o procedimento de modo a estimular o interesse do mercado”, refere a empresa. Em causa está o lançamento de concursos para a realização de estudos para supressão de passagens de nível, os quais foram adjudicados à empresa Profico, nos lotes 1 e 2 (supressão de quatro passagens de nível nas linhas do Minho, Beira Baixa e Beira Alta), mas não no lote das passagens de Aguda e Granja.

Assim, as povoações daquelas localidades de Vila Nova de Gaia, que contestaram as passagens superiores pedonais instaladas pela IP no âmbito da renovação do troço da Linha do Norte, terão de esperar mais tempo para saber se é viável uma nova solução.

Na sequência de um protocolo de 2022 celebrado após protestos das populações contra as passagens superiores instaladas, em que as estruturas foram apelidadas de “mamarracho”, “escarro arquitetónico” ou “muro de Berlim” pela população, a IP pôs a concurso estudo para as passagens inferiores por 50 mil euros.

Os elevadores instalados têm sofrido avarias e as populações locais queixam-se de dificuldades na mobilidade devido às novas infraestruturas. “O estudo de viabilidade consistirá numa análise técnica para a identificação das várias soluções e quantificação das intervenções a realizar na envolvente da infraestrutura para desnivelamento, que permita a passagem de peões na estação de Granja e apeadeiro de Aguda”, referiu fonte oficial da IP à Lusa no ano passado.

As obras na Linha do Norte entre Espinho e Vila Nova de Gaia, orçadas inicialmente em 55 milhões de euros, podem ficar cerca de 20 milhões de euros mais caras que o inicialmente previsto, segundo as revisões contratuais feitas. Inicialmente, aquando do lançamento do programa Ferrovia 2020, em 2016, estava previsto que as obras de requalificação decorressem entre 2017 e 2019, mas só estão a terminar atualmente.

A obra acabou por se iniciar em julho de 2020 e tinha um custo inicial de 55,3 milhões de euros, mas em praticamente quatro anos os custos aumentaram cerca de 20 milhões de euros, segundo as revisões publicadas no portal Base.

A intervenção entre as estações de Espinho e Vila Nova de Gaia (Devesas) envolveu a substituição integral da superestrutura da via, a alteração dos layout das estações de Granja e Gaia, a implantação de duas novas diagonais de contravia entre Miramar e Francelos, ou a implantação de duas vias de resguardo, com 750 metros de comprimento útil, para resguardo de comboios de mercadorias, a norte do apeadeiro de Francelos.

Houve também lugar à substituição de passagens de nível por passagens desniveladas (inferiores e superiores, para peões e automóveis), bem como a beneficiação das plataformas de passageiros. Em causa estão as estações de Gaia, Granja e Valadares e os apeadeiros de Aguda, Miramar, Francelos, Madalena e Coimbrões.

Foi também já instalado e colocado em serviço o sistema de sinalização eletrónica entre Esmoriz e Gaia e sua integração no Centro de Comando Operacional (CCO) do Porto, o sistema de controlo automático de velocidade e os sistemas de telecomunicações.

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Montenegro aguarda disponibilidade dos quadros do PSD para corrida a Belém

Montenegro sinaliza que apoio às Presidenciais de 2026 será a um militante do partido com "apetência" e "qualificação para o cargo".

O presidente do PSD, Luís Montenegro, vai seguir a tradição do partido e aguardar por eventuais disponibilidades de militantes do PSD para manifestar o apoio a um candidato à Presidência da República. A intenção consta da proposta de estratégia global entregue esta segunda-feira, com a formalização da recandidatura do primeiro-ministro a líder social-democrata.

“No caso do PSD, seguiremos a tradição de aguardar as disponibilidades eventuais de militantes do partido com apetência e qualificação pessoal e política para o cargo”, refere sobre as eleições presidenciais de janeiro de 2026, que são consideradas como um “desafio”.

No documento destaca-se que se assiste a uma “situação particularmente exigente, porquanto no final do mandato do atual Presidente [Marcelo Rebelo de Sousa] cumprir-se-ão 20 anos de mandatos de militantes e antigos presidentes do PSD na Presidência da República”.

“No entanto, corre a nosso favor precisamente a forma como quer o Professor Aníbal Cavaco Silva, quer o Professor Marcelo Rebelo de Sousa exerceram o seu magistério sem qualquer preferência partidária e com total imparcialidade e independência”, pode ler-se no documento.

A direção de campanha de Luís Montenegro formalizou ao início desta tarde, na sede nacional, em Lisboa, a recandidatura de Luís Montenegro a presidente da Comissão Política Nacional do PSD, eleição que se realiza no dia 6 de setembro, tendo entregue a proposta de estratégia global, intitulada “Acreditar em Portugal”.

Antigos dirigentes do PSD têm sido citados como potenciais candidatos a Belém, como Luís Marques Mendes, Pedro Passos Coelho ou José Manuel Durão Barroso. Em entrevista recente ao Expresso, o líder parlamentar social-democrata lançou ainda o nome de Leonor Beleza.

Na proposta da estratégia global pode ler-se ainda que as eleições autárquicas, que têm lugar no próximo ano, serão o primeiro desafio do partido, garantindo que cumpriu o que trabalho a que se propôs para que “a próxima Comissão Política Nacional possa começar a tomar decisões desde a sua eleição e investidura no Congresso”.

“Temos muitos processos em fase adiantada de preparação e assumimos o objetivo de tornar a colocar o PSD na liderança da Associação Nacional de Municípios (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE)”, refere. Defendeu ainda que “o PSD reergueu-se como o maior partido português” e que o partido estava pronto para governar com “tranquilidade e confiança”.

“Vamos aprofundar este trabalho nos próximos dois anos, dinamizando o PSD enquanto fonte principal das políticas seguidas em todos os patamares de governo que estão sob a nossa liderança e responsabilidade”, indica, ainda que se garanta que “o Governo não deve confundir-se com o partido e o partido não se deve confundir com o Governo”.

A candidatura de Luís Montenegro é a única à presidência do partido, o que já não ocorria desde 2016, quando Pedro Passos Coelho se candidatou já depois de ter saído do Governo.

(Notícia atualizada às 16h25)

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Ikea lança plataforma de vendas online de móveis em segunda mão

  • ECO
  • 26 Agosto 2024

A "Ikea Preowned" vai ser testada em Madrid e Oslo até ao final do ano, sendo que, depois disso, será disponibilizada a nível mundial. 

A gigante sueca de mobília vai lançar uma plataforma de venda de móveis em segunda mão, numa tentativa de competir com gigantes deste mercado como a Ebay ou Olx. De acordo com a notícia avançada esta segunda-feira pelo Financial Times, a “Ikea Preowned” vai ser testada em Madrid e Oslo até ao final do ano, sendo que, depois disso, será disponibilizada a nível mundial.

“Há já algum tempo que este é um sonho”, afirmou Jesper Brodin, diretor executivo da Ingka, o principal operador das lojas Ikea ao jornal britânico. “Estamos numa fase do Ikea em que podemos fazer coisas mais avançadas e interessantes. Há uma confiança incrível na evolução da empresa no domínio digital”.

O novo mercado faz parte de uma transformação ocorrida na Ikea ao longo dos últimos anos que tem procurado apostar nas vendas online. A gigante sueca já conta com um serviço de venda de móveis em segunda mão, como parte da estratégia de sustentabilidade que tem estado a levar a cabo, estando o serviço também disponível em Portugal. Mas com a “Ikea Preowned”, a empresa pretende chegar ao mercado em segunda mão online – um segmento de mercado do qual Brodin considera haver, atualmente, uma grande procura.

Na futura plataforma, e à semelhança das atuais no mercado, os clientes colocarão à venda o seu produto, recorrendo a fotografias e a uma descrição para mais detalhes. O preço será definido pelo próprio utilizador. Após a venda, o comprador ficará responsável por fazer a recolha dos móveis junto do vendedor, que tem a opção de receber o montante em dinheiro ou num vale da Ikea com um desconto de 15%.

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Preço do gás obriga cerâmica da Figueira da Foz a avançar com PER

  • Lusa
  • 26 Agosto 2024

A empresa contabilizava uma dívida de 21,9 milhões de euros, com o principal credor a ser uma empresa de materiais de construção, com uma dívida reclamada de 9,3 milhões de euros.

A subida dos preços do gás motivada pela guerra na Ucrânia obrigou a empresa Cliper Cerâmicas, na Figueira da Foz, que contabiliza uma dívida global de quase 22 milhões de euros, a avançar com um processo especial de revitalização (PER). De acordo com a lista provisória de credores associada ao PER consultada pela agência Lusa, a empresa contabilizava uma dívida de 21,9 milhões de euros, com o principal credor a ser uma empresa de materiais de construção, com uma dívida reclamada de 9,3 milhões de euros.

Um fornecedor de gás reclama uma dívida superior a um milhão de euros e vários bancos e sociedades de garantia reclamam um total de cerca de 5,3 milhões de euros, refere a lista provisória de credores publicada no final de julho na plataforma Citius.

Em declarações à agência Lusa, fonte da administração da Cliper Cerâmicas explicou que a razão do PER centra-se única e exclusivamente nos problemas que a empresa enfrentou com o aumento dos preços do gás, motivado pela guerra na Ucrânia e que foi particularmente substancial em 2022.

Comprávamos a 23 euros megawatt-hora e chegou a estar a 345 euros. Durante dois anos, o gás custou ao setor uma média de 110 euros megawatt-hora”, afirmou a mesma fonte, referindo que os preços tiraram a empresa do mercado, tendo tido, “por duas vezes, os trabalhadores em layoff”.

De acordo com a mesma fonte da administração da Cliper, o PER prevê a entrada de um investidor na empresa, que está, de momento, em negociações e a terminar “os estudos necessários”. “Esperemos ter o PER transitado em julgado dentro de poucos dias e estamos convencidos de que vamos entrar num caminho de esperança e salvação, no espaço de dois ou três meses. Nós acreditamos que a empresa e o setor têm muito futuro em Portugal”, sublinhou.

A fonte da administração da empresa sediada na Figueira da Foz disse ainda à Lusa que, atualmente, a Cliper tem “perto de 100 trabalhadores” e que todos os salários estão em dia.

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Empresas insolventes sobem mais de 9% no primeiro semestre

A maioria das insolvências de empresas decretadas no primeiro semestre subiu face a igual período de 2023. Maioria corresponde a empresas das indústrias transformadoras.

Até ao final do primeiro semestre foram decretadas 1.054 insolvências de empresas, uma subida de 9,34% face ao período homólogo, um número que corresponde a 55% do acumulado de 2023, de acordo com uma análise do ECO com base em dados da Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ).

A maioria das insolvências de empresas decretadas pelos tribunais de primeira instância na primeira metade do ano corresponde a empresas das indústrias transformadoras, seguida do comércio por grosso e a retalho e de reparação de veículos de automóveis.

No primeiro trimestre do ano foram decretadas 533 insolvências, aos quais acrescem 521 no segundo trimestre. O total de 1.054 insolvências decretadas no primeiro semestre representa, assim, um aumento de 90 decisões face ao período homólogo do ano passado. Este valor representa 55% do total de empresas insolventes na totalidade de 2023 e 64,5% do total de 2022.

Fonte: DGPJ

A maioria das insolvências decretadas nos primeiros seis meses do ano foi em empresas na área das indústrias transformadoras, com um total de 311 e um aumento de 51% face a igual período de 2023.

Seguem-se na tabela as empresas no comércio a retalho e de reparação de veículos de automóveis, com 218 processos, uma subida de 14,7%, e na construção, 143 insolvências, com um recuo de 14,4%. A maioria registou-se nas comarcas do Porto (296) e de Lisboa (212), seguindo-se Braga.

Por outro lado, se o número de insolvências relativas a empresas aumentou, o número de insolvências de particulares caiu ligeiramente (-3,5%) face ao primeiro semestre de 2023, atingindo 1.054, resultado de 521 decisões no segundo trimestre e 533 no primeiro. A maioria registou das insolvências de particulares registou-se nas comarcas de Lisboa (943) e do Porto (857).

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BPI pode encaixar mais de 100 milhões com venda de 15% do banco em Angola

Quanto vale o Banco de Fomento Angola? O BPI avaliava-o em cerca de 700 milhões de euros no final do ano passado. Pelo que pode encaixar mais de 100 milhões se vender 15% das ações no IPO.

O BPI poderá encaixar mais de 100 milhões de euros com a venda de uma participação de 15% que detém no Banco Fomento Angola (BFA), depois de o presidente angolano ter aprovado na semana passada a venda de 15% do capital do banco angolano através de uma oferta pública inicial (IPO) na bolsa de Luanda.

O valor do potencial encaixe corresponde à avaliação que a instituição portuguesa atribuía ao BFA no final do ano passado, valorizando a sua posição de 48,1% em cerca de 340 milhões de euros – com uma avaliação implícita de mais de 700 milhões para 100% do capital do banco angolano.

O Jornal Económico (acesso pago) avançou esta segunda-feira que o BPI irá acompanhar o Estado angolano na venda de ações do BFA através de um IPO no mercado angolano.

O decreto presidencial, que autoriza a privatização de ações detidas pelo Estado, por via da Unitel, representativas de 15% do capital social do BFA, foi publicado em Diário da República na passada sexta-feira. A operação insere-se no Programa de Privatizações do Governo de João Lourenço para o período entre 2023 e 2026.

Despacho presidencial que autoriza venda parcial do BFA.

De acordo com o jornal, citando fontes próximas do processo, o BPI irá acompanhar a Unitel e alienar outros 15% para evitar que se torne novamente acionista maioritário do banco angolano em face a redução acionista da operadora de telecomunicações angolana.

Caso se esta operação se concretize, a estrutura acionista do BFA ficará assim composta: a Unitel passará a deter 36,9%, o BPI reduz a sua posição para 33,1% e 30% do capital estará disperso na bolsa.

Contactado pelo ECO, o BPI diz que não comenta este tema. Na última conferência de imprensa, no final de julho, João Pedro Oliveira e Costa desvendou que o processo de privatização parcial do banco se encontrava “numa fase inicial” e que “em momento oportuno e em conjugação com o Estado angolano” o BPI iria reduzir a sua participação, “havendo espaço para isso”. “Não escondemos que claramente somos vendedores da nossa participação”, disse.

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BFA a perder valor

Atualmente, a Unitel é o acionista maioritário do BFA, com 51,9% das ações.

Já o BPI detém 48,1%, classificada como um investimento financeiro, depois de ter vendido 2% em 2016 por 28 milhões de euros à Unitel, então liderada por Isabel dos Santos, perante a pressão do Banco Central Europeu (BCE) em face das determinações sobre a ultrapassagem do limite de exposição a grandes riscos (dívida pública angolana detida pelo BFA que até então o BPI consolidava nas suas contas).

Há anos que o banco português procura vender o banco em Angola. No ano passado esteve perto de fechar a venda da sua participação por 400 milhões de euros, mas a forte depreciação do kwanza (moeda de Angola) levou a uma suspensão da operação.

De resto, apesar da consistência dos resultados, o BFA tem vindo a desvalorizar no balanço do BPI nos últimos anos. Em 2017 o BPI chegou a avaliar o banco angolano em cerca de 1.200 milhões de euros.

No ano passado, o BFA contribuiu com 41,5 milhões de euros (através do pagamento de dividendos) para os lucros de 524 milhões do BPI, o qual é detido pelos espanhóis do Caixabank. Até junho o banco português lucrou 327 milhões de euros, com Angola a lucrar 41 milhões.

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Nova plataforma avalia potencial de requalificação profissional dos trabalhadores

Prémio Nacional de Inovação foi atribuída a nova plataforma que, usando Inteligência Artificial, avalia potencial de requalificação dos profissionais dos trabalhadores.

Com a procura por profissionais qualificados a aumentar entre as empresas portuguesas, a Code for All decidiu criar uma nova plataforma que usa Inteligência Artificial (IA) para avaliar o potencial de requalificação dos trabalhadores e, assim, agilizar a seleção de candidatos para formação. O projeto Máquina de Identificação de Talento (MIT) foi o vencedor da edição deste ano do Prémio Nacional de Inovação, na categoria dedicada à educação.

Fundada em 2015, a Code for All foi até recentemente conhecida como Academia de Código. Oferece formação em tecnologia, através de bootcamps intensivos e outros cursos de upskilling e reskilling, pelo que tem vindo a ajudar os empregadores nacionais a requalificar os seus trabalhadores, conforme já escreveu o ECO.

Desta vez, a Code for All decidiu criar uma nova plataforma que, com recurso a IA, machine learning (ML) e análise psicométrica, vai “identificar os candidatos com alto potencial de requalificação“, para que estes possam, então, avançar para ações formativas, de acordo com uma nota enviada esta segunda-feira às redações.

“A avaliação do MIT, que analisa não só competências técnicas, mas também humanas, começa com a recolha de data points, medidos através da interação dos candidatos com a plataforma, que são posteriormente utilizados por um modelo de predição com recurso a IA e ML“, explica a empresa.

E detalha: “Ao longo do processo, é analisada, assim, toda a performance e os indicadores psicométricos dos utilizadores, que se
convertem em recomendações quantitativas que permitem selecionar os mais indicados para o curso“.

O projeto está ainda em desenvolvimento, mas já permitiu melhorar a taxa de conversão dos candidatos, garante a Code for All, que explica que a plataforma é de utilização gratuita e sem quaisquer vínculos, isto é qualquer profissional pode usá-la para descobrir se a área de programação é mais indicada para o seu futuro.

“Para tal, os interessados devem realizar a inscrição no Bootcamp de Programação Full-Stack e realizar, posteriormente, a avaliação no MIT”, explica a empresa. A inscrição é gratuita, não implica qualquer compromisso, pelo que, depois de usarem o MIT, os profissionais podem decidir não avançar com a formação.

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Canadá impõe tarifas de 100% sobre carros elétricos fabricados na China

  • Lusa
  • 26 Agosto 2024

O primeiro-ministro do Canadá anunciou também que o país vai avançar com uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio chineses.

O Governo do Canadá vai impor uma tarifa alfandegária de 100% sobre as importações de veículos elétricos fabricados na China, seguindo os passos dos Estados Unidos, anunciou esta segunda-feira o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau. O primeiro-ministro do Canadá anunciou também que o país vai avançar com uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio chineses.

“Atores como a China optaram por dar a si próprios uma vantagem injusta no mercado global”, afirmou Justin Trudeau, citado pela agência Associated Press (AP). Esta decisão surge poucas semanas depois de os Estados Unidos ter anunciado planos para impor tarifas alfandegárias mais elevadas sobre os veículos elétricos fabricados na China.

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, encorajou o Canadá a seguir-lhe os passos da maior economia mundial numa reunião com o primeiro-ministro canadiano no domingo.

No início deste verão, o Governo canadiano tinha iniciado uma consulta à indústria e aos sindicatos para definir possíveis ações sobre esta matéria. A vice-primeira ministra canadiana, Chrystia Freeland, tinha indicado que o Canadá iria agir em concertação com os Estados Unidos e União Europeia, dado que a América do Norte tem um setor automóvel integrado.

Atualmente, os únicos veículos elétricos fabricados na China e importados para o Canadá são da Tesla e são produzidos na fábrica da empresa detida por Elon Musk em Xangai. Na semana passada, a Comissão Europeia propôs tarifas de compensação revistas de até 36,3% às fabricantes de carros elétricos chineses na União Europeia (UE), sugerindo ainda direitos de compensação de 9% para a Tesla enquanto exportadora da China.

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#23 As férias de Inês Lima. Desligar com um olho no OE 2025

  • ECO
  • 26 Agosto 2024

Desligar durante as férias é exemplo e sinal de confiança na equipa. A diretora-geral da McDonald's Portugal admite que ainda assim mantém o hábito de "espreitar a performance do negócio".

Inês Lima não tem dúvidas sobre a importância das férias como um período de renovação de energia. “As férias são para descansar, conviver e para ter experiências novas”, diz a diretora-geral da McDonald’s Portugal.

Na bagagem muitos livros e a decisão de que saber desligar é não só sinal de confiança nas equipas como um exemplo da liderança sobre a importância de descansar para regressar com nova força. “O único hábito que, ainda assim, mantenho é o de ‘espreitar’ a performance do negócio”, admite a responsável da maior cadeia de restauração rápida do país.

Para a rentrée o foco será um. “O setor estará sobretudo atento ao debate sobre a proposta de Orçamento de Estado para 2025, particularmente em relação a medidas com impacto na competitividade das empresas.”

 

Que livros, séries e podcasts vai “levar na bagagem de férias” e porquê?

Normalmente leio biografias ou histórias reais durante as férias. A título de exemplo, li o livro de memórias do fundador da Nike (Phil Knight), “Correr para Vencer”, que me impressionou pela resiliência, paixão e sentido de propósito. Também li um livro clássico de auto desenvolvimento, “The Four Agreements: A Practical Guide to Personal Freedom”, do autor Don Miguel Ruiz, que nos ajuda a recentrar no que é importante.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Desligar totalmente é sinónimo de confiança nas equipas e acho fundamental também darmos o exemplo, pois as férias são para cumprir. Naturalmente, e principalmente na função que desempenho, fico contactável para qualquer necessidade. O único hábito que, ainda assim, mantenho é o de ‘espreitar’ a performance do negócio.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

Por norma faço essas reflexões no pós-férias. As férias são para descansar, conviver e para ter experiências novas. Quando regresso, com energia renovada, tenho outra lucidez e distanciamento que me permite tomar melhores decisões.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Acredito que o setor estará sobretudo atento ao debate sobre a proposta de Orçamento de Estado para 2025, particularmente em relação a medidas com impacto na competitividade das empresas.

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