Caducaram as medidas de coação a Armando Pereira e restantes arguidos da Operação Picoas

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

Segundo a defesa do cofundador da Altice, as medidas de coação aplicadas no âmbito da Operação Picoas caducaram porque passou um ano sem que tenha sido deduzida acusação.

As medidas de coação aplicadas ao cofundador da Altice Armando Pereira no processo Operação Picoas, que o proibiam de sair do espaço Schengen e de contactar os coarguidos, caducaram, confirmou o seu advogado esta quinta-feira.

Segundo adiantou à Lusa o advogado Magalhães e Silva, estas medidas de coação caducaram automaticamente por terem completado um ano sem que tenha sido deduzida acusação no inquérito aberto pelo Ministério Público.

Embora permaneça a caução (dez milhões de euros) aplicada a Armando Pereira, as medidas de coação de não se ausentar do espaço Schengen e não contactar com outras pessoas da Altice, bem como com os coarguidos do processo caducaram, porque não podem durar mais do que um ano sem haver acusação.

“As medidas caducaram automaticamente”, esclareceu Magalhães e Silva, revelando que decidiu mesmo assim pedir ao tribunal de instrução criminal a “declaração de caducidade jurídica das medidas” e que seja devolvido o passaporte a Armando Pereira.

A notícia de que as medidas de coação do caso Altice tinham caducado foi avançada pelo canal Now, que adianta que outro dos beneficiários da queda das medidas de coação, que incluíam ainda a apresentação periódica às autoridades, é o empresário e arguido Hernâni Vaz Antunes.

No processo Operação Picoas está em causa uma “viciação decisória do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência” que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva e para crimes de fraude fiscal e branqueamento.

Os investigadores suspeitam que, a nível fiscal, o Estado terá sido defraudado numa verba superior a 100 milhões de euros.

A investigação indica também a existência de indícios de “aproveitamento abusivo da taxação reduzida aplicada em sede de IRC na Zona Franca da Madeira” através da domiciliação fiscal fictícia de pessoas e empresas.

Entende ainda o MP que terão sido usadas sociedades offshore, indiciando os crimes de branqueamento e falsificação.

O MP desencadeou há um ano uma operação com cerca de 90 buscas domiciliárias, que resultou então na detenção de Armando Pereira, do seu alegado braço-direito Hernâni Vaz Antunes, Jéssica Antunes (filha do braço direito do cofundador da Altice) e Álvaro Loureiro, administrador de empresas (estes dois últimos arguidos saíram em julho em liberdade, sob caução).

Armando Pereira está indiciado pelo Ministério Público (MP) de 11 crimes, entre os quais seis de corrupção ativa e um de corrupção passiva no setor privado, além de quatro de branqueamento de capitais e crimes não quantificados de falsificação de documentos.

Foram ainda apreendidos documentos e objetos, “tais como viaturas de luxo e modelos exclusivos com um valor estimado de cerca de 20 milhões de euros”.

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Airbus GBS tem nova liderança. Hub já tem 1.000 trabalhadores no país

"A empresa encontra-se numa fase de grande crescimento e está à procura de talentos em Portugal, para a diversidade de perfis e serviços que oferecem na Airbus GBS", refere a companhia.

Nathalie Hellard-Lambice é a nova Managing Director da Airbus Portugal Global Business Services (Airbus GBS)

O hub de serviços partilhados da Airbus tem uma nova liderança em Portugal. Nathalie Hellard-Lambic é a nova managing director do Airbus Global Business Services (GBS), substituindo no cargo Charles Huguet, que desde 2021 liderava este projeto da empresa de aeronáutica no país, confirmou o ECO. A empresa já atingiu o marco dos 1.000 trabalhadores no país, superando o valor antecipado para 2025.

“Confirmamos que a Airbus Portugal Global Business Services nomeou Nathalie Hellard-Lambic para a função de managing director“, adianta fonte oficial da empresa, questionada pelo ECO.

“Com um percurso profissional de cerca de 30 anos na Airbus, Nathalie Hellard-Lambic tem por principal missão prosseguir o desenvolvimento do negócio da Airbus GBS em Portugal, dando continuidade ao trabalho desenvolvido pelo seu antecessor, Charles Huguet”, refere a mesma fonte.

A nova responsável assume, assim, um cargo até aqui ocupado por Charles Huguet, que desde 2021 — altura em que a empresa de aeronáutica abriu o primeiro hub de serviços partilhados em Lisboa, tendo-se seguido em fevereiro do ano passado um centro-satélite em Coimbra — liderava o projeto.

Huguet sai de funções executivas na operação do Airbus GBS em Portugal mas mantém-se ligado ao grupo francês em funções internacionais, indica fonte oficial. De acordo com informação publicada no LinkedIn, o profissional assumiu o cargo de SVP Procurement Governance and Strategy do grupo, sedeado em Toulouse, França.

Airbus não fecha portas a novas localizações

Já com um centro de serviços partilhados em Lisboa e Coimbra, a Airbus GBS acaba de atingir o marco dos 1.000 trabalhadores no país. O objetivo era atingir cerca de 900 em 2025.

“Quando a Airbus GBS se estabeleceu em 2021, em Lisboa, o objetivo inicial era crescer para 850 pessoas até 2025. Estamos em 2024 e, este mês, já foi ultrapassado o marco dos 1.000 colaboradores, estando representadas 50 nacionalidades diferentes na equipa que está a operar em Portugal“, refere fonte oficial da companhia.

“A Airbus GBS quer continuar a crescer, com o objetivo de alcançar os melhores talentos em Portugal. A empresa encontra-se numa fase de grande crescimento e está à procura de talentos em Portugal, para a diversidade de perfis e serviços que oferecem na Airbus GBS“, reforça.

Quando questionada sobre possíveis novas localizações, além de Lisboa e Coimbra, não revela detalhes nem prazos para uma eventual expansão geográfica.De momento, temos instalações em Lisboa e Coimbra, mas não fechamos a porta a novas localizações”, diz fonte oficial da empresa.

Em Portugal, o grupo Airbus tem ainda uma fábrica em Santo Tirso, onde trabalham cerca de 300 pessoas, para a qual quer contratar mais 50 para a unidade fabril.

Quem é a nova responsável

A nova responsável pela Airbus GBS começou por trabalhar em Engenharia e, posteriormente, noutras áreas da Airbus Comercial, como no desenvolvimento do A350, em customer services e outros. Durante o seu percurso profissional, Nathalie Hellard-Lambic assumiu responsabilidades operacionais e de transformação, tendo liderado equipas localizadas em todo o mundo, destaca a Airbus.

Nascida em França, Nathalie Hellard-Lambic tem um Doutoramento em Ciências e Engenharia de Materiais pela Université Paul Sabatier Toulouse III.

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Sara Sampaio estreia-se como realizadora em campanha da Phunk

  • + M
  • 25 Julho 2024

A atriz assina a conceção do produto, o storyline, a criatividade da campanha, a escolha das equipas, a realização e é também protagonista. 

A modelo e atriz Sara Sampaio estreou-se como realizadora e produtora de publicidade na nova campanha da Phunk, marca de bebidas da qual é chief innovation officer (CIO). O objetivo é dar a conhecer o balde Phunk, concebido pela atriz que em 2023 acrescentou ao portefólio da marca as Tequilas Seltzer.

Neste lançamento, Sara Sampaio assina a conceção do produto, o storyline, a criatividade da campanha, a escolha das equipas, a realização e é também protagonista.

Foi um vídeo feito com amigos sem muita produção, queria que fosse bastante fácil e effortless”, diz citada em comunicado a CIO da marca portuguesa de hard seltzers.

Mirtilo, Cereja, Lima e Gengibre e Manga são os quatro sabores das águas gaseificadas com álcool. À gama juntam-se as tequila Lime & Jalapeno, Lemon & Mint e Passion Fruit, já criadas pela modelo.

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Comissão abre processo a Portugal por falhas nas regras da resolução bancária

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

Comissão Europeia abriu um novo processo de infração a Portugal na área da resolução bancária. Deu mais dois meses para adotar todas as regras relativas a gestores e compradores de créditos.

A Comissão Europeia abriu esta quinta-feira um novo processo de infração a Portugal na área da resolução bancária e deu mais dois meses para adotar todas as regras da União Europeia (UE) relativas a gestores e compradores de créditos.

A Comissão decidiu abrir um novo procedimento a Portugal, na área dos serviços financeiros, por falta da adoção total das regras do bloco europeu sobre recuperação e resolução de bancos.

A diretiva em causa diz respeito ao tratamento prudencial das instituições de importância sistémica global e à capacidade de absorção de perdas e de recapitalização dos grupos bancários, melhorando a capacidade dos maiores grupos bancários da UE para resistir a choques financeiros.

Num outro processo de infração já iniciado, o executivo comunitário deu, com o envio de um parecer fundamentado, um novo prazo de dois meses para o Governo dar conta da completa transposição para a legislação nacional da diretiva relativa aos gestores de créditos e aos compradores de créditos, sob pena de o caso subir ao tribunal europeu.

A diretiva exige, por exemplo, que os compradores de créditos e os gestores de créditos atuem de boa-fé, de forma justa e profissional com os mutuários e que comuniquem com eles de uma forma que não constitua assédio, coação ou influência indevida.

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“Milaneza combina com o verão”, diz a marca em campanha da Havas

  • + M
  • 25 Julho 2024

O lançamento da nova gama de massas é assinado pela Havas Design (packaging), Havas Publicidade (campanha), Havas Media (plano de meios), Havas Digital (redes sociais) e a comunicação pela Global.

“Combina com o Verão” é o mote com o qual a Milaneza está a comunicar uma edição limitada de massas, pensada para acompanhar saladas de verão. Com de 3.150 mupis espalhados por diferentes zonas do país, e expositores na grande distribuição, a campanha conta também com cerca de 10 outdoors junto a praias, com mensagens personalizadas. “Edição Especial Saladas combina com camarão e férias em Olhão”, é um dos exemplos.

A campanha chega também ao digital, onde a Milaneza vai trabalhar com influenciadores durante um período de três meses. A rubrica “Salada de Influenciadores”, onde marca vai divulgar “combinações improváveis de criadores de conteúdos que, juntos, serão convidados a interligar vários ingredientes para fazer a sua própria salada”, é uma das iniciativas.

O lançamento da nova gama de massas é assinado pela Havas Design (packaging), Havas Publicidade (campanha), Havas Media (plano de meios), Havas Digital (redes sociais) e a comunicação pela Global.

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Inapa vai entregar já amanhã pedido de insolvência em Portugal

Distribuidora de papel vai formalizar esta sexta-feira o pedido de insolvência em Portugal, cinco dias depois de avançar com o processo na Alemanha para a subsidiária Inapa Deutschland.

Depois de ter apresentado a sua unidade alemã, a Inapa Deutschland, à insolvência esta segunda-feira, dia 22 de julho, a Inapa IPG deverá entregar amanhã o pedido de falência em Portugal, apurou o ECO. A distribuidora de papel tinha comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que o colapso na Alemanha era inevitável, uma vez que não conseguiu aprovação da Parpública, o seu maior acionista, para uma injeção de emergência de 12 milhões de euros, e teria repercussão na atividade da holding, puxando-a também para a falência.

“Atentos os impactos imediatos que a apresentação à insolvência da Inapa Deutschland terá na Inapa IPG, o Conselho de Administração da Inapa IPG reuniu e analisou a sua situação financeira, tendo concluído pela consequente e iminente insolvência da Inapa IPG, pelo que deliberou também apresentar a Inapa IPG à insolvência nos termos da lei portuguesa, o que será formalizado nos próximos dias“, lê-se num comunicado, publicado no dia 21 de julho.

O desfecho “surpreendente” do grupo surge depois de a Inapa ter comunicado à Parpública, que detém cerca de 45% do capital, que precisava de uma injeção de 12 milhões de euros, dos quais nove ficariam a cargo do Estado, para fazer face a “uma carência de tesouraria de curto prazo da sua subsidiária Inapa Deutschland, GmbH (“Inapa Deutschland”)”. Sem solução de financiamento, uma vez que as Finanças vetaram a injeção de fundos, por considerarem que faltava “estratégia de recuperação” e garantia de “ressarcimento do Estado”, a administração, que entretanto se demitiu, decidiu avançar com a falência na Alemanha e em Portugal, indicando apenas que o processo seria formalizado “dentro de dias”.

Segundo apurou o ECO junto de fonte próxima da empresa, este pedido de insolvência será realizado esta sexta-feira, cinco dias após a falência na Alemanha.

O colapso do grupo de distribuição de papel, que tem também atividades na área das embalagens e da comunicação visual, deixa em risco os mais de 1.400 colaboradores que trabalham para a empresa nas dez geografias onde mantém atividade.

Com a maior participação nas mãos do Estado, através da Parpública, com cerca de 45% do capital, a Inapa tem ainda o Novobanco como acionista, com 6,55%, e a Nova Expressão detém 10,85% do capital, segundo a informação relativa ao final de 2023. Já os restantes 37,7% do capital da Inapa, cuja capitalização bolsista atual é de 15,47 milhões de euros, estão nas mãos de pequenos investidores.

Colapso do papel, juros e Alemanha afundam Inapa

Apesar de ter sido a operação alemã a atirar a Inapa para a falência, a companhia já vinha a debater-se com o colapso do negócio do papel, uma dívida grande de mais para a sua dimensão – que se tornou mais pesada com a subida dos juros –, custos mais elevados fruto da inflação e ainda um travão na procura.

A empresa fechou o último ano com um prejuízo de oito milhões de euros em 2023, que compara com os lucros de 17,8 milhões no ano anterior. A margem bruta ascendeu a 18,1% das vendas, 1,9 pontos percentuais abaixo do registo passado.

Numa mensagem na apresentação destes resultados, o presidente destacava que, “a nível setorial, registou-se uma quebra substancial na procura de papel, associada a um processo de destocking ao longo de toda a cadeia de valor, mas também a uma redução efetiva da procura”, acrescentando que, “em termos de performance, as receitas em 2023 foram 969 milhões de euros, o que representa uma redução de 243 milhões de euros face a 2022″.

Os números partilhados pela empresa na apresentação de resultados confirmam a evolução muito negativa no negócio do papel. Segundo refere a empresa, “na Europa Ocidental, em 2023, a redução no consumo de papel para artes gráficas, escrita e impressão foi, segundo a EuroGraph (European Association of Graphic Producers) de 25,4% (no primeiro semestre a redução foi de 29,9%). Essa redução afetou a procura de papéis revestidos (coated woodfree) e não revestidos (uncoated woodfree).” Em termos globais, o decréscimo do consumo de papel na Europa Ocidental comparativamente com o período pré-pandemia foi de cerca de 40%.

O elevado endividamento face à sua dimensão é um dos problemas estruturais da empresa ao longo dos últimos anos e que levou a que vários credores da empresa, como o BCP ou o Novobanco, acabassem por tornar-se acionistas de referência. A CGD, que vendeu em 2019 a totalidade da sua participação de 33% ao Estado por 15,8 milhões de euros, era até à entrada da Parpública o maior acionista.

No final do ano passado, a dívida líquida situava-se em 207 milhões de euros, representando uma redução 14 milhões de euros face ao período homólogo de 2022, quando estava nos 221 milhões de euros. Apesar desta descida, os custos com juros dispararam, a refletir o aumento de 450 pontos base das taxas e juro, nos últimos dois anos. Os custos financeiros passaram de 16 para 20 milhões de euros, no final de 2023.

 

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Ex-secretário de Estado Rogério Fernandes Ferreira vai coordenar propostas para simplificar justiça fiscal

Rogério Fernandes Ferreira, fiscalista e ex-secretário de Estado de Guterres, vai presidir à comissão criada para apresentar propostas legislativas de revisão do processo entre Estado e contribuintes.

O Governo acaba de criar uma comissão para acelerar os processos entre a Autoridade Tributária e os contribuintes. A Comissão para a Revisão do Processo e Procedimento Tributário e das ­Garantias dos Contribuintes terá de apresentar “um projeto de alterações legislativas no prazo de seis meses contados desde a publicação do presente despacho, prorrogável por mais três meses, caso seja necessário, por requerimento do seu presidente dirigido à Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais”, diz o despacho publicado esta quinta-feira em Diário da República.

Presidida pelo advogado fiscalista Rogério Fernandes Ferreira, especialista em Direito Fiscal, que foi secretário de Estado no governo de António Guterres, a comissão conta com mais dez membros, que “renunciam a qualquer tipo de remuneração pelos trabalhos realizados no âmbito desta”.

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Rogério Fernandes FerreiraHugo Amaral/ECO

Já a Agenda Anticorrupção – divulgada em junho pelo Governo – falava na promoção de processos mais céleres na jurisdição fiscal, com o compromisso de “implementar os resultados do grupo de trabalho no âmbito da justiça administrativa e fiscal, aplicando soluções legislativas que combatam a permeabilidade à corrupção”.

“Com efeito, há que salientar a importância do contencioso tributário para a definição de relação jurídica fiscal que se estabelece entre o Estado e os contribuintes, e que por vezes se cruza com a jurisdição penal, constituindo o Código de Procedimento e de Processo Tributário (“CPPT”) um instrumento da maior relevância, tendo como pano de fundo a justa composição dos litígios decorrentes da aplicação das normas fiscais”, diz o despacho, assinado pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

Assim, a Comissão deve fazer “uma avaliação profunda e abrangente do CPPT, podendo solicitar os estudos, pareceres ou informações, que considere necessários aos trabalhos, a quaisquer serviços do Ministério das Finanças, bem como, mediante autorização da Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais”. O apoio logístico e administrativo “necessário ao funcionamento da Comissão será assegurado pelo Gabinete da Secretária de Estado dos Assuntos Fiscais”.

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Odemira é o único município em que as famílias tiveram um corte dos seus rendimentos

Dados do INE revelam que os rendimentos das famílias aumentaram 5,4% em 2022. Oeiras lidera com 15.190 euros, enquanto Odemira foi o único dos 308 municípios a registar uma quebra.

Os rendimentos da generalidade das famílias continuam a aumentar. Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano do rendimento líquido por pessoa foi de 10.679 euros em 2022, mais 5,4% relativamente ao ano anterior.

Os dados do INE mostram também que todos os municípios, à exceção de Odemira, registaram um crescimento dos rendimentos declarados. “Todos os municípios, com exceção de Odemira (que registou uma quebra de 0,6%) aumentaram o valor mediano do rendimento líquido por pessoa, sendo que em 228 dos municípios aquele aumento foi superior ao do país“, lê-se nas estatísticas do rendimento ao nível local relativas a 2022.

O retrato municipal do valor mediano do rendimento líquido por pessoa evidenciou 70 municípios (mais um do que em 2021) com valores acima da referência nacional, com destaque para Oeiras que voltou a ser o município com rendimentos declarados mais elevados do país (15.190 euros), seguido de Lisboa (13.809 euros), Alcochete (12.874 euros), Cascais (12.843 euros) e Coimbra (12.557 euros).

Valor mediano do rendimento bruto declarado deduzido do IRS liquidado por sujeito passivo, Portugal, NUTS III e
município, 2022

Por sub-regiões, a Grande Lisboa (12.366 euros), a Península de Setúbal (11.741 euros), a Região de Coimbra (10. 881 euros), a Região de Leiria (10.859 euros), o Alentejo Central (10.804 euros), a Região de Aveiro (10.789 euros) e as regiões autónomas dos Açores (10.776 euros) e da Madeira (10.763 euros) registaram os rendimentos medianos mais elevados, superiores à média nacional.

Por outro lado, as sub-regiões do Alto Tâmega e Barroso (8.859 euros) e do Tâmega e Sousa (9.195 euros) apresentaram os rendimentos medianos mais baixos, com cada pessoa a auferir, em média, menos de 9.500 euros líquidos por ano.

A análise estatística indica ainda que, em 2022, o rácio P80/P20 do rendimento, um indicador que traduz o número de vezes que o rendimento do sujeito passivo situado no percentil 80 é superior ao rendimento do sujeito passivo do percentil 20, “era 2,8 em Portugal (o mesmo valor que em 2021) com 29 municípios apresentaram um valor superior a este referencial.

Com maior disparidade, destaca-se Oeiras (o município com o valor mediano de rendimento líquido mais elevado do país) e com o rácio P80/P20 de 3,1 observando-se o menor rácio em Vizela (2,0).

Mediana e desigualdade na distribuição do rendimento declarado deduzido do IRS liquidado (P80/P20) por sujeito
passivo, Portugal e municípios, 2022


No plano da disparidade de rendimentos, os dados do INE indicam que, em 2022
, o coeficiente de Gini do rendimento líquido por pessoa era de 35,7% em Portugal, uma redução relativamente aos 36,1% de 2021.

Em 32 municípios, a desigualdade na distribuição do rendimento foi superior à do país, destacando-se os municípios de Lisboa (42,5%), Vila do Porto (42,0%), Porto (41,8%), Lagoa (40,8%) e Cascais (40,3%). Entre 2021 e 2022, 239 municípios apresentaram uma redução da assimetria do rendimento líquido por pessoa, tendo o município de Campo Maior registado a maior redução (-3,2 pontos percentuais).

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Carteira de crédito às famílias atinge máximos de 11 anos

Stock de empréstimos a particulares já superou a crise da escalada das taxas de juro dos últimos dois anos. Em junho atingiu o montante mais elevado desde 2013. E tudo graças ao crédito ao consumo.

A escalada das taxas de juro nos últimos dois anos abalou o mercado de crédito. Mas desde o início deste ano que os bancos estão a recuperar o negócio. Em junho, o stock de empréstimos às famílias atingiu os 129,3 mil milhões de euros, já acima do montante registado antes do aperto dos juros, alcançando mesmo máximos de 11 anos.

Esta recuperação dá-se sobretudo por conta do crédito ao consumo, segmento que escapou ao impacto do agravamento dos juros do Banco Central Europeu (BCE). Em junho, o stock de empréstimos aos consumidores era de 21,7 mil milhões de euros, igual ao mês anterior, mas subindo mais de 500 milhões em relação a dezembro.

No segmento da habitação, a carteira de empréstimos registou no mês passado a primeira variação homóloga positiva dos últimos 12 meses. Desde o início do ano que os bancos estão a recuperar o negócio no crédito da casa. Em junho, o stock atingiu os 99,7 mil milhões, um montante ainda aquém do registado no final de 2022.

Empréstimos recuperam da alta dos juros

Fonte: Banco de Portugal

Quanto às empresas, os empréstimos bancários totalizavam os 72,8 mil milhões de euros no final de junho. Trata-se de um aumento de 400 milhões em relação ao mês anterior.

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Empresários do Minho também vão mostrar carga fiscal no recibo de vencimento

Associação Empresarial do Minho, liderada por Ramiro Brito, associa-se à iniciativa lançada pela BRP Portugal para que “o trabalhador tenha noção de quanto custa à empresa”.

A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) convocou os empresários da região para “de uma forma gráfica, intuitiva e percetível” incluírem nos recibos de vencimentos a informação relativa ao custo real do trabalhador para a empresa.

Além da informação que já é mostrada com os descontos ou retenções, pretende que sejam também representados graficamente os encargos fiscais que as empresas têm por cada trabalhador, “dando corpo visual à proporção do que o trabalhador recebe de facto, em comparação com o que o Estado angaria”.

A associação liderada por Ramiro Brito, que em abril sucedeu a Ricardo Costa, associa-se desta forma à iniciativa da associação Business Roundtable Portugal (BRP), que junta 43 empresas de grande dimensão e com quem mantém uma parceria desde a fundação. Sete empresas – Altice, BA Glass, EDP, Grupo Sousa, José de Mello, Salvador Caetano e Sugal – já alteraram o modelo dos recibos de vencimento para indicar o peso dos impostos e contribuições no salário bruto dos trabalhadores.

“A literacia fiscal num sistema tão complexo como o nosso, é um processo imenso e difícil, desde logo porque o sistema é, na minha perspetiva, propositadamente complexo para ser inelegível. As empresas têm o dever de corporizarem a mudança, o conhecimento, mas também a perceção dos trabalhadores, nomeadamente neste tema que os afeta diretamente”, aponta o líder da AEMinho.

Para Ramiro Brito, citado em comunicado, “é importante que a sociedade entenda, em termos absolutos, mas também relativos, o esforço que faz nas contribuições que presta”. E que “o trabalhador tenha noção de quanto custa à empresa, porque esse é, de facto o valor que a empresa atribui ao seu trabalho”. “Não podemos persistir na retórica de que as empresas não valorizam o trabalho, sem vermos qual é o valor real do mesmo”, acrescenta.

É importante que o trabalhador tenha noção de quanto custa à empresa, porque esse é, de facto o valor que a empresa atribui ao seu trabalho. (…) Não podemos persistir na retórica de que as empresas não valorizam o trabalho, sem vermos qual é o valor real do mesmo.

Ramiro Brito

Presidente da Associação Empresarial do Minho

A BRP tem vindo a chamar à atenção para o peso que os impostos e contribuições sociais têm nos rendimentos do trabalho, o chamado tax wedge. Segundo contas da associação, em 2023, o tax wedge suportado pela empresa para um trabalhador solteiro e sem filhos, com salário médio, era de 42,3%, enquanto a média da OCDE se situava em 34,8%. No caso de famílias com filhos, “é ainda mais gravoso quando comparado com a OCDE, estando Portugal na 6ª posição da lista de países com maiores encargos (38,1% vs. 29,5% da média da OCDE)”.

O organismo comandado por Carlos Moreira da Silva considera que “o sistema fiscal português penaliza o sucesso, é caro e complexo, limitando o potencial dos trabalhadores e travando o crescimento das empresas e do país”. Um empregador que ofereça um aumento de 150 euros a um trabalhador com salário mínimo (820 euros) terá de suportar uma despesa adicional de 186 euros, exemplifica, enquanto o trabalhador receberá apenas 65 euros líquidos, com o restante valor (121 euros) a ser absorvido por impostos e contribuições sociais.

Entretanto, a Iniciativa Liberal anunciou que vai voltar a apresentar um projeto de lei, com alterações ao Código do Trabalho, para tornar obrigatória a inclusão dos encargos das empresas com a Segurança Social nos recibos de vencimento. O objetivo é proporcionar aos trabalhadores uma “maior consciencialização da receita fiscal e contributiva que recai sobre os seus rendimentos do trabalho”, refere a proposta do partido liderado por Rui Rocha, a que o ECO teve acesso.

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Grupo Os Mosqueteiros investe 13 milhões em Faro e cria 120 empregos

O retalhista abriu duas lojas Intermaché e Bricomarché na capital de distrito do Algarve, elevando para mais de 30 o número de lojas na região. Supermercado também vai ter um cowork.

O grupo Os Mosqueteiros investiu 13 milhões de euros em Faro, abrindo duas novas lojas Intermarché e Bricomarché e criando 120 empregos. Esta aposta eleva para mais de 30 o número de espaços do grupo na região e para mais de mil o número de trabalhadores. Os novos espaços apostam em conceitos diferenciadores, como um cowork, “que serão progressivamente introduzidos noutras unidades do país”, anunciou esta quinta-feira.

“Estamos muito entusiasmados com a inauguração das duas novas lojas em Faro, que procuram transformar a experiência de compra dos nossos clientes. Estes novos conceitos de loja serão progressivamente introduzidos noutras unidades no país e reforçam o compromisso contínuo do Grupo em oferecer qualidade, conveniência e diversidade a todos aqueles que nos visitam”, diz Pedro Subtil, presidente do grupo Os Mosqueteiros, citado em comunicado.

As novas lojas na capital algarvia abrem portas esta quinta-feira e vão “estrear novos conceitos que o grupo Os Mosqueteiros desenvolveu para transformar a experiência de compra dos clientes de ambas as insígnias”, refere o retalhista.

Com 2.300 m2, o novo Intermarché de Faro aposta no conceito de restauração “Feito Aqui”, com comida preparada no local, e de “Pronto a Comer”. “Brevemente” passará a ter também um espaço de coworking, “totalmente equipado” no piso superior da loja, “em resposta à crescente procura por locais de trabalho flexíveis”.

“Serviços de consultoria, através de profissionais qualificados, para o desenho de projetos de cozinha e casa de banho”, mas também uma “ampla área de Jardim/Vegetal (incluindo um anfiteatro semelhante a um horto)”, bem como a “incorporação da nova área de Revestimentos de Chão e Parede e um posto “Relação-Cliente”, com acesso a programas de desenho 3D, internet, entre outros” podem ser encontrados na loja Bricomarché.

Com estas novas aberturas eleva-se para 362 lojas (267 lojas Intermarché, 59 lojas Bricomarché e 36 Oficinas e Centros Auto Roady) o número total de unidades do grupo no país.

O grupo Os Mosqueteiros — que além das cadeias Intermarché e Bricomarché tem ainda a rede Roady — fechou o ano passado com um volume de negócios de 2,9 mil milhões de euros, valor que representa uma subida de 7,8%.

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Euribor a seis e a 12 meses caem para novos mínimos desde maio e março de 2023

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

Esta quinta-feira, a Euribor desceu para 3,686% a três meses, para 3,619% a seis meses e para 3,481% a 12 meses.

A taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira e nos prazos mais longos para novos mínimos desde respetivamente 10 de maio e 28 de março de 2023. Com estas alterações, as Euribor continuaram em valores próximos, mas a taxa a três meses, que baixou para 3,686%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,619%) e da taxa a 12 meses (3,481%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, caiu esta quinta-feira para 3,619%, menos 0,033 pontos e um novo mínimo desde 10 de maio de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou esta quinta-feira para 3,481%, menos 0,047 pontos e um novo mínimo desde 28 de março de 2023, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 3,686%, menos 0,012 pontos, depois de, em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Em 18 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro diretoras e a presidente da instituição, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que forem conhecidos. Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos. A média da Euribor em junho baixou 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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