OPA da Bondalti: Grupo de acionistas com 27% do capital da Ercros recusa ofertas

Os preços das ofertas lançadas pela Bondalti e pela italiana Esseco já foram ultrapassados pelas ações em bolsa. Títulos da Ercros negoceiam 7,5% acima da contrapartida da química portuguesa.

Um grupo de 150 acionistas da Ercros, que representa cerca de 27% do capital da gigante espanhola, anunciou que não aceita nem a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela portuguesa Bondalti, nem a OPA concorrente da italiana Esseco. Os investidores da empresa já tinham manifestado contra as operações na assembleia geral de acionistas do passado dia 28 de junho, por considerarem que as contrapartidas oferecidas nas duas ofertas [3,6 e 3,84 euros, respetivamente] são demasiado baixas. Os preços das OPA já foram ultrapassados em bolsa, com os investidores a mostrarem que não acreditam no sucesso destas OPA, aos preços atuais.

Num comunicado enviado ao regulador espanhol, este grupo de acionistas, que inclui o casal Joan Casas Galofré e Montserrat García Pruns (6,015%+3,61%), que juntos controlam perto de 10% do capital, declara a sua “vontade irrevogável de não aceitar nenhuma das ofertas públicas de aquisição voluntárias” lançadas sobre a empresa.

No manifesto enviado à CNMV, o regulador espanhol, os acionistas declaram que não têm nenhum acordo, entendimento ou pacto “de qualquer natureza, verbal ou escrita, com nenhum outro acionista da Ercros para o exercício concertado de direitos de voto nem para qualquer outra ação concertada em relação à Ercros“.

A Bondalti anunciou no passado mês de março o lançamento de uma OPA sobre a totalidade do capital da Ercros por 3,6 euros por ação [preço entretanto ajustado para 3,505 euros após o pagamento do dividendo de 0,096 euros brutos], uma oferta que avaliava a espanhola em 329 milhões de euros.

Em resposta à Bondalti, a italiana Esseco lançou, no passado dia 28 de junho, uma proposta concorrente à oferta realizada pelo grupo português, propondo-se a pagar 3,84 euros [ajustados para 3,745 euros para deduzir o dividendo pago pela empresa] por cada ação da Ercros. Apesar do preço oferecido ser 7% superior à contrapartida da Bondalti, ainda não chega para convencer os acionistas a vender, conforme mostra a evolução bolsista da empresa. As ações da Ercros seguem a negociar nos 3,87 euros, um preço que fica acima dos valores oferecidos nas duas ofertas, um comportamento que evidencia que os mercados estão a antecipar que, a estes preços, as OPA não avançam.

Analistas antecipam novas ofertas e melhorias de preço

Os analistas que acompanham a empresa já tinham adiantado que consideram que o preço “muito abaixo do valor intrínseco da Ercros” proposto nas ofertas públicas de aquisição (OPA) da portuguesa Bondalti e da italiana Esseco deixa tudo em aberto na luta pelo controlo da gigante espanhola. Os analistas antecipam o surgimento de outras ofertas e dizem que a Bondalti, se não quiser ficar para trás, terá que melhorar a contrapartida oferecida na operação. Para já, o grupo português não quer comentar qual será o seu próximo passo, afirmou uma fonte da empresa ao ECO.

Os especialistas continuam a considerar as contrapartidas oferecidas insuficientes para compensar os acionistas pelo potencial de sinergias, que os analistas calculam que ronda os 50 milhões de euros. “Face aos múltiplos pouco exigentes e ao potencial de sinergias [de 50 milhões de euros], esperamos que ambos os concorrentes melhorem os preços das suas respetivas ofertas” para aumentar a probabilidade de sucesso das OPA, argumenta o analista da Mirabaud, que considera o preço oferecido pelos italianos — 7% superior à contrapartida da Bondalti — “baixo” e que “não partilha o potencial de sinergias com os acionistas da Ercros”.

A OPA da “Bondalti atraiu a atenção de outras partes interessadas na Ercros dada a sua posição dominante no mercado espanhol”, comenta Jose Ramon Ocina, analista da Mirabaud, numa primeira reação à OPA lançada pela Esseco no passado dia 28 de junho.

O banco de investimento, que avalia a empresa com um preço-alvo de 4,55 euros — um “target” que diz não incluir as potenciais sinergias que poderão resultar da concentração de ativos num grande grupo –, refere que este é “um excelente timing para ambas as ofertas”, com o setor sob pressão.

Depois de ter fechado o último ano com uma faturação de cerca de 750 milhões de euros e lucros de 27,5 milhões de euros, a empresa espanhola comunicou ao mercado que deverá passar de lucros de 16,5 milhões de euros a prejuízos de 2 milhões na primeira metade do ano, arrastada pela crise que afeta o setor.

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Bruxelas já convidou países a apresentarem nomes para a Comissão Europeia

Portugal terá de submeter dois nomes para integrar o executivo comunitário na próxima legislatura, sendo que, no final, só será escolhido um para a respetiva pasta para o qual se candidata.

A Comissão Europeia enviou esta quinta-feira um convite formal para os Estados-membros submeterem os candidatos ao colégio de comissários para a próxima legislatura. Portugal, à semelhança dos restantes 26, tem até 30 de agosto para apresentar dois nomes a Ursula von der Leyenum homem e uma mulher — que serão posteriormente entrevistados pela presidente do executivo comunitário, e, mais tarde, pelos eurodeputados no Parlamento Europeu.

“A Comissão enviou esta manhã [quinta-feira] a carta da presidente [Ursula von der Leyen] aos Estados-membros, solicitando-lhes os nomes dos candidatos ao cargo de comissário”, informou Bruxelas numa nota a que o ECO teve acesso, indicando que não irá “comentar os anúncios individuais dos Estados-membros”.

Além de os candidatos terem de ser entrevistados pela própria presidente da Comissão Europeia, terão posteriormente de ser ouvidos nas comissões para as quais se candidatam a presidir e, finalmente, votados no Parlamento Europeu. Embora ainda não seja conhecido o calendário deste processo, o colégio de comissários só tomará posse (1 de novembro) quando todos os 26 receberem ‘luz verde’, tanto da chefe do executivo como do hemiciclo. E não é certo que isso aconteça à primeira.

A equipa do colégio de comissários é composta por 27 personalidades de cada um dos Estados-membros e têm um mandato de cinco anos. Sendo Ursula von der Leyen cidadã alemã, a Alemanha não será convidada a submeter candidatos para o colégio, uma vez que já detém a presidência do executivo. O mesmo não acontecerá com a Estónia, neste caso com Kaja Kallas, candidata a chefe da diplomacia da União Europeia que será, simultaneamente, vice-presidente da Comissão Europeia, caso seja aprovada pelo Parlamento Europeu.

Portugal terá de submeter dois nomes para integrar o executivo comunitário na próxima legislatura, sendo que no final só será escolhido um para a respetiva pasta para a qual se candidata. Mesmo com António Costa a presidir o Conselho Europeu, a partir de 1 de dezembro, Portugal não fica impedido de presidir uma comissão, uma vez que a presidência do Conselho Europeu não é votada pelo Parlamento Europeu, mas sim pelos líderes dos 27 Estados-membros.

Na legislatura anterior, a candidata portuguesa escolhida por Ursula von der Leyen foi Elisa Ferreira, que presidiua Comissão da Coesão e Reformas.

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Air France mantém interesse na TAP apesar de quebra nos resultados

A vontade da companhia aérea franco-neerlandesa em participar numa venda da TAP não esmoreceu apesar do contexto difícil para o setor, afirma o CEO.

O CEO do grupo Air France-KLM rejeitou esta quinta-feira que a quebra nos resultados no segundo trimestre, período marcado por “um ambiente cada vez mais difícil para a aviação”, diminua o interesse da companhia aérea franco-neerlandesa na privatização da TAP.

Do ponto de vista estratégico é interessante para nós“, afirmou Benjamin Smith, na conferência telefónica realizada após a apresentação das contas, sobre a privatização da TAP, que o Governo pretende relançar.

“Os detalhes do que o novo Governo quererá fazer ainda não são públicos. Dependendo do que forem as condições e o preço, estaremos em melhor posição para nos pronunciarmos. De um ponto de vista estratégico é um cenário que pode definitivamente encaixar com um crescimento da nossa rede, se as condições forem as certas“, acrescentou o CEO.

A Air France-KLM apresentou esta quinta-feira lucros operacionais de 513 milhões de euros, menos 30% face ao período homólogo, ficando também aquém das expectativas dos analistas que previam uma cifra de 547 milhões de euros.

O segundo trimestre de 2024 confirmou um ambiente cada vez mais difícil para a aviação, com o aumento dos preços dos combustíveis e uma pressão contínua sobre os custos”, refere Benjamin Smith, CEO da companhia aérea, em comunicado.

O grupo franco-holandês atribui o aumento dos custos a vários fatores, incluindo os acordos laborais que resultaram em aumentos salariais tanto na Air France como na KLM, bem como as tarifas mais elevadas nos aeroportos de Amesterdão e de Paris.

Em resposta a esta situação, a empresa anunciou uma redução de custos, que incluem um congelamento de contratações para pessoal de apoio, cortes nas despesas de marketing e uma redução de 20% nos custos discricionários para o resto do ano.

Apesar dos desafios, as receitas da Air France-KLM cresceram 4,3% para 7,95 mil milhões de euros no segundo trimestre. No entanto, a empresa reviu em baixa as suas previsões anuais de capacidade, esperando agora um aumento de 4% em vez dos 5% anteriormente estimados.

Adicionalmente, a companhia prevê que os custos unitários aumentem 2% em 2024, uma revisão em alta face à estimativa anterior de 1% a 2%.

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Portugueses trabalham 39 anos até à reforma, mais do que os romenos e italianos. Veja o mapa

Portugal é o 7.º país da União Europeia com a maior duração média da vida profissional. Portugueses trabalham mais anos que os romenos e os italianos.

Portugal continua a ser um dos países da União Europeia (UE) onde mais tempo se trabalha até à reforma, superando a média dos 27.

Segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat, em 2023, o tempo médio de vida ativa em Portugal subiu para 39,1 anos, quase um ano a mais em relação à média de 2022, quando os portugueses trabalhavam, em média, 38,3 anos até se aposentarem.

Estes valores colocam Portugal em 7.º lugar entre os 27 Estados-membros onde mais anos se trabalha (em 2022 ocupava a 8.º posição). Além disso, a carreira média em Portugal dura mais de dois anos do que a média da UE, que se cifrou nos 36,9 anos.

Em Portugal trabalha-se mais anos do que em países como Roménia e Itália, onde o número médio de anos de trabalho não supera os 33 anos, ou até mesmo Croácia, Grécia, Bulgária e Bélgica, onde a vida ativa não vai além dos 35 anos.

Em sentido contrário, trabalha-se menos em Portugal do que em países como Irlanda, Estónia e Noruega, onde um profissional tem de trabalhar mais de 40 anos até se reformar. A duração média da vida ativa a nível nacional aproxima-se mais da registada na Alemanha e na Finlândia, indica o Eurostat.

Fonte: EurostatEurostat

Mas os dados diferem quando se analisa por sexo. Segundo o Eurostat, para os homens, a duração prevista da vida ativa é, em média, de 39 anos na UE, com as durações mais longas registadas nos Países Baixos (45,7 anos), na Suécia (44,1 anos), na Dinamarca e na Irlanda (ambas com 42,8 anos), e as mais curtas na Croácia (35,4), na Bulgária e na Roménia (ambas com 35,6 anos).

Para as mulheres, a duração média da vida ativa na UE é de 34,7 anos, com as durações mais longas registadas na Suécia (41,9 anos), seguida dos Países Baixos e da Estónia (ambos com 41,5 anos), e as mais curtas na Itália (28,3 anos), Roménia (28,5 anos) e Grécia (30,6 anos). Em Portugal, os homens trabalham 40,1 e as mulheres 38,2 anos.

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Depósitos a prazo crescem seis mil milhões no primeiro semestre

Depósitos a prazo perderam fulgor em junho, mas conseguiram captar mais de seis mil milhões de euros das famílias nos seis primeiros meses do ano.

Os depósitos a prazo têm vindo a perder o fulgor que mostraram na segunda metade do ano passado. Em junho, o stock aumentou apenas cerca de 50 milhões de euros face ao mês anterior. Ainda assim, o primeiro semestre fechou com um aumento de seis mil milhões de euros de poupanças captadas junto das famílias.

De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, os particulares tinham um valor recorde 105,1 mil milhões de euros aplicados em depósitos a prazo no final de junho, crescendo a um ritmo mensal de mil milhões desde dezembro do ano passado.

Apesar desta evolução, os dados mostram que os depósitos a prazo já foram mais atrativos. A tendência de forte crescimento registada a partir do segundo semestre do ano passado está a esbater-se. O que poderá estar ligado ao facto de muitos bancos estarem já a rever em baixa as remunerações das suas ofertas, por conta das perspetivas de redução das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE).

Em junho, o aumento da base de depósitos a prazo foi de apenas 52,3 milhões de euros face a maio, no crescimento mensal mais baixo desde abril de 2023, de acordo com as estatísticas do supervisor bancário.

Depósitos em alta

Fonte: Banco de Portugal

No final de junho, os bancos guardavam um total de 186,7 mil milhões de euros de poupanças das famílias, entre depósitos a prazo e à ordem. Pelo terceiro mês seguido que os depósitos bancários batem recordes, o que significa que os portugueses nunca confiaram tanto dinheiro aos bancos como agora. Desde o início do ano registam um aumento de quase sete mil milhões.

Em relação aos depósitos de empresas, em junho observou-se um aumento mensal de 710 milhões de euros, com o stock a atingir os 65,7 mil milhões, ainda aquém do valor recorde alcançado em dezembro de 2022 (mais de 67 mil milhões).

(Notícia atualizada às 11h34)

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FNE alerta que não haverá professores suficientes no início do ano letivo

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

A Federação Nacional da Educação assegura que são precisas medidas imediatas com impacto "já no início do ano letivo", caso contrário "não haverá professores suficientes".

A Federação Nacional da Educação (FNE) defendeu esta quinta-feira que será impossível resolver a falta de professores nas escolas “a tempo do início do ano letivo”, independentemente do plano que o Governo venha a adotar.

“Independentemente do plano que possa vir a ser implementado, é um facto que não há professores em número suficiente no início deste ano letivo para dar resposta a todas as necessidades“, disse o secretário-geral da FNE, Pedro Barreiros, antes de entrar para uma reunião com a equipa do Ministério da Educação, Ciência e Inovação sobre as medidas do Plano +Aulas +Sucesso.

Pedro Barreiros lembrou que são precisas medidas imediatas com impacto “já no início do ano letivo”, e outras a longo prazo, como a formação de professores, “para que daqui a quatro ou cinco anos” o problema não se repita.

Sobre o programa do ministério que pretende reduzir o número de alunos sem turmas, Pedro Barreiros defender que as “medidas de urgência não podem fazer com que aqueles que já estão a acumular funções sejam chamados a acumular com outras”, criando “um horário impensável”.

O Plano +Aulas +Sucesso pretende atrair professores aposentados, conseguir que fiquem mais tempo aqueles que se iriam agora reformar, oferecer mais horas a quem já está nas escolas ou que está a fazer doutoramentos.

Pedro Barreiros voltou esta quinta-feira a sublinhar que é preciso “ser realista”: “O problema da falta de professores não vai ser resolvido a tempo do início do ano letivo”, alertou.

Depois da FNE, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, e o secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa, Pedro Dantas da Cunha, irão reunir-se com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

Seguem-se as restantes dez organizações sindicais de professores – FENEI, SIPE, FEPECI, SPLIU e SNPL, ASPL, SIPPEB, SEPLEU, Pró-Ordem e S.TO.P.

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Nuvens negras sobre a locomotiva europeia

O índice de clima empresarial da Alemanha teve em julho a maior queda em mais de um ano, refletindo um pessimismo crescente dos empresários e uma crise persistente na indústria, serviços e construção.

O cenário económico na Alemanha tem mostrado sinais preocupantes, conforme revelado pelo mais recente relatório do Instituto Ifo, que está em queda há três meses seguidos e em julho contabilizou a maior queda mensal desde junho do ano passado.

O Índice de Clima Empresarial Ifo, um dos principais indicadores da saúde económica do país, caiu 1,81% para 87 pontos em julho face aos 88,6 pontos registados em junho, ficando inclusive abaixo dos 89 pontos esperados pelos analistas.

Este declínio reflete um aumento do pessimismo entre os empresários alemães, que estão menos satisfeitos com a situação atual da maior economia europeia e revelam-se mais céticos relativamente aos próximos meses.

De acordo com dados revelados esta quinta-feira, o setor industrial foi particularmente afetado, “com uma queda acentuada no clima empresarial”, refere Clemens Fuest, presidente do instituto Ifo. As avaliações sobre a situação atual deterioraram-se consideravelmente, e as expectativas para o futuro também diminuíram.

Além disso, os níveis de encomendas em atraso caíram e a utilização da capacidade produtiva desceu para 77,5 pontos, ficando 6 pontos percentuais abaixo da média de longo prazo. Esta situação aponta para uma crise persistente na indústria alemã, que enfrenta desafios significativos para recuperar o seu dinamismo.

O setor dos serviços, que mostrava sinais de recuperação nos meses anteriores, voltou a contabilizar uma queda no índice de confiança. Segundo Clemens Fuest, isso deveu-se, “principalmente, a um maior pessimismo relativamente às expectativas”, sublinhando que os prestadores de serviços também se mostraram um pouco menos positivos relativamente à situação atual.

O setor da construção também não ficou imune a esta tendência negativa. O índice para este setor também caiu, com as avaliações sobre a situação dos negócios a piorarem ligeiramente. “As expectativas continuam a ser afetadas por níveis significativos de pessimismo”, destaca Clemens Fuest.

Os dados do índice Ifo de julho espelham um quadro pouco otimista para a economia alemã que, segundo dados do Fundo Monetário Internacional, deverá crescer 0,2% este ano.

O declínio generalizado do clima de negócios em todos os setores principais — indústria, serviços, comércio e construção – sublinha a profundidade da crise económica que o país enfrenta.

A queda na utilização da capacidade produtiva e a redução das carteiras de encomendas são indicadores alarmantes de uma desaceleração económica que poderá ter repercussões significativas não só na Alemanha, mas também na economia europeia.

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PRR

PRR pode voltar a ser revisto em 2025 para adaptar projetos a “novos desafios”

  • ECO
  • 25 Julho 2024

Novas orientações de Bruxelas permitem que Portugal retire a parte que não conseguir fazer até 2026 e transfira a verba correspondente para medidas novas ou reforce medidas que já estão no PRR.

Portugal poderá voltar a rever o seu Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em 2025, após o sexto pedido de pagamento, que deverá ser apresentado no fim deste ano, noticia o Público. Isto porque, nas novas orientações que a Comissão Europeia acaba de publicar, Bruxelas já admite que “o conteúdo dos PRR pode precisar de ser adaptado para incorporar novos desafios“. A maior dificuldade é o cumprimento do prazo de execução, que termina em 2026.

Essa dificuldade verifica-se, no caso de Portugal, em projetos como a expansão da linha vermelha do Metro de Lisboa, a construção da linha violeta entre Odivelas e Loures, a barragem do Pisão e a construção ou reabilitação de 26 mil casas para entregar a famílias necessitadas — todos identificados no diagnóstico apresentado na quarta-feira pela Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR.

Segundo o relatório, os investimentos previstos nas duas linhas do Metropolitano de Lisboa encontram-se em estado crítico, enquanto a barragem e as habitações estão em estado preocupante, pelo que dificilmente o país conseguirá cumpri-los no prazo. Com as novas orientações do Executivo comunitário, Portugal pode propor uma revisão do PRR em que retira a parte que não conseguir fazer dentro do prazo e transfere a verba correspondente para medidas novas ou reforça medidas que já estão no Plano e que serão menos demorados de executar.

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Oceano Fresco angaria 17 milhões para alimentar expansão comercial

A compra novos viveiros em Portugal, e também fora do país, faz parte dos planos da empresa de produção de bivalves em mar aberto.

A equipa da Oceano Fresco

A Oceano Fresco levantou 17 milhões de euros para apoiar a expansão comercial da empresa de produção sustentável de bivalves. Com sede na Nazaré, a empresa tem uma exploração de amêijoas em mar aberto, ao largo da costa de Lagos, no Algarve e, com esta ronda, tem planos para a compra de novos viveiros em Portugal e lá fora.

“Para a Oceano Fresco, ter parceiros conhecedores que partilhem os nossos valores e visão é, pelo menos, tão importante como angariar dinheiro. Tendo isto em mente, damos as boas-vindas à Indico Capital Partners e ao Banco Português de Fomento nesta aventura, tal como saudamos o apoio renovado da AquaSpark e da BlueCrow, à medida que continuamos no nosso caminho para nos tornarmos líderes mundiais na aquicultura regenerativa de bivalves”, diz Bernardo Carvalho, CEO da Oceano Fresco, citado em comunicado.

A Indico Capital liderou a ronda que contou ainda com a participação da BlueCrow, da Aqua-Spark e pelo Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), lançado e gerido pelo Banco Português de Fomento, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Estamos entusiasmados por fazer parte da visão da Oceano Fresco de criar um novo vertical de aquicultura sustentável que irá contribuir para o aumento da procura global de proteínas. A procura de amêijoas, especificamente, ultrapassa em muito a oferta atual e cultivá-las de forma sustentável e sistemática faz sentido a todos os níveis”, diz Stephan de Moraes, presidente da Indico Capital Partners, citado em comunicado.

O investimento na Oceano Fresco é o primeiro investimento direto do FdCR na área de aquacultura sustentável, tendo sido, através do Programa de Coinvestimento Deal-by-Deal deste fundo, alocado 8,05 milhões de euros. “O investimento do BPF inclui a subscrição de um aumento de capital e de obrigações convertíveis em ações preferenciais com direito de voto, com uma maturidade de sete anos“, informa ainda o Banco de Fomento.

“O investimento do Fundo de Capitalização e Resiliência na Oceano Fresco reforça o compromisso do BPF com a economia do mar, apoiando uma startup inovadora, com sede na Nazaré, que se posiciona na aquacultura sustentável dirigida ao cultivo de bivalves de alta qualidade em Portugal. Trata-se do primeiro investimento direto do Fundo na economia do mar, que se admite possa iniciar um ciclo de apoio do BPF a este setor prioritário da economia nacional”, diz Ana Carvalho, CEO do Banco Português de Fomento, sobre esta operação, em comunicado enviado pelo Banco de Fomento.

Objetivos da ronda

A injeção de capital na empresa tem como objetivo “apoiar a expansão comercial e capacidade de produção” da empresa que cultiva amêijoas e outros bivalves de forma sustentável. E ainda “financiar o aumento das despesas operacionais (OPEX) e das despesas de capital (CAPEX), com o objetivo de melhorar a produtividade, investindo em novas tecnologias e processos para aumentar a eficiência e reduzir custos, e expandir as operações, construindo novas instalações de cultivo, adquirindo equipamentos avançados e ampliando a área de operação em mar aberto”, informa o Banco de Fomento, em comunicado.

Hoje com 42 pessoas, a empresa quer até ao final do ano “contratar entre cinco a dez quadros qualificados”, adianta Bernardo Carvalho, CEO da Oceano Fresco, ao ECO.

Nos planos da empresa está ainda o lançamento de novos produtos de bivalves vivos – amêijoas e ostras – para Portugal e Espanha e o “desenvolvimento de produtos embalados de longa duração para novos segmentos de mercado, mais dirigidos ao consumidor final”.

“Vamos comprar novos viveiros em Portugal e lá fora”, adianta o CEO, preferindo não adiantar localizações, quando questionado sobre os planos de expansão da produção.

Hoje a Oceano Fresco cultiva duas espécies nativas de amêijoa – V. corrugata e R. decussatus – na maternidade da empresa, o Centro Biomarinho, na Nazaré, sendo depois o seu crescimento feito na exploração de amêijoas em mar aberto, ao largo da costa de Lagos, no Algarve.

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Algarve, Lisboa e Porto recebem primeiras casas inteligentes

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  • 25 Julho 2024

A NOS anunciou a implementação de 65 casas inteligentes em Lisboa e no Porto, e mais recentemente, no Algarve. Todas estas casas terão funcionalidades de automação e eficiência energética.

Um novo projeto NOS Smart Home acaba de nascer na região do Algarve, depois do primeiro lançamento em Lisboa e no Porto. Com um total de 199 habitações entre as três localizações, estas casas prometem ser mais sustentáveis e transformar o quotidiano dos moradores através da tecnologia de ponta. Com a solução da NOS, estas unidades imobiliárias passam a oferecer funcionalidades que simplificam as tarefas diárias e ainda promovem um consumo energético eficiente.

Tecnologia e Sustentabilidade em Lisboa

Em Lisboa, o bairro da Estrela será o palco do empreendimento Vila do Tijolo, que combina tradição e modernidade. Com 30 apartamentos e cinco moradias, o projeto integra funcionalidades como segurança, controle de iluminação e climatização, todas controláveis através de uma aplicação intuitiva.

Nuno Coelho, promotor do projeto, destaca a fusão entre tradição e inovação proporcionada pela tecnologia NOS Smart Home: “A escolha pela tecnologia NOS Smart Home foi motivada pelo desejo de combinar tradição e inovação num mesmo espaço, oferecendo aos proprietários a confiança e o suporte contínuo da marca“.

Conforto e Eficiência no Porto

No Porto, o projeto Asprela Living Lofts, na freguesia de Paranhos, oferece 30 apartamentos T0 direcionados a estudantes universitários e jovens profissionais. Este empreendimento, desenvolvido pela Sapore Sic Imobiliária Fechada S.A., inclui funcionalidades de automação que aumentam a eficiência energética e segurança.

A solução NOS Smart Home foi escolhida pela afinidade do nosso público-alvo com a tecnologia e a NOS, além de reconhecida por possuir o DNA da inovação garantiu a competitividade que precisávamos para incluir esta alavanca no projeto“, referiu Miguel Moreira, Investment Manager da Point Capital Partners.

Excelência e sustentabilidade no Algarve

Em Vilamoura, no Algarve, Terracota e Nobilus são os dois mais recentes projetos com tecnologia da NOS Smart Home. Foram lançados no final do mês de junho e disponibilizam 87 e 47 apartamentos, com tipologias T1 a T4, respetivamente. Estas casas, promovidas pela Vilamoura Lusotur SIC, Imobiliária Fechada, S.A. sob gestão da Norfin SGOIC, podem ser usadas para férias, para investimento e/ou residência permanente, e pretendem redefinir o conceito de viver bem, unindo sustentabilidade, conforto e tecnologia.

Henrique Rodrigues da Silva, COO do Grupo Norfin, reforçou: “Uma opção de casa inteligente flexível do ponto de vista de requisitos de instalação, em paralelo com um parceiro sólido e com elevada presença a nível nacional no suporte ao cliente, foi um fator importante de escolha, respeitando assim o nível de exigência e qualidade que a Lusotur SIC coloca em todos os projetos em Vilamoura”.

A Nova Era da Habitação

Lançada oficialmente em novembro de 2023, a NOS Smart Home é direcionada para promotores imobiliários, com o objetivo de transformar a experiência de viver numa casa inteligente. A empresa colabora desde a conceção do projeto até ao suporte contínuo, garantindo uma vivência imersiva e futurista.

Daniel Beato, administrador da NOS, reforça a inovação contínua da empresa e destaca a importância de soluções tecnológicas que melhoram a qualidade de vida dos seus clientes. “Com a NOS Smart Home queremos de forma conjunta com promotores acrescentar valor à proposta já premium dos seus empreendimentos, oferecendo-lhes uma solução que lhes permita tornar os seus ativos mais eficientes e sustentáveis, em linha com o que já acontece em mercados como os Estados Unidos, em que cerca de 40% das residências têm pelo menos um sistema ou produto inteligente. Em Portugal, a Smart Home apresenta um enorme potencial de crescimento, à medida que mais portugueses procuram soluções para melhorar o conforto, a eficiência energética e a segurança das suas casas”.

A NOS Smart Home integra funcionalidades de segurança, proteção, automação e eficiência energética, controladas por um painel de controlo ou uma aplicação móvel.

Promoção e Suporte

Para promover a experiência NOS Smart Home, foi criada uma demo house nas instalações da NOS no Campo Grande, disponível para visita pelos promotores interessados. A NOS oferece formação às equipas de vendas dos promotores e suporte contínuo para garantir a melhor experiência aos futuros proprietários.

A introdução das NOS Smart Home no Algarve, em Lisboa e no Porto marca uma nova era na habitação em Portugal, onde a tecnologia se alia à sustentabilidade para proporcionar uma vida mais confortável e eficiente.

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Gigante SureWerx compra fabricante vilacondense de equipamentos de proteção individual

A portuguesa Fall Safe passa a ter acesso aos mercados industriais globais e a mais de 4.000 distribuidores em múltiplos canais. Gestores acreditam que a portuguesa "está em boas mãos".

A SureWerx comprou a Fall Safe, fabricante de equipamentos de proteção individual contra quedas, localizada em Vila do Conde. Fonte oficial confirmou ao ECO que os 38 postos de trabalho da empresa vila-condense “não estão em risco e que irão manter-se”. O valor do negócio não foi revelado.

“Estamos entusiasmados com a parceria com a SureWerx, uma empresa que mantém os mesmos valores e compromisso com a segurança dos trabalhadores da Fall Safe”, afirmam Jan e Paula Ekman, fundadores da Fall Safe. “O seu alcance nos mercados industriais globais e o acesso a mais de 4.000 distribuidores em múltiplos canais irá, sem dúvida, acelerar o crescimento da marca Fall Safe. Estamos em boas mãos — o futuro do Fall Safe nunca foi tão risonho”, afirmam os gestores em comunicado.

“A adição de Fall Safe ao nosso crescente portefólio de classe mundial de marcas SureWerx leva-nos ainda mais longe em direção ao nosso objetivo de nos tornarmos líderes globais em segurança e produtividade”, afirma o CEO da SureWerx, Chris Baby, citado em comunicado enviado ao ECO.

O gestor do gigante SureWerx realça ainda que “a experiência da Fall Safe na parte mais técnica e exigente do mercado de proteção contra quedas em todo o mundo diferencia-os da concorrência. Estamos entusiasmados por adicionar esta marca altamente respeitada ao nosso portefólio líder de mercado de produtos de segurança de primeira classe”.

Fundada em 2003 em Vila do Conde, a Fall Safe assume-se como “líder global em equipamentos de proteção individual de utilização crítica, especializada em equipamentos e sistemas de proteção contra quedas”. A portuguesa conta ainda com o Fall Safe Training, um centro de formação inaugurado em 2015 em Vila do Conde, para prestar serviços de formação certificados, com a venda de produtos individuais de proteção contra quedas e segurança.

Já a SureWerx dá nota que é “fabricante líder global de produtos, ferramentas e equipamentos de segurança profissional” com sede conjunta em Vancouver, Canadá, e Elgin (Illinois).

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Biden admite que “ambição pessoal” não pode sobrepor-se a “salvar a democracia”

  • Lusa
  • 25 Julho 2024

O Presidente dos EUA afirmou que a "ambição pessoal" não pode sobrepor-se a "salvar a democracia" norte-americana, explicando assim a decisão de pôr fim à candidatura à Casa Branca.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a “ambição pessoal” não pode sobrepor-se a “salvar a democracia” norte-americana, nas primeiras declarações proferidas para explicar a decisão de pôr fim à campanha de reeleição.

“Acredito que o meu historial como Presidente, a minha liderança no mundo e a minha visão para o futuro dos Estados Unidos justificariam um segundo mandato, mas nada pode interferir no caminho de salvar a nossa democracia. Isso inclui a ambição pessoal”, disse o dirigente num discurso à nação, na quarta-feira, a partir da Sala Oval da Casa Branca.

No discurso de 11 minutos, Biden disse que os Estados Unidos estão num “ponto de viragem” — uma frase recorrente nos discursos que tem feito — e que nas últimas semanas ficou claro que é necessário unir o Partido Democrata.

Esta foi a primeira aparição de Biden desde que anunciou, numa carta dirigida ao povo norte-americano, no domingo, que ia colocar um ponto final à campanha para a reeleição nas eleições de 5 de novembro.

Pouco depois de divulgar a carta, o Presidente pediu, numa mensagem na rede social X (antigo Twitter) que votassem na vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, que já garantiu o apoio necessário para ser a candidata democrata e enfrentar nas urnas o ex-presidente e candidato Republicano Donald Trump.

Nunca antes um candidato presidencial se retirou da corrida tão perto das eleições. O Presidente Lyndon Johnson (1963-1969) anunciou em março de 1968 que não se recandidataria, mas fê-lo quando as primárias do partido ainda estavam a começar. A decisão de Biden foi tomada quando as primárias já tinham terminado e a pouco mais de três meses das eleições.

Dezenas de membros do Congresso e figuras importantes do Partido Democrata, incluindo a ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, pressionaram durante semanas Biden para pôr fim à campanha presidencial depois de um fraco desempenho no debate contra Trump em 27 de junho.

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