Ogma inaugura nova linha de manutenção de 90 milhões em Alverca

  • Lusa
  • 23 Julho 2024

O investimento torna a empresa num centro de manutenção autorizado para os motores GTF, da norte-americana Pratt & Whitney.

A Ogma — Indústria Aeronáutica de Portugal anunciou esta terça-feira que vai inaugurar esta semana uma nova linha de manutenção de motores da Pratt & Whitney, num investimento de 90 milhões de euros.

Esta infraestrutura representa um investimento de mais de 90 milhões de euros feito pela Ogma desde 2021 e torna a empresa num centro de manutenção autorizado para os motores GTF, da norte-americana Pratt & Whitney.

A Ogma foi fundada em 1918 e tem atividade em duas áreas de negócio: manutenção, reparação e revisão geral de aeronaves e de motores e componentes de aviação civil e de defesa, e fabrico e montagem de aeroestruturas para aeronaves civis e militares.

Privatizada em 2005, 65% da Ogma pertence à Airholding, da fabricante brasileira Embraer, e 35% à idD Portugal Defence (100% do Estado português).

A inauguração será feita numa sessão marcada para quinta-feira, 25 de julho, em Alverca, e contará com a presença de responsáveis da Embraer, da Pratt & Whitney e da Ogma.

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Viana compra 17 autocarros elétricos por mais de 7,1 milhões e assume transporte na cidade

Município de Viana do Castelo assume transporte coletivo da cidade a partir de setembro de 2025. Nesse sentido, aprova compra de 17 autocarros elétricos por mais de 7,1 milhões de euros.

Viana do Castelo
Viana do Castelo25 junho, 2024

A Câmara Municipal de Viana do Castelo vai comprar 17 autocarros elétricos, por mais de 7,1 milhões de euros, para assumir o serviço público de transporte coletivo de passageiros em 2025 no âmbito da Operação Green Bus. Nesse sentido, o executivo municipal aprovou esta terça-feira a abertura do concurso internacional para aquisição da nova frota.

“Avançamos com esta decisão para termos autonomia e para garantir a qualidade de vida dos vianenses”, assinalou o presidente de câmara, Luís Nobre, citado em comunicado. Para o autarca socialista, existe “uma evidência clara de que esta é uma decisão responsável”.

Avançamos com esta decisão para termos autonomia e para garantir a qualidade de vida dos vianenses.

Luís Nobre

Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo

O município vai, assim, assumir o serviço de transporte público na cidade minhota quando, em setembro de 2025, cessar o contrato de concessão em vigor com o grupo AVIC.

A proposta, aprovada durante a reunião do executivo, prevê a aquisição de dez autocarros standard, mais cinco autocarros midi e dois minibus integrados na Operação Green Bus Viana do Castelo, num investimento superior a 7,1 milhões de euros, com recurso a financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

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Mega Hits chega ao Algarve através de associação à Rádio Fóia

A estação ocupa a frequência 97.1 FM, até agora preenchida pela Rádio Fóia, com quem o grupo que também é dono da RFM e da Renascença fez um acordo de associação.

A Mega Hits, estação mais jovem do grupo Renascença Multimédia, está disponível a partir desta semana no Algarve. A estação ocupa a frequência 97.1 FM, até agora preenchida pela Rádio Fóia, com quem o grupo também dono da RFM e da Renascença fez um acordo de associação.

A Rádio Fóia, de acordo com o parecer da ERC que autoriza a operação, junta-se assim Rádio Renascença, Lda. (Lisboa), Rádio Metropolitana (Gondomar), Rádio Regional de Aveiro (Aveiro), RTM (Braga) e Rádio 90 FM (Coimbra), com as quais a estação já tem acordos de associação, e ainda à RO (Sintra) e Rádio Renascença (Viseu), com as quais a Mega Hits tem acordos de parceria.

A chegada ao Algarve, assinala o grupo, “é um passo muito importante para a Mega Hits que segue no propósito de se estender às principais zonas do país e ir ao encontro dos jovens”.

“Os jovens no Algarve passam a ter uma maior proximidade com uma marca que se relaciona com a cultura, música e artes de uma forma bastante dedicada. O verão algarvio já tem a marca Mega Hits em vários espaços que marcam o lifestyle do target, como a noitada Portimão, Bliss Vilamoura e os sunsetsna praia da Falésia, nunca esquecendo a realidade local”, acrescenta Nelson Cunha, diretor de programas da Mega Hits, citado em comunicado.

No último Bareme Rádio, referente à vaga de junho, a estação registou uma audiência acumulada de véspera de 2,7%, reach semanal de 8,4% e um share de audiência de 2,3.

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Decisão de Marcelo sobre descida do IRS e outros diplomas será “política”, a pensar no Orçamento para 2025

Presidente da República vai avançar ao final da tarde com uma "explicação conjunta" sobre o veto ou promulgação. "A leitura é obviamente política" e está relacionada com as negociações do Orçamento.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta terça-feira que até ao final da tarde tornará pública a decisão sobre o veto ou promulgação de sete diplomas da Assembleia da República, entre os quais está a polémica descida do IRS proposta pelo PS e aprovada à revelia da coligação de direita.

“Estou à espera de escrever uma explicação, uma fundamentação conjunta”, indicou o chefe de Estado. Em declarações aos jornalistas, reconheceu que a tomada de posição será “obviamente política” e que está relacionada com as negociações relativas ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que arrancaram no final da semana passada.

Em causa estão diplomas como a redução das taxas do IRS entre 0,25 e 1,5 pontos até ao 6.º escalão, proposta pelo PS e aprovada pelo Parlamento em coligação negativa com o Chega, à revelia do Governo. Mas não só. Ainda relacionada com o alívio fiscal do imposto sobre rendimentos de trabalho e pensões, os deputados viabilizaram outro projeto do PS que alarga de forma faseada as deduções com rendas de habitação dos atuais 600 para os 800 euros, até 2028.

O BE conseguiu ver aprovada a proposta que atualiza a dedução específica, que está congelada nos 4.104 euros há mais de uma década, em função do Indexante dos Apoios Sociais (IAS). Do lado de PSD e CDS, partidos que suportam o Governo da Aliança Democrática (AD), a Assembleia da República deu luz verde à atualização dos limites dos escalões em linha com a inflação e da produtividade e do mínimo de existência.

Só no pacote do IRS, estão em causa quatro diplomas. Há ainda mais dois projetos do PS, aprovados contra a vontade do Executivo: um que determina abolição das portagens das ex-SCUT e outro que aumenta o consumo de eletricidade sujeito à taxa reduzida do IVA. O Chefe do Estado tem ainda em mãos o pedido de autorização legislativa apresentado pelo Governo e aprovado pelo Parlamento para a revogação da contribuição extraordinária sobre o Alojamento Local.

Pelo menos para estes sete diplomas, Marcelo quer ver se encontra “uma fundamentação, uma explicação conjunta”. “Quero ver se escrevo até ao final da tarde, até às 7h, 8h, 9h da noite, porque há prazos que não posso ultrapassar. Noutros podia, mas quero decidir em conjunto”, afirmou o Presidente da República.

Por exemplo, o prazo para o pedido de fiscalização preventiva da constitucionalidade da descida do IRS do PS já terminou no final da semana passada. E a data limite para vetar ou promulgar esse mesmo decreto da Assembleia da República finda hoje.

Questionado pelos jornalistas sobre se esta decisão terá uma leitura política, Marcelo foi perentório: “A leitura é obviamente política”. E está relacionada com as negociações para Orçamento do Estado para 2025? “Já perceberam que sim”, respondeu.

Aliás, Marcelo já tinha afirmado na semana passada que iria fazer tudo para que o Orçamento do Estado para 2025 fosse aprovado. “O que o Presidente da República pode fazer, nas decisões que venha a tomar sobre leis, é pensar naquilo que é melhor para criar um clima favorável à passagem do Orçamento do Estado”, defendeu.

(Notícia atualizada às 13h47)

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JOM chega às 25 lojas com investimento de 5,5 milhões e 18 empregos em Gondomar

Detida pelo vimaranense Joaquim de Oliveira Mendes, empresa de mobiliário, decoração e artigos para o lar investe 5,5 milhões de euros para abrir em Gondomar a 25.ª loja da rede, criando 18 empregos.

A JOM vai inaugurar na próxima quinta-feira uma nova loja em Gondomar, que será o 25º espaço comercial da marca portuguesa de mobiliário, decoração e artigos para o lar. Este espaço representa um investimento total de 5,5 milhões de euros e vai permitir a criação de 18 postos de trabalho diretos.

“A abertura desta loja em Gondomar é um passo importante no âmbito da implementação do nosso plano de expansão da rede de lojas”, afirma Clávio Cristo, diretor de marketing, em declarações ao ECO/Local Online. “Há menos de dois meses abríamos a nossa nova loja na Maia e agora Gondomar, porque a zona do Grande Porto é estratégica para marca, com o objetivo de aumentarmos a nossa quota de mercado e, consequentemente, o volume de negócios”, acrescenta.

A JOM detalha que, para abrigar esta nova loja, foi construído um edifício de 5.800 metros quadrados, com “capacidade para acolher ainda outro retalhista”. No entanto, ressalva fonte oficial do grupo nortenho, esse processo “encontra-se em fase de negociação”.

Loja JOM GondomarJOM

Além da marca retalhista de artigos para lar, o grupo empresarial português integra ainda a JOM Indústria, que se dedica ao fabrico de mobiliário — fornece mais de metade dos móveis que são comercializados nas lojas próprias — e a JOM Investimentos, que atua no mercado imobiliário e na gestão de obras e construção.

Depois de avançar com projetos residenciais no Porto, em Vila Real e em Guimarães, o grupo JOM, com origem nos negócios do mobiliário e da decoração, anunciou em abril que está a dinamizar um novo empreendimento imobiliário em Penafiel, com a construção de um retail park num investimento avaliado em cerca de 12 milhões de euros.

Fundada há mais de 25 anos pelo empresário vimaranense Joaquim de Oliveira Mendes, a JOM soma 25 lojas do Minho ao Algarve, emprega 430 pessoas e fatura 75 milhões de euros, sendo a área do retalho responsável por 80% do volume de negócios consolidado.

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Pinto Ribeiro Advogados inaugura novo escritório em Lisboa

A Pinto Ribeiro Advogados conta agora com um novo escritório em Lisboa, sediado no edifício MB4 Office Building.

A Pinto Ribeiro Advogados inaugurou oficialmente um novo escritório em Lisboa, que, pelas palavras do managing partner João Antunes, pretende “ser disruptivo com aquilo que tradicionalmente são os escritórios de advogados”. Veja o vídeo da inauguração.

Numa perspetiva de mudança, crescimento e inovação, este novo espaço de trabalho foi cuidadosamente projetado num modelo de open space, moderno e sofisticado, que dispõe de uma combinação de áreas colaborativas e espaços de concentração.

De acordo com o managing partner André Miranda, os principais objetivos são “que as pessoas se sintam mais cómodas e que o output seja muito mais generoso para todos”.

Neste novo escritório da Pinto Ribeiro Advogados, pretende-se que “as pessoas convivam de uma forma muito positiva, troquem ideias e que desenvolvam o conhecimento de uma forma muito dinâmica”, acrescenta o sócio João Antunes.

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Portugal reforça linha de crédito a Angola com 500 milhões de euros

Assegurando que a linha de dois mil milhões de euros disponibilizada "ainda não está esgotada", Luís Montenegro anuncia que este reforço surge como um "sinal de confiança" no país africano.

A linha de crédito de dois mil milhões de euros dada por Portugal a Angola vai ser reforçada com mais 500 milhões, para um total de 2,5 mil milhões de euros. O anúncio foi feito esta terça-feira pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que salientou que este reforço não significa que o crédito concedido através do Banco de Fomento esteja esgotado, sendo antes “um sinal de confiança no futuro de Angola”.

“A linha de crédito que neste momento ascende a dois mil milhões de euros que o Governo português, através do Banco de Fomento, dá às empresas que fazem investimento, e que será reforçada em mais 500 milhões de euros, não está esgotada”, garantiu Montenegro durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente de Angola, João Lourenço. “Temos alguns processos que estão em fase de apreciação e uma quantia significativa disponível”, acrescentou.

Para o chefe do Executivo Português, este reforço na linha de crédito ajudará as cerca de 1.250 pequenas e médias empresas (PME) portuguesas que produzem “para o mercado interno e externo”, nomeadamente, vizinhos de Angola e destinos de exportações de Luanda.

Além disso, afirmou ainda o primeiro-ministro, este reforço ajudará o Governo de Angola “a fazer investimentos em infraestruturas e outros domínios que possam ajudar o desenvolvimento do país” e que permitam, consequentemente, criar “melhores empregos e melhores condições de bem-estar para os angolanos”.

Este é o segundo reforço da linha de crédito a Angola em dois anos. Recorde-se que, em 2023, este apoio estimado em 1,5 mil milhões de euros foi reforçado pelo Governo de António Costa em mais 500 milhões, para um total de 2 mil milhões. Na altura, em declarações ao ECO, o Ministério das Finanças explicou que a decisão de aumentar esta linha visava apoiar o acesso das PME portuguesas ao mercado angolano, apoiando as exportações.

Nova política de imigração não afeta Angola

Durante a conferência de imprensa, que decorre no âmbito de uma visita oficial de Luís Montenegro a Angola, o primeiro-ministro garantiu que “Portugal mantém intactas todas as condições para haver uma mobilidade fluida entre os cidadãos portugueses que vêm para Angola e os cidadãos angolanos que procuram Portugal”, referindo-se à revogação das manifestações de interesse que foi aprovada pelo Governo e promulgada pelo Presidente da República.

“Quero reafirmar que as recentes alterações na nossa política de imigração não alteraram aquela que é a porta de entrada que estabelecemos com os países da comunidade [CPLP] que fala a língua portuguesa”, sublinhou Luís Montenegro.

No mesmo momento, o primeiro-ministro deu nota de que o Governo vai reforçar “três grandes áreas a capacidade de resposta” para a atribuição de visto e facilitação de mobilidade destes cidadãos, através de uma agilização dos “procedimentos e reforço dos recursos humanos nos postos consulares”; proporcionando um “serviço mais transparente e combatendo o açambarcamento de vagas”. Esta última, afirmou, é um dos obstáculos que tem “impedido cidadãos angolanos de obterem marcação para obtenção de vistos”.

Angola quer mais apoio na formação técnico-profissional

Por outro lado, o Presidente angolano afirmou o interesse em alargar as áreas de cooperação com Portugal, sobretudo direcionadas para a juventude, apontando a formação técnico-profissional como “fundamental” para o desenvolvimento da economia angolana.

O chefe do executivo angolano afirmou que os dois países “têm realizado um vasto leque de relações de cooperação em muitos domínios, mas há espaço para outros”, sobretudo ao nível da juventude em que Angola estabeleceu prioridades “que pretende atender e resolver com o apoio de Portugal”.

Entre estes, apontou a formação técnico profissional em ramos fundamentais para funcionamento da economia angolana, sendo “essencial” que Angola disponha de um elevado número de “quadros jovens” para satisfazer a demanda.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h10 com declarações de João Lourenço)

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Comissão Europeia investiga Glovo por quebra de regras de concorrência

  • Lusa
  • 23 Julho 2024

Executivo comunitário vai investigar se, antes de a Delivery Hero adquirir a Glovo, as duas empresas repartiram mercados geográficos e partilharam informações consideradas comercialmente sensíveis.

A Comissão Europeia iniciou uma investigação formal para avaliar se a Delivery Hero e a subsidiária Glovo violaram as regras de concorrência ao participarem num cartel nas entregas de bens de consumo diário no Espaço Económico Europeu (EEE).

Segundo um comunicado do Executivo comunitário, a Delivery Hero e a Glovo são duas das maiores empresas de entrega de alimentos na Europa, tendo adquirido, em julho de 2022, o controlo da segunda, de que já tinha uma participação minoritária.

A Comissão receia que, antes da aquisição, as duas empresas do setor das encomendas e entrega de alimentos online possam ter repartido mercados geográficos e partilhado informações comercialmente sensíveis (por exemplo, sobre estratégias comerciais, preços, capacidade, custos, características dos produtos).

Bruxelas está igualmente preocupada com o facto de as empresas poderem ter acordado em não contratar os trabalhadores da outra, práticas que poderiam ter sido facilitadas pela participação minoritária da Delivery Hero na Glovo.

A Delivero Hero, sediada na Alemanha, integra a Bolsa de Valores de Frankfurt, está presente em mais de 70 países no mundo e mantém parcerias com mais de 500 mil restaurantes, enquanto a Glovo, sediada em Espanha, está presente em 25 países, incluindo Portugal.

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PPP do segundo troço da Alta Velocidade custará 4,6 mil milhões em 30 anos

A Resolução do Conselho de Ministros que aprova o lançamento do concurso para o troço entre Oiã e Soure autoriza uma despesa de até 4,6 mill milhões durante a vigência da PPP.

O Governo autorizou a Infraestruturas de Portugal a realizar uma despesa de até 4,6 mil milhões de euros para a segunda Parceria Público-Privada (PPP) da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa, que corresponde à ligação entre Oiã, no distrito de Aveiro, e Soure, em Coimbra. Empresa do Estado receberá taxa pela operação da linha.

A Resolução de Conselho de Ministros, publicada na segunda-feira à noite, prevê uma despesa de 4.207 milhões de euros, a preços correntes, para “a conceção, projeto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização do troço entre Oiã e Soure“. Expressa em valor atual líquido (descontando os cash-flows futuros para o momento atual, a despesa é de 1.604 milhões.

O diploma autoriza ainda uma despesa adicional de 395 milhões de euros, a preços correntes, “destinada à execução dos projetos, expropriações e obras que foram objeto de candidatura a programa de fundos europeus CEF 2 (Mecanismo Interligar a Europa)”. Bruxelas deu a semana passada luz verde à atribuição de 813 milhões em fundos europeus para a construção da primeira fase da linha de Alta Velocidade ferroviária entre Lisboa e Porto. A esta PPP serão alocados 249 milhões.

A PPP tem início previsto para 2026, com uma duração de 30 anos. O modelo é o mesmo usado para o primeiro troço, que ligará a estação da Campanhã, no Porto, a Oiã, cujo concurso terminou no início deste mês, tendo o consórcio LusoLAV, que inclui a Mota-Engil, Teixeira Duarte, Casais, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Conduril, entregue a única proposta validada pelo júri.

O contrato exclui a operação da linha, que será mantida na esfera do Estado, através da Infraestruturas de Portugal, que “será remunerada através da cobrança de uma taxa, aos prestadores dos serviços de transporte, pela utilização da infraestrutura”. Ou seja, após concluída a linha, além de pagar a PPP receberá uma receita dos operadores, como a CP e outros.

Quando estiver concluída, a linha ferroviária de Alta Velocidade vai permitir viajar entre o Porto e Lisboa em 1h15, menos de metade das atuais 2h49. A obra será feita em três fases. A primeira compreende dois troços: Campanhã (Porto) – Oiã (Aveiro) e Oiã – Soure, e deverá estar concluída até ao final de 2030, segundo o cronograma da Infraestruturas de Portugal. A segunda ligará Soure ao Carregado (2032) e a terceira o Carregado à estação do Oriente, em Lisboa, ainda sem prazo definido.

Segundo o Governo, o concurso para a PPP da segunda fase será lançado em janeiro de 2026. A Avaliação de Impacte Ambiental deverá, entretanto, ser colocada em consulta pública.

Está ainda prevista a construção da linha de Alta Velocidade Porto – Vigo, com novas estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga e Valença. O arranque da construção está previsto para 2027. Quando estiver concluída, a ligação à capital da Galiza passará a ser feita em 50 minutos.

Em maio, o Governo anunciou o relançamento do projeto para a ligação entre Lisboa e Madrid, onde se inclui a terceira travessia do Tejo. A obra só deverá estar concluída em 2034 e tem um custo global estimado de 3,9 mil milhões de euros.

(notícia corrigida às 17h30 com valor total da PPP)

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Alemã Bosch faz maior aquisição de sempre por 7,4 mil milhões de euros

A multinacional alemã, que é um dos maiores empregadores, com mais de 7.000 funcionários, e exportadores do país, acaba de anunciar o maior negócio da sua história.

A multinacional alemã Bosch, que em Portugal tem uma importante operação com uma faturação superior a 2.000 milhões de euros e que empregava mais de 7.000 pessoas no final de 2023, sendo o 5.º maior grupo exportador do país, acaba de fechar o maior negócio da sua história. A empresa anunciou que vai comprar o negócio global de soluções AVAC para edifícios residenciais e comerciais leves da Johnson Controls, por 7,4 mil milhões de euros.

A aquisição da AVAC, que é enquadrada na estratégia global do grupo, que tem fábricas em Braga, Aveiro e Ovar – negócio que está agora à venda – e ainda um centro de serviços em Lisboa, e será integrada no seu seu setor de negócios de Energia e Tecnologia de Edifícios, prevê a aquisição de 100% da joint venture Johnson Controls-Hitachi Air Conditioning (JCH), incluindo a participação de 40% da Hitachi, adiantou a Bosch em comunicado.

A aquisição está sujeita a aprovações das autoridades da concorrência, com a empresa a prever que o negócio, no valor de oito mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros), seja concluído no espaço de aproximadamente 12 meses.

“Sendo a maior aquisição na história da Bosch, este é um marco importante na implementação sistemática da nossa estratégia para 2030. Estamos a impulsionar de forma dinâmica o forte desenvolvimento da Bosch e iremos alcançar uma posição de liderança global no promissor mercado de AVAC com esta aquisição“, diz Stefan Hartung, presidente do conselho de administração da Robert Bosch GmbH, citado no comunicado.

Stefan Hartung realça ainda que, “ao dar este passo, iremos também fortalecer a nossa presença nos EUA e na Ásia, e alcançar um melhor equilíbrio entre os nossos setores de negócio. Isto também faz parte da nossa estratégia. Desta forma, iremos abrir novas oportunidades de crescimento e colocar a empresa num patamar mais sólido como um todo.”

A empresa detalha ainda que, “em conjunto com a JCH, os negócios que a Bosch pretende adquirir geraram um volume de vendas total de cerca de quatro mil milhões de euros em 2023 e empregam cerca de 12.000 pessoas em todo o mundo”.

A transação inclui 16 unidades de produção e 12 localizações de engenharia em mais de 30 países, sendo que o portefólio de produtos abrange todo o espetro de soluções AVAC para edifícios residenciais e comerciais leves e inclui marcas conhecidas como York e Coleman, nos EUA, e Hitachi na Ásia, para as quais a Bosch receberá uma licença de longo prazo.

“Com esta aquisição, a Bosch acelerará o seu crescimento e quase duplicará o seu volume de negócios no mercado de AVAC para cerca de nove mil milhões de euros. Juntamente com os nossos futuros colegas, queremos aproveitar as enormes oportunidades oferecidas pelo mercado para o crescimento adicional desta nova unidade”, refere Christian Fischer, vice-presidente do conselho de administração da Robert Bosch GmbH, responsável pelas iniciativas estratégicas de crescimento do Grupo Bosch.

A empresa espera que o mercado global de AVAC cresça 40% até 2030, impulsionado pelo progresso tecnológico, pela luta contra as alterações climáticas e por novas regulamentações.

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Renova paga prestações da casa de consumidores com nova campanha

  • + M
  • 23 Julho 2024

A comunicação da campanha vai materializar-se através de iniciativas de ativação de marca nos pontos de venda, redes sociais e embalagens de produtos da marca Renova.

É com a sua nova campanha “1 Ano de Casa Paga”, que a Renova oferece aos consumidores a oportunidade de terem um ano da prestação ou renda da casa paga, até ao valor máximo de 750 euros mensais.

Para se habilitarem a beneficiar das vantagens da campanha, os participantes devem, até ao dia 31 de outubro, adquirir pelo menos dois produtos da marca Renova e submeter os respetivos talões de compra no site da campanha, onde pode também ser consultado o regulamento.

Com esta ação, a Renova “reforça o seu compromisso em contribuir para o bem-estar das famílias, não apenas através dos seus produtos, mas também com soluções concretas de apoio ao seu quotidiano“, refere-se em nota de imprensa.

A comunicação da campanha vai materializar-se através de iniciativas de ativação de marca nos pontos de venda, redes sociais e embalagens de produtos da marca Renova.

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Produção de vinho no ano passado atingiu máximo desde 2001

Dados do INE mostram que a produção de vinho ascendeu a 7,4 milhões de hectolitros em 2023, tendo sido a mais alta desde 2001, enquanto a campanha de cereais outono/inverno "foi a pior de sempre".

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que, no ano passado, a produção de vinho aumentou em quase todas as regiões, atingindo os 7,4 milhões de hectolitros, o valor mais elevado desde 2001, numa altura que Bruxelas avançou com um pacote de apoio de 15 milhões para produtores de vinho portugueses. Este valor será para financiar a destilação temporária de vinho em resposta à situação de crise no Portugal, visando eliminar quantidades excedentárias e reequilibrar o mercado.

Os dados divulgados indicam também que o grau de auto-aprovisionamento de vinho se fixou em 108,9% na campanha de 2022/2023, abaixo dos 112,4% registados em 2021/2022. Já a produção vinícola registou um decréscimo de 6,9% face à campanha anterior, agravada pela redução de 20,2% das importações. O consumo de vinho decresceu 9,2%, “particularmente no que respeita aos vinhos sem certificação”, de acordo com o INE. As estatísticas agrícolas indicam que na campanha 2022/2023 registou uma diminuição significativa das exportações de vinho (-25,9%).

Os produtores portugueses responsabilizam a falta de controlo no destino comercial que é dado ao vinho importado a granel, sobretudo de Espanha, pela atual “bolha de acumulação de stocks” que está a afetar o setor. Todos os dias, o país está a importar vinho a um ritmo equivalente a quase um milhão de garrafas, o que é descrito pelo presidente da ANDOVI – Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas, Francisco Toscano Rico, como “uma loucura de vinho” a entrar no mercado nacional.

Dados do INE publicados esta terça-feira revelam ainda que o ano agrícola 2022/2023 em Portugal continentalcaracterizou-se em termos meteorológicos como extremamente quente, sendo o mais quente desde que há registos sistemáticos (ano agrícola 1931/1932)”. Com a primavera de 2023 a ser classificada como a “segunda mais seca desde 1931 (atrás da primavera de 2009) e a mais quente deste século.

Pior campanha de sempre para os cereais

As temperaturas excessivas penalizaram várias campanhas agrícolas, com os cereais a registarem o pior ano de sempre: “A campanha dos cereais para grão de outono/inverno 2022/23 foi muito marcada pela seca severa da primavera, sendo a pior de sempre para todas as espécies cerealíferas, resultado dos decréscimos de áreas (exceto cevada) e de produtividade”, lê-se no relatório do gabinete de estatísticas.

Contrariamente aos cereais, o INE releva que a produção de azeite ultrapassou os 1,75 milhões de hectolitros em 2023, o que corresponde à segunda campanha oleícola mais produtiva de sempre.

Apesar de o ano agrícola 2022/2023 ter sido considerado o “mais quente desde que há registos sistemáticos”, no ano passado registaram-se menos incêndios. Dados do INE mostram que “deflagraram 7.562 incêndios rurais em 2023, menos 27,6% de ocorrências comparativamente a 2022. O número de ignições representa o menor valor dos últimos 20 anos.”

“Em 2023, a superfície ardida em Portugal correspondeu a 34,5 mil hectares no Continente e 5,2 mil hectares na Região Autónoma da Madeira (110,1 mil hectares e 0,09 mil hectares em 2022, respetivamente), o que posiciona 2023 como o terceiro ano menos severo da última década (2014-2023), com 68,6% da área média ardida no último quinquénio (57,8 mil hectares)”, lê-se ainda no destaque do instituto.

O valor das vendas das indústrias alimentares em 2023 fixou-se nos 17 mil milhões de euros, mais 1,3 mil milhões de euros quando comparado com 2022. O ano passado, 77,4% do valor das vendas das indústrias alimentares teve como destino o mercado nacional (menos 0,2 pontos percentuais face a 2022) e 16,9% a União Europeia (mais 0,1 pontos percentuais em relação a 2022).

As estatística agrícolas de 2023, publicadas pelo INE, mostram ainda que a atividade de “abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de carne” foi a mais valorizada das indústrias alimentares com 20% do total do valor de vendas, valor ligeiramente superior ao alçando em 2022 (19,2%).

A indústria das bebidas faturou 3,7 mil milhões de euros em 2023, mais 166 milhões de euros que em 2022, tendo a “indústria do vinho” contribuído com 49,5% do total do valor das vendas (51,9% em 2022). Já as vendas da indústria do tabaco ascenderam a 707,4 milhões de euros, mais sete milhões face a 2022.

Por sua vez, o ano passado, o rendimento da atividade agrícola, em termos reais, por unidade de trabalho ano registou uma subida de 8,5%. Para esta evolução foi “determinante” um acréscimo do Valor Acrescentado Bruto (VAB) em termos nominais (31,9%) e a forte redução dos outros subsídios à produção (-46,1%).

O INE detalha que o acréscimo do VAB, em termos nominais, “resultou de um crescimento da produção do ramo agrícola (+16,7%) superior ao do consumo intermédio (CI) (+9,7%). Em termos reais, o menor aumento do VAB (+3,6%) refletiu menores acréscimos em volume da produção e do CI (+1,7% e +0,8%, respetivamente) e um acentuado acréscimo do deflator implícito”.

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