Euribor sobe a três meses e desce a 6 e a 12 meses para novos mínimos

  • Lusa
  • 17 Julho 2024

Esta quarta-feira, a Euribor a três meses subiu para 3,678%. Nos prazos a seis e a 12 meses, desceu para 3,620% e 3,503%.

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três meses e desceu a seis para um novo mínimo desde maio de 2023 e a 12 meses caído para um novo mínimo desde março de 2023. Com estas alterações, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que avançou para 3,678%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,620%) e da taxa a 12 meses (3,503%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, baixou esta quarta-feira para 3,620%, menos 0,014 pontos e um novo mínimo desde maio de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do ‘stock‘ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou esta quarta-feira, para 3,503%, menos 0,003 pontos do que na sessão anterior (um novo mínimo desde março de 2023), contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu, ao ser fixada em 3,678%, mais 0,004 pontos, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

A próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) realiza-se na quinta-feira, com os investidores a anteciparem uma manutenção das taxas e uma nova descida em setembro. O BCE desceu em 6 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Uma descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos. A média da Euribor em junho baixou 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Brexit faz esmorecer interesse dos portugueses em estudar e trabalhar no Reino Unido

O Reino Unido continua a ser o principal destino dos portugueses que querem trabalhar ou estudar em inglês, mas o interesse tem diminuído. A explicar essa trajetória está o Brexit.

Entre os portugueses que querem trabalhar ou estudar em inglês (e fazem, por isso, o famoso teste IELTS), o Reino Unido continua a ser o destino mais popular. Mas o interesse tem diminuído, desde que esse país decidiu sair da União Europeia, mostram os dados divulgados esta quarta-feira pelo British Council.

“O Reino Unido continua a ser o destino preferencial dos portugueses para estudar ou trabalhar. Segundo os dados apurados, 24% do total de candidatos IELTS indica o Reino Unido como primeira opção, apesar de esta tendência apresentar um ligeiro decréscimo desde 2020 devido às restrições impostas pelo Brexit”, sublinha a organização referida, numa nota enviada às redações esta manhã.

Segundo os dados agora conhecidos, 82% dos estudantes que procuram o Reino Unido fazem-no para estudar no âmbito da licenciatura, e 18% para obter uma pós-graduação. “Entre as principais áreas de estudo destacam-se, em primeiro lugar, Administração e Gestão de Empresas, seguidas de Design, Artes Criativas e Performativas, Ciências Sociais, Engenharia e Tecnologia e, por fim, Informática”, observa o British Council.

Já no segundo lugar do ranking dos destinos mais atrativos para portugueses que querem trabalhar e estudar em inglês, aparecem os Países Baixos. Cerca de 19% dos estudantes portugueses elegem esse país para estudar em inglês. De notar que, ainda que este não seja um país onde o inglês é a língua oficial, é comum esse idioma ser usado no ensino de disciplinas académicas, explica o British Council.

O mesmo se aplica aos países que partilham o terceiro lugar do pódio: Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Espanha, Bélgica, Itália e Alemanha. Cerca de 18% dos estudantes nacionais escolhem esses países para estudar em inglês, indica a nota divulgada esta manhã.

O British Council acrescenta, por outro lado, que “os países europeus que registaram uma maior tendência crescente em termos de preferências foram, de facto, a Itália (+20%) e a Alemanha (+18%)“.

Quanto aos setores que mais acolhem estes portugueses que querem trabalhar em inglês, é a saúde que se destaca. Segue-se o setor das ciências e tecnologias, bem como o da banca e finanças. “Artes e entretenimento, e direito e serviços jurídicos completam o top cinco, ocupando a quarta e quinta posições, respetivamente”, é salientado no comunicado.

Convém explicar que o IELTS (International English Language Testing System) é o teste de língua inglesa mais popular. Avalia todas as suas competências em inglês — da compreensão escrita à expressão oral –, pelo que é aceite por mais de 12.500 organizações (de empresas a Governos) em mais de 140 países. “Todos os serviços de imigração que exigem um teste de língua inglesa aceitam o IELTS“, sublinha o British Council, organização do Reino Unido para as relações culturais e oportunidades educativas.

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Von der Leyen “perde” caso no Tribunal Europeu sobre acesso a contratos de vacinas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 17 Julho 2024

Tribunal de Justiça da UE considera que houve “irregularidades” na recusa da Comissão em conceder acesso “amplo” aos contratos para a compra de vacinas contra a Covid-19.

Na véspera de se sujeitar à votação dos eurodeputados no Parlamento Europeu, em que terá de alcançar a maioria dos votos para poder ser reconduzida na liderança do Executivo comunitário, Ursula von der Leyen conheceu o veredicto do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) relativamente a um processo sobre o acesso aos contratos de compra de vacinas contra a Covid-19.

Para a mais alta instância judiciária da UE, a Comissão Europeia não deu um “acesso suficientemente amplo” aos acordos com os fabricantes de vacinas contra a Covid-19, considerando que houve “irregularidades” na decisão de ocultar partes dos contratos.

A deliberação do TJUE diz respeito a um processo movido em 2021 por um grupo de eurodeputados dos Verdes, que tinham pedido para aceder aos contratos para a compra de vacinas e a outros documentos relacionados, de modo a compreender o acordo entre o Executivo comunitário e as farmacêuticas.

A Comissão Europeia, por sua vez, concedeu apenas acesso parcial a alguns contratos, alegando que algumas cláusulas tinham sido omitidas para proteger interesses comerciais ou por questões de privacidade, o que levou os eurodeputados a avançarem com um processo na Justiça.

O Executivo “não demonstrou que um acesso mais amplo a essas cláusulas prejudicaria efetivamente os interesses comerciais dessas empresas”, considerou, esta quarta-feira, o Tribunal de Justiça da UE.

Entretanto, a Comissão reagiu à deliberação do TJUE, argumentando que, “geralmente”, concede o “mais amplo acesso público possível aos documentos”, em linha com “os princípios de abertura e transparência”.

Além deste caso, está ainda a decorrer a investigação da Procuradoria Europeia no âmbito do “Pfizergate”, uma das polémicas que marcaram o primeiro mandato de Ursula von der Leyen e que a envolve diretamente. Em causa está a negociação direta da presidente da Comissão com o CEO da Pfizer, por mensagens de texto, para a compra de 1,8 mil milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.

Confrontada com acusações de falta de transparência, von der Leyen admitiu essa negociação em abril de 2021, mas, desde então, o Executivo comunitário tem recusado divulgar as mensagens de texto em causa — cujo acesso foi pedido, primeiro, por um site noticioso alemão e, depois, pelo jornal norte-americano The New York Times, tendo ambos apresentado queixas junto da Provedoria de Justiça Europeia –, alegando que, dada a sua “natureza de curta duração”, são classificadas como documentos da UE e, como tal, não foram arquivadas.

Ursula von der Leyen, que já foi apontada pelo Conselho Europeu para continuar a liderar a Comissão Europeia, vai falar amanhã aos 720 eurodeputados em Estrasburgo sobre os objetivos para um segundo mandato, ao que se seguirá a votação secreta que irá decidir se a alemã é eleita. Para isso, precisa de obter uma maioria de pelo menos 361 votos.

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Rendimento bruto médio por agregado aumentou 19% entre 2015 e 2020

  • Lusa
  • 17 Julho 2024

Lisboa registou sempre o rendimento bruto médio por agregado mais elevado, mas teve a subida menos acentuada em relação às restantes regiões do país.

O rendimento bruto médio declarado por família aumentou 19% entre 2015 e 2020, para 19.866 euros, com a região de Lisboa a registar o valor mais elevado, mas a observar a menor subida (14%). Estes dados constam do estudo “Dinâmicas de transformação das atividades económicas 2011-2021”, elaborado para a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) pelo Centro de Estudos Geográficos/Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (CEG-IGOT) da Universidade de Lisboa.

De acordo com o estudo, os dados relativos às desigualdades espaciais dos rendimentos e poder de compra mostram que Portugal passou de um rendimento bruto médio declarado por agregado fiscal de 16.686 euros em 2015 para 19.866 euros em 2020.

No mesmo intervalo, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) registou sempre o valor mais elevado (com 20.425 e 23.321 euros naqueles anos), mas a subida foi menos acentuada do que nas restantes regiões. Inversamente, o Algarve manteve as médias mais baixas em 2015 e 2020 (com 14.469 e 17.218 euros, respetivamente), mas registou um crescimento de 19%, naquele período.

A explicar a subida do rendimento médio bruto estiveram fatores como a subida do salário mínimo e médio e o aumento das pensões e das prestações sociais.

Avançando para o detalhe a nível municipal, o estudo refere que “se em 2011 era evidente a diferenciação de rendimentos entre a faixa litoral norte até Lisboa e alguns municípios dispersos, com maiores rendimentos médios, e a restante grande parte do país, em 2020, essa discrepância esbateu-se suportado nos acréscimos consideráveis principalmente em municípios economicamente mais vulneráveis“.

Cinfães, Santa Marta de Penaguião e Odemira apresentam os valores médios mais baixos (inferiores a 12.499 euros por agregado), enquanto Oeiras, Lisboa, Cascais e Alcochete, todos na AML, surgem no extremo oposto, sendo mesmo os únicos quatro municípios com valores médios por agregado acima dos 25.000 euros.

Apesar da evolução ao nível do rendimento e da educação (com uma subida do número de pessoas com o ensino secundário ou superior concluído), o estudo refere que “outros desafios se colocam”, sendo um deles relacionado com a subida dos custos de habitação (para compra ou arrendamento).

O objetivo do estudo, coordenado por Eduarda Marques da Costa, é “compreender as principais dinâmicas de transformação das atividades económicas no setor dos serviços em Portugal, na década referida, olhando também para 2019, ano que antecedeu a forte travagem da atividade económica imposta pela pandemia de Covid-19.

O estudo aborda também as dinâmicas de transformação do setor dos serviços ao longo daquela década, tendo em conta o número de estabelecimentos e empresas e de pessoas ao serviço no comércio, serviços de apoio à produção, transportes e armazenagem, alojamento e restauração e serviços pessoais.

Neste contexto, assinala o documento, entre 2011 e 2021, “observou-se um crescimento generalizado, tanto de pessoas ao serviço como de empresas e estabelecimentos, nos vários grandes grupos de atividades, com especial incidência no aumento de empresas e estabelecimentos de Transportes e Armazenagem (com aumento de 50%) e nos Serviços de Apoio à Produção (com crescimentos a rondar os 40% tanto de pessoas como de empresas e estabelecimentos)”.

Já o setor do alojamento e restauração sofreu o embate da pandemia, que veio contrariar a tendência positiva que se observava desde 2011, e que impôs uma “quebra do número de pessoas ao serviço e, em menor escala, nas empresas e estabelecimentos”.

O estudo, apresentado esta quarta-feira em Lisboa, foi elaborado com base na informação constante da Plataforma do Observatório “Serviços, Competitividade Urbana e Coesão Territorial”, criado pela CCP.

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Altri prevê investir 150 milhões por ano em fábrica na Galiza após a construção

A papeleira portuguesa reitera as vantagens da construção do seu megaprojeto industrial para a região, que inclui a criação de 500 postos de trabalho diretos e 2.000 indiretos.

A construção do Projeto Gama, o megacomplexo industrial projetado pela Altri para a Galiza, num investimento próximo de mil milhões de euros, vai implicar, uma vez em funcionamento, uma injeção anual de 150 milhões de euros para a aquisição de matérias-primas, produtos e outros serviços, calcula a empresa.

Estes números foram apresentados pela Altri num memorando enviado a várias administrações locais, com a empresa a procurar convencer as autoridades das vantagens do seu projeto para a região e mostrar que cumpre todos os requisitos para a concessão de fundos financiados pelo programa Next Generation, avança o jornal La Voz de Galicia.

O projeto, que prevê a construção de raiz de uma unidade com capacidade para produzir anualmente 200 mil toneladas de pasta solúvel e 60 mil toneladas de fibras têxteis sustentáveis (lyocell) e tem sido alvo de grande contestação na região devido aos impactos ambientais, conta com a atribuição de um apoio, por parte do Governo central, à volta de 215 milhões de euros, através dos fundos europeus da bazuca espanhola. A Altri calcula que “deverá rondar os 25% do total” do investimento na fábrica, notando que estão ainda a “decorrer as negociações” com as autoridades do país vizinho.

A Altri, no mesmo memorando, sustenta ainda que o Projeto Gama irá criar 500 empregos diretos e 2.000 indiretos, com impacto nas receitas municipais, comprometendo-se ainda com potenciais acordos com as administrações e empresas da região, assim como a colaboração em eventos culturais, de formação e a nível social.

A papeleira portuguesa advoga ainda que a presença deste megaprojeto industrial na região iria permitir à indústria têxtil galega a possibilidade de certificar toda a produção, convertendo a Galiza numa região pioneira a nível global na indústria têxtil sustentável.

Em relação aos impactos na floresta, a Altri insiste que há eucalipto disponível suficiente na região para o projeto e que o Gama promove uma melhoria na gestão e certificação das florestas, sem que seja necessário aumentar a área plantada.

A empresa portuguesa, controlada pelo núcleo duro de acionistas formado por Paulo Fernandes, João Borges de Oliveira, Ana Mendonça e Domingos Vieira de Matos, tem-se desdobrado para convencer as autoridades locais que o seu projeto não é negativo para a região, rebatendo as acusações feitas à empresa.

O investimento chegou a estar previsto para o primeiro semestre de 2023, mas tem vindo a ser atrasado. Questionada pelo ECO no passado mês de abril sobre se pondera avançar com este projeto noutra localização, atendendo à demora e às dificuldades que tem encontrado neste dossiê, a Altri sublinhou estar “focada” neste que diz ser o primeiro projeto mundial integrado de lyocell e que “pelas suas características é unicamente desenhado para esta localização”.

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Estarreja avança com repavimentação da antiga Nacional 109 no valor de um milhão de euros

  • Lusa
  • 17 Julho 2024

A obra, com um prazo de execução de 120 dias, tem um preço base de cerca de um milhão de euros. O prazo para a apresentação de propostas termina a 6 de agosto

A Câmara de Estarreja abriu um concurso público para a requalificação do pavimento na antiga Estrada Nacional (EN) 109 na zona sul daquele concelho do distrito de Aveiro, segundo um anúncio publicado esta quarta-feira em Diário da República.

A obra, com um prazo de execução de 120 dias, tem um preço base de cerca de um milhão de euros. O prazo para a apresentação de propostas termina a 6 de agosto.

A proposta apresentada constitui o projeto para conservação, melhoramento e beneficiação das acessibilidades e circulação na EN 109, ao longo das freguesias de Canelas e Fermelã e de Salreu, que apresenta um “estado avançado de degradação”.

Segundo o projeto de execução, os trabalhos incluem a reparação de bermas e infraestruturas de drenagem existentes, e a colocação de sinalização quer vertical, quer horizontal.

A empreitada surge na sequência do acordo de mutação dominial celebrado em 2023 entre a autarquia e a Infraestruturas de Portugal (IP) para a integração na rede viária municipal de vários troços das estradas nacionais, numa extensão total de 21,063 quilómetros.

Em contrapartida, a autarquia recebeu uma compensação de 2,1 milhões de euros para poder realizar as obras necessárias para repor o bom estado de conservação das vias.

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Confiança dos consumidores em máximos de mais de dois anos

A confiança dos consumidores continua a dar sinais de recuperação e atingiu o valor mais elevado desde fevereiro de 2022. Em contrapartida, o clima económico recuou em junho.

A confiança dos consumidores continuou a subir em junho, tocando máximos de fevereiro de 2022, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Por sua vez, o clima económico recuou no sexto mês deste ano, depois de ter subido no mês anterior.

O indicador de confiança dos consumidores aumentou em junho, após ter diminuído em maio, registando o valor mais elevado desde fevereiro de 2022″, adianta o insituto de estatística. Em junho, a confiança dos consumidores foi de -16,5, marcando uma tendência de subida ao longo dos últimos sete meses e o que contrasta com os -17,6 no mês anterior. A título comparativo, em fevereiro de 2022 estava em -14,5.

Em contrapartida, o clima económico registou uma ténue diminuição em junho, “após ter aumentado no mês precedente”. Segundo o INE, em junho o indicador de clima económico foi de 1,8, contra os 1,9 registados em maio e o mesmo valor que abril.

No sexto mês deste ano, “a redução dos níveis de confiança foi generalizada a todos os setores de atividade, contrastando com o aumento do indicador de confiança dos consumidores, que manteve o perfil ascendente iniciado em fevereiro”, nota ainda o gabinete de estatísticas.

Quanto ao indicador de atividade económica aumentou em termos homólogos entre setembro e maio, ainda que de forma menos intensa no último mês. Também o indicador de consumo privado acelerou em abril e maio, após ter desacelerado em março.

Em contrapartida, o indicador de investimento abrandou, em termos homólogos, após as diminuições observadas em fevereiro e março. O INE justifica este desempenho com “contributo ligeiramente negativo da componente de máquinas e equipamentos, que havia sido positivo no mês anterior, e da diminuição do contributo positivo da componente de material de transporte”.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h50)

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Tesouro financia-se em 1000 milhões a quatro meses por 3,55%

O leilão de dívida realizado esta quarta-feira pelo IGCP, com a reabertura de uma linha de Bilhetes do Tesouro com maturidade a 22 de novembro, contou com uma procura superior ao dobro da oferta.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realizou esta quarta-feira o primeiro leilão de dívida do terceiro trimestre, que resultou na emissão de 1.000 milhões de euros a quatro meses.

O Tesouro tinha como montante indicativo para esta operação a emissão entre 1.000 milhões de 1.250 milhões de euros, ficando assim no limite inferior à banda definida pelo IGCP.

A operação foi realizada através da reabertura da linha de Bilhetes do Tesouro com maturidade a 22 de novembro deste ano e foi concluída com uma procura 2,07 vezes acima da oferta e com uma yield de 3,552%.

“A curva de taxas de juro ainda se apresenta invertida, o que significa que o curto prazo apresenta taxas mais altas que o longo prazo”, refere Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa.

O Estado não realizou qualquer leilão de dívida a quatro meses desde pelo menos 2022. No entanto, tomando como referência o último leilão a três meses realizado, que teve lugar a 19 de junho, a procura superou em 1,7 vezes a oferta e resultou na emissão de 850 milhões de euros a uma taxa média de 3,646%.

Filipe Silva considera que a yield mais baixa obtida no leilão desta quarta-feira face à operação de junho deve-se ao facto de as expectativas de novos cortes de taxas de juro para o final do ano ter aumentado nas últimas semanas, “fator que levou a que o prémio de risco nacional descesse.”

A próxima operação de emissão de dívida do Tesouro está agendada para 18 de setembro, segundo o Programa de Financiamento da República Portuguesa para o terceiro trimestre deste ano.

Esta operação será realizada através da realização de dois leilões de Bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses num montante indicativo entre 750 milhões de 1.000 milhões de euros.

(Notícia atualiza às 11:06 com comentários de Filipe Silva)

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TikTok perde em Tribunal contra a União Europeia

A Bytedance perdeu a contestação judicial contra a designação de "gatekeeper" pela União Europeia. Decisão reforça regulação das big tech e obriga o Tiktok a cumprir novas regras do mercado europeu.

A Bytedance, proprietária do “Tiktok, enfrentou um revés significativo ao perder a sua contestação judicial contra a designação de “gatekeeper” sob as novas regras tecnológicas da União Europeia.

Esta decisão, proferida pelo Tribunal Geral da União Europeia, representa um impulso para os reguladores anti-monopólio da União europeia na sua missão de controlar o poder das grandes empresas de tecnologia.

Sob a Lei dos Mercados Digitais (Digital Markets Act), as empresas designadas como “gatekeepers” devem permitir a operacionalidade dos seus aplicativos de mensagens com os de concorrentes, dar aos utilizadores a liberdade de escolher quais os aplicativos a pré-instalar nos seus dispositivos e não favorecer os seus próprios serviços em detrimento dos rivais.

A Bytedance argumentou que essa designação poderia, paradoxalmente, proteger empresas dominantes contra novos concorrentes como o Tiktok, que ainda não têm uma posição consolidada no mercado. No entanto, o Tribunal Geral, sediado no Luxemburgo, rejeitou os argumentos da Bytedance, noticia a Reuters, afirmando que a empresa não apresentou provas suficientes para sustentar as suas alegações.

Os juízes declararam que a Comissão Europeia estava plenamente justificada ao considerar a Bytedance como um “gatekeeper”, com base nos critérios quantitativos da Lei dos Mercados Digitais, que incluem o valor de mercado global da empresa, o número de utilizadores do Tiktok na União Europeia e a duração em que esses números foram mantidos.

No entanto, Bytedance mostra-se “desapontada com a decisão”, notando que está a “a avaliar os próximos passos, mas adiantamos que já tomámos medidas para assegurar o cumprimento das obrigações relevantes da DMA antes do prazo de março passado”, refere a porta-voz do Tiktok em comunicado.

Os juízes destacaram ainda a rápida ascensão do Tiktok, que consolidou e até fortaleceu a sua posição no mercado europeu, apesar do lançamento de serviços concorrentes como o “Reels” do Instagram e o “Shorts” do YouTube.

Em pouco tempo, o Tiktok alcançou metade do número de utilizadores do Facebook e do Instagram na União Europeia, sublinhando a sua influência crescente.

Esta decisão sublinha o compromisso da União Europeia em garantir um campo de jogo equilibrado no setor digital, desafiando o domínio das grandes empresas de tecnologia.

(Notícia atualizada às 11h29 com comunicado do Tiktok)

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Nova ponte de Viana do Castelo em tribunal, investimento “pode cair”

  • Lusa
  • 17 Julho 2024

Autarca adiantou que os atos formais da empreitada estão "suspensos devido ao processo judicial" e que a autarquia vai "pedir a suspensão do processo judicial para o processo concursal poder avançar".

O processo de adjudicação e construção da nova ponte sobre o rio Lima está em tribunal e o investimento, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “pode cair”, disse esta quarta-feira o presidente da Câmara de Viana do Castelo.

“Podemos ficar sem capacidade temporal para executar a obra e pode cair o investimento“, afirmou Luís Nobre (PS), em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião extraordinária do executivo.

A empreitada da quarta travessia sobre o rio Lima, de mais de 20,6 milhões de euros e um prazo de execução de 510 dias (cerca de um ano e meio) “tem de ficar concluída até dezembro de 2025“, avisou o autarca, explicando que a decisão de adjudicar foi contestada em tribunal pelos concorrentes.

Nobre adiantou que os atos formais da empreitada estão “suspensos devido ao processo judicial” e que a autarquia vai “pedir a suspensão do processo judicial para o processo concursal poder avançar”.

A 04 de junho, a maioria socialista na Câmara de Viana do Castelo aprovou a adjudicação, por mais de 20,6 milhões de euros, da construção da quarta ponte sobre o rio Lima que terá de estar concluída até dezembro de 2025.

O contrato de adjudicação, aprovado em reunião extraordinária do executivo municipal, recolheu os votos contra do CDS-PP e a abstenção do PSD, CDU e do vereador Eduardo Teixeira.

De acordo com a minuta do contrato, a empreitada, financiada pelo PRR, foi adjudicada à empresa Alberto Couto Alves, SA, com um prazo de execução de 510 dias.

A nova ponte, entre a Estrada Nacional (EN) 203, na freguesia de Deocriste, e a EN 202, em Nogueira, terá uma extensão total aproximada de 1,95 quilómetros.

A realização da empreitada prevê a utilização de 45.347 metros quadrados de solo integrado na Rede Ecológica Nacional (REN), nos sistemas de sapais, zonas húmidas, zonas ameaçadas pelas cheias, estuários e leitos de cursos de água, algumas das quais sobrepostas — dos quais 21.505 metros quadrados serão impermeabilizados”.

De acordo com “um parecer da CCDR-N, o projeto é compatível com o Plano Diretor Municipal de Viana do Castelo e, face à sua natureza, não existe alternativa de localização que não afete solos integrados em REN”.

A construção da nova ponte foi aprovada em reunião extraordinária da Câmara de Viana do Castelo em 05 de janeiro, pela maioria PS, tendo visto reconhecida, pelo anterior Governo PS, como ação de relevante interesse público para viabilizar a sua construção em áreas de REN.

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Da gastronomia à natureza, Turismo do Centro lança novos filmes para promover a região

Filmes promovem gastronomia e vinhos, turismo de natureza, espiritual, náutico e industrial. Presidente da Turismo Centro prevê que este seja "o melhor ano de sempre para a região".

A Turismo Centro de Portugal (TCP) apresentou cinco novos vídeos promocionais da região que têm como objetivo promover a gastronomia e vinhos, turismo de natureza, turismo espiritual, turismo náutico e turismo industrial de um território constituído por 100 municípios – o maior do país.

“Entre janeiro e maio deste ano, as dormidas na região aumentaram 5% em relação ao mesmo período de 2023, pelo que tudo se encaminha para ser o melhor ano de sempre para a região“, prevê Raul Almeida, presidente da Turismo Centro de Portugal. “A promoção do território é peça-chave para a conjugação de todos os projetos da região e é por isso que estamos aqui hoje, para dar a conhecer novos conteúdos promocionais de que nos orgulhamos”, sublinhou.

Adriana Rodrigues, diretora de núcleo da TCP, explicou o âmbito destes novos spots. “Em 2022, a Turismo Centro de Portugal lançou a campanha ‘Centro de Portugal, um destino e tanto’. Em 2023, acrescentámos uma camada, com as singularidades da região, a que demos o nome de ‘Sabias que?’. Agora, esta camada vai mais além, dando a conhecer singularidades de produtos turísticos específicos. Com as novas plataformas promocionais, queremos mostrar aquilo que faz do Centro de Portugal um destino diferente dos outros”, explicou.

Os novos vídeos promocionais da Turismo do Centro da autoria da Lobby Films and Advertising e realizados por Telmo Martins foram apresentados na terça-feira no Montebelo Vista Alegre Lisboa Chiado Hotel.

Veja os novos filmes:

Paralelamente foi apresentado um novo filme promocional do projeto Landscape Together, decorrente da iniciativa Experimenta Paisagem, da autoria do ateliê de arquitetura MAG, em estreita parceria com a Turismo Centro de Portugal, entre outros parceiros, e que tem como âmbito a criação de um museu a céu aberto nas paisagens do interior do Centro de Portugal.

Produzido e realizado pela Slideshow, o filme dá a conhecer as obras de arte já implementadas pelo projeto: “Menina dos Medos”, “Farol dos Ventos” e “Magma Cellar” (Proença-a-Nova), “Véu” (Sertã) e “Moongate” (Oleiros).

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Maioria dos portugueses não acredita que Governo dure os quatro anos

  • ECO
  • 17 Julho 2024

A discussão do Orçamento do Estado será o grande teste à resistência do primeiro-ministro: 43% dos inquiridos na sondagem da Aximage consideram que vai abrir nova crise política no país.

No dia em que decorre o debate do Estado da Nação no Parlamento, o primeiro de Luís Montenegro como primeiro-ministro, uma sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e a TSF revela que a maioria dos portugueses (53%) não acredita que o atual Governo se mantenha em funções até ao final da legislatura, em 2028. Ao mesmo tempo, 56% dos inquiridos estão insatisfeitos com a situação política do país, sendo que 40% considera que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, será o mais beneficiado se houver uma crise que precipite eleições, 27% acha que será o líder do Chega, André Ventura, e 15% Luís Montenegro.

Contudo, a crença na capacidade de resistência do Governo de Luís Montenegro está a crescer: em abril, perante a mesma pergunta, apenas 21% dos inquiridos acreditavam que fosse capaz de aguentar os quatro anos, quando agora são 34%. A discussão do Orçamento do Estado, em setembro e outubro, vai testar essa resistência, sendo que, para 43% dos inquiridos na sondagem, será o momento mais provável para uma nova crise política no país, enquanto 28% apontam para o próximo ano e 22% para 2026.

Se, por um lado, o barómetro mais recente indica que o chefe do Executivo é o político mais popular, recebendo uma avaliação positiva de 59% dos inquiridos após três meses em funções, por outro, é um líder partidário que se arriscaria a perder eleições legislativas, caso as houvesse, já que o PS regista uma vantagem de dois pontos sobre a Aliança Democrática nas intenções de voto, segundo a sondagem publicada no último domingo.

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