Câmara do Porto já autorizou início das obras da Linha Rubi do metro

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

"A última coisa que o município do Porto pode agora é ser responsabilizado por aquilo que vai acontecer de qualquer maneira, que é que a Linha Rubi não vai cumprir com os prazos do PRR", diz autarca.

A Câmara do Porto autorizou o início das obras da Linha Rubi do metro, que ligará a Casa da Música a Santo Ovídio, por não querer ser responsabilizada pelo incumprimento dos prazos, anunciou hoje o presidente do município.

Nós tivemos que autorizar agora o início das obras da Linha Rubi [do Metro do Porto]. Vamos ter que iniciar, porque a última coisa que o município do Porto pode agora é ser responsabilizado por aquilo que vai acontecer de qualquer maneira, que é que a Linha Rubi não vai cumprir com os prazos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”, afirmou Rui Moreira, em reunião do executivo municipal.

Interpelado pela vereadora social-democrata Mariana Macedo a clarificar de quem era a responsabilidade da ocupação do espaço público pela obras da Metro do Porto, Rui Moreira disse “não entender o PSD”.

“Pelos vistos este Governo está bastante contente com o funcionamento da administração da Metro do Porto porque na assembleia que decorreu acabou de apresentar um louvor à administração da Metro do Porto. Se apresentou um louvor é porque está contente com a forma como as coisas estão a decorrer”, afirmou, acrescentando que as obras da Metro não requerem licenciamento.

“Tomei nota de que o Governo entende que merece um louvor, portanto, a partir daqui estou bem entendido sobre quais são as posições”, acrescentou. O valor global de investimento da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio, incluindo nova ponte sobre o rio Douro) é de 435 milhões, um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o Douro, a ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas. Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.

A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026.

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Caso das gémeas. Chefe da Casa Civil e assessora de Marcelo ouvidos no fim do mês

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

Fernando Frutuoso de Melo será ouvido no 23 de julho e a assessora Maria João Ruela no dia seguinte.

O chefe da Casa Civil da Presidência da República e a assessora do chefe de Estado para os assuntos sociais vão ser ouvidos sobre o caso das gémeas no fim de julho, disse esta segunda-feira à Lusa o presidente da comissão. Rui Paulo Sousa avançou que Fernando Frutuoso de Melo será ouvido no 23 de julho e Maria João Ruela no dia seguinte.

Também o chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro primeiro-ministro António Costa à data dos acontecimentos, Francisco André, irá depor nessa semana, com audição agendada para 25 de julho. Estas são as três últimas audições da comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras antes de os trabalhos serem suspensos durante cerca de um mês para as férias da Assembleia da República. Os trabalhos da comissão vão decorrer até 26 de julho e retomam no dia 10 de setembro.

Em causa no processo, que tem como arguidos o ex-secretário de Estado da Saúde Lacerda Sales e Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República, está o tratamento hospitalar das duas crianças luso-brasileiras que receberam o medicamento Zolgensma. Com um custo de dois milhões de euros por pessoa, este fármaco tem como objetivo controlar a propagação da atrofia muscular espinal, uma doença neurodegenerativa.

O caso está ainda a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República, mas a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde já concluiu que o acesso à consulta de neuropediatria destas crianças foi ilegal. Também uma auditoria interna do Hospital Santa Maria concluiu que a marcação de uma primeira consulta hospitalar pela Secretaria de Estado da Saúde foi a única exceção ao cumprimento das regras neste caso.

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Concursos de empreitadas de obras públicas crescem 95,7% até maio

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

Nos primeiros cinco meses de 2024, o total dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados, e objeto de reporte no Portal Base até ao passado dia 15 de junho, registou um acréscimo de 20,3%.

Os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos registaram um crescimento homólogo de 95,7% até maio deste ano, anunciou a associação empresarial do setor.

Em 2023, o valor das obras públicas promovidas ascendeu a 6.047,6 milhares de euros, o que representou uma subida de 65,3%, face ao montante registado no ano anterior, refere a AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas no seu boletim de conjuntura sobre o setor.

Nos primeiros cinco meses deste ano, o total dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados e objeto de reporte no Portal Base até ao passado dia 15 de junho, registou um acréscimo de 20,3%, em termos de variação homóloga temporalmente comparável, adianta.

Quanto à área licenciada pelas autarquias, até abril, a AICCOPN indica que se observou uma queda de 11,6% em termos homólogos, nos edifícios habitacionais e um recuou de 24,5% nos edifícios não residenciais. Já o número de fogos licenciados em construções novas, por seu turno, até abril registou um decréscimo de 15,3%, para 9.704 alojamentos.

Em relação ao número de habitações transacionadas no primeiro trimestre deste ano este ascendeu a 33.077, num valor de 6.731 milhões de euros, representando, respetivamente, uma queda homóloga de 4,1% em número e uma subida de 1,8% em valor. De acordo com a AICCOPN e com base na informação do Instituto Nacional de Estatística (INE), face ao último trimestre do ano passado, verificaram-se quedas nas transações de alojamentos, de 3,1% em número e de 6,2% em valor.

No período analisado e apesar da diminuição nas transações de alojamentos, o índice de preços da habitação denotou um crescimento de 7%, em termos homólogos, e de 0,6%, face ao quarto trimestre de 2023, segundo a associação empresarial do setor.

No que respeita ao montante do novo crédito à habitação atribuído pelas instituições financeiras, excluindo as renegociações, até ao mês de abril, este situou-se em 4.971 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo de mais 33,6%, em termos homólogos. Em abril deste ano, por sua vez, o stock de crédito das empresas do setor da construção detido pelas instituições financeiras diminuiu em 2%, face a idêntico mês de 2023, para 6.283 milhões de euros, salienta a associação empresarial do setor.

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Biden recusa desistir da corrida à Casa Branca: “É hora de acabar com isso”

  • ECO
  • 8 Julho 2024

Na missiva, de duas páginas, Joe Biden recusou, uma vez mais, desistir da reeleição presidencial e diz-se comprometido a manter-se na corrida à Casa Branca e a derrotar Donald Trump. 

Numa carta dirigida aos democratas do Congresso, Joe Biden recusou, uma vez mais, desistir da reeleição presidencial apelando à união do partido e diz-se comprometido a manter-se na corrida à Casa Branca e a derrotar Donald Trump.

Na missiva, de duas páginas, Joe Biden realça que foi escolhido por mais de 14 milhões de eleitores democratas e apela para que parem de pressionar para que desista da corrida à Casa Branca. “Qualquer enfraquecimento da determinação ou falta de clareza sobre a tarefa que temos pela frente só ajuda Trump e prejudica-nos. É hora de nos unirmos, avançarmos como um partido unificado e derrotar Donald Trump“, escreveu.

“A questão de como seguir em frente tem sido bem ventilada por mais de uma semana”, apontou Biden. “E é hora de acabar”, pediu, garantindo que está “firmemente comprometido” com a candidatura e em “derrotar Donald Trump”.

A pressão para que Biden, candidato do Partido Democrata, desistisse de concorrer começou na semana passada, após o fraco desempenho do presidente norte-americano no primeiro debate eleitoral. Biden reconheceu que teve falhas no ‘frente-a-frente’ contra o ex-presidente dos Estados Unidos, mas tem vindo a garantir que não desiste.

Na carta, Biden recorda ainda que teve “quase 3.900 delegados” nas eleições primárias do partido, tornando-o no “candidato provável” dos democratas. Nesse sentido, e escusando-se em dados económicos, como o nível de emprego ou da redução do preço de medicamentos, diz não ter “dúvida nenhuma” de que consegue derrotar Trump.

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Dona do Beirão compra licor Safari à gigante Diageo para “triplicar” exportações em cinco anos

É a maior aquisição de uma marca de bebidas espirituosas por parte de uma empresa portuguesa. Casa Redondo estima “aumento imediato de cerca de 70% nas exportações” com a compra do licor Safari.

A Casa Redondo, proprietária do Licor Beirão, comprou o licor Safari à gigante das bebidas Diageo, que é o maior operador mundial do setor das bebidas e detém marcas globais como o Baileys, os whiskies Johnnie Walker e J&B, a vodka Smirnoff ou a cerveja Guinness.

Garantindo ser a maior aquisição de uma marca de bebidas espirituosas por parte de uma empresa portuguesa, o presidente executivo, Daniel Redondo, fala num “passo significativo no crescimento internacional” da companhia sediada na Lousã (distrito de Coimbra).

“Com esta nova adição, a nossa empresa ambiciona fortalecer a sua presença em mercados estratégicos como Holanda, Bélgica e Alemanha. Prevemos um aumento imediato de cerca de 70% nas exportações globais do grupo e temos como objetivo triplicar este valor nos próximos cinco anos”, refere o empresário.

Daniel Redondo, CEO da Casa Redondo

Sem adiantar o valor envolvido, em nota enviada ao ECO refere que a operação foi financiada com capitais próprios e “permitirá à empresa criar sinergias de portefólio, investir em equipas comerciais e de marketing e aprofundar as relações com os parceiros de distribuição, consolidando assim a posição como um produtor de referência na categoria de licores”.

De acordo com um comunicado da Diageo, que salienta que esta transação está “em linha com a estratégia de manter um foco apertado” na gestão do portefólio, as vendas da Safari estão concentradas “predominantemente” na região do Benelux, em Portugal e na Turquia, pelo que a empresa portuguesa é “a dona certa” para este novo capítulo da marca.

“A Safari é uma marca histórica no setor de bebidas espirituosas e esta integração reforça o nosso compromisso em expandir o portefólio com ofertas premium, reconhecidas globalmente pelos consumidores”, conclui o CEO da Casa Redondo, que está a investir dez milhões de euros na construção de uma nova unidade na Zona Industrial do Alto do Padrão, na Lousã, para sustentar o crescimento internacional da marca Licor Beirão.

Além do Licor Beirão, a empresa de bebidas criada em 1940 por José Carranca Redondo, que já vai na terceira geração, comercializa também outras marcas de bebidas como Aperitivo Per Se, Amarguinha ou FoxTale Gin, tendo recentemente expandido o portefólio com a compra da marca de brandy Aldeia Velha.

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Portugal é o segundo país que mais erros cometeu na aplicação das verbas da Coesão

Três projetos indevidamente financiados pelo Feder colocam Portugal em destaque no uso incorreto das verbas segundo as regras nacionais e da UE. Restaurante JNcQUOI de Paula Amorim foi um deles.

Grandes erros nas despesas da Política de Coesão e falta de controlo da Comissão Europeia e dos Estados-membros para os corrigir são algumas das críticas do Tribunal de Contas Europeu (TCE), que aponta Portugal como o segundo país que mais erros cometeu no período de programação entre 2014 e 2020. A principal razão foram as infrações às regras em matéria de auxílios de Estado.

O TCE calcula o nível de erro nos fundos da coesão — que não mede a fraude, a falta de eficiência ou o desperdício –, ou seja, é uma estimativa do dinheiro que não foi usado de acordo com as regras nacionais e da UE. E, segundo o relatório publicado esta segunda-feira, nos períodos orçamentais de 2007-2013 e 2014-2020, os erros baixaram de 6% para 4,8%, mas ainda estão acima dos 2% definidos pelas regras e com um pico em 2022.

“A maior parte dos erros na área da coesão nos últimos anos resulta, em primeiro lugar, de se dar dinheiro para despesas e projetos inelegíveis (ou seja, que não têm direito ao apoio) e, em segundo, de os beneficiários dos subsídios não cumprirem as regras dos auxílios estatais e dos contratos públicos”, explica o relatório de Helga Berger, membro do TCE responsável pelo documento.

É precisamente aqui que Portugal se destaca. Os erros relacionados com infrações às regras de auxílios de Estado “atingiram um pico em 2018, devido a uma grave insuficiência sistémica que o Tribunal e a Comissão detetaram em Portugal, onde as regras nacionais não eram coerentes com as regras da UE em matéria de auxílios estatais”, sublinha o relatório da entidade que funciona como a última linha de defesa no cumprimento das regras de despesa.

Em 2018, o Tribunal encontrou três projetos financiados pelo Feder em Portugal que “não tinham um efeito de incentivo e constatou que as regras nacionais não eram coerentes com as regras da UE no que se refere aos efeitos de incentivo”.

Em causa estavam projetos como o JNcQUOI, o restaurante de luxo de Paula Amorim, que ia ser financiado pelo Programa Operacional de Lisboa, e projetos hoteleiros financiados pelo Compete, apurou o ECO, que iniciaram os investimentos antes de as candidaturas serem aprovadas. Como os programas operacionais estavam em execução, foi possível substituir os 121 milhões de euros (100 milhões do Compete e 20 milhões do PO Lisboa). Uma regra basilar dos fundos é demonstrar que os projetos não se executariam sem os fundos e que todas as despesas, para serem elegíveis, têm de ter data posterior à aprovação da candidatura. O ECO questionou a AD&C e o TCE para saber quais as operações em causa, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

“Antes da auditoria do Tribunal de Contas Europeu, a Comissão assinalou várias operações afetadas pelo mesmo erro e solicitou à autoridade de gestão do programa em causa que as excluísse das contas”, recorda o relatório. Portugal alterou as regras nacionais “para assegurar a coerência com as regras da UE e evitar outras irregularidades no futuro”, mas, segundo o TCE, nem as autoridades nacionais nem a Comissão “tomaram medidas corretivas suficientes para eliminar estes erros ou para compensar o impacto potencial através de uma correção financeira das despesas já certificadas relativamente ao exercício contabilístico de 2016-2017”. Isto porque Portugal só reviu as operações que potencialmente apresentariam problemas idênticos nesses dois PO.

No ano seguinte (2019), o TCE voltou a detetar um problema idêntico, estando assim em causa cinco projetos. “Nessa altura, a Comissão solicitou às autoridades portuguesas que identificassem todas as operações afetadas nos dois exercícios contabilísticos seguintes e que efetuassem as correções necessárias para excluir as despesas irregulares das contas. As correções resultantes totalizaram mais de 174 milhões de euros”, recorda o relatório.

Assim, por causa destes problemas, Portugal ocupa o segundo lugar do pódio no número de erros detetados pelo TCE na utilização do dinheiro da Coesão de acordo com as regras nacionais e da UE – sendo o primeiro lugar ocupado por Espanha e o terceiro pela Alemanha. Quando a comparação é feita com base no número de irregularidades detetadas pelas autoridades nacionais, então Portugal desce para último lugar.

O problema não é apenas nacional. A análise plurianual do tribunal demonstra que “foram constantemente assinalados erros nas operações auditadas que não foram detetados ao nível dos Estados-membros”. Mas é entre os principais beneficiários da Política de Coesão que foram detetados os maiores níveis de erros. “Nove Estados-membros são responsáveis por 76% das despesas da política de coesão: Polónia, Itália, Espanha, Portugal, Hungria, República Checa, Roménia, Grécia e Alemanha e estes representam 91% do nível de erro estimado pelo TCE.”

Em geral, o TCE aponta três grandes causas das falhas:

  • fraca administração dos Estados-membros, que inclui más decisões e verificações pouco eficientes das autoridades de gestão;
  • negligência ou possível violação intencional das regras por parte dos beneficiários e
  • problemas relacionados com a interpretação destas normas.

“Para evitar que o orçamento da UE seja prejudicado”, a Comissão Europeia pode aplicar correções financeiras por “deficiências graves de controlo”. No entanto, “até à data, os erros não levaram a uma perda direta de fundos para os Estados-membros abrangidos”, critica o TCE. “Pelo contrário, estes foram autorizados a usar as verbas resultantes das correções para mais projetos”. Segundo o TCE, isto “não só reduz o efeito preventivo das correções como também não encoraja os Estados-membros a melhorarem os seus sistemas e, assim, evitarem falhas desde o início”.

O Tribunal de Cotas europeu considera que a Comissão e os Estados-membros “podem melhorar os seus controlos das despesas da coesão” e alerta que “o risco de ocorrerem erros continua a ser alto”. “A sobreposição entre as verbas dos orçamentos plurianuais, por um lado, e os fundos de recuperação da UE relacionados com a Covid-19, por outro, está a aumentar a pressão sobre alguns Estados-membros para garantirem que o dinheiro é gasto segundo as regras”, alerta ainda o tribunal.

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Grupo chinês BYD vai abrir fábrica de veículos elétricos na Turquia

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

O acordo prevê um investimento de mil milhões de dólares (cerca de 922 milhões de euros) para a abertura de uma fábrica com uma capacidade de produção de "150.000 veículos por ano".

A Turquia assinou esta segunda-feira um acordo com o construtor de veículos elétricos chinês BYD para a abertura de uma fábrica em território turco. O acordo foi assinado em Istambul pelo ministro da Indústria e Tecnologia turco, Fatih Kacir, na presença do Presidente da Turquia, Recep Tayip Erdogan, numa cerimónia que foi transmitida pelos ‘media’.

O acordo prevê um investimento de mil milhões de dólares (cerca de 922 milhões de euros) para a abertura de uma fábrica com uma capacidade de produção de “150.000 veículos por ano”, segundo o ministério. Erdogan recebeu previamente o Conselho de Administração do grupo BYD e o seu presidente, Wang Chuanfu, segundo fotos divulgadas pela presidência.

A localização da futura fábrica não foi indicada, mas deverá ficar na província de Manisa, na região ocidental do país. Para os observadores, a instalação de uma fábrica da BYD na Turquia vai permitir ao fabricante automóvel aceder ao mercado europeu contornando as taxas impostas na semana passada por Bruxelas aos veículos elétricos chineses.

A Comissão Europeia anunciou na quinta-feira que “impôs direitos de compensação provisórios sobre as importações” destes automóveis, nove meses depois do início de uma investigação aos subsídios estatais de veículos elétricos por parte da China. Os direitos compensatórios são um tipo de tributação cobrada sobre bens importados para compensar os subsídios concedidos aos produtores desses bens no país exportador.

Por outro lado, a união aduaneira celebrada pela Turquia com a União Europeia no final de 1995 abriu o mercado europeu aos automóveis produzidos na Turquia, facilitando a exportação de 70% da produção local para a Europa Ocidental.

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Novo grupo europeu do Chega já é a terceira força no Parlamento Europeu. Tânger-Corrêa eleito vice-presidente

Hemiciclo em Estrasburgo volta a mudar de figura. Partido de Le Pen junta-se a Orbán e Conservadores de Meloni passam ao quarto maior partido. Tânger-Corrêa será vice-presidente do Patriotas da Europa

A ambição de Viktor Orbán concretizou-se: a nova família política de extrema-direita fundada pelo próprio será a terceira força política no Parlamento Europeu, na próxima legislatura, agora que conta com o apoio dos 30 eurodeputados eleitos pela União Nacional (Rassamblement Nacional), de Marine Le Pen. Jordan Bardella, que este domingo falhou as eleições para primeiro ministro de França, será o presidente deste novo grupo político. Já António Tânger-Corrêa, cabeça de lista pelo Chega às eleições europeias, foi eleito um dos quatro dos vice-presidentes do grupo, sabe o ECO.

A sessão constitutiva do partido decorreu esta segunda-feira, em Bruxelas. Em comunicado, citado pelo Politico, o novo líder francês considerou que os Patriotas da Europa “representam a esperança para as dezenas de milhões de cidadãos das nações europeias que valorizam a sua identidade, a sua soberania e a sua liberdade”, garantindo que irão trabalhar na próxima legislatura para “recuperar as nossas instituições e reorientar as políticas ao serviço das nossas nações e dos nossos povos”.

Segundo as regras europeias, para a formação de um novo grupo político são necessários, no mínimo, 23 eurodeputados que representem sete Estados-membros, mas o Patriotas da Europa superam por muito esse requisito. Ao todo, somam-se 84 eurodeputados de 12 Estados-membros. A maior fatia provém da extrema-direita francesa, com 30 eurodeputados, seguindo-lhe os 11 eurodeputados do partido Fidesz, de Viktor Orbán, que estavam, desde a legislatura anterior, sem família política depois de se terem desvinculado do Partido Popular Europeu (família do PSD e CDS).

De Itália, surgem os oito eurodeputados do Lega, partido de Matteo Salvini, enquanto da República Checa proveem sete representantes eleitos pela Aliança dos Cidadãos Descontentes (ANO) e dois pelo Přísaha and Motorists. Os seis eurodeputados do Partido da Liberdade da Áustria (FPO) também se juntam à nova família europeia, acompanhados da meia dúzia de representantes do espanhol Vox e outros seis do Partido pela Liberdade dos Países Baixos. Já o Vlaams Belang da Bélgica contribui para a formação deste novo grupo com três eurodeputados.

Portugal não fica de fora. Tal como o ECO noticiou, os dois eurodeputados eleitos pelo Chega trocaram de família europeia, passando também a integrar o Patriotas da Europa. As contribuições mais pequenas surgem do Partido Popular Dinamarquês, Latvia First, da Letónia, e Afroditi Latinopoulou, da Grécia, cada um com um eurodeputado.

Com 84 eurodeputados, os Patriotas da Europa tornam-se assim na terceira força política destronando o Conservadores e Reformistas europeus (ECR), liderado por Giorgia Meloni, que com a saída do Vox, viram a sua bancada a encolher para os 78 assentos. Em sentido contrário, o Identidade e Democracia, do qual integrava o partido de Marine Le Pen e o de André Ventura, deixa de existir por já não reunir as condições mínimas.

O hemiciclo em Estrasburgo volta assim a mudar de figura com um reforço em peso da direita e extrema-direita, mas até dia 16 de julho são esperadas mais novidades uma vez que ainda há cerca de 37 eurodeputados não inscritos (que poderão permanecer assim) e 43 recém-eleitos que não estão filiados em qualquer dos grupos políticos do Parlamento cessante.

O PPE continua a ser a maior bancada, ocupando 188 lugares no Parlamento Europeu e a segunda maior é da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), da família europeia do PS, que conta com 136 eurodeputados. Em terceiro surge agora o Patriotas da Europa, com 84 eurodeputados, e logo a seguir o ECR com 78. A uma curta distância, mantêm-se os liberais do Renovar Europa com 76 eurodeputados e os Verdes com uma bancada composta por 53 lugares. O grupo mais pequeno continua a ser o da Esquerda que nas últimas eleições elegeu 46 representantes.

As negociações para a formalização de novos grupos políticos ou para o recrutamento de novos eurodeputados vão decorrer entre 16 e 19 de julho, altura em que 720 eurodeputados eleitos tomarão posse na primeira sessão constitutiva, em Estrasburgo. Nessa sessão, será votado também o presidente e vice presidente do Parlamento Europeu, e ainda a nomeação de Ursula von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia. Para a aprovação da candidata alemã são precisos 361 votos.

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Mercado publicitário global deve crescer 10% este ano e atingir 855 mil milhões de euros

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

No caso de Portugal, o mercado publicitário deverá crescer cerca de 10% este ano, estimando-se receitas na ordem dos 880 milhões de euros.

O mercado global publicitário deverá crescer 10% este ano, em termos homólogos, para 927 mil milhões de dólares (855 mil milhões de euros), de acordo com as conclusões do relatório de junho do grupo IPG Mediabrands, divulgadas esta segunda-feira.

O relatório é elaborado pela Magna, unidade de intelligence do grupo IPG Mediabrands que fornece dados e análises que apoiam as estratégias de investimento das equipas das agências e clientes, que garantem uma vantagem competitiva no mercado, segundo a empresa.

De acordo com as previsões da IPG Mediabrands, “o mercado global publicitário em 2024 deverá registar um aumento de 10% relativamente a 2023, e atingir cerca de 927 mil milhões de dólares, impulsionado pela estabilidade da economia e o seu desenvolvimento mais forte em mercados como a Espanha (14%), Índia e Reino Unido (ambos com 12%), França e EUA (ambos com 11%)”.

A Alemanha e a China “enfrentam um abrandamento económico com impacto no ritmo de crescimento publicitário mais lento (8%)”, estima. Nos EUA, o mercado publicitário deverá crescer “cerca de 10,7% este ano, para um máximo histórico de 374 mil milhões de dólares [345 mil milhões de euros]”.

Este aumento beneficia “desproporcionalmente os players digitais puros (+13,5%) para 263 mil milhões de dólares [242 mil milhões de euros], com as receitas de publicidade nos segmentos de search e trade a crescer 13%, e aumentos de 16% em social media e vídeos de curto formato para as redes sociais”.

O out-of-home (OOH) “continua a mostrar resultados orgânicos significativos de crescimento (+7%) para 35 mil milhões de dólares [32 mil milhões de dólares], impulsionado pelos outdoors digitais que representam quase 40% do investimento publicitário”.

Em termos globais, “os investimentos em publicidade foram mais fortes do que o esperado, relativamente ao previsto pela Magna no último relatório de dezembro, observando-se crescimento em todos os segmentos de media, incluindo os media tradicionais”.

Os eventos cíclicos de 2024 (UEFA, Jogos Olímpicos de Paris, Copa América, eleições gerais, entre outros acontecimentos) “vão proporcionar um crescimento adicional de 1,3% à economia global, impulsionando os investimentos publicitários”, conclui.

O mercado publicitário português deverá crescer cerca de 10% este ano, estimando-se receitas na ordem dos 880 milhões de euros.

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Moedas insiste no aumento da taxa turística para investir em limpeza, cultura e espaços verdes de Lisboa

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

O autarca vincou que esta medida permite “baixar os impostos aos lisboetas”, lembrando que o turismo corresponde a quase 20% da economia da cidade e 25% do emprego.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, insistiu esta segunda-feira no aumento da taxa turística de dois para quatro euros, cujas receitas podem ser utilizadas para investir nas áreas da limpeza da cidade, cultura e espaços verdes.

“Se a cidade vir o valor do turismo, seja em melhor limpeza, melhores espaços, mas também mais cultura, então o turismo vale mesmo a pena, ele é visível”, defendeu o autarca na cerimónia de assinatura do contrato de concessão para criação do “Centro Interpretativo dos Murais de Almada nas Gares Marítimas”, entre a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a Associação do Turismo de Lisboa (ATL).

Carlos Moedas voltou a defender a duplicação do valor da taxa cobrada aos turistas que visitam Lisboa, de dois para quatro euros por noite, que mereceu críticas da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), e deu como exemplo o novo polo cultural e turístico dos murais de Almada Negreiros nas gares marítimas, que recebeu cerca de 3,5 milhões de euros provenientes da taxa turística para a sua concretização.

“Quando eu digo que quero aumentar a taxa turística é exatamente para ter mais cultura, mais equipamentos de cultura, é para maior limpeza da cidade, é para ter espaços mais verdes”, insistiu o presidente da Câmara, em declarações aos jornalistas no final da cerimónia. Carlos Moedas vincou ainda que esta medida permite “baixar os impostos aos lisboetas”, lembrando que o turismo corresponde a quase 20% da economia da cidade e 25% do emprego e garantindo que a ideia “não é diminuir o turismo, mas apostar também em outras áreas”.

“Temos trabalhado com o Turismo de Lisboa para pensar novas centralidades, […], nós temos mais ou menos 35.000 turistas [diários] que entram na nossa cidade e esses 35.000 normalmente vão exatamente para os mesmos sítios, vão para as mesmas partes da cidade e aquilo que nós temos de conseguir é novas centralidades, como é o caso daquilo que estamos aqui a fazer”, apontou.

Já o diretor-geral da Associação de Turismo de Lisboa, Vítor Costa, considerou que o que mais preocupa o setor na capital é a utilização das verbas arrecadadas com a taxa turística. “Os turistas, quando vão a determinada cidade, também têm o seu peso, a sua interferência, e a nós o que nos preocupa no setor do turismo é que haja recursos para que os turistas tenham maior ligação com a cidade e que a qualidade da cidade seja melhorada com esses recursos também”, disse o responsável, considerando que “é bom para os turistas, mas é também, sobretudo, bom para os residentes”.

Relativamente aos receios manifestados por algumas entidades de que o aumento da taxa faça diminuir o número de turistas, Vítor Costa disse não partilhar desta visão e acredita que tal não vai acontecer. “Já tivemos experiência de quando a taxa foi introduzida, com um euro, quando ela passou para dois euros, e isso não teve nenhum impacto. Este movimento de requalificação, da maior qualidade do turismo em Lisboa tem-se verificado”, argumentou.

A cerimónia de hoje foi presidida pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, que, em declarações aos jornalistas fez um balanço de “100 dias de um Governo que veio para fazer e não para tricas partidárias”. “São os primeiros 100 dias de muitos outros que o Governo liderado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, terá para mostrar aos portugueses aquilo a que veio”, realçou o governante.

Já questionado sobre o concurso público internacional para a construção e gestão do primeiro troço da linha de Alta Velocidade Porto-Lisboa, que recebeu duas candidaturas, Pinto Luz disse que “o Governo não tem de esperar muitas ou poucas candidaturas” e que o importante é “que se faça bem, em tempo e dentro dos orçamentos”.

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Setor do turismo recupera nível global pré-pandemia até final de 2024

  • Lusa
  • 8 Julho 2024

A OCDE sublinha que as chegadas de turistas internacionais já excederam em 2023 os números de 2019. É o caso de Portugal, que com 19,4 milhões no ano passado recebeu mais 12,1%.

A atividade turística terá recuperado globalmente os níveis pré-pandemia até ao final do ano, segundo a OCDE, que num relatório insiste que devem ser procurados modelos mais sustentáveis em termos de impacto ambiental e de envolvimento de todos os afetados.

No relatório, publicado esta segunda-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sublinha que as chegadas de turistas internacionais já excederam em 2023 os números de 2019, o ano que precedeu a crise da pandemia, em alguns países, especialmente na Europa.

Em particular, isso ocorreu no Velho Continente em Portugal, que com 19,4 milhões no ano passado recebeu mais 12,1%, mas também em França (mais 7,8%), em Itália (4,4%) ou em Espanha (2%), mas igualmente fora da Europa na Colômbia (33,6%) ou em Marrocos (12,3%). De um modo geral, os principais destinos europeus beneficiaram em 2023 das viagens dentro da região, bem como da taxa de câmbio favorável do dólar em relação ao euro, o que favoreceu as visitas dos norte-americanos.

Na região da Ásia-Pacífico, a recuperação está a demorar mais tempo, em grande parte porque a reabertura das fronteiras ocorreu mais recentemente, especialmente na China. Isto explica porque é que em 2023 o volume de visitantes estrangeiros permaneceu muito abaixo do nível de 2019 na Austrália (-24,1%), no Japão (-21,4%) ou na Nova Zelândia (-24%).

As várias crises geopolíticas estão a afetar os fluxos turísticos e a economia do setor. Por exemplo, a invasão russa da Ucrânia deixou muito abaixo do volume pré-pandemia as chegadas de visitantes à Finlândia (-22,3% até ao final de 2023) e a outros países vizinhos da Rússia e da Ucrânia.

Do mesmo modo, os ataques terroristas do Hamas em solo israelita e o conflito em Gaza reduziram as chegadas a Israel em 33,9% no ano passado. Globalmente, o número de turistas internacionais em todo o mundo em 2022 foi ainda 33% inferior ao registado em 2019. Deve ter-se em conta que em 2020 tinha caído até 72%.

No conjunto da OCDE, enquanto em 2019 o setor do turismo representava 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB), 6,9% do emprego e gerava 20,4% das exportações de serviços, em 2020 a sua contribuição para a atividade caiu para 2,5% do PIB. Dois anos mais tarde, a quota tinha recuperado parcialmente para 3,9%, em média.

Os autores do estudo defendem que, a longo prazo, o turismo continuará a crescer e que isso cria “oportunidades significativas”, mas também coloca uma série de desafios que as políticas têm de enfrentar para o tornar mais sustentável e para que os seus benefícios sejam mais amplamente partilhados e ultrapassem os custos.

Tal implica a adaptação a um ambiente em crescente mutação, o envolvimento de todas as partes interessadas numa “visão comum”, a diversificação da oferta, a atração de novos mercados e segmentos para destinos emergentes e fora dos períodos de ponta.

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Vinho verde já pode ser vendido em garrafas de vidro de 5 litros

Esta alteração pretende valorizar a imagem e reputação da Denominação de Origem e criar valor à crescente procura deste vasilhame nos segmentos de mercado médios e altos.

Os vinhos com Denominação de Origem Vinho Verde já podem ser comercializados em grandes formatos, ou seja, em volumes nominais superiores a cinco litros, desde que isso seja em garrafas de vidro, de acordo com um aviso publicado esta segunda-feira em Diário da República.

“A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) autorizou a comercialização de garrafas de grande formato. Alguns produtores querem ter este tipo de garrafas devido à distribuição em restauração“, explica ao ECO/Local Online fonte oficial da CVRVV, acrescentando que “o estágio numa garrafa grande permite que [esses vinhos] fiquem guardados muitos anos”.

O aviso assinado pelo presidente do conselho diretivo do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), Bernardo Gouvêa, impõe ainda a eliminação das restrições relativas ao tipo de vasilhame – garrafa de vidro – e aos volumes nominais autorizados – até 75 centilitros ou múltiplos – previstas para os vinhos com DO “Vinho Verde” com indicação de sub-região, indicação de casta ou designativos de qualidade.

“Perdeu sentido o espírito subjacente à criação da norma, assente na associação de limitações do tipo e volume nominal do vasilhame à qualidade organolética superior dos vinhos com aquelas menções na rotulagem”, justifica no mesmo diploma.

Por outro lado, lê-se no aviso, “será expectável que das presentes alterações às especificações da DO “Vinho Verde” resulte a valorização da imagem e da reputação da DO, bem como a criação de valor pela resposta à crescente procura deste vasilhame nos segmentos médios e altos do mercado”.

No ano passado, as exportações de vinho verde aumentaram quase 11% em valor, para um total de 90 milhões de euros. Já em volume, ainda de acordo com dados oficiais, os produtores da região venderam 35 milhões de litros no estrangeiro, o que equivaleu a um crescimento de 8%.

Para beneficiar da Denominação de Origem Vinho Verde, os produtos vitivinícolas estão sujeitos a um “controlo rigoroso” de todas as fases do processo de produção, desde a vinha ao copo. As castas utilizadas, os métodos de vinificação e as características organoléticas são apenas alguns dos elementos cujo controlo permite a atribuição desta Denominação de Origem.

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