Preços das casas sobem 5 vezes mais em Portugal do que a média da União Europeia

Apesar da subida expressiva dos preços da habitação em Portugal face à média europeia, os dados mais recentes mostram um abrandamento acentuado desta dinâmica.

Os preços das casas em Portugal continuam a subir mais que a média da Zona Euro e da União Europeia, mas a um ritmo cada vez mais lento, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.

No primeiro trimestre de 2024, o mercado nacional registou um crescimento homólogo de 7% mantendo-se bem acima da média de 1,4% dos países da União Europeia e longe da correção de 0,4% registada nos 20 Estados-membros da Zona Euro.

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Apesar da subida expressiva dos preços em Portugal, o mercado imobiliário nacional mostra sinais de desaceleração.

  • A variação trimestral fixou-se em apenas 0,6%, um valor bem abaixo dos 1,3% registados no trimestre anterior.
  • E o crescimento homólogo de 7% registado no primeiro trimestre deste ano compara com uma taxa homóloga de 7,8% no último trimestre de 2023.

Este abrandamento sugere que o mercado pode estar a atingir um ponto de inflexão, depois de um período de fortes subidas.

No pódio europeu da valorização imobiliária no primeiro trimestre deste ano está a Polónia, que registou um crescimento homólogo dos preços de 18%, a Bulgária com 16% e a Lituânia com 9,9%.

Portugal figura no 7.º lugar deste ranking, mas é o quarto país com o maior aumento dos preços da Zona Euro, face ao primeiro trimestre de 2023. No extremo oposto da tabela surge o Luxemburgo com uma queda de 10,9%, seguido pela Alemanha (-5,7%) e França (-4,8%).

A dinâmica verificada pelo mercado nacional nos últimos anos pode ser atribuída a vários fatores, como a procura internacional sustentada, a escassez de oferta nas principais cidades e as políticas de atração de investimento estrangeiro.

No entanto, o abrandamento do ritmo de crescimento sugere que o mercado pode estar a aproximar-se de um ponto de viragem, refletindo uma possível estabilização após anos de forte valorização.

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Fullsix lança “laboratório” de inteligência artificial para marcas e agências. CEO explica a estratégia

O objetivo é o de "democratizar" o acesso das marcas e agências às potencialidades oferecidas pela inteligência artificial, desafiando-as a arriscar e criar "coisas novas, diferentes e interessantes".

Fullsix AI Lab”, é este o nome da nova aposta da Fullsix, agência digital do grupo Havas. Este “laboratório” funciona como uma unidade que se foca em inteligência artificial (IA) generativa, “numa lógica de repensar todo o processo de marketing e comunicação, para perceber, desde o briefing até à produção ou análise de dados, como se pode acrescentar valor”, explica Erik Lassche, CEO da agência, ao +M.

Neste sentido, o Fullsix AI Lab pode desempenhar três papéis, começando desde logo com o de “auditoria”, ou seja, desenvolvendo um processo de consulta para perceber qual é a estratégia da marca e como a IA pode acelerar ou melhorar essa estratégia. “Vemos quais são as áreas de atuação, qual podia ser o papel da IA, quais os eventuais riscos, aplicabilidades e investimento e desenhamos um plano”, detalha.

Já outra vertente de atuação, passa pela formação. Ou seja, “treinar as equipas de marketing, seja de clientes ou agências, na utilização de IA generativa em marketing e comunicação, de uma forma muito prática, com formações de um ou dois dias”.

Em terceiro lugar, este “laboratório” pretende ajudar as marcas a lançar conceitos criativos baseados numa utilização da IA. Embora apenas agora tenha sido oficializado, o Fullsix AI Lab e esta sua aplicabilidade já foram testados junto da marca McDonald’s, onde foi desenvolvida a ideia de se usar a IA para reconhecimento da expressão facial dos consumidores para, tendo por base o ‘mood’ detetado na pessoa, a marca oferecer um desconto personalizado.

Erik Lassche, CEO da Fullsix.

É, portanto, “trabalhar, em conjunto, soluções memoráveis, que usam IA de uma forma criativa para tentar resolver desafios específicos”, sintetiza Erik Lassche. A ideia passa por “desafiar as marcas a arriscar e experimentar coisas novas, a criar experiências interessantes e diferentes e a aumentar o engagement“, acrescenta.

Este passo, com esta nova aposta, foi dado pela agência depois de um período já decorrido de grande utilização e democratização de ferramentas de IA a nível interno. “Mudámos muito os nossos processos internos, e agora chegou o momento também de partilhar este know-how e transformá-lo em produtos e serviços. Está na altura certa. Estamos sempre a experimentar ferramentas e chegou a altura de lançar esta oferta ao mercado”, diz Erik Lassche.

Sentimos que havia muita necessidade, desconhecimento, ansiedade de como isto vai mudar e medo de se ficar para trás. Portanto faz sentido, com o seu background de experiência em digital e costumer experience, ser a Fullsix a ajudar marcas e empresas a aplicar a IA na sua cadeia de valor de comunicação.

Erik Lassche

CEO da Fullsix

“Também sentimos que havia muita necessidade, desconhecimento, ansiedade de como isto vai mudar e medo de se ficar para trás. Portanto faz sentido, com o seu background de experiência em digital e costumer experience, ser a Fullsix a ajudar marcas e empresas a aplicar a IA na sua cadeia de valor de comunicação”, acrescenta o CEO da agência.

O objetivo passa assim por “democratizar” o acesso das marcas e agências às potencialidades oferecidas pela inteligência artificial. “Isto não é apenas algo que as agências têm que usar. A IA permite um pouco a mudança do paradigma e ‘requestionar’ como se trabalha em conjunto com agências. E esta democratização é para todos”, entende Erik Lassche.

“A IA e a aplicação à criatividade não é apenas um tema das agências, é um tema que toca a todos e sentimos que para as equipas de marketing – e para os clientes também – este é um tema muito relevante. E tal como houve um aumento de qualidade e um ganho de eficiência aqui na Fullsix com a implementação deste tipo de ferramentas, nós também acreditamos que o mesmo se aplica nos clientes, se for pensado e executado”, afirma ainda.

Esta nova unidade da Fullsix conta com quatro pessoas a trabalhar a tempo inteiro. No entanto, a implementação das ideias, como aconteceu no caso da McDonald’s, é feita por toda a equipa da Fullsix. “A ideia é que o Fullsix AI Lab não produza tudo sozinho. Entra tudo na produção e capacidade da agência, numa lógica de sinergias”, diz Erik Lassche.

Mas estas quatro pessoas, dedicadas em full time ao projeto, “têm perfis e job descriptions, que se calhar há algum tempo não havia”, sublinha o responsável da agência. “Temos pessoas que olham para a criatividade, tecnologia e promp engineering, algo que há dois anos era impensável existir, mas que hoje em dia já existe. Portanto, nós próprios tivemos de redefinir funções e criar funções que não existiam. Mas isso também é interessante, e faz parte da Fullsix, estamos sempre a repensar e reimaginar o nosso negócio, porque esta revolução digital não para”.

A IA já vinha assim a ser bastante usada pela Fullsix a nível interno em diversas tarefas, como na produção audiovisual, área onde a agência conseguiu acelerar muito os tempos de produção, com a edição e legendagem automática de vídeos, por exemplo.

Mas a aplicabilidade da IA na agência estende-se também a outras áreas como à da criação de conteúdos visuais, preparação de planos de conteúdos, gestão de comentários nas redes sociais ou análise de dados, tendo sido possível “aumentar muito a qualidade média”, avança Erik Lassche.

Para isso são utilizadas “dezenas” de ferramentas, as quais estão também sempre a mudar. “Parte da função da equipa da Fullsix AI Lab é isto também – dentro desta avalanche de novidades e de ferramentas novas, baseadas em modelos diferentes, para aplicações específicas – ver, filtrar e analisar o que faz ou não sentido, e experimentar. Este knowledge, que ocupa bastante tempo, faz parte da equipa também”.

De forma a tornar possível a democratização desta tecnologia a nível interno, a Fullsix aposta no conceito de criação de “agentes” – aos quais chama “GPTs” – ou seja, uma espécie de aplicação que, dentro das ferramentas de inteligência artificial e baseadas em prompt engineering, tem uma utilização (use case) muito específica, o que permite a um profissional com menos experiência realizar tarefas mais complexas. É, no fundo, uma app de IA, que só desempenha determinada tarefa.

Eu não quero ter duas pessoas muito boas em utilizar IA na Fullsix. Eu quero que toda a gente aumente a qualidade média [do seu trabalho], usando estas ferramentas. É aí que está o truque. Aí isto ganha escala e conseguimos ter mudanças sistémicas e não só ter um ou dois experts. Preciso desses experts para mudar o paradigma e criar templates e aplicações para depois as outras pessoas também as poderem usar

Erik Lassche

CEO da Fullsix

“Isto requer algum know-how – não é tanto coding – para depois democratizar a utilização deste GPT, desta app. Nós não queremos formar 150 pessoas em escrever prompts corretos. Estamos a criar casos de aplicação concretos, em que as pessoas depois basicamente só têm de seguir as instruções. Se se escrever no ChatGPT que é preciso um briefing, ele não vai escrever um bom briefing. Cada agência tem o seu processo, cada cliente é um caso específico, portanto tem de se criar os ‘templates’ e é isso que fazemos”, explica o responsável.

Eu não quero ter duas pessoas muito boas em utilizar IA na Fullsix. Eu quero que toda a gente aumente a qualidade média [do seu trabalho], usando estas ferramentas. É aí que está o truque. Aí isto ganha escala e conseguimos ter mudanças sistémicas e não só ter um ou dois experts. Preciso desses experts para mudar o paradigma e criar templates e aplicações para depois as outras pessoas também as poderem usar”, diz também Erik Lassche.

A agência está também a utilizar a inteligência artificial para ajudar em termos de análise de focus groups. “O que se consegue fazer com a IA é que, em vez de se ter a informação sobre o target de forma estática, em documentos que normalmente ninguém lê, conseguimos transformar esses dados em personas numa experiência que é muito mais rica e viva”, explica o responsável.

“Pode-se usar a IA para tentar criar personas de raiz, mas não é esse o uso que damos. O que estamos a falar é, imaginando que temos uma marca que já tem os dados – que muitas vezes é o anexo do briefing que ninguém lê – conseguirmos criar um agente, uma minia pp, que representa aquela persona, numa forma de conversação”, refere.

Segundo o responsável, desta forma deixa-se de ter uma folha estática e passa a ser possível fazer perguntas e obter insights que não tinham sido pensados, assim como podem ser validadas ideias ou conceitos, de uma forma bastante rápida. “Não estou a dizer que vai substituir um focus group ou resarch profundo, mas enquanto quick insight é fantástico. Some data is better than no data, e aqui claramente é isto“, diz.

“Se me perguntarem se eu apostava tudo em lançar um novo produto, com estudos baseados em personas sintéticas, se calhar não, pode ser arriscado. Mas isto, em complemento ao dia-a-dia – e muitas vezes não há tempo ou dinheiro para fazer qualquer tipo de validação -, é uma solução muito melhor do que não fazer nada. É desta forma que devemos olhar para isto”, acrescenta.

“Se a nossa marca tem cinco targets principais ou cinco personas, em vez de isso estar num documento, está dentro desta conversa e toda a organização tem acesso e pode validar e testar conceitos ou ideias, de uma forma muito mais interessante e interativa para entender melhor quem é o cliente final e como ele pode reagir a certos tipos de iniciativas. É receber um feedback dinâmico”, refere ainda o responsável.

Quanto ao investimento feito pela agência nesta área tecnológica e nesta valência, Erik Lassche diz que é difícil quantificar, até porque o principal investimento está a ser feito em mão de obra, no acesso a software e em formação. Já o investimento em parcerias, como acontece com a Adobe, é feito ao nível do grupo Havas, o qual anunciou em Cannes que vai investir 400 milhões de euros em inteligência artificial e na sua plataforma de IA, denominada Converged.

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Procuradora que criticou MP em artigo de opinião ilibada em processo disciplinar

  • ADVOCATUS
  • 5 Julho 2024

Maria José Fernandes foi ilibada no processo disciplinar de que era alvo por ter escrito um artigo de opinião com duras críticas ao Ministério Público no seguimento da Operação Influencer.

A procuradora-geral adjunta Maria José Fernandes foi ilibada pelo Conselho Superior do Ministério Público no processo disciplinar de que era alvo por ter escrito um artigo de opinião com duras críticas ao Ministério Público no âmbito da Operação Influencer, avançou a CNN Portugal.

Maria José Fernandes estava acusada de três infrações – violação dos deveres de reserva, correção e lealdade -, mas o processo acabou agora por ser arquivado, prevalecendo o direito à liberdade de expressão da magistrada.

No artigo de opinião em causa, a magistrada defendeu que existe no Ministério Público quem entenda que “a investigação criminal pode ser uma extensão de poder”, denunciando situações de recolha de meios de prova por vezes “intrusivas e humilhantes”.

Entre as criticas, a procuradora-geral adjunta defendeu ainda que se permitiu a criação de “uma bruma de autossuficiência totalmente nefasta e contrária ao que deve ser a qualidade e a excelência desta profissão” na carreira de procurador. “Os desfechos de vários casos já julgados permitem extrair que há aspetos do trabalho dos procuradores de investigação a carecer de revisão e aprimoramento pelo exercício da autocrítica”, assinala.

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TELLES assessora Grupo NORS na venda da Auto-Sueco II Automóveis

A equipa multidisciplinar envolvida na operação foi liderada pelo managing partner Francisco Espregueira Mendes e pelo of counsel Nuno Marques da área de Corporate, Transacional e Private Equity.

A TELLES assessorou o Grupo NORS, um distribuidor mundial de soluções de transporte e equipamentos de construção, na venda de 100% da Auto-Sueco II Automóveis à Carclasse, do Grupo Névoa, e à JOP, do grupo Gocial.

A equipa multidisciplinar envolvida na operação foi liderada pelo managing partner Francisco Espregueira Mendes e pelo of counsel Nuno Marques da área de Corporate, Transacional e Private Equity.

Contou ainda com a colaboração de André Magalhães, associado da área de Corporate, Transacional e Private Equity, Sofia Pamplona, sócia da área de Trabalho e Segurança Social, Leyre Prieto e Joana Whyte, sócia coordenadora e associada da área de Europeu e Concorrência, e João Pedro Lucena, associado da equipa de Imobiliário, Construção e Urbanismo.

O Grupo NORS, é um grupo português, presente em 17 países, que atua nos setores da mobilidade e transportes, equipamentos de construção e agrícolas, distribuição e retalho aftermarket e soluções complementares. Conta com mais de 4.000 colaboradores e um volume de negócios superior a 2 mil milhões de euros.

Do lado do vendedor, a RSA assessorou a Carclasse. A equipa de advogados da firma foi liderada por João Côrte-Real, sócio responsável pela área de M&A, Societário e Comercial, e por Rui Moreira de Resende, sócio responsável pela área de Administrativo e Regulatório. A equipa contou ainda com o sócio João Subtil e os associados Tomás de Almeida Gregório e Joana Mata, sob a coordenação geral de António Raposo Subtil, sócio fundador da RSA.

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Uma Cultura de Saúde Mental nas Organizações: será a transformação real?

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  • 5 Julho 2024

A cultura de saúde mental nas empresas não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também de saúde pública e económica que não pode ser ignorada. O papel dos líderes é, aqui, fundamental.

Nos últimos anos, tem ocorrido um reconhecimento crescente da importância da saúde mental no contexto do trabalho e as organizações estão cada vez mais conscientes da necessidade de cultivar um ambiente de trabalho que promova o bem-estar emocional e a saúde dos colaboradores. Estabelecer uma cultura de saúde mental no local de trabalho vai garantir o desenvolvimento pessoal e profissional de todos os colaboradores e das organizações.

Contudo, é fundamental reconhecer que essa preocupação nem sempre se traduz em práticas consolidadas e num compromisso genuíno com o bem-estar dos colaboradores. Por detrás das boas intenções, das declarações de compromisso e dos sinceros testemunhos, muitas organizações ainda enfrentam desafios significativos na criação de culturas verdadeiramente saudáveis, inclusivas e de suporte.

É comum encontrarmos organizações que adotam uma abordagem superficial em relação à saúde mental, implementando programas e políticas que parecem estar na “moda”, mas que, na prática, não abordam as questões mais profundas que afetam a saúde e o bem-estar das pessoas em contexto de trabalho. Embora os eventos esporádicos de bem-estar e as iniciativas de autocuidado possam ter uma reação positiva, são insuficientes para lidar com as pressões culturais, sistémicas – e, com um desenho do trabalho ineficaz, podem contribuir para a doença física, para o distress e, em última análise, para o burnout nas nossas organizações.

A falta de recursos e de suporte adequados é outro obstáculo comum na promoção da saúde no local de trabalho. Muitas organizações oferecem apenas serviços limitados de saúde mental, como sejam linhas diretas de apoio ou sessões de aconselhamento de curto prazo, que podem não ser suficientes para atender às necessidades dos colaboradores. Além disso, a cultura de cada organização pode desencorajar os próprios indivíduos a procurar ajuda, devido ao medo ou à insegurança que estão enraizados, criando uma barreira adicional para aqueles que enfrentam dificuldades e que mais necessitam de apoio.

É inegável reconhecer que a aplicação eficaz de uma cultura de saúde requer mais do que simplesmente adotar medidas superficiais. Envolve um compromisso genuíno da liderança na abordagem das questões estruturais que afetam o bem-estar, bem como a criação de um ambiente onde o apoio mútuo e a empatia são valorizados. Isso pode exigir mudanças significativas na cultura organizacional e na forma como o trabalho é estruturado e gerido. Os líderes desempenham um papel determinante na criação e na manutenção de uma cultura de suporte, modelando comportamentos saudáveis, promovendo a transparência e fornecendo recursos e suporte adequados.

Para efetuar uma verdadeira transformação na cultura de saúde mental no local de trabalho é essencial priorizar a segurança psicológica percecionada por todos, todos os dias. Os indivíduos precisam sentir-se seguros para expressar pensamentos, sentimentos e preocupações sem medo de represálias ou julgamentos. Quando os colaboradores podem ser autênticos, isso promove a confiança e a cooperação dentro da equipa, criando um ambiente propício para a criatividade, inovação e colaboração. A segurança psicológica também é fulcral para lidar com desafios e adversidades no trabalho, permitindo o apoio quando necessário e o trabalho em equipa na procura efetiva de soluções.

Além da segurança psicológica, a construção de uma comunidade solidária, de pertença, é um fator determinante para promover a saúde no local de trabalho. Os seres humanos são seres sociais por natureza e a qualidade da relação com os colegas e líderes desempenha um papel fundamental no nosso bem-estar, saúde e produtividade.

Uma cultura organizacional que valoriza a empatia, a compaixão e o apoio mútuo, cria um ambiente onde os indivíduos se sentem conectados e parte do todo, o que não apenas melhora a satisfação profissional, mas também reduz o stress e o burnout, contribuindo para uma força de trabalho mais saudável e resiliente.

Para além disso, é crucial investir em recursos e políticas de apoio que vão além das medidas superficiais. Isso inclui programas estruturados de saúde mental e de capacitação de todos em resiliência, inclusão, proatividade – e de flexibilidade no local de trabalho.

No entanto, apesar dos avanços significativos, ainda há muito a fazer para garantir que a saúde seja uma prioridade no local de trabalho. Muitos colaboradores ainda enfrentam estigma e discriminação quando se trata de questões de saúde mental, e muitas empresas ainda não reconhecem totalmente a importância de investir no bem-estar emocional dos colaboradores através de intervenções na própria cultura de trabalho. Além disso, as pressões do mundo atual, como prazos e metas irrealistas, elevado ritmo de trabalho e a constante conectividade digital, podem contribuir para o aumento do turnover, stress ocupacional e síndrome de burnout.

É, portanto, necessário que as organizações continuem a avançar na criação de culturas organizacionais que priorizem a saúde mental – uma real cultura de saúde. Isso requer um compromisso contínuo de todos os níveis da organização e uma atuação focada na prevenção, na mitigação de riscos e na regeneração. Ao promover a segurança psicológica, construindo comunidades e investindo em recursos e políticas de suporte, as organizações podem não apenas melhorar a saúde e o bem-estar dos seus colaboradores, mas também garantir a realização plena do seu potencial humano e promover um ambiente de trabalho mais produtivo, inovador e sustentável a longo prazo.

Assim, a existência de uma cultura de saúde mental no local de trabalho não é apenas uma questão de responsabilidade social, mas também uma questão de saúde pública e económica que não pode mais ser ignorada.

Na MindAlliance Portugal, acreditamos nesta real cultura de saúde que os nossos membros tentam implementar no seu dia-a-dia, a todos os níveis da organização. É com satisfação que vemos a Accenture Portugal, a Critical Software, a Ageas, os CTT, a Vieira de Almeida, o Novo Banco, a Multicare, a Fidelidade, o BAI Europa, o Santander, a Linklaters, a AstraZebneca e a JLM&A darem passos seguros nesta direção com a nossa ajuda, criando um verdadeiro ecossistema à volta da saúde mental no local de trabalho. É também com muita satisfação que recebemos agora o ECO como o mais recente membro da nossa organização. Temos as portas abertas para que outros se juntem a nós.

Vamos a isso, pela Saúde Mental de todos.

Liliana Dias, Membro do Conselho de Especialidade de Psicologia do Trabalho, Social e das Organizações da Ordem dos Psicólogos Portugueses e Raquel Sampaio, Diretora Executiva da MindAlliance Portugal

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Qualificações dos jovens não estão a ter o efeito de elevador social esperado

  • Lusa
  • 5 Julho 2024

Estudo do ISCTE revela que o maior acesso a diplomas "não quebrou a reprodução da situação social de origem” e que as mulheres ganham menos do que os homens à entrada no mercado laboral.

O mercado de trabalho está a agravar as desigualdades sociais entre os jovens, revela um estudo divulgado esta sexta-feira, no qual se alerta que o aumento das qualificações não está a ter o efeito de elevador social esperado.

O que mais inquieta neste estudo é que evidencia uma desigualdade estrutural entre os jovens, sugerindo que se distinguem no mercado de trabalho consoante a sua condição de classe“, defende o investigador do ISCTE Renato Miguel do Carmo, que coordenou o trabalho.

É a partir da condição social que os jovens “experimentam distintamente” o mundo do trabalho e a exposição a “graus variáveis” de desemprego, desproteção social e precariedade laboral.

As habilitações literárias dos pais são atributos, não só geradores de diferenciação social, mas produtores de fortes níveis de desigualdade entre os jovens“, refere um documento de apresentação do estudo “Os Jovens e o Trabalho em Portugal – Desigualdades, (Des)Proteção e Futuro”.

A maioria dos jovens de famílias com menos recursos, sobretudo do interior do país, fica limitada a “trabalhos mal pagos e a empregos mais precários”, o que faz com que fiquem mais tempo dependentes da família e dos amigos.

Renato Miguel do Carmo, coordenador do Observatório das Desigualdades, nota que o maior acesso a diplomas “não quebrou a reprodução da situação social de origem”.

O inquérito desenvolvido por uma equipa de investigadores permitiu identificar um elevado número de jovens (63%) que atravessou períodos de desemprego sem qualquer proteção social ou resposta institucional.

Os resultados deram origem a um livro, a publicar na próxima semana, no qual são propostas duas linhas políticas para atacar os problemas: “alargar o Estado social a esta franja da população” e aumentar os salários e a proteção social no emprego.

Além da origem social, também o género marca a entrada no mercado de trabalho, com as mulheres a ganharem “significativamente menos do que os homens”, o que leva a que muitas tenham necessidade de ter mais do que um emprego. Em regra, segundo os investigadores, um licenciado ganha mais do que uma mulher com mestrado ou doutoramento.

“O mercado de trabalho vinca a desigualdade de género que se vive em Portugal, premiando com salários mais elevados os homens, inclusive quando comparados com mulheres com o mesmo nível de escolaridade”, destaca Inês Tavares, investigadora do ISCTE e coautora do livro, citada em comunicado.

Em termos gerais, os inquiridos enquadrados no perfil “integrados e protegidos” residem maioritariamente na Área Metropolitana de Lisboa (58%). “Cada área territorial vai perdendo o seu peso à medida que se afasta dos territórios mais urbanos e se aproxima dos mais periféricos”.

Para a investigadora, as disparidades salariais e as assimetrias contratuais e de proteção social que o mercado de trabalho português está a produzir “contribuem para o aumento e reprodução das várias desigualdades sociais”.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador do estudo destacou que muitos jovens, para terem um nível de rendimento razoável, têm de “recorrer a várias atividades” e que são ainda “muito marcantes” as desigualdades de género, mesmo entre as gerações mais jovens.

Uma maioria dos jovens que estiveram no desemprego, não recebeu subsídio de desemprego. Há aqui uma necessidade de uma resposta política“, acrescentou, considerando que os mais jovens são os que mais têm sofrido com as crises.

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António Vitorino defende plano do Governo para migrações: “É feito com bom senso”

  • ECO
  • 5 Julho 2024

Ex-diretor-geral da OIM defende que, após regularizar pendências na AIMA, o Governo deve identificar as áreas mais carentes de mão-de-obra e preparar integração de imigrantes no seu país de origem.

António Vitorino, que entre 2018 e 2023 liderou a Organização Internacional para as Migrações (OIM), considera que o Plano de Ação para as Migrações, apresentado pelo Governo em junho e cujo diploma já foi promulgado pelo Presidente da República, “é feito com bom senso” e constitui “uma base de trabalho positiva, no tom e na narrativa”. Em entrevista ao Diário de Notícias (acesso pago), o socialista vê com bons olhos a revogação da manifestação de interesse como condição para os imigrantes poderem aceder a autorização de residência em Portugal e diz que agora falta “passar aos detalhes”.

Em primeiro lugar, é necessário “limpar” os mais de 400 mil processos de regularização pendentes na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). Trata-se, segundo o antigo ministro do governo de António Guterres, da “prioridade das prioridades”: regularizar “não apenas os que já estão a descontar há mais de um ano”, mas também “clarificar a situação” daqueles que “ainda não têm um ano de descontos ou que nem sequer se chegaram a inscrever junto da AIMA para esse fim”. Outra preocupação de António Vitorino — “mais ambiciosa” — é ter uma “estratégia de atração” dos imigrantes que o país precisa, em vez “ficar apenas à espera que venham aqueles que nos procuram”.

Realçando que “não é só de Einsteins que precisamos“, o responsável argumenta que o Executivo de Luís Montenegro deve “identificar quais são as áreas mais carentes de mão-de-obra” e “ser proativo nos países de origem”, o que exigirá uma colaboração entre as associações patronais e os postos consulares. “Concordo com a preferência em relação aos países da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], faz todo o sentido. A integração é mais fácil, até pela comunhão da língua”, defende, dando como exemplo a política de “Pre-Departure Preparation” do Canadá.

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Lei dos contratos públicos vai mudar para impedir litigância de travar obras públicas

  • ECO
  • 5 Julho 2024

Manuel Castro Almeida avançou que as novas regras para a imigração, que ainda estão a ser trabalhadas, vão dar resposta à falta de mão-de-obra para obras do PRR.

O Governo quer alterar o Código dos Contratos Públicos no verão, tendo em vista reduzir os casos em que a contestação dos concorrentes que perderam pode atrasar a adjudicação e o avançar das obras, avançou o ministro Adjunto e da Coesão, em entrevista ao Expresso (acesso pago), na qual garante que não haverá eleições antecipadas.

“Não podemos correr o risco de deixar de executar os fundos por causa da burocracia e da litigância pré-contratual”, explicou Manuel Castro Almeida, apontando que a medida ainda está a ser desenhada e deverá ser apresentada durante o verão, de modo a acelerar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) — cujo quinto cheque foi solicitado a Bruxelas esta semana. Além disso, o Executivo vai procurar negociar o apoio do PS nesta medida.

Com os olhos postos na necessidade de acelerar as obras do PRR, o ministro Adjunto e da Coesão disse também que as novas regras para a imigração, que ainda estão a ser trabalhadas, vão dar resposta à falta de mão-de-obra para as empreitadas no âmbito do PRR, já que, admite, este é um “risco” à execução da bazuca europeia.

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Hoje nas notícias: Novobanco, contratos públicos e Vitorino

  • ECO
  • 5 Julho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O grupo chinês Haitong abriu um processo milionário contra o Novobanco, por alegadas irregularidades na venda do antigo BESI. O ministro Adjunto e da Coesão revelou que o Governo quer alterar a lei dos contratos públicos para impedir bloqueios aos concursos de obras financiadas com fundos europeus pelos concorrentes que perderam os concursos. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Haitong abre processo milionário contra Novobanco

O Haitong avançou com uma ação judicial milionária contra o Novobanco, devido a alegadas irregularidades no processo de venda do antigo BESI, em 2014. O grupo chinês acusa o Novobanco de omitir informação relativa à real situação de algumas empresas que eram clientes do seu banco de investimento. Para já, o Haitong exige uma indemnização de 150 milhões de euros, mas, se tiver mais danos, promete dar entrada com novos processos na Justiça contra o Novobanco, elevando o valor global para 700 milhões.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Lei dos contratos públicos vai mudar para impedir litigância de travar obras públicas

O Governo quer alterar o Código dos Contratos Públicos no verão, tendo em vista reduzir os casos em que a contestação dos concorrentes que perderam pode atrasar a adjudicação e o avançar das obras. “Não podemos correr o risco de deixar de executar os fundos por causa da burocracia e da litigância pré-contratual”, sustentou o ministro Adjunto e da Coesão, apontando que a medida ainda está a ser desenhada e deverá ser apresentada durante o verão, de modo a acelerar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) — cujo quinto cheque foi solicitado a Bruxelas esta semana.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Empresas de Luís Bernardo e João Tocha faturam 7,1 milhões de euros com Estado

As empresas de comunicação de Luís Bernardo, empresário e consultor que já foi assessor de José Sócrates, e de João Tocha, consultor e amigo de Bernardo, que foram alvo de buscas na quinta-feira por suspeitas de corrupção, faturaram 7,1 milhões de euros com o Estado entre 2012 e 2024. A Wonderlevel Partners, empresa de Luís Bernardo, ganhou 3,6 milhões de euros desse valor, através de 100 contratos por ajuste direto e consulta prévia, enquanto a First Five Consulting, de Tocha, faturou uma quantia idêntica (3,5 milhões).

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Vitorino defende plano do Governo para migrações: “É feito com bom senso”

António Vitorino, que durante seis anos liderou a Organização Internacional para as Migrações (OIM), considera que o plano do Governo para as migrações “é feito com bom senso” e constitui “uma base de trabalho positiva, no tom e na narrativa”. Segundo o responsável, “falta agora passar aos detalhes”, em primeiro lugar, “limpar” os 400 mil processos de regularização pendentes na AIMA. Afirma, por outro lado, que não é fã da manifestação de interesse, embora confesse que “é um método possível”, por ter a vantagem de “regularização contínua”.

Leia a entrevista no Diário de Notícias (acesso pago)

Pandemia fez aumentar taxas de abandono no Ensino Superior

As taxas de abandono das licenciaturas e mestrados integrados aumentaram em todas as áreas científicas durante a pandemia de Covid-19, ao mesmo tempo que caíram as taxas de conclusão dos cursos dentro dos prazos esperados, concluiu um estudo da Fundação Belmiro de Azevedo. Nesse período, surgiram novas dificuldades que pesaram no abandono do Ensino Superior, entre as quais a insuficiente preparação académica associada ao ensino remoto, as dificuldades financeiras agravadas pela pandemia e a deterioração da saúde mental.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

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Imperial Brands lança canal de denúncias para combater o comércio ilícito de tabaco

  • Servimedia
  • 5 Julho 2024

A Imperial Brands Portugal lançou a plataforma Não Contrabando, um novo espaço focado na informação atual e na sensibilização da opinião pública para os efeitos negativos do contrabando de tabaco.

Operacionalmente, a Imperial Brands Portugal está integrada no Cluster Ibérico, que inclui também os mercados de Espanha, Canárias, Gibraltar e Andorra. No caso específico de Portugal, a Imperial Brands Portugal implementou este programa no território português com o objetivo de reforçar os seus esforços contra o comércio ilegal de tabaco.

De forma a facilitar a denúncia de atividades relacionadas com o contrabando de tabaco, a Imperial Brands Portugal criou um canal de denúncia totalmente anónimo na plataforma No Contrabando. Este recurso, que está disponível para todos os cidadãos, foi concebido para permitir que qualquer pessoa possa denunciar atividades ilegais de forma segura e anónima. A Imperial Brands transmitirá as informações recebidas às autoridades competentes, contribuindo assim para o combate ao comércio ilegal de tabaco.

O contrabando de tabaco representou 4,5% do volume total consumido em Portugal em 2023, refletindo um aumento significativo de quase 61% em comparação com 2,8% em 2022. Particularmente preocupante é o aumento do tabaco contrafeito, que passou de 0,8 % em 2022 para 1,8 % em 2023.

Miguel Simões, CEO da Imperial Brands Portugal, sublinhou que “o tabaco contrafeito é a pior forma de tabaco ilícito que existe. Para além dos prejuízos económicos e da perda de emprego que esta atividade ilegal representa para o Estado e para o setor, o tabaco contrafeito não tem a segurança, a rastreabilidade e os controlos de qualidade que os produtos legais têm.

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Repsol, Coxabengoa e Acciona impulsionam a transição da América Latina para as energias renováveis com investimentos na Colômbia, Chile e Peru

  • Servimedia
  • 5 Julho 2024

Nos últimos anos, a América Latina emergiu como uma região-chave para a expansão das empresas globais de energia, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE).

A entidade aponta na sua análise ‘Latin America Energy Outlook’ que há um potencial significativo para um maior desenvolvimento de bioenergia e recursos solares e eólicos de alta qualidade na região, o que levou empresas como Repsol, Coxabengoa e Acciona a intensificar seus investimentos no continente.

Assim, a Repsol tem projetos de energias renováveis como parte da sua estratégia de transição energética para fontes mais limpas e sustentáveis. Alguns dos seus principais compromissos são no Chile, onde, juntamente com o Grupo Ibereólica Renovables, concluiu no início do ano passado um projeto de produção de eletricidade no parque eólico de Atacama de 165,3 MW, com um investimento entre 200 e 300 milhões de euros, o segundo projeto eólico que ambas as empresas desenvolveram e colocaram em funcionamento conjuntamente, depois de Cabo Leones III, com 192,5 MW. Para além disso, também no ano passado, arrancou a primeira fase da central fotovoltaica Elena, que terá uma potência total instalada de até 596 MW.

A Coxabengoa, especializada em água e energia, tem uma vasta e consolidada carteira de projetos na América Latina e continua a expandir-se em vários países da região. É o caso da Colômbia, onde prevê investir mais de 300 milhões de dólares nos projetos existentes, como confirmou recentemente o presidente executivo da empresa, Enrique Riquelme, no fórum CEAPI. A empresa também reforçou a sua presença no continente graças a adjudicações como a recente concessão de 300 milhões de euros no Brasil, que inclui uma linha de transmissão de 104 quilómetros de 230 kV e três subestações no estado de São Paulo, reforçando a sua posição no país com mais de 10.000 quilómetros de linhas de transmissão construídas ao longo da sua história.

Além disso, a Acciona obtém a maior parte das suas receitas da sua divisão de energia e possui ativos de produção renovável em grande parte da América Latina. Como parte desta estratégia, a empresa lançou recentemente o seu primeiro projeto no Peru, com a construção do parque eólico de San Juan de Marcona, que terá 23 turbinas eólicas e uma capacidade de 135,7 MW, com um investimento total estimado em 164 milhões de euros. No Panamá, a Acciona também está a construir instalações como a estação de tratamento de água de Arraiján, com uma capacidade de tratamento de 150.000 m3 por dia, expansível até 227.000 m3, que beneficiará 280.000 habitantes da zona oeste do Panamá.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 5 de julho

  • ECO
  • 5 Julho 2024

Ao longo desta sexta-feira, 5 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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