Menos rodovia e licenciamento mais célere, a receita para um legado de energia ‘limpa’

A necessidade urgente de investir na ferrovia e de capacitar as entidades que licenciam projetos de energia renovável centraram o debate sobre a solidariedade intergeracional na Advocatus Summit.

Portugal tem “feito caminho” nas renováveis, mas para ser solidário com as próximas gerações, tem de reduzir a dependência do transporte rodoviário e acelerar o licenciamento de projetos.

Este foram duas prioridades apontadas por Ivone Rocha, sócia coordenadora da área de Energia e Recursos Naturais da TELLES, e Luísa Schmidt, socióloga, investigadora e membro do W-G for sustainable development no EEAC – European Environment and Sustainable Development Advisory Council, na 7.ª edição da Advocatus Summit, num painel sobre a “solidariedade intergeracional energética”.

“A urgência é enorme porque é justamente o setor rodoviário de que nós estamos tão dependentes que é o principal emissor, até porque temos feito caminho noutras áreas da indústria, a produção de renováveis”, afirmou Luísa Schmidt.

Ivone Rocha, sócia da TELLES, Luísa Schmidt, socióloga, investigadora e membro do W-G for sustainable development no EEAC, e Shrikesh Laxmidas, diretor do ECOHugo Amaral/ECO

“Tivemos muitos anos em que não investimos o suficiente, nem os mínimos naquilo que são os transportes públicos eficientes e limpos, ou seja, comboio e metro”, acrescentou, salientando que Portugal é o país que menos utiliza transportes públicos na UE.

Schmidt diz que apesar dos avanços na energia eólica, Portugal investe ainda pouco no solar. Os projetos solares descentralizados, nos telhados, representam uma solução apresentada por comunidades energéticas que estão surgir de forma crescente no país.

Ivone Rocha apontou que apesar de Portugal estar dotado de regulação adequada para projetos de transição energética, a implementação é lenta, devido à falta de competências.

“A norma tem que ser aceleradora e promotora da mudança, nunca bloqueadora. O licenciamento deve ser célere e simples, mais transparente e mais fácil de ser aceite pela generalidade das pessoas”.

“Nas comunidades energéticas, temos uma boa legislação, mas o que temos é uma fraca implementação. Porquê? Porque as entidades carecem de ser dotadas de meios humanos e de eficiência“, explicou. “Mais importante do que Simplex, ou tão importante quanto o Simplex, é a dotação de competências e recursos humanos”.

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Vem aí a 9.ª edição da Gala e entrega dos AmCham Tributes

  • Conteúdo Patrocinado
  • 18 Junho 2024

O evento anual celebra a amizade entre Portugal e os Estados Unidos e distingue empresas, instituições e personalidades que contribuem para a aproximação entre os dois países.

A 9ª edição da Gala e entrega dos AmCham Tributes terá lugar no próximo dia 25 de junho, no Pestana Palace Hotel, num jantar de gala presidido pelo Ministro da Presidência, Dr. António Leitão Amaro e pela Embaixadora dos Estados Unidos em Portugal, Mrs Randi Levine. O evento contará ainda com a presença do Presidente da AICEP, Professor Doutor Ricardo Arroja.

9ª edição da Gala e entrega dos AmCham Tributes

Neste, que é um dos momentos altos da atividade da Câmara de Comércio Americana em Portugal e um evento de grande prestígio, celebra-se a amizade entre Portugal e os Estados Unidos. Durante a Gala, serão entregues os AmCham Tributes que premeiam empresas, instituições e personalidades que mais se tenham distinguido pela sua contribuição na aproximação e entendimento entre Portugal e os EUA e, muito particularmente no reforço das relações económicas e comerciais entre os dois países.

“And the winners are….”

Nesta noite serão conhecidas as quatro empresas vencedoras da 9ª edição dos AmCham Tributes. Vão ser ainda entregar os prémios “Personalidade” que este ano destacará a Professora Isabel Capeloa Gil e Garrett Mc Namara, que estarão presentes para receber o prémio. Estarão também presentes os Parceiros da AmCham Portugal, bem como com muitos Sócios e amigos, numa verdadeira festa de comemoração. Este ano o tema do jantar vai ser “Celebrating Friendship and Embracing Freedom” e contará com a colaboração de parceiros, nomeadamente a CAISL – Carlucci American International School of Lisbon e a MTL – Music Theater Lisbon, e várias outras surpresas e momentos.

Sobre os AmCham Tributes

Os AmCham Tributes são um prémio instituído pela AmCham Portugal através do qual se pretende reconhecer e premiar empresas, instituições e personalidades que mais se tenham distinguido pela sua contribuição na aproximação e entendimento entre Portugal e os Estados Unidos e, muito particularmente no reforço das relações económicas e comerciais entre os dois países. São entregues numa cerimónia com jantar da gala anual, sendo este um dos momentos altos da atividade da Câmara de Comércio Americana em Portugal e um evento de grande prestígio, onde se celebra a amizade entre Portugal e os Estados Unidos. Esta iniciativa tem também como objetivo contribuir para a divulgação das boas práticas empresariais, da excelência e do talento numa cultura empreendedora, sustentável e de espírito inovador.
O prémio personalidade distingue uma personalidade que ao longo da sua carreira tenha contribuído significativamente para a aproximação entre os dois países. Este prémio é proposto e decidido pela direção da AmCham Portugal.

Os AmCham Tributes destinam-se a empresas portuguesas ou americanas que:
• Realizaram um investimento em Portugal ou nos EUA.
• Exportaram para os EUA ou para Portugal.
• Realizaram um projeto de promoção de um dos países, criando um maior conhecimento e aproximação entre os dois países, inclusive na vertente cultural, educacional ou outra.
• Atuaram na área de defesa de interesses das comunidades de um dos dois países.
• Desenvolveram um projeto na área da Inovação, do Empreendedorismo ou da Sustentabilidade envolvendo os dois países.

Os Prémios são decididos por um Júri, presidido pelo Presidente da AmCham Portugal, e constituído por representantes de Organizações representativas das relações entre Portugal e os EUA: Embaixada dos EUA, AICEP, FLAD, Associação de Amizade Portugal e EUA e Deloitte.

Vencedores nos anos anteriores:
2023 – Miguel Stilwell e Luis Castro Henriques – “Prémios Personalidade”; CNN Portugal – “Menção Honrosa”; Amyris; Indie Campers; Davidson Kempner & Start Campus; Sword Health
2021 – FLAD – “The most engaged member”; Daniela Braga – “Prémio Personalidade do ano”; Carlos Rodrigues – “Prémio Carreira”; Colquímica Adhesives; EDP; Google e Hotel Marriott
2019 – Amyris; OutSystems;United Airlines; Rodolfo Lavrador (Presidente da Ptg-US Chamber Commerce); Dr. Francisco Pinto Balsemão, Prémio Personalidade
2017 – A-to-B powered by Brisa; Gepack e Talkdesk
2016 – Corticeira Amorim; Feedzai; IBM Portugal; Janssen Portugal e Rui Boavista Marques, delegado da AICEP em NY
2015 – Act by Cotec; Bial; BorgWarner e Fulbright
2014 – Laureate; NutriVentures; Pelcor, TAP e Dr. Charles Buchanan
2013 – Flad; Hovione; Leadership; Principal Power e Dr. Rui Manchete

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Hoje nas notícias: ADSE, UTAO e Operação Influencer

  • ECO
  • 18 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O aumento dos preços em todos os atos médicos acelerou mais de 13% a faturação média por beneficiário da ADSE, para 513,6 euros. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental diz que é impossível calcular o impacto orçamental da devolução do tempo congelado a todas as carreiras da Administração Pública. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Revisão de tabelas puxa pela despesa da ADSE

Com o aumento de 14.333 pessoas beneficiárias da ADSE a recorrer ao sistema convencionado, a despesa média por beneficiário que recorreu ao regime convencionado subiu 13,3% no ano passado, para 513,6 euros. Estes dados constam do relatório de atividades da ADSE relativo a 2023, que justifica este aumento da faturação média com a revisão em alta da tabela que define os valores a pagar aos prestadores de saúde, como os hospitais privados, recordando que “em março houve um aumento transversal de preços em todos os atos médicos”. Não obstante, a ADSE fechou o ano passado com um resultado líquido de 161 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

UTAO não consegue dizer quanto custa devolver tempo congelado a todas as carreiras

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) calcula que a recuperação do tempo de serviço dos professores terá um custo de 469 milhões de euros brutos e 202 milhões de euros líquidos a partir de 2028. Porém, a unidade liderada por Rui Baleiras não consegue prever quanto custaria estender as medidas dos docentes às outras carreiras da Administração Pública afetadas por congelamentos e “em condições equitativas”, o que justifica com a complexidade em identificar as alterações no regime remuneratório de várias carreiras adotadas desde 2019; a dificuldade de definir o conceito de “condições de equidade”; e a inexistência de microdados para todas estas carreiras.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

António Costa foi escutado a escolher CEO da TAP

António Costa foi escutado a escolher o novo CEO da TAP no âmbito da “Operação Influencer”. O então primeiro-ministro é que avançou o nome de Luís Rodrigues, ex-presidente executivo da SATA, para a liderança da companhia aérea portuguesa, tendo-o elogiado ao ministro das Infraestruturas da altura, João Galamba. “E ele aceita?”, perguntou Galamba. António Costa respondeu que sim, contando que já tinha falado “com o Fernando” [Medina, então ministro das Finanças]. Na mesma conversa, o ex-chefe de Governo também se mostrou preocupado com a polémica indemnização a Alexandra Reis. “Os 500 mil já nos custaram muito”, desabafou Costa.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Tabaqueira promete investir mais em Portugal se Governo apoiar tabaco sem fumo

Depois de atingir os 820 milhões de euros em exportações, o presidente do conselho de administração da Tabaqueira revela que o plano da empresa passa por reforçar o investimento em Portugal, mas apela a uma visão alinhada com o Governo português no que toca aos produtos de tabaco alternativos, sendo que o iQOS já tem uma “quota de mercado de cerca de 20%” no país. Em entrevista ao Jornal Económico, Massimo Andolina realça que o acionista Philip Morris International investe “entre 15 a 20 milhões de dólares na Tabaqueira todos os anos”, acreditando que “Portugal pode ser destino de investimentos ainda maiores” face à possibilidade de uma mudança no perfil da empresa “para os produtos inovadores”.

Leia a entrevista completa no Jornal Económico (acesso pago)

Agricultores sem apoios do ano passado

Quando faltam quatro dias para o fim do prazo para os agricultores submeterem candidaturas ao Pedido Único de 2024, ainda há quem não tenha recebido as ajudas relativas ao ano passado. As organizações do setor pedem ao Governo celeridade na resolução do problema, apelando à desburocratização do processo. O Ministério da Agricultura, tutelado por José Manuel Fernandes, reconhece a demora e garante que as ajudas serão pagas até ao próximo dia 25, apontando que “está empenha em simplificar os procedimentos”.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Balseiro Lopes desafia partidos a aprovarem IRS Jovem

  • Lusa e ECO
  • 18 Junho 2024

Proposta do Governo prevê um corte de dois terços do IRS para ao jovens. Custa cerca de 1000 milhões de euros e "tem em conta uma urgência que o país tem fixar a geração mais jovem em Portugal".

A ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, desafiou os partidos da oposição a aprovarem a proposta do IRS jovem do Governo, porque fixar os jovens em Portugal deve ser uma prioridade de todos.

“A medida do IRS jovem é uma medida de grande impacto social, mas também grande impacto financeiro. São cerca de 1000 milhões de euros e tem em conta uma urgência que o país tem fixar a geração mais jovem em Portugal”, afirmou Balseiro Lopes, em entrevista à Lusa.

A proposta do Governo prevê um corte de dois terços do IRS para ao jovens, de modo a tentar “mitigar a sangria de quadros” do país.

“Este Governo não convive bem com o facto 30% jovens portugueses, neste momento, não viverem cá”, afirmou Balseiro Lopes. O “país está a perder a geração mais qualificada de sempre e nós precisamos desse talento cá”.

A proposta de alteração do IRS é progressiva, “significa isto que quem ganha mais, paga mais”.

O “Governo não mexeu na progressividade do imposto, fez um corte igual em todos os escalões, um corte de dois terços”, para que “pais e avós possam ver o crescimento dos seus filhos e dos seus netos cá”, afirmou.

Sendo uma questão fiscal, é “competência do Parlamento dizer se concorda ou não concorda com a proposta do Governo e aquilo que espera que haja alguma sensibilidade da parte dos partidos, no sentido de perceber se o êxodo e a hemorragia de jovens para fora do país é ou não uma prioridade”, explicou a ministra da Juventude, comentando as críticas feitas ao caráter progressivo da medida.

O problema do país não é termos jovens a ganharem demasiado dinheiro, é termos demasiados jovens a ganharem mal e é nisso que os partidos devem estar concentrados”, acrescentou a governante, que não quis falar do equilíbrio de forças no parlamento, mas reafirmou o empenho do executivo em “resolver problemas concretos das pessoas”.

“Relativamente aos jovens, há muita coisa a ser feita e a preocupação tem de ser, em primeiro lugar, anunciar medidas, mas, em segundo lugar, garantir que estas medidas chegam à vida dos jovens portugueses, porque durante demasiados anos foram feitos anúncios de medidas inconsequentes, de medidas anunciadas no power point”.

Os sucessivos anúncios sem serem concretizados, considerou, conduziram “à descredibilização da atividade política” e “o crescimento dos populismos é o terreno fértil que resulta da circunstância de os governos não serem capazes de resolver os problemas das pessoas”.

Por isso, como “governante, a preocupação que tenho é de resolver os problemas e de aplicar aquilo que anuncio”, disse recordando a aprovação recente, pela sua tutela, da isenção do Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT) na compra de casas por jovens até aos 35 anos e o alargamento das condições do Porta 65 Jovem ou a distribuição gratuita produtos de higiene pessoal nos centros de saúde e nas escolas.

Este esforço legislativo não irá colocar em causa o equilíbrio das finanças do Estado, prometeu a dirigente do PSD.

“As contas públicas são um património dos governos liderados pelo PSD e, portanto, agora isso não é o destino, é condição para o exercício do nosso mandato e isso não será colocado em causa”, disse, salientando que estas medidas constam do programa de Governo.

“Não será surpreendente se o Governo quiser executar o seu programa e, portanto, é nisso que estamos concentrados naturalmente, tendo sempre preocupação da sustentabilidade das finanças públicas, porque esse é um ativo dos governos liderados pelo PSD”, acrescentou ainda.

Governo quer avaliar legislação para travar discurso de ódio

A ministra da Juventude e Modernização, sublinhou ainda que o discurso de ódio preocupa o Governo e quer avaliar a legislação, para assegurar mais proteção jurídica às vítimas e sensibilizar a sociedade.

“Os dados oficiais mostram que houve, no ano passado, um aumento de cerca de 38% deste tipo de crimes” e é “muito importante atuar na prevenção e no combate. Em segundo lugar, apostar na sensibilização da sociedade e, em terceiro lugar, apoiar as vítimas destes crimes”, afirmou a governante à Lusa, por ocasião do Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, que se assinala esta terça-feira.

O Conselho de Europa fez recentemente “um conjunto de recomendações aos seus 46 Estados-membros e há várias recomendações que devem ser ponderadas naturalmente pelo Estado português”, em particular “garantir um apoio às vítimas deste crime, apostando também na formação dos órgãos de polícia criminal”, explicou Balseiro Lopes.

No entanto, para debater este tema “é necessário o envolvimento da Assembleia da República”, disse, recordando que “houve alterações recentes já este ano ao Código Penal no seu artigo 240, número 2 e é também importante avaliar se a legislação vai ao encontro das necessidades”.

Sobre a situação política em Portugal, com o crescimento eleitoral de movimentos populistas à semelhança do que acontece um pouco no resto da Europa, Balseiro Lopes estabelece fronteiras.

“Qualquer Governo deve estar comprometido com a defesa intransigente dos direitos humanos, independentemente de ser centro-esquerda ou centro-direita” e “devemos ser implacáveis no combate a esse discurso que afeta especialmente minorias, mas nem só de minorias, como a comunidade LGBTI, mas também podemos falar das mulheres que são especialmente vulneráveis”, afirmou.

Por outro lado, “é fundamental sensibilizar a sociedade e sermos implacáveis em relação a este tipo de discurso”, disse, considerando que se trata de uma discussão de “natureza política, com grande impacto social, mas é também uma discussão eminentemente técnica” e “além do Código Penal, há outros regimes que atualmente estão em vigor e que, eventualmente, também devem ser revisitados”.

Em particular, a ministra mostra-se preocupada com as crianças e jovens, “especialmente vulneráveis relativamente a este tipo de crimes no ciberespaço”.

Nesse sentido, o Governo está a avaliar “se faz ou não sentido criar uma linha [telefónica] específica, como, por exemplo, a Polónia tem e que no ano passado registou mais de 50 mil participações, com uma equipa multidisciplinar direcionada a crianças e jovens que sejam vítimas, por exemplo, de bullying e de cyberbullying“.

Balseiro Lopes insistiu que a criminalização excessiva do discurso de ódio pode criar outros problemas. Na Internet, “é importante compatibilizar vários direitos, porque conseguirmos garantir a proteção dos direitos das pessoas na era digital, tendo também em conta que nenhum Estado será capaz de isoladamente a aplicar o que quer que seja, que não seja articulação com outros Estados”.

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A Napptilus e a X-One lançam a NAPPAI, uma plataforma pioneira para acelerar a integração de soluções de IA nas empresas

  • Servimedia
  • 18 Junho 2024

A Napptilus grupo tecnológico, e a X-One, empresa tecnológica proprietária da plataforma espanhola 'low code' especializada em multi-experiência móvel, formaram uma joint-venture para lançar a NAPPAI.

Segundo um comunicado divulgado na terça-feira, esta plataforma é um “marco tecnológico” porque sistematiza de forma eficiente e segura a adoção da IA nos processos das empresas, um desafio que muitas corporações enfrentam atualmente devido ao leque de benefícios envolvidos na utilização da inteligência artificial generativa.

Perante este desafio, a Napptilus e a X-One desenvolveram o NAPPAI para apoiar as grandes e médias empresas europeias na organização da integração e assimilação da IA no seu quotidiano.

Segundo as duas empresas, a plataforma integra automaticamente os dados a processar e consumir pela IA, atuando como um orquestrador entre toda a informação fornecida, os motores que a processam, a forma como é gerada e como é posteriormente utilizada.

Para o projeto, um grupo de trinta engenheiros esteve envolvido na sua conceção e implementação, com uma equipa de até cinquenta pessoas envolvidas noutras fases do processo tecnológico.

“Apresentamos o NAPPAI como uma plataforma única e pioneira na Europa que organiza os serviços de IA em cada empresa, uma espécie de orquestrador que facilita a integração e se torna uma ferramenta eficiente e, sem dúvida, muito estratégica do ponto de vista empresarial”, explicou Rafa Terradas, fundador da Napptilus, uma empresa tecnológica criada em Barcelona em 2004 que se estabeleceu como uma referência em soluções de IA personalizadas para cada empresa.

CAPACIDADE DE INTEGRAÇÃO

Outra das suas características diferenciadoras enquanto plataforma é a sua elevada capacidade de integração com a maioria das bases de dados e plataformas de gestão existentes no mercado, como SAP, Oracle e Salesforce, entre outras. É independente do motor e prepara os dados de forma totalmente autónoma para serem consumidos pela inteligência artificial. Para além disso, não necessita de programação especializada através da utilização de um “canvas” e de ferramentas Low Code, pelo que não requer um nível de especialização, facilitando a sua utilização em todos os departamentos.

Outro destaque é o facto de o NAPAAI trabalhar não só com dados, mas também com vídeo e imagens e permitir consumir novos desenvolvimentos em IA, gerando aplicações móveis rapidamente, capitalizando a experiência em visão computacional dos seus criadores. Trata-se de uma caraterística distintiva única que a Napptilus valoriza graças a um vasto conhecimento acumulado em matéria de desenvolvimento móvel. O NAPPAI abre, assim, um novo quadro de possibilidades neste domínio da inovação: “É um impulso que acelera o teste de conceitos, permitindo testar rapidamente as ideias para avaliar os seus resultados e decidir se as aplicamos ou se seguimos outras vias”, recorda Terradas.

Para a Napptilus, o lançamento do NAPPAI foi um processo natural, depois de se ter afirmado como uma referência nos serviços de IA através de uma divisão de consultoria que se tornou um aliado das empresas que ambicionam obter o máximo rendimento da utilização da inteligência artificial. A área de consultoria em IA da Napptilus conta com mais de 150 especialistas e atua como parceiro tecnológico de grandes empresas, incluindo empresas cotadas em bolsa, para prestar serviços de conhecimento e desenvolvimento tecnológico.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 18 de junho

  • ECO
  • 18 Junho 2024

Ao longo desta terça-feira, 18 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Fundación Jiménez Díaz, o centro de Madrid com o menor tempo de espera para intervenções cirúrgicas

  • Servimedia
  • 18 Junho 2024

A Fundación Jiménez Díaz é o centro de Madrid com o menor tempo de espera para cirurgia, com 24,8 dias, muito abaixo da média da região, que se situou em 50 dias em 2023.

Apenas este hospital e o Clínico San Carlos, com uma espera média de 49 dias, estão abaixo da média do CAM, já que o próximo hospital com a espera mais curta é o Hospital Universitario 12 de Octubre, com 51,2 dias. Em quarto e quinto lugar, o Monitor classifica o Hospital Universitário de la Princesa e o Hospital Universitário La Paz, com 55,5 e 58 dias de espera média, respetivamente.

O número de pacientes à espera de cirurgia é de 4.274 na Fundación Jiménez Díaz, 5.300 no Clínico San Carlos e 6.639 no Hospital Universitário 12 de Octubre. La Princesa, por seu lado, apresenta os melhores números do sistema de saúde de Madrid, com apenas 2.979 pacientes em espera, enquanto em La Paz o número de pacientes à espera de uma cirurgia é de 7.500.

O Monitor do Sistema Hospitalar da Comunidade de Madrid analisa a eficiência económica e operacional dos hospitais de alta complexidade da CAM, a comunidade mais populosa de Espanha e cujo sistema de saúde oferece cobertura de cuidados de saúde a 6,8 milhões de pessoas que vivem na região e aos mais de dois milhões de turistas que a visitam todos os anos. Utilizando dados públicos dos hospitais, o Monitor analisa aspetos como as despesas, a satisfação dos doentes, os avanços na digitalização, a livre escolha do centro e, nesta ocasião, os tempos médios de espera.

Para além do tempo médio de espera de cada hospital, o Monitor teve em conta o tempo que os pacientes esperam para serem atendidos por especialistas, um valor que no caso da Fundación Jiménez Díaz é de 13,7 dias, muito abaixo da média dos centros comunitários. O segundo lugar é ocupado pelo Hospital Universitário Gregorio Marañón, com 33,4 dias, e o terceiro pelo Hospital Universitário 12 de Octubre, com 55,28 dias.

O Hospital Clínico San Carlos, em quarto lugar, regista uma demora média nas consultas de especialidade de cerca de 68 dias, enquanto o Hospital Universitário Puerta de Hierro de Majadahonda e o Hospital Universitário de la Princesa partilham o quinto lugar com 68 dias de espera.

Por Comunidade Autónoma, de acordo com o Monitor do Sistema Hospitalar da Comunidade de Madrid, o CAM é a comunidade autónoma com o menor tempo de espera para cirurgia, com uma média de 50 dias em 2023. Segue-se o País Basco, com 56 dias, e a Região de Valência, com 64 dias. Além disso, a região de Madrid é a quinta em termos de tempo de espera para consultas de especialidade, com um tempo médio de espera de 67 dias.

No outro extremo da escala, com os maiores atrasos estão a Cantábria, com 144 dias, a cidade autónoma de Ceuta, com 141 dias, e a Comunidade Autónoma de Valência e Andaluzia, ambas com um tempo médio de espera de 128 dias. Três delas (Cantábria, Ceuta e Andaluzia) estão também no fundo do poço em termos de percentagem de doentes que esperam mais de seis meses por uma operação. Em contrapartida, no CAM, apenas 0,6% demoram mais de seis meses a ser operados, 0,8% no País Basco e 1,5% na Galiza.

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America’s Cup conquista Madrid e pede às autoridades e aos meios de comunicação social que “espalhem a notícia pelo resto de Espanha”

  • Servimedia
  • 18 Junho 2024

Liderada pelo CEO Grant Dalton e pela Vice-Presidente Aurora Catà, uma delegação dos organizadores da America's Cup Barcelona 2024 (America's Cup Event Barcelona) efetuou uma visita a Madrid.

Nesta visita reuniram-se com o Presidente do Governo, Pedro Sánchez; a Ministra da Educação, Formação Profissional e Desporto e Porta-voz do Governo, Pilar Alegría; e o Presidente do Consejo Superior de Deportes (CSD), José Manuel Rodríguez Uribes.

Durante o encontro, Sánchez sublinhou o envolvimento do Governo nesta competição náutica, que este ano é organizada pela capital catalã, com uma contribuição financeira de mais de 23,5 milhões de euros. Anteriormente, o responsável pelo troféu desportivo mais antigo do mundo sublinhou a importância de envolver toda a Espanha na próxima edição do evento, que terá lugar na capital catalã a partir de 22 de agosto. O velejador e empresário neozelandês sublinhou que, embora a Catalunha e Barcelona sejam fundamentais para o êxito do Evento, é também crucial que Madrid colabore na sua divulgação a nível nacional: “Precisamos que nos ajude a espalhar a palavra também pelo resto de Espanha”.

“Vir para Barcelona foi provavelmente a melhor decisão para a America’s Cup em 50 anos”, acrescentou Dalton, antes de deixar clara a importância de deixar um “legado” na cidade e no país. O CEO da Emirates Team New Zealand sublinhou que o desafio agora é ganhar o apoio de toda a Espanha.

Na sua anterior presença no Fórum Europa, em que esteve acompanhado pelo Ministro da Indústria, Jordi Hereu; pelo Ministro interino do Território da Generalitat de Catalunya, Roger Torrent, e pelo Presidente da Câmara de Barcelona, Jaume Collboni, entre outras autoridades, o representante máximo da equipa defensora do troféu mais antigo do planeta agradeceu o apoio do governo central, da Generalitat de Catalunya e de outras instituições envolvidas, como a Câmara Municipal e o Porto de Barcelona. Dalton apelou ainda para que a 37ª edição da Taça América Louis Vuitton atinja a máxima relevância “a nível nacional” e “não apenas em Barcelona e na Catalunha”. “O desafio que vos lanço hoje é que nos ajudem, a nós, a America’s Cup, a tornar este evento maior em Espanha”, afirmou.

O velejador e empresário neozelandês manifestou ainda o seu desejo de que a Espanha volte a ter uma equipa na competição, recordando o êxito histórico do país na vela olímpica: “Se ganharmos, ajudaremos a facilitar isso, se possível. A Espanha pode participar na próxima edição porque a sua génese está na Unicredit Youth America’s Cup e na Puig Women’s America’s Cup”.

TELA GIGANTE

A visita institucional da direção da ACE a Madrid coincidiu com o lançamento de uma campanha promovida pelo Turisme de Barcelona para divulgar o evento nos países participantes na regata. A campanha inclui uma faixa de 1.080 m² na entrada de Madrid pela autoestrada A2 com o slogan “Barcelona, anfitriã por natureza”. Destaca o caráter hospitaleiro e cosmopolita de Barcelona, além de fornecer informações pormenorizadas sobre o evento através de um sítio Web especialmente concebido para o efeito.

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Europa tem de retomar iniciativa na sustentabilidade com plano “pagável e fazível”

Numa altura em que o contexto político na Europa não é favorável para alcançar os objetivos de sustentabilidade, o economista Jeffrey Sachs defende que o Velho Continente deve relançar o repto.

O economista Jeffrey Sachs, que é também presidente da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN) das Nações Unidas, acredita que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável só serão atingidos com uma maior transparência da classe política e, no caso da Europa, faz sentido retomar o ímpeto criado com o Pacto Ecológico Europeu, através de um plano “pagável e fazível”.

“A Europa tem de retomar a iniciativa e dizer: aqui está o plano. É pagável, é fazível. E vamos fazê-lo da seguinte forma“, defende. Isto porque a pandemia e a guerra na Ucrânia vieram espoletar grandes mudanças na Europa, que estão “a minar o consenso político“.

Não há outra forma de atingir o desenvolvimento sustentável sem ser através de política“, isto é, a partir de uma ação coletiva praticada através de governos, e com o bem-comum em vista, indica Sachs. E a boa política “responsabiliza-se”, fazendo um plano, divulgando-o, discutindo-o publicamente e revendo-o em função disso. No final, perceber como está a correr o plano.

O tipo de irracionalidade na qual se adotam objetivos mas não se adotam os meios para os atingir, é o pior tipo de política. Só leva a uma frustração generalizada“, defende. Nos Estados Unidos, por exemplo, Sachs considera que o Governo não faz um bom trabalho a informar como pretende atingir os objetivos a que se propõe.

A Europa, no que toca aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, tem avanços que Sachs considera “impressionantes”, como o caso do Pacto Ecológico Europeu. Esta segunda-feira foi divulgado um ranking de desempenho no que diz respeito aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de 167 países, sendo que, das 30 primeiras posições, 27 são ocupadas por países europeus. No entanto, a principal conclusão do relatório é que nenhum dos 17 objetivos está em vias de ser alcançado até 2030 e apenas um sexto das metas deverão ser alcançadas até esse ano.

No caso do Velho Continente, vê duas falhas: por um lado, o facto de ter delineado os objetivos mas deixar do lado dos Estados-membros os planos para os atingir, quando é necessário que estes sejam suportados por uma infraestrutura europeia comum, um sistema energético partilhado e uma indústria interligada.

Por outro lado, afirma que a guerra na Ucrânia ganhou um lugar central nas prioridades europeias, aliada à Defesa, em detrimento da sustentabilidade. O economista vê o crescimento da NATO como um dos principais motivos para o espoletar da invasão russa à Ucrânia. Nesse sentido, considera que, no novo ciclo que se inicia este ano para os órgãos legislativos europeus (Parlamento e Comissão Europeia), deve haver uma reflexão sobre a política externa.

Confrontado com as mudanças no panorama político europeu, tendo em conta o alargamento das forças de extrema-direita que se verificou nas recentes eleições para o Parlamento Europeu, Sachs prefere colocar o ónus nos partidos convencionais. “A meu ver, não é tanto a extrema-direita que é vencedora. São mais os partidos no poder que são os grandes perdedores“, já que têm estado a decrescer em popularidade, em particular nos três anos desde que a guerra se instalou na Europa, com as respetivas consequências. “Na Europa, todos os líderes convencionais (mainstream) são muito impopulares”, com índices de desaprovação bastante superiores aos de aprovação há anos, comenta Sachs. Inflação e preços da eletricidade e dos alimentos galopantes são algumas das justificações para a insatisfação popular. Pelo que nas últimas eleições os eleitores disseram “isto não está a funcionar para nós”.

Sanções aos elétricos chineses podem funcionar. Mas com o foco certo

Há seis pontos que o economista considera serem a chave para que seja possível atingir os ODS. Ter uma educação e ciência de qualidade, bons cuidados de saúde e boa infraestrutura são três dos pilares, os quais a Europa já tem algo consolidados, na opinião de Sachs. Plataformas digitais também não são um problema no Velho Continente. Mas a transição energética e o uso dos solos são os dois pontos fracos da Europa para Sachs.

No que diz respeito à energia, as linhas guias estão cá fora, mas falta a implementação. Um exemplo prático é a promoção da mobilidade elétrica, na qual o economista considera que a Europa se atrasou, em particular os fabricantes alemães.

Em relação às recentes políticas de aplicar taxas sobre a importação de veículos elétricos chineses, considera que podem ser bem-sucedidas desde que temporárias e usadas para os fabricantes europeus ganharem tempo em relação à China, em vez de se acomodarem e aproveitarem para explorar mais a venda de veículos a combustão. “Se a Europa diz que se protege mas deixa a China ganhar no resto do mundo, não será bom para a Europa“, alerta. Portanto, mais que medidas protecionistas, a Europa deve concentrar-se em baixar os seus custos e aumentar a qualidade dos seus veículos elétricos, sugere.

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Empresa portuguesa cria ferramenta que simplifica reembolso de despesas a trabalhadores

Trabalhadores submetem pedido de reembolso através da app e empregadores analisam na mesma plataforma. Após aprovação, pagamento é instantâneo. CEO diz que funcionalidade tem tido feeback positivo.

Há uma nova ferramenta que promete tornar mais simples o pagamento das despesas aos trabalhadores. A portuguesa Paynest acaba de lançar o gestor de despesas, que permite aos empregadores analisar os pedidos dos trabalhadores numa plataforma digital, sendo o reembolso feito instantaneamente após a aprovação.

“O gestor de despesas procura simplificar o processo de aprovação, reembolso e conciliação de despesas“, anuncia a Paynest, detalhando que o trabalhador pode submeter as despesas em representação da empresa através da app, cabendo ao empregador dar “luz verde” ao pagamento nessa mesma plataforma.

“Este mecanismo vem eliminar a acumulação de faturas em papel, o preenchimento de folhas de despesas e os longos períodos de aprovação e pagamento aos colaboradores“, sublinha a startup portuguesa.

Em declarações ao ECO, o CEO, Nuno Pereira, adianta que, antes do lançamento oficial, essa funcionalidade já foi implementada em alguns dos clientes da Paynest, de modo a “entregar um produto que se adequasse às reais necessidades do mercado“.

“Dado o feedback positivo e a sua continuidade nesses e implementação noutros clientes com os quais já trabalhamos, estamos confiantes que esta oferta irá reforçar a nossa abordagem e posicionamento enquanto solução integrada para líderes de empresas e equipas, permitindo-nos crescer rapidamente“, afirma o responsável, que não revela, pelo menos por agora, quantos empregadores já estão a usar o gestor de despesas.

Além desta nova ferramenta, a Paynet acaba de lançar também uma funcionalidade de cashback instantâneo. “Pretende reforçar o programa de benefícios dos empregadores através da redução dos gastos dos colaboradores em retalhistas no seu dia-a-dia, devolvendo uma percentagem das compras de forma imediata“, é explicado.

Por outro lado, a funcionalidade de acesso antecipado aos salários, o pilar da Paynest, é agora alargada. A partir de agora, os trabalhadores podem também receber o subsídio de Natal e de férias antes do período tradicional.

“O empregador pode optar por oferecer os dois subsídios ou apenas um, sendo que este benefício permite flexibilizar o acesso a maiores montantes para possibilitar ao trabalhador um planeamento a médio prazo (por exemplo, pagar a totalidade da creche de um filho a pronto pagamento para obter um desconto). Do lado das empresas, é outra forma de apoiar os colaboradores, fidelizando o talento“, assinala a Paynest.

Fundada em 2022, a Paynest é uma plataforma de rendimentos flexíveis, que disponibiliza, por exemplo, ferramentas que permitem o acesso instantâneo ao salário pelo qual os trabalhadores já trabalhadores, bem como ferramentas de promoção de literacia financeira.

Hoje é usada por 35 empresas, que representam um universo de mais de 30 mil trabalhadores. Entre as organizações aderentes, estão a CCA, a Multipessoal, a Procalçado e o Grupo Estrela da Manhã.

Em dezembro, foi anunciado que esta startup tinha levantado dois milhões de euros numa ronda seed. Reforçar a equipa e expandir a presença no mercado europeu estavam entre os objetivos depois desta nova injeção de capital.

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Nasce Rebuild Rehabilita, o novo evento profissional dedicado a impulsionar a inovação no setor da reabilitação de edifícios e casas

  • Servimedia
  • 18 Junho 2024

A feira, que terá lugar de 22 a 24 de outubro em Sevilha, reunirá mais de 8.000 profissionais da reabilitação que procuram materiais, soluções e serviços para os seus projetos.

O setor da construção encontra-se num momento de mudança imperativa. O atual quadro legislativo, com o Pacto Verde Europeu que visa a descarbonização dos edifícios e das habitações, um parque de 24 milhões de edifícios construídos em Espanha, 81% dos quais não cumprem qualquer norma de eficiência energética, com a necessidade vital de reabilitação e, em muitos casos, com problemas de acessibilidade, são algumas das razões pelas quais o setor da construção, no seu conjunto, aposta no potencial da reabilitação.

Esta solução surge como uma resposta para aumentar a oferta de habitação, a certificação energética dos edifícios e a sua valorização, ao mesmo tempo que aumenta a sua funcionalidade e segurança. Para tal, a reabilitação ultrapassou o contexto setorial e iniciou o seu percurso como uma questão nacional com o objetivo de inverter o atual panorama da construção, caracterizado pela idade dos edifícios. Quase metade (45%) são anteriores a 1980 e, em termos de eficiência energética, 81% deles estão classificados como E, F ou G em termos de emissões.

Por esta razão, as instituições espanholas e europeias estão a implementar propostas transformadoras como o Plano de Reabilitação Habitacional e Regeneração Urbana, ou a extensão dos fundos Next Generation, que não só se dirigem ao património residencial, mas também à assistência social e sanitária, à hotelaria e aos escritórios, com o objetivo de impulsionar temporariamente a sustentabilidade do ambiente construído.

Apesar deste enquadramento, o campo da reabilitação ainda não dispõe de um ponto nevrálgico especializado onde os profissionais se possam encontrar para descobrir inovações em materiais, soluções e serviços, explorar as últimas tendências e estabelecer contactos. É por esta razão que, de mãos dadas com a REBUILD, a cimeira que trouxe a industrialização a Espanha e promove um modelo de construção descarbonizado, nasce o Rebuild Rehabilita, o evento dedicado a impulsionar a inovação no setor da renovação de edifícios e a tornar efetiva a “onda de renovação” que está a acontecer em toda a Europa.

A primeira edição do evento, que terá lugar em Sevilha, de 22 a 24 de outubro, reunirá mais de 8.000 profissionais de toda a cadeia de valor da construção: desde empresas de reabilitação e renovação, arquitetos técnicos e avaliadores de quantidades, empresas de construção, promotores, empresas de engenharia e grandes instaladores, distribuidores grossistas, lojas generalistas, distribuidores especializados, associações de moradores, empresas de manutenção de edifícios, bem como arquitetos e técnicos municipais, entre outros. Todos eles estarão presentes com o objetivo de encontrar o seu parceiro industrial para promover os seus projetos de renovação, de climatização e de renovação.

Por seu lado, mais de 180 empresas expositoras oferecerão sistemas, envelopes, instalações, soluções de autoconsumo, impermeabilização, sistemas de ar condicionado, janelas, elevadores, cozinhas e casas de banho, pavimentos e superfícies, sistemas construtivos industrializados para a reabilitação e ferramentas digitais, entre outras propostas, com o objetivo de reparar patologias estruturais nos edifícios, modernizar áreas comuns como fachadas, pátios e escadas, incorporar medidas de acessibilidade como elevadores, eliminar barreiras arquitetónicas e estimular a poupança energética.

Assim, Rebuild Rehabilita converter-se-á na plataforma nacional de inovação onde se promoverá e estimulará a renovação, a reabilitação e a eficiência, com o objetivo de elevar o parque habitacional espanhol à média europeia e reforçá-lo de acordo com os critérios atuais de clima, acessibilidade e conforto.

O evento incluirá também o Congresso Nacional de Reabilitação Avançada, o principal fórum de tendências com um programa de conferências único. Mais de 250 oradores internacionais irão reunir-se nos seus palcos para debater o futuro do setor com base nos eixos da descarbonização, industrialização e digitalização. Para tal, analisarão o panorama regulamentar existente em torno da atualização e do retrofit das habitações, a ascensão dos elementos circulares, o impacto dos fundos europeus, o desenvolvimento residencial ou o estado das certificações energéticas, entre outros temas.

O congresso contará também com fóruns verticais organizados por tipo de edifício e zona urbana. Desta forma, será analisado em detalhe o estado e a evolução da habitação, centros sociais e de saúde, hotéis, infra-estruturas institucionais, património histórico e bairros, ao mesmo tempo que serão realizadas agendas exclusivas centradas em diferentes perfis profissionais, como instaladores, empresas de reabilitação, promotores, técnicos municipais e arquitetos.

Para além da área de exposições e congressos, a Rebuild Rehabilita também acolherá uma série de encontros profissionais para promover a criação de relações comerciais. Alguns deles são os Advanced Rehabitech Awards 2024, prémios que reconhecem projetos que estão a liderar a transformação no campo da reabilitação; o Leaders Lunch, um almoço entre empresários do setor e administrações; ou o Rehabitech Startup Forum, onde será dada visibilidade a empresas tecnológicas emergentes que tenham uma proposta de valor viável e escalável para a renovação de edifícios.

 

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O mundo nunca viu tantos milionários e tão ricos

O número de milionários disparou para quase 23 milhões de pessoas, com as suas fortunas a crescerem 4,7% no último ano para cerca de 87 biliões de dólares.

O número de milionários no mundo não para de crescer. De acordo com dados do “World Wealth Report 2024”, contavam-se quase 23 milhões de indivíduos com mais de um milhão de dólares no final do ano passado. São mais 1,1 milhões de pessoas do que em 2022 e mais 55% face aos números contabilizados há dez anos.

A acompanhar de perto o crescimento do número de indivíduos de elevado património líquido (HNWI) está também o aumento das suas riquezas. Segundo o relatório, que englobou a análise de 72 países responsáveis por 98% do rendimento nacional bruto, a população global de HNWI cresceu 5,1% em 2023, enquanto a sua riqueza engordou 4,7% para quase 87 biliões de dólares.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Este crescimento foi particularmente visível na América do Norte, que registou um aumento de 7,1% na população de HNWI e um aumento de 7,2% na sua riqueza. A região Ásia-Pacífico registou um crescimento de 4,8% na população de milionários e 4,2% da sua riqueza. Na Europa o aumento foi mais moderado, com um crescimento de 4% do número de HNWI e de 3,9% dos seus patrimónios.

“A economia global continua a recuperar dos desafios de 2022”, destacam os autores do relatório, sublinhando que, “embora as taxas de juro se mantenham elevadas, os bancos centrais sinalizaram o fim das subidas das taxas na segunda metade de 2023, com a possibilidade de cortes de taxas no final deste ano ou no início de 2025″, contribuindo com isso para uma subida da riqueza mundial no ano passado.

Ao longo do último ano observámos uma recuperação robusta no segmento dos ultra-ricos, impulsionada pela recuperação do mercado de ações e um panorama económico mais brilhante.

Anirban Bose

CEO da unidade de negócios estratégicos de serviços financeiros da Capgemini

A análise dos especialistas da Capgemini destaca ainda o desempenho dos ultra-HNWI, indivíduos com mais de 30 milhões de dólares em ativos investidos, que recuperaram significativamente das perdas de 2022, com os seus patrimónios a crescerem 3,9% no ano passado, detendo atualmente cerca de 34% da riqueza global da população de HNWI, apesar de serem apenas 220 mil indivíduos (1% do total de HNWI).

“Ao longo do último ano observámos uma recuperação robusta no segmento dos ultra-ricos, impulsionada pela recuperação do mercado de ações e um panorama económico mais brilhante,” afirmou Anirban Bose, CEO da unidade de negócios estratégicos de serviços financeiros da Capgemini.

Estratégias de investimento dos milionários

A análise da Capgemini revela que os HNWI têm demonstrado uma mudança significativa nas suas estratégias de investimento, movendo-se de uma postura defensiva para uma abordagem cada vez mais equilibrada e orientada para o crescimento. Esta mudança é, segundo “World Wealth Report 2024”, uma resposta direta à recuperação dos mercados de capitais e à melhoria das condições económicas globais.

Já em janeiro deste ano, a alocação em dinheiro e ativos semelhantes (cash) nas carteiras dos HNWI representava 25% dos seus portefólios, quando em janeiro de 2023 essa exposição era de 34%, destacam os especialistas da Capgemini.

Esta diminuição reflete uma redução na aversão ao risco por parte dos milionários que predominou nos últimos anos. A normalização das reservas de dinheiro sugere que os investidores estão agora mais dispostos a reinvestir em ativos com maior potencial de crescimento, aproveitando as oportunidades oferecidas pela recuperação da economia global.

A relocalização das carteiras dos HNWI para um perfil mais arriscado é também visível pelo aumento da exposição dos seus portefólios a ativos alternativos, que subiu de 13% em 2023 para 15% no início deste ano. Estes ativos incluem matérias-primas, moedas, private equity, hedge funds, produtos estruturados e ativos digitais.

No entanto, o peso das ações nas suas carteiras registou uma ligeira queda, passando de 23% para 21%. Esta redução ocorreu apesar do bom desempenho dos mercados de ações em 2023. As tensões geopolíticas, os custos elevados de empréstimos e a volatilidade contínua do mercado são fatores que contribuíram para a menor confiança dos investidores em ações, lê-se no relatório.

O mercado imobiliário também está a desempenhar um papel crucial na estratégia de rebalanceamento das carteiras dos HNWI. Em 2023, houve um aumento de quatro pontos percentuais nas alocações para imóveis, com a exposição ao imobiliário a pesar agora cerca 19% nas carteiras dos HNWI. “As valorizações atrativas do imobiliário comercial e um interesse renovado na aquisição de habitações secundárias como investimento a longo prazo alimentaram esta mudança”, destacam os autores do relatório.

Apesar das taxas de juro elevadas, o mercado imobiliário de luxo em cidades como Londres, Nova Iorque e Dubai registaram um crescimento robusto. Londres, por exemplo, viu um aumento de 25% nas vendas de propriedades de alto luxo, enquanto Dubai duplicou as vendas de casas ultra-luxuosas.

Num mundo onde a incerteza económica e as tensões geopolíticas ainda persistem, o crescimento do número de milionários e a expansão das suas fortunas são sinais de uma recuperação resiliente e adaptativa. A trajetória ascendente do número de milionários não só reflete uma confiança renovada nos mercados de capitais, como também uma capacidade ímpar de ajustar estratégias de investimento para maximizar retornos e minimizar riscos.

Com as perspetivas de cortes de taxas de juro e um ambiente económico mais favorável no horizonte, a comunidade HNWI está bem posicionada para capitalizar sobre as novas oportunidades, garantindo assim que a sua influência e riqueza continuem a crescer.

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