Floene fecha primeiros sete contratos de injeção de gás renovável na rede

Dois dos contratos são para a injeção de hidrogénio verde e os restantes cinco preveem a injeção de biometano, avançou o CEO da maior distribuidora de gás do país.

O CEO da Floene, Gabriel Sousa, avançou esta terça-feira que a empresa, que é a maior distribuidora de gás do país, fechou em 2024 os primeiros sete contratos de injeção de gás renovável na rede nacional. Dois dos contratos são para a injeção de hidrogénio verde e os restantes cinco preveem a injeção de biometano.

São passos pioneiros de uma realidade que temos de acelerar para satisfazer as necessidades da indústria aqui presente“, rematou Gabriel Sousa. O responsável falava na conferência Indústria do Futuro, que decorre esta terça-feira no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.

Do piloto que decorria no Seixal, passará agora a ter “projetos reais, à escala real”. Em Rio Maior, exemplificou, vai ser injetado hidrogénio verde para o abastecimento de 14.000 consumidores, numa mistura com gás natural.

Sobre o biometano, Gabriel Sousa assinalou que existe em Portugal um “potencial de produção muito relevante”, mas que “é necessária uma maior agilidade e celeridade na definição de políticas e regulamentos, para que [o biometano] seja uma realidade tangível“. Isto também tendo em conta que “Portugal está na cauda da Europa” na área dos resíduos, que podem ser aproveitados para a produção de biometano.

“Não haverá transição energética sem um sistema de gás competitivo e gases renováveis”, concluiu Gabriel Sousa, apontando que “Portugal tem um atraso significativo no desenvolvimento de gases renováveis”, o que “pode condicionar a competitividade nacional e o desempenho da nossa economia”.

A Floene opera nove das 11 distribuidoras de gás existentes no país. 80% do volume de gás que distribui tem como destino a indústria nacional. “Tenho dificuldade em compreender que famílias fiquem privadas da opção pelo sistema de gás. É um risco para o sistema e para a competitividade das tarifas do gás para a indústria”, alertou ainda o responsável, numa altura em que há legislação que permite que novos edifícios sejam construídos sem rede de gás.

(Notícia atualizada às 10h50 com mais informação)

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