BCE corta novamente juros em 25 pontos base. Taxa de depósitos baixa para 2,75%

O banco central liderado por Christine Lagarde anunciou a quarta descida seguida no custo do euro, numa altura em que o foco já passou do controlo da inflação para o crescimento da economia.

O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) voltou esta quinta-feira a cortar as taxas de referência em 25 pontos base, numa decisão que era antecipada pelos investidores e analistas e fundamentada pelos “ventos contrários” que economia da Zona Euro enfrenta. Trata-se da quarta vez consecutiva que a autoridade da política monetária corta as taxa de juro.

Com esta decisão, anunciada pelo Conselho do BCE em Frankfurt, na Alemanha, a taxa de juro da facilidade permanente de depósito baixa para 2,75%, alcançando o valor mais baixo desde fevereiro de 2023.

“Em particular, a decisão de baixar a taxa da facilidade permanente de depósito – a taxa através da qual o Conselho do BCE orienta a orientação da política monetária – baseia-se na sua avaliação actualizada das perspetivas para a inflação, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária“, referiu o BCE em comunicado.

A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e a taxa de juro da facilidade permanente de cedência marginal de liquidez fixam-se em 2.90% e 3.15%, respetivamente. As novas taxas entrarão em vigor a 5 de fevereiro.

A instituição liderada por Christine Lagarde adiantou que o processo de desinflação “está no bom caminho”, com a inflação a evoluir, em geral, de acordo com as projeções dos especialistas do BCE e deverá regressar ao objetivo de médio prazo de 2% fixado pelo Conselho no decurso do corrente ano.

“A maioria das medidas da inflação subjacente sugere que a inflação se fixará em torno do objetivo numa base sustentada”, referiu, explicando que a inflação interna permanece elevada, sobretudo porque os salários e os preços em determinados sectores ainda estão a ajustar-se ao anterior aumento da inflação com um atraso substancial.

Notou, contudo, que o crescimento dos salários está a moderar, como esperado, e os lucros estão a amortecer parcialmente o impacto na inflação.

Os recentes cortes nas taxas de juro estão a tornar gradualmente os novos empréstimos menos onerosos para as empresas e as famílias, acrescentou BCE, antes de concluir embora a economia continue “a enfrentar ventos contrários” o aumento dos rendimentos reais e o desvanecimento gradual dos efeitos da política monetária restritiva “deverão apoiar uma retoma da procura ao longo do tempo”.

(notícia atualizada às 13h24 com mais informação )

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