Quase metade dos jovens qualificados admite mudar de emprego em 2025

Falta de oportunidades de formação e procura de melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional levam quase metade dos jovens a admitirem mudar de emprego durante este ano.

Quase metade dos jovens portugueses qualificados e com experiência no mercado de trabalho está disposta a mudar de emprego este ano, de acordo um novo relatório da empresa de recursos humanos Gi Group Holding. O descontentamento face à falta de progressão na carreira e de oportunidades de formação, assim como a procura de condições de trabalho que privilegiem o bem-estar, explicam esta abertura, que também sido sentida entre os jovens de outros países.

“Cerca de 45% dos jovens portugueses com formação superior e experiência profissional considera mudar de emprego em 2025. Os resultados mostram uma tendência crescente de mobilidade no mercado de trabalho“, lê-se no relatório divulgado esta quinta-feira, que tem por base as respostas de mais de três mil jovens graduados (dos 24 aos 40 anos) de 12 países (incluindo Portugal).

Entre os fatores que mais pesam nas decisões dos jovens portugueses estão as condições de trabalho que proporcionam um “equilíbrio sólido” entre a vida profissional e pessoal (70% dos inquiridos consideram esse equilíbrio essencial), mas também as oportunidades de formação contínua (que foram destacadas por 71% dos inquiridos). Os jovens valorizam, segundo mostram os dados, a “possibilidade de adquirirem novas competências e crescerem profissionalmente”.

Por outro lado, 68% dos inquiridos revelaram apreciar as soluções de trabalho híbridas. Um dado pertinente tendo em conta que, lá fora, várias multinacionais têm imposto o regresso ao modelo 100% presencial aos seus trabalhadores.

Entre os vários países estudados é uniforme a valorização da formação contínua, mas Portugal lidera no que diz respeito ao foco dos jovens no equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Já quando questionados sobre o método de procura de emprego, 56% dos entrevistados referiram o envio de CV’s em resposta a anúncios de emprego, sendo este “um dos métodos mais comuns para procurar trabalho”. Além disso, 39% dos portugueses utilizam o LinkedIn para procurar emprego, colocando-o como a quarta opção mais popular.

“Entre os canais mais eficazes para encontrar emprego, o word-of-mouth [passa-a-palavra] destaca-se em Portugal, com uma taxa de conversão de 42%, uma das mais altas na Europa. Este método é especialmente eficaz em todos os países europeus analisados, refletindo o papel importante das redes pessoais de contatos, como amigos e familiares, no apoio à procura de trabalho”, remata a Gi Group Holding.

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