Comissário dos transportes promete “apoio” a Portugal para ligações ferroviárias com a Europa

O comissário europeu do turismo e dos transportes sustentáveis sublinhou ainda, na Assembleia da República, que "não há tempo a perder" na indústria automóvel, que enfrenta dificuldades.

O comissário europeu Apostolos Tzitzikostas, responsável pelas pastas do turismo e dos transportes sustentáveis, afirmou esta terça-feira, no Parlamento português, que pretende apoiar Portugal na ligação ferroviária com Espanha e promover esta ligação entre Espanha e França.

Não só pode contar com o meu apoio para esta conexão [ferroviária, entre Portugal e Espanha], mas também para a conexão entre Espanha e França“, assim como o corredor Atlântico, que é de “máxima importância”, disse o comissário, assumindo que irá encontrar-se com os Governos destes dois países para avançar nestes temas.

A ligação entre Portugal e Espanha foi abordada após o comissário ser questionado se Portugal poderia contar com o apoio da União Europeia (UE) para construir a linha que liga Salamaca a Vilar Formoso. No entanto, no discurso inicial, já havia referido: “Uma viagem de três horas entre Lisboa e Madrid está ao nosso alcance, e terão todo o meu apoio”, sendo que Portugal submeteu candidaturas de projetos neste sentido ao programa de financiamento Connecting European Facilities (CEF).

Ainda no que diz respeito à ferrovia, o comissário disse querer simplificar a compra de bilhetes para estes transportes, para que seja equiparada, em facilidade, ao que acontece no transporte aéreo. “Hoje os viajantes têm de visitar muitas páginas online diferentes se querem usar diferentes empresas de comboios”, explicou. O objetivo é que exista um “bilhete inteligente” intermodal a nível europeu.

Sobre a indústria automóvel, o comissário afirmou que “não há tempo a perder”. Há cinco dias, foi lançado o Diálogo Estratégico com o setor, a nível europeu, que servirá para discutir os problemas e opções em cima da mesa, para que “esta indústria não esteja apenas segura, mas prospere”. Isto uma vez que representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) europeu.

“A questão aqui é com tornar esta indústria competitiva”, afirmou. Nesse sentido, remeteu para o Plano Industrial do Setor Automóvel, que deverá ser apresentado a 5 de março e responder aos problemas que estão a ser apresentados. “Temos de investir fortemente na industrialização, ter a certeza que nos mantemos competitivos” e que esta indústria vai continuar a ser “protagonista” a nível mundial.

No turismo, o comissário defendeu que o destino Europa, embora muito diversificado, seja apresentado num pacote único, já que é possível visitar várias cidades de países diferentes “muito facilmente”. Afirmou ainda estar a olhar para como estes pacotes poderão ser desenvolvidos.

Ao mesmo tempo, indicou que há que responder aos “desequilíbrios” do turismo, que sobrecarregam determinadas regiões e deixam outras, com potencial, de fora. Ao mesmo tempo, colmatar as dificuldades em atrair trabalhadores para o setor e, finalmente, digitalizá-lo e tornar as infraestruturas mais resilientes às alterações climáticas.

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