Exclusivo Banco de Portugal aprova gestão do Banco de Fomento
O Banco de Portugal já aprovou a equipa de gestão do Banco de Fomento, que será liderada por Gonçalo Regalado. Carlos Leiria Pinto é o chairman.
O Banco de Portugal aprovou esta sexta-feira os nomes propostos por Pedro Reis, para o conselho de administração do Banco Português de Fomento, apurou o ECO. O chairman é Carlos Leiria Pinto e o CEO é Gonçalo Regalado. Com o ‘fit and proper’ atribuído, o ministro da Economia garante assim o início de uma nova fase de relançamento do Banco de Fomento.
A comissão executiva do Banco de Fomento passa agora a ser composta por seis gestores. Além de Gonçalo Regalado, integram a gestão Bruno Rodrigues como administrador financeiro, Tiago Mateus, Luís Guimarães, Teresa Fiúza e Marta Penetra.
“O nosso objetivo é fechar um ciclo, o da operacionalização em definitivo e até reestruturação do banco e robustez e depois mais vertente comercial, melhor operativa e mais agilidade. Propusemos ao Banco de Portugal, que aguarda o fit and proper, uma belíssima equipa, muito experiente, muito profissional, complementar onde tem de ser. Alguns com experiência internacional, outros nacional e muita base da banca. Aumentámos o board e a comissão executiva para segregar ainda mais funções e, com isso, ter tempo de gestão, para que se possa atacar as frentes todas“, afirmou o ministro Pedro Reis em entrevista recente ao ECO.
Na mesma entrevista, Pedro Reis defendeu a manutenção do Banco de Fomento, mas noutros moldes. Passados estes anos, o ministro da Economia considera que continua a justificar-se um Banco de Fomento? “Se funcionar. Essa é a pergunta do milhão de dólares. Gostava muito de ver o país a discuti-lo e estou à vontade porque sou tido como um liberal. Com as características da economia portuguesa, a sua dimensão e as suas fragilidades, justifica-se existir um Banco de Fomento. Com o mundo como está, com as agendas de fomento, de planificação económica e internacionalização, justifica-se haver um Banco de Fomento. Com o trabalho, recursos já investidos pelo Estado justifica-se não queimar tudo isso”, justificou.
O ministro da Economia reconheceu que é preciso “fazer em cima do que já existe, nomeadamente, grandes parcerias estratégicas com o Fundo Europeu de Investimento (FEI) e com o Banco Europeu de Investimento (BEI), a operacionalização do seu braço de Export Credit Agency (ECA) no apoio à exportação e internacionalização, a colocação de garantias do Estado em cima do Banco de Fomento para suportar a parte não apoiada por fundos europeus, a componente privada das empresas“.
Ainda esta semana, o ministro da Coesão admitiu no Parlamento o falhanço do Banco de Fomento. “O BdF desde a sua fundação não teve o impacto na economia portuguesa que todos esperávamos”, disse Manuel Castro Almeida na comissão eventual de acompanhamento do PRR e do Portugal 2030. Contudo, “este Governo não pretende deixar cair o Banco de Fomento”, garantiu o governante, acrescentando que “está apostado em relançá-lo e procurar que tenha o impacto que é suposto ter”. Agora, com a aprovação da nova equipa, uma escolha do ministro da Economia, Pedro Reis, estão criadas as condições para uma nova espécie de refundação daquele banco.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Banco de Portugal aprova gestão do Banco de Fomento
{{ noCommentsLabel }}