Reino Unido acredita em acordo com EUA nas tarifas sobre o aço e alumínio

A ministra das Finanças britânica "acredita firmemente que um acordo pode ser feito” para evitar que Donald Trump imponha tarifas sobre as exportações do país, afastando ainda a hipótese de retaliar.

O Reino Unido está confiante que vai conseguir negociar um acordo com os Estados Unidos para evitar a imposição de taxas aduaneiras sobre as suas exportações de aço e alumínio. Ao contrário da União Europeia, que já assumiu que vai retaliar as novas tarifas, a ministra das Finanças britânica Rachel Reeves afastou a imposição de mais tarifas em resposta aos EUA.

Acredito firmemente que um acordo pode ser feito”, disse Reeves no podcast The Political Party, de Matt Forde, esta segunda-feira, ainda antes de Donald Trump assinar as ordens executivas que impõem tarifas de 25% sobre todas as importações dos dois metais para os EUA a partir de 12 de março. Questionada sobre potenciais medidas retaliatórias, a responsável foi perentória: “Não acredito em tarifas. Não quero ver mais tarifas.”

O governo britânico espera que a relação comercial que tem com os EUA pese a seu favor nas negociações para tentar evitar estas taxas aduaneiras, que, segundo a indústria siderúrgica, a concretizarem-se, seriam um “golpe devastador” para a indústria.

“O Reino Unido e os EUA têm um comércio bastante equilibrado, não há excedente ou défice. Não há realmente um problema que precise de ser resolvido através de tarifas ou qualquer outro tipo de barreiras”, argumentou Reeves na mesma entrevista, citada pela agência Bloomberg.

Segundo a ministra das Finanças britânica, cerca de 10% do aço fabricado na Grã-Bretanha é exportado para os EUA e a Grã-Bretanha também importa aço dos EUA. Ao contrário da União Europeia, que já afirmou que vai responder às taxas aduaneiras de Trump, a governante adiantou que retaliar as tarifas não vai ajudar a economia britânica.

“Se tributarmos as coisas que vêm da América, os maiores perdedores serão as pessoas no nosso país que as compram e [pagarão] mais por elas do que antes”, disse Reeves. “É pior para a América também porque os produtos lá vão ficar mais caros. Isso aumenta a inflação: estamos a tentar reduzir a inflação”, alertou.

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