Produção automóvel em Portugal afunda 22% no arranque do ano

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Apesar de a produção em janeiro ter caído para 23.573 veículos, ACAP assinala que setor continua a ser relevante na balança comercial portuguesa, com 97,4% destes produtos a serem exportados.

A produção automóvel em Portugal caiu 21,7% em janeiro face ao mês homólogo de 2024, para 23.573 veículos, segundo dados divulgados esta terça-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Do total de automóveis produzidos no primeiro mês deste ano, 17.562 são ligeiros de passageiros (menos 26,5% face a janeiro de 2025), 5.617 ligeiros de mercadorias (-2,3%) e 394 são veículos pesados (-9,4%).

Apesar da redução, a ACAP assinalou que o setor continua a ser um elemento importante na balança comercial portuguesa, uma vez que “97,4% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo”.

A Europa continua a ser o mercado líder nas exportações, com 87,3% da produção nacional, destacando-se Alemanha (18,4%), Itália (14,9%), Reino Unido (14,1%) e França (11,2%).

O mercado americano, com o Chile a somar uma quota de 5,2%, ocupa o segundo lugar, com 5,4% das exportações, o dobro do continente africano (2,7%), que ocupa a terceira posição entre os recetores de automóveis fabricados em Portugal.

Em relação à montagem de pesados, em janeiro foram montados oito veículos pesados – todos eles de passageiros –, o equivalente a uma quebra de 60% em termos homólogos.

A ACAP assinala que em janeiro foram exportados sete destes oito veículos montados em Portugal, tendo a Alemanha sido o único destino destas exportações.

O setor automóvel europeu enfrenta uma crise que tem forçado as grandes construtoras a avançar com programas de reestruturação e despedimentos de milhares. Portugal tem sido poupado, para já, a estes movimentos e 2024 foi o segundo melhor ano de sempre para a produção automóvel nacional.

Ainda assim, “a crise [que se vive no setor automóvel] na França e na Alemanha vai chegar a Portugal” e, com ela, os despedimentos, como avisou ao ECO o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF), Laurent Marionnet.

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