UTAO alerta que proposta de excluir gastos em Defesa das regras orçamentais da UE é “perigosa”
Rui Baleiras lembra que, independentemente da contabilidade feita por Bruxelas, os europeus terão de pagar estes gastos, seja por mais impostos, dívida ou redução da despesa.
A possibilidade avançada pela Comissão Europeia de excluir os gastos com Defesa da contabilidade para as regras orçamentais comunitárias é “perigosa”, por retirar aos cidadãos parte da noção do seu impacto financeiro para as contas públicas dos Estados-membros, alerta o coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), Rui Baleiras.
“Criar uma exceção à regra é criar uma ilusão aos cidadãos, que terão de a pagar, seja através de impostos acrescidos no presente, seja por menor despesa ou por mais impostos no futuro para pagar dívida”, disse o responsável, em declarações ao Jornal Económico (acesso pago).
Segundo Rui Baleiras, a economia define-se por ter “recursos escassos”, pelo que “não podemos iludir a necessidade de fazer escolhas”, mesmo em cenários como o atual, em que há várias prioridades a que a Europa terá de acorrer. Por isso, lembra que “não contar para a regra [orçamental europeia] não evita que essa despesa conte para quem tem de a pagar, que são os contribuintes”.
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