Tecnológica portuguesa Magic Beans abre ‘hub’ de vendas em Lisboa e prevê receitas de 5,6 milhões em 2025

A empresa de consultoria em ‘cloud’ faturou 4,1 milhões de euros no ano passado e anunciou esta terça-feira um International Sales Hub para servir os mercados globais.

A consultora tecnológica portuguesa Magic Beans anunciou esta terça-feira que fechou o último ano com uma faturação de 4,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 40% em relação a 2023. A empresa especializada em cloud antecipa ultrapassar a fasquia cinco milhões de euros.

A subida permite-lhe investir num novo centro operacional estratégico em Lisboa, que arranca com apenas seis pessoas mas vai aumentar “passo a passo”.

“Já tentámos ir mais depressa, mas a realidade diz-nos que não adianta”, afirmou CEO da Magic Beans, Vítor Rodrigues, num almoço com a imprensa.

O International Sales Hub da Magic Beans, que entrou em funcionamento na primeira semana de janeiro, é uma etapa no processo de internacionalização, uma vez que a empresa opera também em Espanha, na Bélgica, no Luxemburgo, em Itália, nos Países Baixos e na Suíça.

Trata-se de um hub que pretende colocar Portugal no epicentro das vendas globais e visa aumentá-las através do talento qualificado que está em Lisboa, bem como otimizar os investimentos com maiores retornos. “É um hub de venda e pré-venda. A consolidação da equipa de consultoria em Lisboa para ter mais massa crítica e passar conhecimento mais rápido e atuar melhor”, esclareceu o CEO, em declarações aos jornalistas.

Para 2025, a estimativa é alcançar uma taxa de crescimento homólogo de 36% para um volume de negócios de 5,6 milhões de euros e aumentar em 15% a margem de lucro. Chegar aos cinco milhões de euros de faturação é um plano antigo da Magic Beans. Questionado pelo ECO sobre o atraso de, pelo menos, dois anos, o CEO admitiu: “O plano foi afetado pela minha ambição, que chocou com a realidade do mercado”.

“Quando fazemos planos não imaginamos que entrem fatores como o conflito na Ucrânia. Vamos aprendendo com a experiência. Também tivemos de atrasar a entrada na Alemanha porque a economia alemã caiu. Este ano já temos uma estimativa de crescimento menos agressiva”, justificou Vítor Rodrigues.

Ainda assim, o CEO da Magic Beans garante que “2025 será um ano interessante”, destacando a recente entrada no Chile, onde está a trabalhar com a operadora de telecomunicações Entel, que tem 18 milhões de clientes, o quádruplo do que a Altice Portugal.

Ademais, espera que o mercado espanhol cresça com contratos de empresas maiores e passe a valer 20-25% do negócio global da empresa nacional, que é parceira de fornecedores de cloud como Amazon Web Services (AWS), Microsoft (Azure), Oracle, DataBricks e GCP.

Depois da IA, marca de segurança a caminho

A Magic Beans, que celebra oito anos, está a estudar o lançamento de novas marcas especializadas para servir os mais de 300 clientes. A área de segurança e compliance é a que está na pole position para ser um negócio autónomo.

Em 2024, a consultora tecnológica criou uma subsidiária exclusivamente dedicada aos dados e à Inteligência Artificial (IA). “Está a correr muito bem. Achámos que era a altura de investir nesta área com uma marca própria (Magic Data)”, comentou Vítor Rodrigues.

“Se não houver dados com qualidade não vale a pena. A IA tem de entregar valor. Se os dados forem maus não existe inteligência nenhuma. As empresas que não adotarem estas ferramentas vão ficar para trás”, assegura o especialista em tecnologia na ‘nuvem’.

Apesar de ver na computação quântica a próxima revolução digital, crê que ainda não está numa fase de implementação. “Vemos que a tecnologia quântica está mais perto e essa será outra grande revolução, embora ache que ainda vai durar mais tempo. Uma coisa é ter o hardware de processamento pronto, mas outra são as aplicações quânticas. A IA é mais rápida”, referiu o CEO da Magic Beans.

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