Comboios interrompidos, estradas condicionadas e barcos suspensos. Veja balanço dos estragos da Depressão Martinho
Ministério das Infraestruturas e Habitação diz que efeitos da Depressão Martinho fizeram-se sentir sobretudo na ferrovia e na rodovia, devido à queda de árvores e outras obstruções da via.
Desde linhas ferroviárias interrompidas ou suspensas e constrangimentos na circulação de carros nas estradas a supressões no transporte fluvial, o Ministério das Infraestruturas e Habitação dá conta dos efeitos da Depressão Martinho durante a noite e madrugada desta quinta-feira.
“Os efeitos do mau tempo fizeram-se sentir sobretudo na ferrovia e na rodovia, devido à queda de árvores e outras obstruções da via”, detalha o Ministério liderado por Miguel Pinto Luz, em comunicado enviado às redações, apontando que “centenas de trabalhadores, nomeadamente da IP e da CP, estão desde a primeira hora a trabalhar ininterruptamente, em articulação com a Proteção Civil, para resolver as ocorrências registadas em todo o país”.
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A passagem da depressão Martinho provocou a queda de árvores em Monsanto, em Lisboa, 20 de março de 2025. Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mais de 4.000 ocorrências relacionadas com o mau tempo foram registadas em Portugal continental entre as 00:00 e as 07:00, a maioria quedas de árvores e estruturas. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA -
Funcionários camarários procedem à limpeza da Estrada Nacional 115 (EN115) que se encontra encerrada devido à queda de várias árvores devido à passagem da tempestade Martinho, na Corujeira, Sobral de Monte Agraço, 20 de março de 2025. Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mais de 4.000 ocorrências relacionadas com o mau tempo foram registadas em Portugal continental entre as 00:00 e as 07:00, a maioria quedas de árvores e estruturas. CARLOS BARROSO/LUSA CARLOS BARROSO/LUSA -
Uma árvore caída e um muro derrubado devido à passagem da tempestade Martinho causaram danos num veículo estacionado na Tapada das Necessidades, em Lisboa, 20 de março de 2025. Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mais de 4.000 ocorrências relacionadas com o mau tempo foram registadas em Portugal continental entre as 00:00 e as 07:00, a maioria quedas de árvores e estruturas. MIGUEL A. LOPES/LUSA MIGUEL A. LOPES/LUSA -
Uma carruagem de um comboio da Fertagus na Estação Ferroviária do Pragal, em Almada, 14 de janeiro de 2025. A presidente da câmara municipal de Almada, Inês Medeiros fez esta manhã uma declaração sobre os constrangimentos apontados por vários utentes em horas de ponta na linha da Fertagus e particularmente na estação do Pragal. RUI MINDERICO/LUSA RUI MINDERICO/LUSA -
Uma popular passa por veículos danificados por uma árvore caída devido à passagem da tempestade Martinho na Tapada das Necessidades, em Lisboa, 20 de março de 2025. Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mais de 4.000 ocorrências relacionadas com o mau tempo foram registadas em Portugal continental entre as 00:00 e as 07:00, a maioria quedas de árvores e estruturas. MIGUEL A. LOPES/LUSA MIGUEL A. LOPES/LUSA
O mau tempo deu origem a 5.800 ocorrências e 15 desalojados, de acordo com o mais recente balanço da Proteção Civil, que reconhece tratar-se de um número “acima da média”. O registo diz respeito ao período entre as 00h00 de quarta-feira e as 11h00 desta quinta-feira, com destaque para a queda de árvores, tendo-se verificado ainda algumas inundações. Segundo o balanço feito por Alexandre Penha, adjunto de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), 15 pessoas ficaram desalojadas e 13 tiveram de ser deslocadas, em resultado da passagem da depressão Martinho.
Entretanto, a circulação na Linha de Cascais foi retomada cerca das 12h50 entre o Cais do Sodré e Algés, depois de ter estado totalmente interrompida devido a danos significativos numa catenária, revelou à Lusa hoje a Comboios de Portugal (CP). A circulação faz-se nos dois sentidos.
Veja aqui as ocorrências por setor:
COMBOIOS
- Linha de Cascais: circulação mantém-se interrompida devido a danos significativos na catenária.
- Linha do Norte: entre Bobadela e Alverca, uma zona de quatro vias, a circulação está apenas a efetuar-se por duas vias.
- Linha da Beira Alta: circulação entre Guarda e Celorico da Beira foi retomada às 10h50.
- Linha do Sul: circulação suspensa entre Pinheiro e Vale do Guizo.
- Linha do Sado: a circulação ferroviária faz-se entre Praias do Sado e Pinhal Novo.
- Linha do Douro: circulação suspensa entre Régua e Marco de Canaveses.
- Linha do Vouga: circulação suspensa entre Águeda e Eirol, devido à queda de uma árvore.
- Linha do Oeste: circulação condicionada devido à queda de árvores e chapas entre Caldas da Rainha e Leiria.
- Ramal de Tomar: circulação normalizada.
ESTRADAS
- Os efeitos do mau tempo provocaram diversas situações de constrangimento à circulação na rede rodoviária, resultantes principalmente da queda de árvores. Contudo, obstruções resultantes de quedas de árvores e painéis publicitários por todo o país vão sendo ultrapassados, sem registo de cortes.
- Situação mais crítica na N120 entre Odeceixe e Aljezur ao quilómetro 128,6 devido a problema de estabilidade de talude, sem previsão de retoma de circulação. Necessidade de encerramento já estava identificada.
AVIAÇÃO
- Aeroportos nacionais sem restrições, segundo a ANA.
TTSL/SOFLUSA
- Registaram-se supressões de carreiras durante a tarde e noite de ontem e esta manhã, das 6h30 até às 10 horas. As ligações foram normalizadas.
- O mau tempo causou danos em infraestruturas terrestres e marítimas que estão a ser avaliados e acompanhados com intervenções imediatas, de modo a assegurar a continuidade de serviço público em segurança.
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