Bruxelas admite que expressão “ReArmar a Europa” pode ferir sensibilidades. Vai deixar cair termo
Comissão Europeia admite deixar de utilizar o termo "ReArmar a Europa" para se referir ao plano de investimento em defesa, após críticas de Itália e Espanha.
Bruxelas vai deixar cair gradualmente o termo “ReArmar a Europa” (Rearm Europe) para se referir ao pacote proposto para investimento em defesa, após críticas de países como Espanha e Itália, e irá adotar uma nomenclatura mais abrangente: “Readiness 2030” (Prontidão 2030).
A posição já tinha sido sinalizada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em conferência de imprensa na quinta-feira após a reunião do Conselho Europeu, mas esta sexta-feira foi confirmado.
“Somos sensíveis ao facto de que o nome, como está, pode levantar algumas sensibilidades em alguns Estados-membros, o que é algo que, é claro, ouvimos“, esclareceu Paula Pinho, porta-voz do executivo comunitário, quando questionada pelos jornalistas sobre o tema.
Em causa está nomeadamente o desacordo dos líderes italianos e espanhóis, que se mostraram desconfortáveis com o termo “ReArmar a Europa”, por considerarem pesado, e alertaram que pode levar à alienação dos cidadãos.
“Se isto tornar mais difícil transmitir a mensagem a todos os cidadãos da UE sobre a necessidade de tomar estas medidas, então estamos prontos não só a ouvir, mas também a refletir isso na forma como comunicamos o assunto“, acrescentou a porta-voz do executivo comunitário. Assim, irá optar por usar a denominação do Livro Branco de Defesa – “Readiness 2030”.
Os Estados-membros, exceto a Hungria, renovaram na quinta-feira o apoio à Ucrânia e mantiveram a pressão sobre a Rússia, mas as conclusões deixam de fora qualquer referência aos 40 mil milhões de euros de ajuda adicional propostos pela Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Kaja Kallas.
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