PM promete abrir mais setores da economia da China ao investimento estrangeiro

  • Lusa
  • 23 Março 2025

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, prometeu hoje que a China irá abrir mais setores da economia ao investimento estrangeiro e "proteger os direitos e interesses legítimos de todas as empresas".

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, prometeu este domingo que a China vai abrir mais setores da economia ao investimento estrangeiro e “proteger os direitos e interesses legítimos de todas as empresas”.

A garantia foi dada num discurso proferido na abertura do Fórum Anual de Desenvolvimento da China, em Pequim, que contou com a presença de importantes líderes empresariais. Li enfatizou o compromisso do regime chinês com a “abertura económica” e pediu ainda que as empresas internacionais resistam ao protecionismo. “Esperamos que os empresários possam tomar medidas mais ativas para manter a globalização“, disse o número dois do Governo de Pequim.

Li afirmou ainda que espera que os líderes empresariais possam “trabalhar em conjunto, cooperar e alcançar um maior desenvolvimento das (…) empresas para benefício mútuo”.

“O Governo chinês esforçar-se-á por proteger os direitos e interesses legítimos de todas as empresas”, independentemente da nacionalidade dos proprietários, prometeu o primeiro-ministro.

O fórum conta com a presença de executivos de empresas multinacionais como a Mercedes-Benz e a Samsung, incluindo o diretor executivo da tecnológica norte-americana Apple, Tim Cook.

Há meses que Pequim está a tentar restaurar a confiança dos consumidores e das empresas, que foi enfraquecida por uma crise persistente no setor imobiliário e por novas tensões comerciais com os Estados Unidos.

Li Qiang afirmou que Pequim está preparada para “impactos externos inesperados”, referindo-se à guerra comercial desencadeada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. “Estamos preparados para choques inesperados, que, claro, vêm sobretudo do estrangeiro. O Governo chinês terá políticas em vigor para garantir o bom funcionamento da sua economia“, disse Li.

O dirigente prometeu que a China continuará na “direção certa da globalização” face à crescente fragmentação da economia mundial, à medida que se intensifica a guerra comercial com os EUA. “Como um grande país responsável, a China permanecerá firmemente do lado certo da história (…) [praticando] o verdadeiro multilateralismo”, disse Li, numa reunião com líderes de empresas multinacionais em Pequim.

A China “seguirá a direção correta da globalização económica, praticará o verdadeiro multilateralismo e esforçar-se-á por ser uma força de estabilidade e certeza”, disse Li, acrescentando que “a fragmentação da economia global está a intensificar-se”, enquanto “a instabilidade e a incerteza estão a aumentar”.

Pequim retaliou com taxas alfandegárias adicionais de até 15% sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos, incluindo trigo, soja e carne de vaca, em resposta às taxas adicionais de 20% que os EUA começaram a aplicar sobre as importações chinesas.

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