ActiveCap investe em fábrica de ovos moles e fecha negócio mais doce do Consolidar do Banco de Fomento
Em termos globais, a ActiveCap fechou sete investimentos em 2024 num valor global de 21 milhões de euros. Este ano já fechou dois negócios e espera concluir mais quatro ou cinco.
A ActiveCap fechou o segundo investimento no âmbito do programa Consolidar, do Banco Português de Fomento. A Fabridoce, uma empresa de referência na produção de ovos moles e outros doces conventuais, foi a escolhida. O reforço de capital vai servir para diversificar a gama de produtos, mas também conquistar novos mercados de exportação, avançou ao ECO Salvador Correia de Barros, partner da capital de risco.
A Fabridoce foi fundada em 1989 e é líder no segmento de doces tradicionais portugueses, “com elevado grau de sofisticação”. Além dos tradicionais ovos moles, a empresa tem sabido “ampliar a sua gama de produtos”, nomeadamente com a “produção de gelados, sob a insígnia Gelados de Portugal, de mochis e de brigadeiros”. No seu conjunto, já representam cerca de 50% da faturação da empresa, avançou ao ECO a ActiveCap.
“A faturação da Fabridoce ascende a dez milhões de euros e 20% das suas vendas são provenientes da exportação para os Estados Unidos e outros mercados europeus”, nomeadamente Espanha e França, detalhou Salvador Correia de Barros.
A ActiveCap decidiu investir nesta empresa que conta com 130 colaboradores, para “a fazer crescer nos mercados europeus e diversificar a gama de produtos a exportar para os EUA”, explicou o responsável, sem revelar o valor do investimento, que acabará por ser publicado no site do Banco de Fomento.
O business plan definido, feito a seis anos, prevê que a exportação passe a representar 40 ou 50% das vendas, mas para tal não será necessário contratar mais pessoas, nem aumentar as instalações da maior fabricante de ovos moles de Aveiro.
O negócio fechado a 14 de março é a segunda aposta da ActiveCap no âmbito do Consolidar e o segundo investimento que a capital de risco faz este ano.
“Estamos neste momento a analisar 36 oportunidades de investimento na indústria e serviços”, revelou Salvador Correia de Barros, “num investimento total de 180 milhões de euros”.
“Vamos ter de ser seletivos”, admitiu, porque “o objetivo é fazer mais quatro ou cinco investimentos este ano”, disse sem querer adiantar montantes.
Em termos globais, a capital de risco fechou sete investimentos em 2024 num valor global de 21 milhões de euros. Deste montante faz parte o investimento de 1,74 milhões de euros, no âmbito do Consolidar, feito na Agrocate, uma empresa dedicada à produção de abacate com explorações entre Faro e Vila Real de Santo António, que somam mais de 300 hectares de plantação.
As 11 capitais de risco que integram o Programa Consolidar, já investiram em 44 empresas – sem contar com a Fabridoce – num total de 170 milhões de euros do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), que foi lançado no contexto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O programa tem uma dotação de 500 milhões.
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