Jacinto disputa concurso de 200 milhões para produzir 800 veículos para exército argentino

Empresa familiar de Esmoriz que emprega 170 pessoas e fatura 50 milhões de euros, quer estar na linha da frente da área da defesa. Disputa concurso de 200 milhões.

A Jacinto, empresa de Esmoriz que produz veículos de combate a incêndio, está a apostar na produção de veículos militares para a polícia e o exército. A portuguesa está a disputar com mais três empresas (alemã, checa e francesa) um concurso 200 milhões de euros para produzir 800 veículos logísticos para o exército argentino.

“A Jacinto lançou oficialmente esta segunda-feira uma linha de produtos direcionados à defesa e segurança nas áreas militares e polícia”, revela ao ECO o diretor-geral, Jacinto Reis, que pertence à quarta geração da família, salvaguardando que já produziram cinco veículos anti-motim para a República Dominicana no final de 2024.

Nos dois primeiros meses do ano, a Jacinto enviou um protótipo para o exército argentino e foi selecionada para o concurso. “Esperamos que esta aposta possa alavancar a entrada de uma empresa portuguesa na produção de veículos de defesa militar que muito elevaria esta indústria em Portugal”, afirma Jacinto Reis.

Esperamos que esta aposta possa alavancar a entrada de uma empresa portuguesa na produção de veículos de defesa militar que muito elevaria esta indústria em Portugal.

Jacinto Reis

Diretor geral da Jacinto

Jacinto Reis que abraçou o negócio familiar em 2007 após terminar o curso de Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), detalha que o concurso contempla a entrega de 200 unidades por ano.

“Com a instabilidade política e a alavancagem financeira que existe para a parte da defesa, queremos estar nesta frente”, diz Jacinto Reis, numa altura em que o primeiro-ministro defende que a “indústria portuguesa pode reconfigurar-se para produzir equipamentos de defesa”, destacando que “Portugal tem excelentes condições para albergar investimentos na área”.

A Jacinto acabou de ganhar um contrato de 22 milhões de euros para produzir 81 veículos de combate a incêndio para a Grécia. Os veículos são entregues no prazo de 18 meses, adianta ao ECO o diretor-geral da empresa familiar.

Fundada em 1954 por Jacinto Marques de Oliveira, a fabricante nortenha, emprega 170 pessoas, fatura 50 milhões de euros e exporta 70% dos veículos para cerca de 40 mercados externos, sendo os principais Roménia, Estónia e Lituânia.

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