Galp recebe primeiro carregamento de gás de empresa dos EUA

Desde 2022 que a Galp esperava que a americana Venture Global LNG cumprisse o contrato assinado em 2018 para o fornecimento de um milhão de toneladas de gás natural por ano.

A Galp anunciou esta quarta-feira ao mercado que recebeu o primeiro carregamento de gás natural liquefeito GNL da Venture Global LNG, a empresa norte-americana com a qual assinou um contrato de 20 anos.

“Este primeiro carregamento assinala o início dos direitos e obrigações de take-or-pay estabelecidos no SPA de 20 anos, assinado a 2 de maio de 2018, com a Venture Global LNG, para 1 mtpa, da unidade de exportação de Calcasieu Pass LNG, na Louisiana, EUA”, lê-se no comunicado.

Em plena guerra comercial, com os Estados Unidos a exigirem que a Europa compre mais gás norte-americano para equilibrar as trocas comerciais entre os dois blocos, estava por cumprir o acordo de fornecimento de um milhão de toneladas de gás natural por ano, como noticiou o Público.

Na conferência com analistas a propósito da apresentação dos resultados de 2024, a co-presidente da Galp, Maria João Carioca, disse que a Galp não estava, novamente, a contar este ano com volumes provenientes do terminal de Calcasieu Pass. “Se esses volumes chegarem, serão um potencial benefício”, disse a responsável.

A Galp juntou-se às queixas formais apresentadas pela BP e Shell contra a Venture Global LNG em 2022 – ano de crise energética –, acusando a empresa norte-americana de não honrar contratos de fornecimento multibilionários assinados entre as partes, para lucrar com a venda do gás a compradores dispostos a pagar no mercado à vista.

“A entrega bem-sucedida desta primeira carga reforça a posição da Galp no setor do gás natural e GNL, diversificando e acrescentando flexibilidade ao seu portefólio”, escreve a Galp em comunicado ao mercado.

A fábrica de GNL da Venture Global, localizada na costa do Golfo, no estado do Luisiana, nos Estados Unidos, começou a produzir GNL em janeiro de 2022 e exportou a sua primeira carga dois meses depois. Mas a empresa argumentava não ter ainda alcançado capacidade para dar resposta às operações comerciais.

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