Ovos e carne de novilho lideram subidas de preços até à semana da Páscoa
Do cabaz de 63 produtos alimentares da Deco Proteste, os ovos e a carne de novilho para cozer foram os bens que registraram as maiores subidas de preços entre 1 de janeiro e 16 de abril de 2025.
Os preços de alguns produtos do cabaz alimentar típico da Páscoa subiram substancialmente desde o início do ano. Entre os maiores aumentos estão o dos ovos, que subiram 27% entre 1 de janeiro e 16 de abril, com a carne de novilho para cozer e o tomate chucha a fecharem o pódio dos maiores agravamentos, revela a Deco Proteste.
A análise ao cabaz de produtos alimentares essenciais indica que a 1 de janeiro de 2025 os portugueses pagavam 1,61 euros por uma dúzia de ovos. Três meses e meio depois, o mesmo produto custa agora 2,05 euros, o que corresponde a um aumento de 0,44 cêntimos.
No caso da carne de novilho para cozer, o preço subiu 2,45 euros no mesmo período, passando de 10,50 para 12,95 euros. A fechar as três maiores subidas está o tomate chucha, cujo preço subiu de 2,25 para 2,68 euros, uma diferença de 43 cêntimos.

Continuando a análise, entre os cinco produtos com maiores variações de preços no período entre 1 de janeiro e 16 de abril estão também as salsinhas Frankfurt e a polpa de tomate, a custarem, em termos absolutos, mais 43 e 27 cêntimos, respetivamente, o que correspondem a aumentos de 19% e 16%.
Feitas as contas, neste período, o cabaz de produtos aumentou, no total, 70 cêntimos (0,3%), de 236,17 para 236,87 euros.
“Desde o início da análise realizada pela Deco Proteste, a 5 de janeiro de 2022, alguns produtos alimentares relacionados com a comemoração da Páscoa subiram consideravelmente: a carne de novilho aumentou 123%; os ovos 79%; o azeite 52% e a farinha para bolos 46%”, lê-se no estudo. Em três anos, o mesmo cabaz passou a custar mais 49,17 euros.
Na variação semanal, de 9 de abril a 16 de abril, os produtos que registaram a maior variação de preço foram os douradinhos de peixe, que passaram a custar mais 64 cêntimos (11%); a carne de novilho para cozer, que aumentou 1,31 euros (11%); e as salsinhas Frankfurt, que custam agora mais 15 cêntimos (8%). Neste período, o cabaz total baixou 1,29 euros.
Quanto aos produtos com maiores variações de preço em relação ao período homólogo (16 de abril de 2025 vs. 17 de abril de 2024) destacam-se a carne de novilho para cozer, que ficou quatro euros mais cara (46%); os ovos, que encareceram 0,56 cêntimos (38%); e o peixe espada preto, que passou a custar mais 2,37 euros (31%).

Preço dos ovos continua em alta
O preço dos ovos na União Europeia (UE) subiu 6,7% em março quando comparado com o período homólogo. Já em Portugal a subida foi menos expressiva ao fixar-se em 2,9%, segundo os dados do Eurostat publicados esta quinta-feira. Portugal ocupa a 12º posição entre os 27 países onde o preço mais subiu.

Em Portugal, a taxa de inflação homóloga nos ovos acelerou em março face aos dois meses anteriores (2,8% em fevereiro e 2,7% em janeiro), de acordo com os dados do gabinete de estatístico europeu.
O líder da Associação Nacional dos Avicultores Produtores de Ovos (Anapo) disse ao ECO no início do mês que a crise aviária nos EUA é um dos principais culpados pela subida do preço dos ovos em Portugal, aliada ao “aumento dos custos de produção nos últimos anos” e ao “aumento do consumo”.
(Notícia atualizada às 14h20 com os dados do Eurostat)
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