Relatório preliminar sobre o apagão entregue esta sexta-feira. Medidas de “prevenção” já em vigor
O relatório completo apenas será comunicado ao regulador no prazo de 20 dias. Por precaução, Portugal deixou, para já, de importar eletricidade de Espanha.
A REN – Redes Energéticas Nacionais vai entregar esta sexta-feira um relatório preliminar à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, com a informação de que dispõe até à data sobre o apagão. A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, que se reuniu esta sexta-feira com a homóloga espanhola, garante que apesar de estar a tentar acelerar os relatórios pedidos a nível europeu, estão a ser tomadas, desde já, medidas de prevenção.
A confirmação foi dada ao ECO/Capital Verde por fonte oficial da REN. De acordo com um comunicado partilhado pelo regulador no rescaldo do colapso do sistema elétrico, quando existem incidentes de grande impacto, como é o caso do apagão, os operadores de rede devem enviar à ERSE informação preliminar, no prazo de três dias, contendo a melhor informação disponível que permita caracterizar o sucedido. Neste sentido, se se tiver em conta o feriado do dia do Trabalhador, a REN está dentro do prazo.
Deverá ainda ser entregue ao regulador um relatório completo, no prazo de 20 dias, no qual deverá constar a causa das interrupções do fornecimento e respetiva fundamentação; as consequências das interrupções, nomeadamente, o número de clientes afetados, as zonas geográficas afetadas e a energia não fornecida ou não distribuída; ações de reposição de serviço, caracterizadas, nomeadamente, quanto à cronologia, procedimentos adotados, dificuldades encontradas e estratégia de comunicação; e, finalmente, o impacto nos indicadores de continuidade de serviço, gerais e individuais, nos níveis de tensão.
A ministra do Ambiente e Energia, que esteve reunida com a homóloga espanhola Sara Aagesen por videochamada, esta sexta-feira, indicou ainda que o relatório que foi pedido a nível europeu sobre o sucedido costuma demorar seis meses a ser concluído. No entanto, pediu ao comissário com a pasta da Energia “para ser muito mais rápido e, pelo menos, ter um relatório intermédio”.
Contudo, acrescentou Maria da Graça Carvalho, “não [precisa] desse relatório para aplicar medidas”. “Por precaução, não estamos a importar [eletricidade] de Espanha. Estamos totalmente fornecidos por Portugal”, indicou a governante.
Além disso, sublinhou que, no futuro, a Península Ibérica tem de contar com mais sistemas de bombagem — permitem às centrais hídricas armazenarem energia — e mais baterias. Em paralelo, os dois países ibéricos prometem “continuar a luta para as interligações com França”.
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