UE “lamenta profundamente” tarifas de Trump sobre o aço
Novas taxas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos sobre a importação de aço e alumínio "prejudicam os esforços em curso para chegar a uma solução negociada", nota a UE.
A União Europeia (UE) “lamenta profundamente” as novas taxas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a importação de aço e alumínio, que “prejudicam os esforços em curso para chegar a uma solução negociada”.
“Se não for encontrada nenhuma solução mutuamente aceitável”, as “contramedidas” europeias “entrarão automaticamente em vigor em 14 de julho, ou mesmo antes, se as circunstâncias o exigirem”, disse um porta-voz da UE neste sábado, citado pela agência France-Presse (AFP), sublinhando que o bloco comunitário estava “pronto” para retaliar.
O anúncio de Donald Trump “adiciona ainda mais incerteza à economia global e aumenta os custos para os consumidores e empresas de ambos os lados do Atlântico”, criticou a Comissão Europeia.
O Presidente norte-americano anunciou na sexta-feira que a sobretaxa sobre o aço e o alumínio aumentaria para 50% na próxima quarta-feira, uma nova escalada na sua ofensiva protecionista.
Desde o seu regresso à Casa Branca, Donald Trump fez das tarifas um pilar central da sua política, e após um período de tensão, a UE esperava um “novo impulso” nas negociações após uma conversa telefónica entre Donald Trump e a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, há uma semana.
O Comissário Europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, e o seu homólogo norte-americano, Howard Lutnick, falaram várias vezes nos últimos dias.
Novas discussões poderão ocorrer na terça ou na quarta-feira, à margem de uma reunião ministerial em Paris da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Nos últimos meses, a UE já foi atingida três vezes por tarifas impostas pelo Governo norte-americano: 25% sobre o aço e o alumínio, anunciadas em meados de março, 25% sobre os automóveis e, em abril, 20% sobre todos os outros produtos europeus.
Esta última sobretaxa foi suspensa até 09 de julho pela administração Trump para permitir negociações, mas as tarifas de 10% ainda devem ser aplicadas à maioria dos produtos exportados para os Estados Unidos pelos 27 Estados-membros, a menos que os tribunais americanos bloqueiem definitivamente a sua passagem.
Dois tribunais inferiores decidiram esta semana que Donald Trump não tinha o direito de impor algumas destas tarifas, mas manter-se-ão em vigor até que o caso seja finalmente decidido.
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