Inflação na Zona Euro abrandou para 1,9% em maio, abaixo da meta do BCE

  • Joana Abrantes Gomes
  • 3 Junho 2025

No mês passado, a subida dos preços na área da moeda única ficou abaixo da meta de 2% do Banco Central Europeu. Face a abril, a inflação desacelerou em três décimas.

A taxa de inflação homóloga da Zona Euro cifrou-se em 1,9% em maio, abrandando 0,3 pontos percentuais face ao mês anterior, devido à queda dos preços da energia e a uma descida acentuada da inflação no setor dos serviços, segundo a estimativa rápida divulgada esta terça-feira pelo Eurostat.

O boletim do serviço estatístico europeu mostra que a inflação ficou abaixo da projeção compilada pela Bloomberg que apontava para 2,1%, além de ter ficado abaixo da meta de 2% fixada pelo Banco Central Europeu (BCE).

A inflação subjacente — que exclui energia e alimentos não transformados — terá desacelerado três décimas, para os 2,4%.

Analisando as principais componentes da inflação da área do euro, estima-se que os produtos alimentares, o álcool e o tabaco apresentem a taxa anual mais elevada em maio (3,3% versus 3,0% em abril), seguidos dos serviços (3,2% versus 4,0% em abril), dos produtos industriais não energéticos (0,6%, estável em comparação com abril) e da energia (-3,6%, estável face a abril).

Entre os Estados-membros, as taxas anuais mais baixas medidas pelo Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor (IHPC) foram registadas em Chipre (0,4%), França (0,6%) e Irlanda (1,4%). Já os valores mais altos foram observados na Estónia (4,6%), na Eslováquia e na Croácia (ambas 4,3%).

Portugal registou, em maio, uma inflação medida pelo IHPC de 1,7%, abaixo da de 3,8% do mês homólogo e da de 2,1% registada em abril.

Em comparação com abril de 2025, o Eurostat estima que a inflação anual desceu em 13 Estados-membros, manteve-se estável em um e subiu em seis.

Desde junho passado, o BCE reduziu as taxas de juro sete vezes, sendo que estes dados apoiam um novo corte na reunião de 5 e 6 de junho, mesmo com as tensões comerciais globais a alimentarem as pressões sobre os preços a longo prazo.

(Notícia atualizada às 11h03)

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