Montenegro promete à Nato que Portugal vai gastar 3,5% do PIB em defesa nos próximos dez anos

À entrada para a cimeira da NATO, em Haia, o primeiro-ministro assegurou aos portugueses que o aumento da despesa em defesa será feito com "equilíbrio" e "sem pôr em causa a estabilidade financeira".

O primeiro-ministro garantiu que Portugal tem como objetivo gastar 3,5% em defesa nos próximos 10 anos. À entrada para a cimeira da NATO, em Haia, Luís Montenegro assegurou, porém, que essa meta será atingida com “equilíbrio” e “sem pôr em causa a estabilidade financeira” do país.

“Estimamos atingir os 3,5% do PIB nos próximos dez anos, mas aquilo que é importante para nós salvaguardar é que faremos isto com equilíbrio, de forma progressiva, conciliando todas as nossas responsabilidades, nomeadamente a estabilidade financeira e, por via dela, também a responsabilidade”, indicou o governante.

Paulo Rangel antecipou o mês passado que Portugal vai cumprir os compromissos com a NATO em “duas etapas”: gasto de 3,5% do PIB em “investimento claro” e mais “1,5% em infraestruturas”.

“Não queremos apenas gastar mais dinheiro, queremos investir mais na nossa indústria, investir mais na nossa capacidade, dinamizar a nossa economia, aproveitar os nossos recursos humanos que, do ponto de vista tecnológico, estão num estádio de vanguarda, e criar novas oportunidades de emprego”, disse o governante.

Luís Montenegro à chegada da cimeira da NATO, em Haia (Países Baixos)Lusa

O secretário-geral da NATO defendeu que “não há alternativa” a investir 5% do PIB na área da defesa e considerou que os políticos “têm de fazer escolhas na escassez”, reconhecendo que “não é fácil”. Montenegro considerou esta quarta-feira que “todos teremos de fazer um esforço”.

Montenegro reforçou ainda que Portugal assume o encargo de atingir os 2% do PIB em defesa este ano, sem orçamento retificativo, cortes em despesas sociais ou prejudicar as contas públicas, o que significa um aumento de cerca de 1.300 milhões. Na segunda-feira, o Presidente da República disse que o Governo “está em condições” de chegar aos 2% do PIB em defesa já este ano “porque o Orçamento do Estado é muito flexível e permite acomodar essa subida”.

Os 32 líderes da NATO estão reunidos esta quarta-feira em cimeira para chegar a um novo compromisso para gastarem mais em defesa face à instabilidade geopolítica mundial.

(Notícia atualizada às 10h10 com mais informação)

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