Autoridade da Concorrência aprova venda da Padaria Portuguesa aos espanhóis da Rodilla

Negócio no retalho alimentar não suscitou problemas para a Autoridade da Concorrência. Primos Nuno Carvalho e José Diogo Quintela têm 'luz verde' para levar a empresa além-fronteiras.

A Autoridade da Concorrência (AdC) aprovou a aquisição da Padaria Portuguesa pelo grupo espanhol Rodilla. A decisão do regulador de não travar este negócio ibérico do retalho alimentar prende-se com a consideração de que não existem riscos para a concorrência.

O grupo Rodilla é composto pelas marcas Rodilla, Hamburguesa Nostra, Vaca Nostra, Café de Indias e Jamaica e nasceu em 1939 em Madrid. Por detrás desta holding de restauração, liderada por María Carceller Arce, está a cervejeira Damm desde 2015.

A Damm é uma empresa com histórico de investimentos em Portugal. Além de ter uma das maiores empresas do distrito de Santarém — a antiga Font Salem, onde foi produzida a cerveja Cintra –, em 2012 comprou à Sumol+Compal a marca de cerveja Tagus por cerca de 2,6 milhões de euros.

Em declarações ao ECO, a Rodilla confirmou que a Padaria Portuguesa iria entrar noutros países, mantendo a gestão nacional, que está a cargo de Nuno Carvalho, fundador e CEO da empresa, que gere com o primo, o humorista José Diogo Quintela.

“Gostamos do país e da proximidade e adoramos a qualidade do produto e a dedicação ao serviço ao cliente. A Rodilla valoriza o artesanato, a qualidade dos produtos, o atendimento e a proximidade, sendo que estes mesmos valores são representados pela Padaria Portuguesa”, disse fonte oficial do grupo, sem apresentar detalhes sobre os próximos mercados — além de Espanha — para onde irão os pães de Deus e os croissants brioche criados pelo chef pasteleiro Paulo Cardoso.

Ainda antes deste negócio, a Padaria Portuguesa tinha em curso um plano de expansão que envolvia um investimento no valor total de 16 milhões de euros e a criação de até 600 postos de trabalho para atingir os 1.600 colaboradores. O objetivo era que a faturação da panificadora supere os 80 milhões de euros, praticamente o dobro dos cerca de 44 milhões de euros de volume de negócio registado em 2024.

O plano de crescimento anunciado pel’A Padaria Portuguesa em outubro do ano passado previa mais lojas na Grande Lisboa e na região do Porto para atingir os 120 espaços nos próximos três anos.

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