BBVA mantém OPA sobre Sabadell
BBVA decidiu manter a oferta superior a 11 mil milhões de euros sobre o rival Sabadell, apesar de o Governo ter endurecido as condições do negócio, incluindo a proibição de fusão durante três anos.
O BBVA decidiu manter a oferta pública de aquisição (OPA) hostil que lançou há mais de um ano sobre o rival Sabadell. O banco liderado por Carlos Torres estava a avaliar a operação depois de o Governo espanhol ter endurecido as condições do negócio, incluindo a proibição de fusão durante três anos.
“O BBVA decidiu não desistir da oferta e, portanto, a mesma mantém-se em vigor conforme o previsto na norma aplicável”, assinala a entidade em comunicado.
“O projeto cria um enorme valor para os acionistas de ambas as entidades e representa uma oportunidade única para construir um dos bancos mais competitivos e inovadores da Europa”, afirmou Carlos Torres, num comunicado publicado poucos momentos depois.
O responsável acrescenta: “Juntos seremos uma entidade mais sólida, com maior escala e com capacidade para aumentar em 5.000 milhões de euros anuais o financiamento a famílias e empresas, impulsionando assim o crescimento económico do nosso país”.
O Governo espanhol autorizou o BBVA a avançar com a OPA hostil sobre o Sabadell. Ainda assim, segundo anunciou na semana passada, endureceu as condições para que a operação avaliada em 11 mil milhões de euros possa avançar. O BBVA terá de manter o Sabadell como banco separado e com uma gestão autónoma durante, pelo menos, três anos, tornando mais difícil a realização de sinergias que se estimam que andariam na ordem dos 850 milhões.
Carlos Torres acredita que a maior parte das sinergias ainda são alcançáveis, embora a um ritmo mais lento, segundo adiantam fontes ao Expansión. Foi isso que ajudou a convencer os conselheiros do BBVA a manter de pé a oferta sobre o concorrente.
Em nenhum momento, quer o banco ou Carlos Torres mencionam a possibilidade de avançar pela via judicial contra o Governo por conta das novas condições impostas.
A OPA hostil foi lançada há mais de um ano e já teve luz verde do Banco Central Europeu (BCE) e da Autoridade da Concorrência espanhola, sendo que esta última já tinha imposto uma série de condições para autorizar a operação.
(Notícia atualizada às 18h02)
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