“Made for Germany”. Empresas prometem investir 631 mil milhões de euros na Alemanha até 2028
Mais de 60 empresas alemãs garantiram ao Governo de Friedrich Merz fazer investimentos no valor total de 631 mil milhões de euros para ajudar a recuperar economia do país.
O chanceler alemão, Friedrich Merz, reúne-se esta segunda-feira com representantes de 61 empresas que, no seu conjunto, prometeram investir 631 mil milhões de euros até 2028 para restaurar a confiança na economia do país.
As empresas presentes, que incluem o Deutsche Bank e a Siemens, vão apresentar a Merz e ao ministro das Finanças, Lars Klingbeil, a sua iniciativa “Made for Germany”.
Os 631 mil milhões de euros incluem investimentos de capital, despesas de investigação e desenvolvimento (I&D) e ainda compromissos de investimento internacional, de acordo com as empresas.
A economia alemã, a maior da Zona Euro, está em recessão há dois anos consecutivos e as previsões dos analistas antecipam que 2025 será mais um ano difícil, com projeções de crescimento entre as mais fracas dos países desenvolvidos.
Em declarações ao jornal Handelsblatt, o CEO da Siemens, Roland Busch, esclareceu que o dinheiro anunciado pelas empresas é “capital novo, mas também capital que já foi comprometido”, acrescentando que é preciso “coragem para mudanças estruturais na política e [que] é imperativo que sejam dados grandes passos”.
Espera-se que as empresas, presentes na reunião desta segunda-feira, pressionem o Governo alemão a aprovar mais rapidamente projetos de infraestruturas e medidas para combater a escassez do mercado de trabalho na Alemanha.
O Governo liderado por Merz, por sua vez, adiantou que a reunião se irá focar em como melhorar o clima de investimento e a atratividade da Alemanha como destino de negócios.
“Os investimentos da iniciativa são um sinal muito poderoso de que estamos a viver uma mudança de sentimento e a consolidá-la. A mensagem é muito clara: a Alemanha está de volta. Vale a pena investir novamente na Alemanha. Não somos um lugar do passado, mas um lugar do presente e, acima de tudo, do futuro”, afirmou o chanceler alemão.
O líder conservador fez da revitalização da economia alemã uma das suas principais prioridades desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro, sublinhando, numa conferência de imprensa na semana passada, que a sua coligação estava a “levar a questão da redução da burocracia muito a sério”.
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