Endividamento das famílias cresce 6,1% ao ritmo mais acelerado de sempre
O nível de endividamento das famílias superou os 164 mil milhões de euros em maio, renovando máximos de dezembro de 2011, por conta de um crescimento homólogo recorde de 6,1%.
O nível de endividamento das famílias continua a crescer e a renovar recordes a cada mês que passa. Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, o endividamento dos particulares registou um crescimento homólogo de 6,1% em maio, o valor mais elevado desde dezembro de 2008, quando o Banco de Portugal iniciou o registo desta série estatística.
Esta aceleração inscreve-se numa tendência ascendente que se tem intensificado desde o final de 2023. Aliás, desde dezembro de 2023 que a taxa de crescimento homóloga do endividamento dos particulares tem registado uma tendência de constante subida face ao registado no mês anterior. Esta tendência coloca atualmente o stock global de dívida das famílias acima dos 164 mil milhões de euros, atingindo o maior volume desde dezembro de 2011.
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O panorama de crescimento do endividamento não se circunscreve apenas às famílias. O endividamento do setor não financeiro aumentou 7,9 mil milhões de euros em maio, atingindo um novo máximo histórico de 839,1 mil milhões de euros em maio, segundo dados do Banco de Portugal.
Também o setor público registou um aumento do endividamento, como resultado de um crescimento de 4,4 mil milhões de euros em maio, representando a maior parcela do crescimento do endividamento da economia nacional. Esta expansão ocorreu “sobretudo junto do exterior”, através da aquisição por não residentes de títulos de dívida pública portuguesa, refere o Banco de Portugal em comunicado.
O setor privado, que engloba empresas e particulares, manteve-se relativamente estável, com o endividamento das empresas privadas a registar inclusive uma redução de 900 milhões de euros no mês de abril.
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