Assembleia dos Açores requer auditoria do Tribunal de Contas às contas do grupo SATA
Assembleia Legislativa dos Açores pede uma auditoria independente, a ser realizada pelo Tribunal de Contas, ao cumprimento do plano de reestruturação e às contas do grupo SATA, entre 2020 e 2024.
A resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) que defende a realização de uma auditoria independente às contas do grupo de aviação SATA, entre 2020 e 2024, foi publicada esta sexta-feira em Diário da República.
Segundo a publicação, a ALRAA solicita “uma auditoria independente, a ser realizada pelo Tribunal de Contas, ao cumprimento do plano de reestruturação e às contas do grupo SATA, entre 2020 e 2024, que também inclua as opções gestionárias e intervenções do acionista com repercussões nos resultados líquidos de cada ano auditado“.
A proposta do PS foi aprovada, por larga maioria, pelo parlamento açoriano, no dia 10 de julho. “Importa, rapidamente e através de uma auditoria independente e qualificada do Tribunal de Contas, assegurar mais transparência, maior escrutínio e uma efetiva prestação de contas ao grupo SATA, incluindo a análise rigorosa do plano de reestruturação e das opções de gestão e do acionista”, justificou Carlos Silva, deputado socialista, durante a apresentação da iniciativa na Assembleia Legislativa, na Horta.
Segundo o parlamentar, os prejuízos acumulados da SATA, entre 2021 e 2024, atingiram os 213 milhões de euros, o que demonstra “a degradação da situação financeira” da companhia aérea e atesta também “o fracasso completo do plano de reestruturação” da transportadora, que está em processo de privatização.
O secretário regional dos Assuntos Parlamentares, Paulo Estêvão, disse na ocasião que o executivo regional de coligação (PSD/CDS-PP/PPM) não se opunha à realização de qualquer auditoria à SATA: “Faça as auditorias que quiser. Quem não deve não teme.”
O pedido de auditoria foi aprovado por quase todos os partidos com assento parlamentar nos Açores, à exceção do deputado único da Iniciativa Liberal, Nuno Barata, que votou contra, por entender que os restantes partidos estão a utilizar a companhia aérea como “arma de arremesso político”.
Segundo o executivo regional, as negociações para a conclusão do processo de alienação de 76% do capital da Azores Airlines (que faz as ligações de e para fora do arquipélago) “estão a decorrer a bom ritmo”, tanto com o consórcio Newtor/MS Aviation, como com a própria Comissão Europeia.
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