Fusões e aquisições de empresas caíram 18% até julho
Mercado transacional português movimentou cerca de 4,8 mil milhões de euros nos primeiros sete meses do ano, segundo a TTR Data. Venda da Matrizevidente foi o negócio em destaque no mês passado.
Portugal registou 309 operações de fusões e aquisições de empresas nos primeiros sete meses do ano, o que ainda não foi suficiente para ‘esverdear’ o mercado transacional. O número de negócios teve uma queda de 18% em relação ao mesmo período de 2024, de acordo com os dados divulgados pela TTR Data.
Entre janeiro e julho, as transações de M&A (Mergers & Aquisitions) envolvendo empresas nacionais movimentaram 4,8 mil milhões de euros. É um valor 41% inferior ao do ano passado, mas menos de metade (42%) das operações tiveram os preços publicados.
O setor do imobiliário mantém-se como o mais ativo em 2025, com 53 transações ao longo dos últimos sete meses, seguindo-se a tecnologia (Internet, software e serviços de TI) com 35.
No contexto transfronteiriço (cross-border), Espanha e Estados Unidos foram os países que fizeram o maior número de investimentos em Portugal (34 e 21, respetivamente) e vice-versa. As empresas portuguesas também escolheram Espanha e Estados Unidos como principal destino de investimento (21 e 11, respetivamente).
A área de private equity manteve-se estável, tendo em conta que foram contabilizadas 43 transações, que representaram uma queda de apenas 2% em termos homólogos. A mesma performance não se verificou no capital de risco (venture capital), tendo em conta que as 65 rondas de investimento no total de 440 milhões de euros significaram uma diminuição de 32% no volume.
Quanto à compra de ativos (asset acquisitions), registaram-se 77 transações (-2%) num acumulado de 2,1 mil milhões de euros.
Em julho contabilizaram-se 48 fusões e aquisições (entre anunciadas e concluídas) num valor total de 691,85 milhões de euros.
O negócio de julho foi a venda da Matrizevidente à MM Capital Partners 2, Mizuho Leasing e Daiwa Energy & Infrastructure por parte da TotalEnergies por 178,5 milhões de euros, segundo os analistas da TTR Data. A operação contou com a assessoria jurídica das sociedades de advogados Morais Leitão e Uría Menéndez Portugal. Em relação aos assessores financeiros, embora não tenham entrado nesta compra/venda em específico, o CFI Portugal e o Banco Bradesco BBI lideram o ranking do ano.
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