Câmaras amealham recorde de 65 milhões até junho com taxa turística

As câmaras municipais arrecadaram um valor recorde de 65 milhões de euros no primeiro semestre do ano com a taxa turística, que compara com os 33 milhões de euros encaixados no mesmo período de 2024, avança esta quinta-feira o Dinheiro Vivo (acesso pago).

Os cálculos apontam para quase uma duplicação das receitas (+94%) com a cobrança da taxa que incide sobre as dormidas dos hóspedes que pernoitam em estabelecimentos de alojamento turístico no país. Este é o maior salto de sempre registado no valor gerado com a aplicação desta taxa e que se justifica, principalmente, pelo aumento dos montantes cobrados, mas também pelo alargamento do período durante o qual são aplicadas.

No entanto, a lista de câmara que optam por aplicar esta taxa tem vindo a crescer. Atualmente, 43 dos 308 concelhos do país cobram um valor extra às noites dos turistas que pode variar entre um e quatro euros, o que compara com 18 no primeiro semestre do ano passado. Lisboa é a autarquia que mais receita obtém com a taxa de dormida e a taxa de chegada por via marítima cobrada aos passageiros dos navios de cruzeiro. Nos primeiros seis meses do ano, a câmara liderada por Carlos Moedas arrecadou 38,3 milhões de euros. Um aumento 98% face a 2024 explicado pelo facto de a taxa turística ter passado de dois para quatro euros, compensando a ligeira quebra homóloga das dormidas no primeiro semestre.