Patrick Drahi vai relançar venda do negócio de banda larga em França por 10 mil milhões
Altice France, que detém uma participação de 50,01% na XpFibre, prepara nova tentativa de venda da empresa. Processo está com os bancos Lazard e BNP Paribas e deve arrancar esta semana.
O empresário franco-israelita Patrick Drahi está a preparar-se para relançar a venda da participação que detém na empresa de banga larga XpFibre. O processo deve arrancar ainda esta semana e tem como interessados fundos internacionais como KKR, GIP – Global Infrastructure Partners e Ardian, avançou esta terça-feira o Financial Times.
Patrick Drahi detém uma posição maioritária de 50,01% da XpFibre através da Altice France e espera que o negócio renda 10 mil milhões de euros pela “dimensão e rentabilidade”, de acordo com a informação transmitida ao jornal britânico por várias fontes. É a segunda tentativa, mais de um ano depois e tem precisamente os mesmos candidatos. No ano passado, o negócio não avançou por causa de divergências na avaliação da empresa com os potenciais compradores.
Desta vez, o processo está a ser coordenado pelos bancos Lazard e BNP Paribas e pode atrair outros compradores, como a australiana IFM e o fundo de pensões canadiano La Caisse (ex-CDPQ), mas é possível que o bilionário encaixe apenas entre sete a oito mil milhões de euros com a venda, segundo a mesma publicação.
A rede da XpFibre cobre mais de sete milhões de casas em França. Além da Altice France, conta com a Omers Infrastructure (Canadá), Allianz (Alemanha) e Axa Investment Managers (França) entre os acionistas.
A Altice France – que é um dos três braços do grupo além da internacional e da proprietária da Meo, a Altice International – também detém a operadora SFR no mercado francês. Em maio, a Bloomberg noticiou que a Altice estava também a ponderar vender uma posição de controlo na SFR que a poderia avaliar em 30 mil milhões de euros, incluindo a dívida.
Cerca de três meses antes, a Altice France e os credores chegaram a um acordo que elimina 8,6 mil milhões de euros de dívida da empresa e prolonga a maturidade da dívida. O acordo, que deverá ficar concluído em outubro, manteve Patrick Drahi na liderança da empresa, mas os credores ficam com uma percentagem de 45% da sociedade.
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