Professor e empresário de media é o “ministro sombra” das Finanças e Economia do Chega

Rui Teixeira dos Santos foi coordenador do serviço de estudos e planeamento da Santa Casa de Lisboa e consultor na Abreu Advogados. São já sete os nomes conhecidos do "governo sombra" de Ventura.

Empresário e professor, Rui Teixeira do Santos será o “ministro” da Economia e Finanças do “governo sombra” do Chega, confirmou o ECO depois de a informação ter sido adiantada pelo Diário de Notícias. Ao todo, são já sete os nomes conhecidos do elenco governativo de André Ventura.

Para a pasta da Economia e Finanças, vai Rui Teixeira do Santos. É docente do ISG, cujo novo diretor é Vítor Escária, antigo assessor de Sócrates e ex-chefe do gabinete de António Costa, que se demitiu deste último cargo após a descoberta de 75.800 euros em notas escondidas na sua sala de trabalho, no gabinete do primeiro-ministro, o que contribuiu para a demissão de António Costa em novembro de 2023. Atualmente é arguido no processo Influencer.

Rui Teixeira do Santos foi coordenador do Serviço de Estudos, Planeamento, Auditoria e Jurídico da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, consultor da Abreu Advogados, autor de livros como “Economia Política da Corrupção” e “Direito Português da Corrupção”, mas o seu percurso ficou gravado por causa dos negócios nos media: Na década de 90, foi presidente da administração e diretor do “Semanário”, que acabou por falir, deixando elevadas dívidas ao Estado e a jornalistas, entre outros credores. Mais recentemente, esteve na origem do jornal Novo, em 2020.

Rui Teixeira dos Santos

André Ventura já tinha revelado, em entrevista ao Now, os primeiros quatro nomes do seu executivo sombra, cuja criação prometera após as legislativas de 18 de maio.

O independente Jorge Cid, médico-veterinário, que foi bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários durante 12 anos, é a escolha para a pasta da Agricultura. Horácio Costa, antigo diretor do serviço de Cirurgia Plástica Reconstrutiva do Hospital de Vila Nova de Gaia, fica com a pasta “sombra” da Saúde.

Para a Administração Interna, o escolhido é Fernando Silva, professor de Direito Penal na Universidade Autónoma de Lisboa, enquanto Teresa Nogueira Pinto, mestre em Relações Internacionais e Doutorada em Ciência Política pela Universidade Católica Portuguesa, vai para a Cultura.

Outros dois nomes, avançados pelo Observador e confirmados pelo ECO, são o de Rui Gomes da Silva — que foi ministro dos Assuntos Parlamentares e ministro-Adjunto no Governo de Pedro Santana Lopes e deputado do PSD durante vários anos — para a pasta da Justiça, e Miguel Corte Real (que liderou a bancada do PSD na Assembleia Municipal do Porto e é o atual cabeça-de-lista às eleições autárquicas pelo Chega no Porto) para a Reforma do Estado.

Entretanto, a Lusa confirmou também, através de fonte oficial do partido, que o professor universitário Alexandre Franco de Sá ficará responsável pelas pastas da Educação, Ciência e Inovação. É docente e doutorado pela Universidade de Coimbra, dedicando-se sobretudo à área da Filosofia Social e Política.

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