“Aprender é o melhor seguro de vida”. Santander lança quatro bolsas
Novo estudo mostra que 81% consideram necessário continuar a expandir as suas competências, num mundo do trabalho em profunda transformação.
A transformação do mercado de trabalho tem vindo a tornar-se cada vez mais rápida e tecnologias como a inteligência artificial (IA) trazem mudanças sem precedentes. A formação e o desenvolvimento de novas competências, quer técnicas, quer emocionais, são essenciais para manter a relevância no mundo laboral.
Num futuro em que a IA assume mais tarefas, o que resta aos humanos? A aprendizagem ao longo da vida, que passou de opção a necessidade, indica o relatório “Tomorrow Skills”, desenvolvido pelo Santander.
Entre os mais de 15 mil inquiridos, 81% consideram necessário continuar a expandir as suas competências, mas o valor sobe para 87% entre os que frequentaram o ensino superior. Os formatos de aprendizagem também estão a evoluir e o ensino tradicional parece já não ser suficiente para dar resposta aos novos desafios do mercado de trabalho.
De facto, 45% dos participantes acreditam que a experiência prática é mais relevante que a educação formal e metade entende que adquirir competências emocionais é tão importante quanto obter competências técnicas.
Embora a aprendizagem, nas suas várias formas, assuma um papel de destaque no desenhar do novo mercado de trabalho, o acesso ao conhecimento não é igual para todos. Se por um lado o custo e o tempo investido estão entre as principais barreiras apontadas, por outro, a formação e a educação são essenciais para “reparar o elevador social e reduzir desigualdades”, disse Inês Rocha de Gouveia durante a apresentação do relatório. A presidente da Fundação Santander acredita que a aprendizagem é a força motriz da sociedade e destaca a atuação da Santander Open Academy nesse contexto.

A plataforma, que oferece cursos totalmente subsidiados, conteúdos gratuitos e bolsas de estudo, tem mais de 400 mil inscritos e já transformou vidas. Com o objetivo de continuar a democratizar o conhecimento, a fundação anunciou a abertura de quatro bolsas no valor de 1.500 euros, abertas a todos.
O futuro começa agora

A formação ao longo da vida, a IA e a sua utilização responsável são questões que pedem reflexão no presente, para que se possam criar condições para enfrentar os desafios do futuro. Depois da apresentação do estudo, seguiu-se uma conversa sobre as mudanças a fazer, nomeadamente no ensino e nas empresas.
A educação, um pilar fundamental para o desenvolvimento da sociedade, precisa de se transformar. Se atualmente o conhecimento está na palma da mão, à distância de um toque no ecrã de um telemóvel, cria-se um obstáculo “a um sistema de ensino que tradicionalmente era detentor do conhecimento”, apontou Vânia Neto.
A skilling lead da Microsoft para a Europa, Médio Oriente e África, defendeu que o sistema educativo tem de se atualizar e fomentar o “pensamento crítico” dos jovens, sob pena de se tornar frustrante para professores e alunos.
No sentido de encorajar o espírito crítico e de análise, Dino D’Santiago, artista e ativista, considera que “todos os lugares podem ser uma escola” e que a “salvação” da educação passa por tornar-se mais subjetiva e menos hierárquica.
Do lado empresarial, o desafio passa ainda pela mudança de mentalidades. Embora não possam ser o único garante de aprendizagem contínua, as organizações devem “disponibilizar mais tempo” aos trabalhadores para aprender. Para Teresa Moreira, consultora de estratégia e inovação sustentável, integrar o tempo de aprendizagem no trabalho é o caminho a seguir – caso contrário, não é possível desenvolver as competências necessárias para “trabalhar melhor”.

Num mundo cheio de incerteza, o domínio de novas competências tornou-se um desafio de todas as gerações a que só se pode responder com conhecimento. “Aprender é o melhor seguro de vida. Ninguém pode ficar para trás”, afirmou Miguel Belo de Carvalho, administrador do Banco Santander, no encerramento da apresentação do “Tomorrow Skills”.
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