BRANDS' ECO AI Day vai mostrar como a inteligência artificial já transforma a banca
O evento conjunto do novobanco e da Microsoft vai mostrar como a IA está a mudar processos e a gestão de equipas. São três dias de hackathons, talks e demonstrações práticas.
Se a banca do futuro terá na inteligência artificial (IA) uma das suas principais caixas de ferramentas, a realidade do presente já é também moldada pela revolução tecnológica. Mas é preciso estar preparado para abraçar a disrupção, uma missão a que se propõem o AI Day, iniciativa do Novo Banco em parceria com a Microsoft, que decorre entre 7 e 9 de outubro. São três dias de hackathons, talks e demonstrações práticas que vão envolver colaboradores e parceiros para mostrar como a tecnologia pode aumentar a eficiência e criar novas formas de servir os clientes.

“O AI Day visa, de forma muito prática, mostrar como é que se pode trazer estas ferramentas para o dia a dia, libertar tempo para promover a criatividade, dar melhor equilíbrio na vida pessoal e, claro, melhor servir os clientes”, explicou João Paixão Moreira, Chief Commercial Officer Retail do novobanco, durante uma talk promovida pelo ECO.
Assista aqui:
A aposta faz parte de um esforço mais amplo de capacitação, numa altura em que o banco já formou mais de 1400 colaboradores em ferramentas de IA, sendo que 850 dispõem de funcionalidades mais avançadas, garantindo maior eficiência e impacto nas suas atividades. Nos dois primeiros dias do evento, em formato hackathon, cada participante será desafiado a criar o seu próprio agente de inteligência artificial para tarefas específicas. O dia 9 fica reservado para conferências e partilha de casos de uso.
Para a Microsoft, esta iniciativa tem uma relevância que ultrapassa as fronteiras do setor financeiro e que se compara a outras grandes revoluções do passado recente. “A inteligência artificial não é uma tecnologia em si mesma, é uma plataforma de uso geral, como foi a internet. Vai obrigar a mudar hábitos de trabalho e a criar uma nova interação entre pessoas e tecnologia”, sublinha Ricardo Pires Silva, Diretor de Vendas Comerciais da tecnológica.

Quando um cliente entra na nossa aplicação, triangulamos milhares de dados para confirmar que o dispositivo é legítimo e a localização é habitual, bloqueando operações suspeitas. A proteção é essencial
A parceria entre as duas empresas, que já vai longa, tem dado frutos na capacitação das equipas do banco, mas também na criação de soluções para gerar mais valor. O novobanco foi um dos primeiros clientes a adotar o Fabric para centralização e governo de dados, que combina com o stack Azure para os temas de IA, o que lhe permitiu desenvolver mais de 60 modelos de IA. Entre eles, destaca-se a assistente virtual que atende chamadas e resolve questões dos clientes, uma solução que aumentou em 30 pontos percentuais a satisfação dos utilizadores.
Outros exemplos incluem notificações personalizadas na app, campanhas de cashback automatizadas ou mecanismos avançados de combate à fraude. “Quando um cliente entra na nossa aplicação, triangulamos milhares de dados para confirmar que o dispositivo é legítimo e a localização é habitual, bloqueando operações suspeitas. A proteção é essencial”, exemplifica João Paixão Moreira.

Defendemos a boa regulação porque não trava a inovação, acelera-a e dá escala
Mas o poder da IA é mais do que aquele que os olhos conseguem ver de fora, e tem sido fundamental para acelerar processos internos. No tratamento de reclamações, o tempo de resposta caiu, em alguns casos, em 80% graças a sistemas que leem documentos, cruzam informação e sugerem soluções, com posterior supervisão humana. Se antes cerca de 20% das reclamações não eram resolvidas dentro do prazo previsto, hoje esse número caiu para 0,4%.
“Segurança, compliance e utilização responsável são inegociáveis”, assinala Ricardo Pires Silva, referindo-se às exigências particulares do setor da banca. Questionado sobre o papel da regulação, o executivo não tem dúvidas de que é importante, mas precisa de ser menos burocrática. “Defendemos a boa regulação porque não trava a inovação, acelera-a e dá escala”, afirma Ricardo Pires Silva, lembrando o trabalho que a Microsoft tem desenvolvido com a Comissão Europeia neste campo.
Quanto ao futuro, que cada vez mais é medido em semanas e meses, a visão da banca passa por combinar o atendimento personalizado com a eficiência digital. “A banca é um negócio que permite concretizar sonhos. Nesses momentos importantes, o contacto humano continua essencial. A tecnologia deve libertar tempo para que possamos estar mais próximos dos clientes no que verdadeiramente importa”, defende João Paixão Moreira.
Do lado de quem ajuda, diariamente, a desenhar as soluções que vão transformar as empresas e a sociedade, Ricardo Pires Silva não tem dúvidas de que “o que nos espera é mais inovação, em mais processos, com mais escala e velocidade. Nesta indústria, costuma dizer-se que não se respeita a tradição, só se respeita a inovação”, brinca.
Saiba mais sobre a iniciativa AI Day, que decorre de 7 a 9 de outubro, na talk que juntou os responsáveis do novobanco e da Microsoft.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
AI Day vai mostrar como a inteligência artificial já transforma a banca
{{ noCommentsLabel }}