Fusões e aquisições movimentam 6,9 mil milhões até setembro

Número de transações caiu 6% em relação aos mesmos nove meses de 2024. Espanha e EUA destacam-se como destinos e berços de investimento.

O mercado transacional português está a recuperar em volume. Depois de quedas consecutivas a dois dígitos, o número de negócios de fusões e aquisições em Portugal caiu 6%, para 440, entre janeiro e setembro, em comparação aos mesmos nove meses do ano passado.

O valor das transações foi de 6,9 mil milhões de euros, de acordo com a informação transmitida esta terça-feira pela TTR Data. Trata-se de uma diminuição de 30% no capital mobilizado nestas mais de quatro centenas de operações, embora menos de metade (43%) tenha publicado os preços.

No terceiro trimestre do ano, foram registadas 167 operações de M&A (Mergers & Acquisitions) — entre anunciadas e encerradas – num valor acumulado de 2,6 mil milhões de euros.

À semelhança do que tem vindo a acontecer no pós-pandemia, depois do boom tecnológico, o imobiliário manteve-se como o setor mais ativo em 2025, com 74 transações, seguido pela área que compreende Internet, software e serviços de Tecnologias da Informação com 49 operações. O segmento de viagens, alojamento e entretenimento registou um aumento homólogo de 30%.

O negócio que se destacou no terceiro trimestre, na opinião dos analistas da TTR Data, foi a conclusão da aquisição das empresas de biocombustíveis e produtos derivados de oleaginosas Iberol e Biovegetal pela Reagro e Fortitude Capital por aproximadamente 50 milhões de euros. A assessoria esteve a cargo dos escritórios de advogados PLMJ, VdA – Vieira de Almeida e Deloitte Portugal (due diligence).

No âmbito transfronteiriço (cross-border), Espanha e Estados Unidos foram os países que fizeram o maior número de investimentos em Portugal no período de julho a setembro, contabilizando 46 e 26 transações, respetivamente. Aliás, as aquisições de empresas norte-americanas em Portugal aumentaram 30%. Espanha e Estados Unidos foram também as geografias que as empresas portuguesas mais escolheram como destino de investimento (26 e 16 transações, pela mesma ordem).

Quanto ao private equity, registaram-se 37 transações num total de 1,3 mil milhões de euros no terceiro trimestre. O capital de risco (venture capital) conquistou 93 rondas de investimentos de 590 milhões de euros totais. Já a categoria de compra de ativos (asset acquisitions) teve mais 10% de transações (112) de 3,6 mil milhões de euros no agregado.

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